[Quem sou eu?] -
[Chegada]
Quando finalmente sair daquela sala eu não sabia o que encontraria lá fora, não entendia bem o que significava para onde eu iria, prisão? O que seria isso? Apenas continuei me deixando guiar pelos homens, mas quando finalmente sair da prisão de Kiri eu fui cercado por flashes em meu rosto, lotado de homens e mulheres com microfones, câmeras, perguntas e mais perguntas, direcionadas a mim, direcionadas a Moira, toda aquela balburdia me assustou, assustou tanto que apenas abaixei a cabeça e seguir até dentro da carruagem.

Eu e Moira fomos um sentados de frente para o outro, Moira demonstrava estar bastante nervoso, seu coração palpitava igual um coelho, seu corpo demonstrava uma grande adrenalina, por outro lado os homens que me guiavam estavam bastante tranquilos, corações calmos, reações limitadas, eram profissionais, não se intimidavam por quem eu era.

[...]

Quando enfim chegamos e a porta da carruagem se abriu meus olhos se incomodaram com a forte luz, o lugar era a mar aberto, mas ainda assim um sol irritante incomodava meus olhos, novamente abaixei a cabeça a me deixei ser guiado até dentro da penitenciaria, mas ao chegar eu já comecei a perceber que as coisas só piorariam, além dos funcionários, oficiais carcereiros, existia também shinobis que estavam deixando presos, assinando ordens de solturas e diversos assuntos que se tratava em um local como esse.

Fui levado até uma sala, fui despido, em seguida recebi uma roupa branca, era um macacão e então as primeiras provocações começaram.
- Confortável, assassino de Kages? – disse um homem que observou da janela
Não o respondi, continue terminando de me vestir e fui levado para outra sala, uma placa com um número e meu nome escrito, tirei algumas fotos para registros em várias posições, quando entregava a placa me assustei com uma forte pancada em uma das janelas era um homem gritando.
- ASSASSINO DE KAGES! –
- Desculpe, mas porque está todo mundo tão irritado? – Perguntei de forma calma.
- Só pode estar de brincadeira né? – Disse o funcionário que terminava minha ficha.
Mais uma vez confuso fui levado pra fora, mais uma sala onde deixei meus pertences, basicamente era tudo que estava em Kiri, minhas roupas, minhas armas.

Com as mãos algemadas fui colocado sentado enquanto finalizavam tudo para me levar a minha cela, apenas fiquei em silencio olhando tudo, mas eu conseguia ouvir lá no fundo, eu sentia uma hostilidade em cada olhar, em cada pessoa presente me olhando, eles me odiavam.

Finalmente vieram me buscar, uma coberta, alguns itens para higiene pessoal e novamente acompanhando por oficiais e o diretor na frente, ele olhou pra câmera autorizando a abertura do portão, quando ele enfim foi aberto eu vi o que me esperava, o lugar parecia um inferno, andares e mais andares com escadas e celas, prisioneiros gritando, papeis voando para todo o lado e agora dentro da prisão eu vi o quanto aqueles homens que pareciam sérios mudaram completamente, o primeiro foi o diretor que tomou a frente para falar com os prisioneiros.
- SILENCIO! – Ele gritou fazendo todos os presos calarem a boca. – Hoje temos uma celebridade aqui no setor D, vou contar um pouco do novo colega de vocês, nome de batismo: Hattori Shion, dezoito anos, olha só ontem foi seu aniversario e agora poderemos lhe dar seu presente. Senhores esse garoto assassinou três Kages, mandou um monte de gente que botou vocês aqui para ter um encontro com seu criador, eu sei, sei que alguns de vocês podem ficar felizes com isso, mas eu gostaria que deem a ele a nossa tradicional boas-vindas. –
Gritos ameaçadores, seguido de um empurrão que me fizeram andar para frente os guardas a frente formaram uma fileira e eu podia ouvir várias palavras ofensivas e ameaças das mais terríveis situações, era claro a minha cara de desconforto.

Cheguei a minha cela e ela contava com um colega deitado na parte de cima do beliche, antes de entrar o diretor me segurou pelo braço direito.
- Um conselho, mantenha a calça bem presa. –
E então a cela foi fechada, entrei ainda meio tímido, deixei minhas coisas na cela, não sabia bem como reagir, nem o que falar para meu colega, eu não sabia exatamente o que iria rolar e como seria.
- Muito Prazer eu sou Hattori Hanzo. – Tentei me apresentar.
Ele me ignorou, bufou algo, mas em seguida comentou alguma coisa.
- É bastante famoso, assassino, muita gente aqui gostaria de alguém com sua fama. –
Apenas escolhi me calar e me sentei na cama tentando processar tudo que estar rolando.

[...]

Não conseguir dormir direito, o colega de quarto roncava muito, fora os barulhos esquisitos que ouvia por toda a cadeia, grunhidos, gemidos, barulho de camas rangendo, precisaria de um tempo para me acostumar com tudo isso.
Minha cela foi aberta e nas caixas de som o aviso.
- CAFÉ! –
Me levantei, escovei os dentes e iria seguir os demais até onde deveria ir, mas na fila para a cantina enquanto passava um homem alto colocou seu pé no caminho me derrubando, isso arrancou risadas dos presentes, mais uma vez desconfortável me levantei e seguir meu caminho.

Com minha bandeja no local onde pegaria comida o funcionário serviu de qualquer jeito uma coisa gosmenta na minha bandeja.
- Bom apetite. – Disse ele rindo de forma sarcástica.
Aquela coisa parecia estar ali há semanas, olhei para a cantina procurando um local para me sentar, mas para onde eu olhava eu só via hostilidade, nenhum olhar convidativo, decidir ir para um canto me sentei encostado na parede e com a bandeja em meu colo tomei café sozinho, mas após experimentar a comida eu sentir o gosto horrível daquela gororoba, mas infelizmente ela o que tinha, quando tentei comer pela segunda vez um dos prisioneiros passou por mim claramente chutando minha bandeja, mas ao fazer isso as calças dele foram sujas com a gororoba, ele já se virou pra mim irritado.
- Olha a merda que você fez sua merdinha! –
Confuso tentei argumentar.
-  Ma-mas... –
Ele me agarrou pelo colarinho me levantando contra a parede e me empurrando, mesmo com a coleira inibindo o chakra dele ele mantinha bastante força. Parceiros dele se aproximaram de mim  e começaram a socar meu rosto, receber socos no abdômen, chutes e pontapés enquanto o primeiro ainda me prendia contra a parede, claro que me irritei com aquilo, levei minha mão contra as dele e pressionei um ponto entre seus dedos ativando uma pressão  fazendo ele gritar em sequencia me largando, ao tocar no chão lancei meu corpo contra o segundo a esquerda acertando minha cabeça contra seu estomago o jogando para trás, quando me levantei para o segundo levei um soco forte por baixo do queixo, em seguida um segundo soco acertando minha boca arrancando sangue, quando eu ia partir pra cima daquele desgraçado os guardas apareceram me derrubando com armas de choque.
- MOÇAS, QUEREM PARAR COM ESSA BABAQUICE? – Dizia o guardava que acalmava as coisas.
- Calma aí chefe, foi esse merdinha que sujou minhas roupas. – Dizia o primeiro que me atacou.
- Mas que mentira. – Disse tentando me defender.
- Garoto, tem alguma prova? – Me questionou o guarda.
- TODO MUNDO VIU! – Gritei
Mas todos os presentes faziam cara de quem não sabia de nada, os desgraçados ninguém queria entregar, apenas ficaram quietos, a merda foi que eu fui o único a ser punido, levado diretamente pra sala do diretor com o rosto ainda sangrando e bastante ferido e dores por todo o corpo.

Chegando à sala do diretor ele estava de costas olhando a paisagem pela janela.
- Senhor Hattori, em menos de um dia por aqui você já arrumou confusão. –
- Foi aquele merda mentiroso. –
- Mocinho, eu exijo educação em minha sala, controle esse linguajar ou eu controlarei para você. –
- Tudo bem... – Disse de cabeça baixa.
- Vou deixar as coisas claras para você, você não pegou execução por pouco, mas se não se comportar aqui dentro o tratado dos Kages podem mudar imediatamente, então é melhor se manter na linha ou seu corpo vai estar pendurado em uma corda mais cedo do que você imagina, agora volte pra sua cela. –

Acompanhado retornei a minha cela, quando cheguei lá um dos guardas me jogou uma toalha me provocando.
- Está meio manchado no seu rosto. –
Fiquei sentado na minha cama com os joelhos próximo a meu corpo e meus braços abraçando minhas pernas, fiquei assim apenas refletindo sobre tudo que rolou.

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