Graduação: Caminho Chūnin
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01/10
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Os raios de sol da Areia logo faziam se presentes nos primeiros minutos da manhã. Estava virado, com meu copo cheio e o cigarro recém acesso, pensativo tanto no passado quanto no futuro. Mas, o que mais me preocupava no momento era o Seiji e seu paradeiro. Faziam meses que ele havia saído para uma missão de cunho pessoal, sequer deixou pistas para onde ia ou do que se tratava é isso me fazia perder o sono diversas vezes. Afinal, o velho do Salgueiro era minha única família depois de todo o caos do passado.

Meus pensamentos, por sorte, foram interrompidos por duas batidas secas sobre a porta de madeira enegrecida do meu apartamento. Duvidei que fosse ali, de primeira, mas a segunda tentativa foi suficiente para me fazer levantar, meio sonolento, da cadeira. Larguei tanto o corpo quanto o cigarro ainda acesso, indo de encontro a porta com certa rapidez. Talvez fosse o coroa, por mais improvável que parecesse.

Abrir a porta foi uma tarefa fácil e rodando a maçaneta, pude fitar um homem mais velho, mesma altura que a minha e alguns quilos a mais. Estava carregando consigo um pergaminho e, aí me entregar, como um passe de mágicas, sumiu. — Mais uma missão? — indaguei aos ventos, afinal, ele já não estava mais ali para tirar minha duvida. Só restava eu e o pergaminho. Não tive dúvidas ou hesitei em abri-lo com rapidez, buscando ler todo o conteúdo dele. — Graduação? — não pude conter o sorriso que brotou em meu rosto de forma natural. Já havia esquecido a última vez que sorri daquela maneira. — Já estava na hora de reconhecerem o meu potencial. — exclamei ao vento, acessando todo o arsenal de armas básicas, como também a pequena espada de meu clã, única herança do meu malfeito sangue. Por fim, dei um último trago no cigarro, como também um último gole no whisky. Sem dúvidas, estava pronto pra qualquer teste que a Areia pudesse me oferecer.

Caminhei de forma acelerada até o local indicado no pergaminho e, graças ao apartamento ficar a poucos quarteirões do portão principal, me assegurei de não chegar atrasado, seja lá quem estivesse me esperando.

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02/10
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Não fosse a grande resistência do jovem para com o álcool, talvez fosse questão de dizer que estava bêbado. Ver os dois ninjas de aparente mesma patente, junto de um claramente do alto escalão fez com que esfregasse com a destra, cerca de três vezes, os olhos. Ainda incrédulo, se aproximou mais ainda do pequeno grupo, com respeito que Seiji havia lhe ensinado, apesar de não seguir muito esse ensinamento durante sua pequena trajetória na Areia. A voz do homem, dizendo o nome de Kōga ecoou sobre seus ouvidos, pensando em sua mente, como se estivesse ligeiramente atrasado. Temeu ter que se apresentar, mas, por sorte, o mais velho tomou a dianteira e começou a explicar detalhadamente qual seria o desafio para tornar-se um Chūnin. As informações bombardearam seu cérebro, contudo, tentou manter concentração nas palavras do sujeito.

Fiquei cerca de dois a três minutos analisando o mapa e as duas rotas a serem seguidas. Uma, claramente, nos atrasaria, apesar de ter tempo suficiente para um possível descanso. A outra, por contraponto, seria mais rápida, apesar de tornar a travessia bastante cansativa sem qualquer meios de descanso. Fui o ultimo a analisar o mapa e enquanto tomava minha decisão, os outros dois integrantes do grupo começavam a discutir sobre qual seria a melhor rota. As opiniões deles divergiam, restando a mim, escolher o melhor caminho. Mas então, qual seria o caminho certo a seguir? Pensei comigo mesmo, levando a canhota sobre o queixo, afim de me esquecer um pouco da discussão calorosa dos dois e focar mais na melhor escolha. Trabalhar em equipe não fazia parte de minha personalidade, mas, ao entender o que é ser um ninja, já sabia que um dia iria precisar agir em equipe e, por infelicidade, esse dia havia chegado. — Se formos pelo nordeste de fato teremos menos tempo de descanso, mas, assim que chegarmos na fábrica, poderemos descansar e analisar melhor os a serem fortalecidos, assim, tendo vantagem sobre o eminente ataque. E, se você não for lento, Gin, podemos diminuir ainda mais o tempo de viagem, tendo assim, mais tempo de descanso quando chegarmos lá. — busquei ser breve, explanando meu ponto de vista.

Com a decisão de Kōga, bastava esperar que os outros dois entrassem em um consenso e assim o fez, buscando um cigarro disposto na hip-pouch, como também um isqueiro metálico com o símbolo da Areia talhado em ambos os centros, frente e verso, do objeto. Acendeu o cigarro de forma rápida, dando um longo e relaxante trago saciando, por hora, seu vício em nicotina, oriundo de um passado conturbado.

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03/10
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O rumo do pequeno grupo recém formado foi decidido pelas ponderações do jovem Hatake e, com brevidade, os ninjas saíram das propriedades do grandioso vilarejo, buscando o nordeste, ou seja, o caminho mais rápido entre a Areia e a fábrica. O caminho, apesar de doloroso por causa do sol, se deu de forma rápida, em comparação à outra opção que os jovens tiveram de escolher. Entre golas em um cantil d'água que sempre trazia contigo, Kōga aproveitou o caminho para pensar em estratégias que poderia utilizar ao chegar no pequeno vilarejo, afim de obter informações sobre a fábrica e como defende-la de forma correta.

Ao chegarmos no local, meu corpo pedia por um descanso merecido e, apesar de querer muito isso, busquei por informações. Antes, avisei meus companheiros do que pretendia fazer e, independente da opinião deles, iria fazer. — Vou procurar por informações. Se vocês quiserem descansar, que assim seja, mas procurem descansar dentro da fábrica, buscando por pontos de fragilidade na constituição de sua construção. Vamos nos preparar bem, merecemos essa promoção mais do que qualquer um. Não deixem reles bandidos tomarem isso de vocês. — vociferei, fitando as vielas sujas do pequeno e inexpressivo vilarejo. Minhas palavras foram duras, mas talvez tenham sido suficientes para inspirar os dois outros ninjas.

Kōga caminhou vagarosamente, afim de recuperar um pouco do que o Sol havia lhe tomado, afim de buscar por informações sobre a fábrica, sua construção e o possível boato de quem estaria planejando ataca-la. Talvez o melhor lugar para buscar por informações fosse um bar e, assim, buscou procurar pelo local, entre as vielas do pequeno vilarejo.

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04/10
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O jovem Hatake entrou por entre as bielas do pequeno vilarejo durante longos minutos, até encontrar o local propício para encontrar informações. O bar parecia bastante movimentado, diferente do vilarejo em si, que mantinha-se bastante calmo, por assim dizer. Antes mesmo de adentrar ao local, fez questão de verificar aonde estava a bandana com o símbolo da Areia, tendo noção, após procurar, de que ela estava junto as armas básicas que carrega na hip-pouco.

Assim que entrei no local, um bêbado próximo a porta gritou para todos que quisessem ouvir, agradecendo aos céus pela fábrica. Palavras um tanto quanto estranhas, mas talvez fossem só largadas aos ventos. Me aproximei do balcão, observando os grupos que ali se instauravam. Dos ali presentes, um deles me chamava atenção, composto por três homens, próximos do outro acesso do bar.

Me aproximei do balcão, buscando por um atendente. O rapaz, não muito mais velho que eu, perguntou qual bebida eu estava disposto a pagar e, com um simples gesto, apontei com a destra na direção da garrafa de whisky mais barata dali. — Uma dose. — pedi, em baixo tom. Continuei observando os grupos por mais alguns minutos e, por mais que eu tentasse, aqueles homens pareciam extremamente suspeitos.

Alguns goles foram suficientes para ver o líquido tamborilar sobre o copo cristalino. Me aproximei do atendente uma vez mais, buscando por algumas informações. — Desculpa, mas aquele grupo é daqui? — apontei com a cabeça, tentando disfarçar ao máximo, na direção do pequeno grupo de três homens. — E eu não pude deixar de ouvir, mas essa tal fábrica, qual o impacto dela pro vilarejo? —

Kōga retornou, independente das respostas que fosse obter naquele estabelecimento, andar novamente pelo vilarejo, dessa vez, tentando analisar os arredores da fábrica. A tentativa era simples; obter vantagem com relação a defesa do local, talvez estar um ou dois passos afrente dos invasores, sabendo quais pontos poderiam ser aproveitados pelos mesmos.

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05/10
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O prédio recém reformado fazia jus a fé que os aldeões tinham em um futuro próspero. De fato, o local era extremamente imponente e a faixada colorida, com o nome dela em Kanji dava o toque final ao que parecia ser a verdadeira salvação de lá. Kōga deu algumas voltas no prédio, acessando as vielas que o circundam, afim de achar alguma brecha naquela construção imponente.

E, por mais que tentasse se concentrar na missão de adquirir informações para defender a fábrica, não conseguia parar de pensar no grupo que tirou sua atenção dentro do bar. Talvez não fossem eles mas, a pergunta que continuava pairando sobre sua cabeça; E se for eles? Irritado, um longo suspiro foi suficiente para sentir falta daquilo que mais lhe acalmava; a nicotina. Um dunhill seria suficiente e assim o fez. Acessou com a destra a hip-pouch disposta na lateral da cintura, retirando o maço e o isqueiro metálico. Riscou o objeto, fazendo o fogo acender o cigarro. Leves tragos vinham acompanhados de calmaria.

Busquei acessar a fabrica pela entrada principal, na procura dos outros dois que partilhavam da mesma missão que a minha. Seria necessário trabalhar em grupo, infelizmente, mas talvez eles tivessem achado alguma pista ou informação do eminente ataque. Assim que os encontrasse, perguntaria se eles haviam conseguido algo, mas, para além disso, diria o que estava me tirando o foco. — Fui até o único bar do vilarejo, na busca de algumas informações. Fiquei sabendo que essa fábrica vai revolucionar a economia daqui e o povo está bem animado, devo admitir. Mas teve um grupo, três homens com um comportamento totalmente contrário ao dos outros que estavam alegres e bêbados. Talvez seja coisa da minha cabeça... — pausei, buscando o último trago no cigarro, jogando a bituca pela janela mais próxima. Logo retomei o raciocínio, esperando que ambos estivessem prestando atenção. — O balconista me disse que esses três são novos contratados para trabalharem na fábrica. — finalizei, buscando analisar o interior da fábrica. Afinal, só me restava isso, além de claro, prestar atenção em qualquer informação que os outros dois Genin's tivessem para compartilhar comigo.

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06/10
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A parte que não foi reformada talvez fosse um problema, mas Kōga não se prendeu muito a isso, dando mais atenção as palavras dos dois companheiros. Todos os relatos davam indícios de que, de fato, o grupo estranho tem alguma ligação com a fábrica, só restava saber se trata-se de uma relação benéfica ou maléfica. Talvez fosse o momento de tomar alguma atitude, ou talvez fosse o momento de esperar, trabalhar na vantagem e diminuir as chances de falha na missão, conquistando, assim, a tão sonhada promoção. A dúvida pairava sobre os pensamentos do jovem prodígio dos Hatake como também pareciam pairar sobre os pensamentos dos outros dois Genin’s.

Tomei a liberdade de fala, uma vez mais, buscando saber qual seria a decisão deles. — Que esse grupo tem uma ligação com a fábrica é notório, mas não tenho total certeza de que eles estão por trás do possível ataque. O que vocês acham? — indaguei ambos, levando à destra sobre o topo da cabeça, arrumando os fios acizentados ligeiramente desarrumados. — Algum de vocês possui habilidade em infiltração e obtenção de informações? Caso contrário, não vejo motivos para irmos até eles, afinal, nosso objetivo é proteger isso aqui e sem uma prova concreta, podemos cometer um erro gravíssimo que pode custar nossa promoção. Eu não quero isso, pelo menos. — mais uma pausa, carregada de passos calmos até a parte não reformada da fábrica. Fiquei observando o local por cerca de um minuto, interrupto, pensando em como lidar com aquilo. — E se colocarmos algumas armadilhas aqui? Assim, se utilizarem essa brecha na defesa para agirem, estaremos um ou dois passos afrente. — terminei, voltando a me concentrar nos outros dois e na possível decisão que eles pudessem ter acerca do que fazer.

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07/10
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Por sorte do grupo, Gin, o que se mostrou contrário a todas as estratégias de Kōga, possui uma habilidade extremamente vantajosa para o trio naquela situação crucial. As palavras do jovem fizeram com que o prodígio Hatake esboçasse um sorriso genuíno sobre a própria face. E, a menina do grupo dava sua ideia também.

— Prefiro que você construa a segunda armadilha, Gin. Dá pra colocar ela bem na entrada? — perguntei, antes de responder Pan. — Sobre servir de isca, tudo bem. Não vejo problema nisso, desde que a ajuda venha caso necessário. Pode ficar escondida à-vontade. — me movi vagarosamente até a entrada que não fora reconstruída. Acendi, com calma, mais um cigarro, enquanto observava Gin criar sua artimanha. Dois tragos ligeiros, seguido de um terceiro, de forma tranquila, serviam para encher o ambiente de um fumo acinzentado, por meros segundos.

Assim que Gin acabasse, Kōga iria para fora da fábrica, utilizando o acesso fácil daquela parte que não passou por uma reforma. Evidentemente, tomando total cuidado com a armadilha, afim de não ativa-la. Por mais que servisse como isca, tinha como objetivo se destacar na missão e, portanto, não tinha intenção alguma de precisar da ajuda dos outros dois. Resolveria sozinho, como foi em toda sua vida, ou quase toda. ''Seiji vai ser orgulhar, pode ter certeza!" Clamou aos deuses, observando o céu enegrecido, acompanhado da lua e somente dela.

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08/10
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A noite abraçou ainda mais forte o corpo truculento do jovem Hatake, como se fosse sua própria mãe. O vento gélido fazia-se presente, servindo como combustível para que conseguisse ficar acordado até tarde, na espera dos possíveis bandidos, mesmo achando que de fato não aconteceria. Talvez fosse uma falsa notícia por conta da grande mudança que o produto iria gerar ali e, quem sabe, mais pra frente, pra todo o país do Vento. Alguns pensamentos rondavam sua mente, de forma progressiva, até ser surpreendido por um grupo logo à sua frente. Ao invés de três, como suspeitava, eram cinco. Estavam vestidos com um sobretudo negro, talvez para se camuflarem às sombras da noite mas, por conta da Lua e de algumas luzes provindas de dentro da fábrica, foi fácil percebe-los. Assim que o grupo resolveu encarar Kōga frente a frente, o que de fato foi uma atitude descuidada, a armadilha de Gin teve inicio. Incontáveis Kunais e Shurikens voaram na direção deles. Por infelicidade, somente um foi pego, sendo assolado por algumas das armas básicas. Ele caia de costas pro solo, já sem vida, com o sangue manchando e dando inicio ao verdadeiro embate que rolaria ali.

Perfeito. Sorri, vendo a primeira vítima mas, ainda sim, a vantagem dos bandidos se fez predominante. Eles não recuaram, muito pelo contrário, a morte do outro parecia enche-los de ódio e, como linha de frente, só havia uma opção ali; matar todos, sem exceção. Nossas velocidades, por sorte, pareciam as mesmas portanto e fui capaz de ver os movimentos dos oponentes de forma clara. Conforme avançaram, já próximos de meu corpo, realizei um salto simples, buscando aumentar a distância entre nós, deixando que os socos e chutes acetassem somente o vento, caso a esquiva desse certo. Ainda no ar, acumulei certa parcela de chakra em meu corpo, realizando o selo do Carneiro, sendo visível uma grande massa de ar ser comprimida em minha boca, semiaberta. A intenção era aproveitar da pouca distância e da vantagem de terreno, por ainda estar na trajetória do salto, para disparar a técnica na direção dos oponentes e, graças ao impacto, criar mais um impulso, suficiente para abrir uma maior distância entre nós; eu e o grupo de bandidos amadores. — Vermes. — vociferei, colado às paredes da fábrica, do lado da entrada.

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09/10
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O contra-ataque do Hatake havia surtido efeito e junto à explosão intensa de vento, os corpos dilacerados dos bandidos voavam para todos os cantos, manchando ainda mais a cena de sangue. Pelo menos era o sangue certo a ser derramado. Infelizmente, um deles conseguiu sobreviver e, como um rato encurralado, ficou, ao ver Pan nas costas, tecendo selos e realizando uma técnica que Kōga nunca havia visto. Um dragão, feito puramente de fogo era tecido. Se não fosse pelo erro que custaria, provavelmente, o sucesso da missão, teria sido uma excelente finalização. O dragão percorreu mais do que o esperado, indo de encontro à fábrica, mais especificamente de encontro ao composto criado pelos cientistas. Sim, aquele mesmo composto que salvaria a vida dos pobres daquele vilarejo. Ela havia posto toda a missão em risco, pra dizer o mínimo e, pra ajudar ainda mais, o ultimo remanescente do grupo de bandidos fazia Pan de refém, enquanto que a explosão fazia com que Gin suplicasse por socorro, aos gritos.

Tomei minha decisão de forma instintiva, ainda focado no objetivo de acabar com os bandidos, sem deixar que restasse qualquer resquícios dos mesmos. O ódio consumiu meu corpo e, junto dele, uma técnica jamais utilizada. Emanei por todos meus poros uma quantia insignificante de chakra, mas capaz de anular qualquer determinação que aquele homem pudesse ter, caso fosse pego por ela. Independente do sucesso, corri na direção dele, retirando a herança de meu clã predisposta em minhas costas, afim de executar de três a quatro golpes com a lâmina curta, visando, principalmente acertar a cabeça dele.

A escolha de Kōga foi feita de forma rápida, muito por conta de todo ódio que aquela cena lhe trouxe.

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10/10
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A noite serviu perfeitamente pro clima que se instaurou com o erro da kunoichi. De fato, o jovem de cabelos acinzentados tinha conseguido decapitar seu alvo, com certa facilidade, atém. Mas, junto da morte do bandido, vinha a morte do terceiro integrante do grupo de Genin's. Gin tinha sido soterrado graças a explosão causada pelo dragão de fogo. Uma morte prematura para um ninja com certa habilidade e futuro. Kōga só conseguia lembrar da morte de sua mãe e irmãos.

Enquanto Pan chorava em luto, só me restou brindar à morte do jovem, retirando o ultimo cigarro que me restou durante toda a empreitada. Peguei o isqueiro metálico, riscando-o, fazendo fogo. Acender o cigarro se deu de forma lenta, como também os tragos que se sucederam. Cheguei perto dela, com passos lentos, mas sem conseguir dirigir qualquer palavra de conforto. Fiquei alguns minutos a seu lado, pensando no que poderia ser dito e assim o fiz. — Ele sabia dos riscos... estamos suscetíveis a isso. Vamos levar o nome de Gin até onde pudermos, ele merece que permanecemos de pé, seguindo nossos sonhos e os sonhos dele. — disse, pousando a destra sobre o ombro dela, afim de conforta-la.

Horas se passaram, já estávamos prontos para partir, se não fosse a presença dos donos da fábrica. O semblante deles demonstravam o clima fúnebre que se instaurou no vilarejo mas, por sorte, tinham uma reserva do composto, suficiente para dar esperança ao povo dali. Respondi com um sorriso tímido, focado em só voltar até a Areia e, apesar dos acontecidos, conquistar a graduação que muito mereci. Rumei, seguindo os passos de Pan, o caminho inteiro de volta ao vilarejo. Não havia clima para conversas e assim aconteceu. Sequer falei uma palavra.

Já no vilarejo, o Jounin responsável deu as condolências além do certificado provando que agora, o prodígio Hatake tratava-se de um Chunin e não mais um ninja de baixo escalão. — Nos vemos por ai, Pan. — disse, saindo do Centro Militar, rumo ao apartamento no subúrbio do vilarejo.

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