Aquilo estava sendo muito, muito inconveniente mesmo, para Noboru. Todo o tempo que passou após os incidentes no laboratório daquele maldito cientista estavam o atormentando demais. As imagens vistas naquele dia, o estado extremamente grotesco no qual aquelas pessoas se encontravam, eram coisa que volta e meia invadiam a mente do imortal de tal forma que ele paralisava, revivendo aquilo. Se ele pudesse ser honesto, ele não entenderia a razão disso, afinal ele literalmente matava as pessoas para sobreviver. Por mais cruel que as ações de Moira pudessem ser, além de bizarras e beirando a falta de humanidade… ele mesmo havia chego a conclusão que faria coisas semelhantes se fosse para o seu próprio benefício; estar sofrendo por aquelas imagens não fazia sentido. Era incoerente com seu próprio histórico.

Enquanto refletia sobre isso, Noboru chegava ao casebre abandonado onde o laboratório de Koujaku ficava escondido. Ele já havia notificado ao homem que iria precisar ter com ele, então estava ali para isso. Koujaku era a pessoa, logo depois de Jyu, de maior confiança para o imortal. Todas as vezes que tinha um problema, ou precisava treinar alguma coisa, era para ele que Noboru recorria e naquele dia não seria diferente. Se tinha alguém que podia ajudar Noboru a lidar com aquele trauma de frente era Koujaku. Antes de entrar no esconderijo, tratou de terminar o cigarro que vinha saboreando desde que saiu de casa, jogando a bituca fora em seguida e seguindo para o interior do esconderijo, onde estava o estranho homem de orbes carmesim.

INFOS:

— …Então o que eu posso deduzir é que você está tendo dificuldades de lidar com as consequências de suas próprias falhas? — Koujaku indagou, fazendo o semblante do homem se fechar. Noboru havia entrado no local e estava diante de seu tutor, aquele com quem ele havia dividido a maioria das suas angústias antes. Naquele ambiente já conhecido de um laboratório relativamente grande, escondido no subsolo de um casebre e sempre muito bem limpo, Noboru encontrou o responsável por lhe ensinar suas principais habilidades, não tardando a contar tudo que havia acontecido; antes mesmo que ele chegasse as fatalidades que o levaram a perder a mão, o próprio estranho homem notou a ausência dela. — Eu acho que posso te ajudar com isso, por favor, sente-se. — ele murmurou, puxando uma cadeira para o jounin.

Cubellios se soltou dele e foi ficar sobre a mesa que ali havia, observando Noboru e o que eles fariam. O homem de olhos carmesim indicou uma gaiola com alguns ratos que a cobra poderia usar para se alimentar e passar o tempo. Focando no pupilo, o homem se pôs atrás dele, que já estava sentado na cadeira, e levou as mãos a sua cabeça. — Entenda, Noboru… não é por achar que tem força pra lidar com algo, que você realmente tem. Às vezes nos julgamos capazes de lidar com certas coisas que não somos capazes… mas o inverso também pode acontecer e podem te achar incapaz, quando na verdade você seria perfeitamente forte. — ele sibilou, meneando com a cabeça. Eram as ironias da vida. De qualquer forma, antes mesmo que Noboru pudesse assimilar as palavras ditas pelo seu superior, uma forte dor de cabeça lhe invadiu.

De alguma forma, usando alguma técnica desconhecida e que Noboru nunca descobriria qual era, sua mente era pressionada pelo maior, forçada a reviver as cenas no laboratório de forma muito mais intensa do que acontecia normalmente… além de estarem diferentes de como realmente ocorreram. Naquele momento ele se via no laboratório do cruel cientista, mas sem seus companheiros que estavam lá na época. Além disso, as pessoas, mesmo as que estavam mortas originalmente, se voltavam ao imortal, o suplicando por ajuda enquanto a risada cruel de Moira ecoava infinitamente na mente do jounin. Ele estava revivendo o inferno.

INFOS:

Eles estavam ali já se fazia horas, onde aquelas lembranças insistiam em vir à mente do imortal de forma deturpada, graças ao que Koujaku estava fazendo, mas Noboru precisava ter força de vontade para enfrentar aquilo. Ele não conseguia ter. As cenas o deixavam em desespero, almejando deixar aquilo para trás, mas sem realmente conseguir enfrentar; o medo era o que estava falando mais alto, não a sua razão ou sua força interior. Como não estavam conseguindo avançar, Koujaku decidiu fazer uma pausa e permitir que o outro respirasse um pouco, indo pegar um copo d'água para o mesmo. Provavelmente ele estava precisando daquilo, além de comer um pouco e também de fumar um cigarro para relaxar. Seria bom dar espaço para ele e lhe explicar onde é que ele estava errando.

— Escute, você precisa… — o cientista começou a falar enquanto se aproximava com a água, mas parou ao notar que Noboru ainda estava em transe. Dessa vez a culpa não fora de Koujaku, mas sim um efeito do próprio trauma na própria mente de Noboru que era invadida pelas lembranças infelizes daquele fatídico dia; dessa vez, sem a interferência do homem, as memórias eram exatamente como tudo havia acontecido. O choque que lhe atingiu no primeiro instante, a risada de Moira, Jyu gritando para dar comandos a todos os presentes que estavam igualmente em choque. Aquelas três pessoas costuradas uma a outra que optaram por se matar, mesmo após serem salvas. Aquilo vinha acontecendo frequentemente depois que todos aqueles eventos se encerraram, e era com isso que ele queria acabar. Agora Koujaku entendia. Ficar paralisado daquela forma, dependendo da circunstância, o tornava muito vulnerável e Noboru sabia. — Isso logo vai acabar… — ele murmurou, incerto se estava sendo ouvido devido a situação do outro.

INFOS:

Quando conseguiu voltar a si, Koujaku estava encostado em uma das paredes, o observando. Foram longos instantes paralisado graças aquelas malditas lembranças que constantemente vinham a sua mente. Jogou o corpo para trás e respirou fundo, tentando relaxar na cadeira e levando a mão as têmporas, massageando lentamente. Ele estava trêmulo, como sempre acontecia, e não conseguia raciocinar direito, mas o cheiro que chegou a suas narinas chamou sua atenção; havia um prato de comida ali para que ele pudesse se alimentar e ter um momento para reompor seu estado. Ficou tão fora de si, que Koujaku conseguiu ir pegar algo e voltar sem que ele notasse; provavelmente Cubellios quem ficou de olho nele.

— …Coma e respire. Eu vou ter que te dar orientações ou não vai chegar em lugar nenhum. — Koujaku murmurou após alguns segundos, indo afagar os fios escuros do mesmo. Noboru normalmente se incomodaria com aquilo, por achar que estava sendo tratado como uma criança, mas naquelas circunstâncias, com a mente exausta, ele nem mesmo percebeu. Só devorou tudo que havia sido deixado ali pelo cientista e bebeu o copo de água que também havia sido deixado por ele. — Bom… agora que se recompôs, preste bem atenção. Você pode achar que tem força para lidar com as lembranças e talvez você até possua… mas está perdendo pro medo. A angústia te impede de reagir então eu quero que lembre do que estou dizendo.

— Entendo… — ele murmurou, sentindo a mente girar de leve.

— Lembre que você tem uma força de vontade maior… que não precisa vir necessariamente de você. — disse, apontando para a barriga dele, indicando que a Matatabi iria ajudar naquele momento complicado. — Em alguns minutos iremos recomeçar. Prepare-se.

INFOS:

Suspirou pesadamente, se preparando para sofrer daquela pressão pela décima vez. Haviam se passado horas desde os conselhos do Koujaku e, aos poucos, ele havia conseguido certa melhora naquilo, mas ainda não era o bastante para que aquele trauma o deixasse de vez. Assim que sentiu as mãos de Koujaku voltarem a sua cabeça, agonizou, afinal a dor das memórias vividas no laboratório de Moira voltaram piores, pois Koujaku as deturpava. Aquelas pessoas lhe pedindo ajuda diante do horror que haviam vivido era sempre muito mais triste e infeliz do que como aconteceu originalmente, onde elas apenas… estavam mortas. Queria fugir dali, era tudo que ele queria fazer. Fazer com que a risada irritante do cientista parasse.

— Não vai chegar a lugar nenhum se fizer isso. — a Matatabi vociferou em sua mente, fazendo as estruturas do lugar que Koujaku o forçava a reviver estremecerem. — Estava em silêncio, esperando que você se lembrasse sozinho do que te motiva, mas não está chegando a nada. Se lembre; o trauma só vai ser deixado para trás se você não ceder para ele. Faça valer seus pensamentos de que não tem motivos para sofrer disso. — a bijuu afirmou, levando o imortal a enfim focar no que Koujaku havia lhe dito horas atrás; ele ficava estático, paralisado, pois ele deixava aquilo vencer e ele não reagia. Era sua mente, eram suas lembranças, ele precisava deixar aquela experiência para trás, assim como ele deixava cada pessoa que matava em prol de sua própria sobrevivência. Como ele mesmo insistia em reforçar para si mesmo, aquilo não deveria e não poderia ser o suficiente para traumatizar alguém como ele.

Respirando fundo e recobrando suas próprias forças, ele aos poucos conseguiu cessar com as tremedeiras que o medo lhe ocasionava, se lembrando de tudo que já havia vivido até ali. Fosse pelas pessoas por quem ele havia lutado ou pelas pessoas que já não estavam com ele mas que ele gostava de honrar a memória. Mavis, Haru, Jung, Taichi… por todos eles, Noboru era quem era atualmente, e por todos eles era necessário que ele fosse em frente. Tudo que Koujaku lhe forçava a vivenciar, agora era observado por um rosto sem emoções, diferente de antes onde ele sustinha um certo medo e angústia. Tudo que ele se concentrava agora era que aquilo não deveria significar nada.

As pessoas colocaram mais pressão, tentando o aterrorizar novamente ao começarem a se arrastar em sua direção, numa tentativa de o fazer recuar, mas tudo que ele conseguia raciocinar era que, no final, ele não conhecia nenhuma das vítimas. Não eram importantes. Não significavam nada. Sua vida, entretanto, significava. Já havia sofrido o suficiente e tinha que acabar com aquilo de uma vez. Assim que um dos primeiros o tocou, sendo este a mais bizarra das coisas que viu naquele lugar, a centopeia humana, as chamas azuis da matatabi se manifestaram ao seu redor, consumindo a mão daquela coisa e se espalhando para consumi-la. Efeito esse que em seguida atingiu cada uma das atrocidades vistas por ele, até chegar ao cientista que gargalhava insanamente ali, uma risada que ele também tinha que esquecer…

E quando tudo queimou e apenas ele permaneceu com seu olhar frio, a imagem do laboratório se distorceu de leve. — Já chega! — ele vociferou, quebrando o que quer que Koujaku estivesse fazendo e o obrigado a recuar para longe, enquanto Noboru despertava do transe. Estava um pouco ofegante, mas ao que tudo indicava, havia conseguido deixar aquilo de lado.

INFOS:

Com a clara expulsão de Koujaku de sua mente, Noboru entendeu que tinha atingido o objetivo que desejava, assim como o próprio cientista. Mesmo assim, para ter certeza, ambos ficaram longos minutos em silêncio, visando observar o que aconteceria ao jounin e se ele seria afetado pelas memórias dos ocorridos no laboratório… nada aconteceu.

— …Parabéns. Você superou o que veio obstinado a superar. — Koujaku murmurou, esboçando um sorriso curto e indo lavar as mãos. Noboru, por sua vez, já estava focado em observar o laboratório do homem a algum tempo. As jaulas que sempre se faziam presentes no lugar agora estavam ausentes, o que era estranho. Ele havia ficado sem cobaias? Isso também o lembrava de Moira. Koujaku fazia o mesmo que ela? Vagarosamente ele direcionou as orbes cinzentas em direção ao homem, piscando algumas vezes e respirando fundo. — Isso tudo que você faz aqui, vai bem além de tudo que eu faço com a medicina, não é?

A pergunta arrancou um riso do homem de olhos carmesim, este que ajeitou o kimono preto e encarou o imortal nos olhos. — Acha que eu faço coisas como aquele homem fazia?... Eu não sou tão cruel quanto você pode pensar, Noboru. — deduziu em resposta, pois Noboru nunca foi de questionar os métodos dele. Analisando o homem, Koujaku afagava a serpente roxa que estava deitada na mesa do laboratório. Ela havia devorado todos os ratinhos que foram deixados pelo mais velho. — Por que esse questionamento, hmm? — indagou nitidamente interessado no rumo para o qual aquela conversa iria se direcionar. Ele já até deduzia o que iria vir, entretanto queria ter certeza.

— Eu não ligo se você fizer, desde que seja claro comigo… e eu quero que me ensine um pouco sobre isso tudo. — o outro respondeu. — Pelo menos o básico sobre o que você fazia aqui… faz… enfim. Seus conhecimentos vão muito além dos meus e isso é óbvio, então quero que os compartilhe comigo. — murmurou, observando o sorriso do homem à sua frente apenas aumentar.

INFOS:

Após o pedido feito pelo jounin, fora pedido que ele fosse para casa descansar e voltasse na manhã seguinte. Ele o fez sem questionar, afinal estava mentalmente exausto.

Ao voltar ao laboratório no dia posterior, Noboru se deparou com uma pilha de livro na mesa principal do lugar, assim como uma cadeira que esperava por ele. O imortal não se surpreendeu, afinal não imaginou que Koujaku iria lhe explicar tudo por conta própria, ou mesmo lhe dar aulas comuns sobre ciência. O esforço teria que vir do próprio… e mesmo assim ele não perdeu a chance de alfinetar. — Se eu ia estudar sozinho, eu poderia ter feito isso na minha casa. — disse, arrancando um riso do homem de orbes carmesim. Noboru sentiria a mão deste pousar em seu ombro, lhe dando alguns tapinhas.

— E quem ia tirar as dúvidas que você vai vir a ter? — indagou e se afastou para ir fazer suas coisas enquanto Noboru ia se jogar nos livros.

Sem demora, ele foi se sentar para começar a destrinchar o conteúdo dos livros, que já estavam organizados em uma ordem eficiente para o aprendizado, do assunto mais fácil ao mais complexo; aquilo nem vinha a ser um problema oara alguém como Noboru. Obter conhecimento era um tipo de prazer, ele o fazia com gosto desde sempre. Os primeiros livros que estava lendo eram sobre química, algo que era relativamente fácil para o entendimento dele, justamente por precisar entender um pouco para criar os seus medicamentos. Obviamente, aquilo seguia por um caminho bem mais elaborado do que aquele com o qual estava habituado, mas ainda assim, seria uma leitura prazerosa, pelo que ele estava vendo.

INFOS:

Dias se passaram e ele teve que mergulhar muito no campo da química e da física enquanto estava estudando, isso apenas pra começar a entender o que Koujaku fazia. Claramente era algo muito distinto do que ele estava acostumado com a medicina, mas isso não o impedia ou o afastava de querer continuar. Obter conhecimento era uma fonte da qual Noboru nunca se cansava de beber, mesmo quando fazer isso era algo com o qual ele não contava, como já havia acontecido. Aprender era prazeroso. Seus estudos levaram muito tempo para serem concluídos, pelo menos parcialmente concluídos, tanto pela quantidade de assuntos que precisava ver, como por Koujaku o fazer revisar o mesmo assunto mais de uma vez e questionar sobre o mesmo; era quase como se o imortal tivesse voltado pra academia. Pelo menos ele não achava ruim.

Quando julgou que ele havia conseguido a quantidade necessária de conhecimentos, Koujaku decidiu que ele deveria testar na prática. Os livros, que diariamente ficavam sobre a mesa onde Noboru se sentava para estudar, agora foram substituídos pelos mais variados utensílios de um laboratório. A maioria, felizmente, já era conhecida por Noboru por ele ter o seu laboratório pessoal, mas ainda assim alguns eram inteiramente novos aos olhos dele. — Sua tarefa agora, para comprovarmos que você desenvolveu bem o que eu te ensinei, será criar uma toxina forte. Use suas anotações e a variedade de químicos que eu disponibilizei para tentar a criação… não precisa ser necessariamente original, mas tem que ser relativamente forte. — ele explicou.

Ele estava para ser, literalmente, testado. Restava saber se ia passar no teste.

INFOS:

Aquele era um desafio que ele não estava tão surpreso de ter que passar, principalmente pela quantidade de conhecimento químico que teve que visitar naqueles livros que Koujaku havia lhe entregue para estudar. Entretanto, ele demorou um pouco para descobrir que toxina criar pois Koujaku havia lhe fornecido um arsenal de substâncias que, provavelmente, não teria acesso nunca mais em sua vida, a menos que buscasse bastante. Enquanto raciocinava sobre isso, ele decidiu que iria tentar replicar, usando os conhecimentos obtidos nos livros e também o que tinha ao seu alcance, o veneno de uma serpente… mas não qualquer serpente, o da sua.

Nunca havia estudado a composição dos gases tóxicos de sua parceira de fato, mas conhecia seus efeitos, então só precisaria ver que combinação resultaria em algo parecido. Foi um processo longo e árduo para o imortal, uma vez que não era fácil acertar em algo que você não conhecia precisamente. Podia dizer com certeza que estava arrependido de não ter estudado a composição do veneno dela antes, teria lhe facilitado naquele momento. O tempo passou sem que Noboru percebesse, enquanto ele tentava e errava na composição da toxina que queria, misturando os elementos nocivos de novo e de novo, tendo sempre que parar para lavar os recipientes antes de uma nova tentativa. Quando enfim, ao que tudo indicava, havia chego ao ponto que estava cobiçando desde o início, esboçou um sorriso satisfeito.

Olhou ao redor, procurando por Koujaku, e meneou com a cabeça quando o avistou sentado, observando cada movimento do outro. — Preciso testar. — murmurou, arrancando um riso do homem que assentiu e foi para uma outra sala do laboratório, de onde voltou com um camundongo.

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O homem seguiu para a mesa, levando o camundongo em suas mãos, observando a mesma em busca de algo, que se revelou se um conta gotas. Ele usaria aquele objeto para pegar um pouco da solução tóxica criada pelo imortal e, posteriormente, pingar duas gotas na boca do camundongo. O pequeno animal iria agonizar e ter alguns sinais de falta de ar, um dos efeitos que o imortal queria mesmo atingir; não era nada fatal, ele não tinha conhecimento o bastante para fazer nada extremamente letal, mas era forte como Koujaku estava querendo que ele fizesse. O homem jogou o ratinho para Cubellios, a serpente alada que pertencia ao Jounin, e ela o abocanhou sem pensar duas vezes, enquanto Noboru aguardava.

— Meus parabéns. — o homem disse. — Você aprendeu bem sobre o campo da ciência, mas é claro que ainda precisará estudar coisa ou outra, se quiser expandir ainda mais a sua gama de possibilidades. — ele disse e Noboru negou com a cabeça. Estava relativamente satisfeito com o conhecimento que havia obtido, ao menos por hora. Ele ainda teria que revisar muito o que havia aprendido ali, mas o que viu que havia conseguido alcançar o deixava feliz. O veneno que criou, entretanto, ficaria ali com Koujaku e ele não teria mais acesso a toxina. — Obrigado por me ajudar nos últimos dias. Eu fico feliz em sempre poder contar com você. — ele disse e o homem sorriu largo, afagando os fios escuros de Noboru.

Eles não disseram mais nada após isso. O imortal ajustou a serpente em seu corpo e meneou com a cabeça, seguindo para fora do laboratório e montando em Cubellios, para que a serpente alada o levasse dali em direção a vila.

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