Noite Mais EscuraCapa Branca  

Diante das denúncias feitas por Overhaul contra a H.Y.D.R.A e as supostas relações da empresa privada com os experimentos sombrios de Moira O'Deorain e os assassinatos de diversos líderes ao redor do mundo, a organização está perdendo lentamente o seu prestígio com as grandes nações. Diante do caos, uma nova ameaça surge para a organização, por isso Madame HYDRA não tardou em mandar eliminar a ameaça. Em um vilarejo abandonado, uma operação se desenrola...



Capa Branca Diante das informações obtidas por agentes infiltrados em todas as partes do mundo, a HYDRA acabou encontrando a localização do suposto líder da organização que estava espalhando o terror sobre os pequenos vilarejos. Na verdade, a informação dada era que este homem conhecido como "O Pastor" visitava o local de tempos em tempos, só não sabiam exatamente o que ele fazia lá.


Ao descobrir a frequência na qual o Pastor iria para o local, Amélie Lacroix enviou um esquadrão de sete soldados somente com jounins de elite para lá, examinando todo o local e não encontrando nada. Eles chegaram a uma comunidade isolada do mundo no meio do deserto, onde nem mesmo os animais ficavam por muito tempo. Já tendo informações da rotina deste homem, eles grampearam todo o cemitério com escutas e câmeras, para garantir que descobririam tudo sobre ele antes de matá-lo.

O líder da operação tinha o codenome Ragborn, e se comunicava diretamente com Madame HYDRA, que estava em uma sala de operações secreta em um local desconhecido para o mundo. Todos usavam armaduras pretas exclusivas da organização, com capacete e tudo. Ela parecia pessoalmente interessada na destruição desse grupo. Para os seus capangas, era um trabalho visivelmente fácil: eliminar alguém que ameaçava os planos da HYDRA. O que poderia dar errado?

- Ragborn em posição. Estou vendo o possível alvo. Ele está usando um manto branco descrito por nossos espiões, e está no cemitério colocando flores próximo de uma lápide. - dizia o líder a 200 metros de distância, empunhando um rifle sniper em cima de uma pedra num terreno alto. - Não dá pra ver o rosto dele, mas está gesticulando com os braços. Acho que está falando algo.
- Quero ouvir o que ele está falando. - dizia Amélie, sendo ouvida através do fone.
- Cavaleiro-03, é com você. - o atirador apertou um botão e se comunicou com um dos seus homens, que ligou os gravadores.
- ... o mundo continua bastante sombrio, minha esquilinha. Líderes do mundo inteiro travando guerras em nome de terra, dinheiro, fama e poder. Por isso existem tantas mazelas no mundo. As pessoas estão cada vez mais gananciosas, problemáticas, egoístas. Elas já não respeitam umas as outras, elas só pensam em si próprias. Aqueles que não se encaixa nesse mundo de aparências acaba sendo descartado pela sociedade. - ele passou a mão pela lápide, como se acariciasse a cabeça de uma criança. - Mas eu fiz uma promessa para você, esquilinha, de que iria construir um mundo perfeito, como os seus desenhos, e eu farei isso. Só que eu preciso convencer as pessoas de que somente Jashin pode nos trazer a paz para esse mundo. Só assim eu poderei criar um mundo perfeito, sem hipocrisia, sem dor, sem morte, um mundo onde crianças como você jamais saberão o que é a guerra ou a morte. - garantiu aquele homem. Amélie ouvia tudo de onde estava. O nome Jashin lhe trazia arrepios, mas ela disfarçava muito bem.
- Que coisinha mais comovente... Mate-o. - ordenou a Senhora Feudal do País do Fogo.
- Sim, Madame. - afirmou.


Ragborn manteve o seu alvo na mira, tendo a sua cabeça como alvo. Ele calculou o vento, a sua posição, o local onde o seu alvo estava, a temperatura do ambiente, a distância, tudo para um tiro perfeito. Demorou sete segundos para o momento certo, e então ele disparou uma bala contra a cabeça do seu alvo. A bala pegou nele em cheio, abrindo um buraco em sua cabeça por onde o sangue jorrava, o fazendo cair no chão rapidamente.

- Alvo abatido. Cavaleiros, terminem de abater o homem. Vocês tem somente dois minutos para cortarem a cabeça do homem. - avisou Ragborn.

Os seis ninjas emergiram das sombras e corriam em duas fileiras de três, mantendo os braços para trás para aumentarem a velocidade até o alvo. Um deles rapidamente puxou um machado, para assim cortar a cabeça daquele líder jashinista. Logo que entraram naquele pequeno cemitério, puderam perceber que a energia estava um pouco mais pesada. O jounin que puxou a espada virou corpo do encapuzado para frente com o pé, para poder degolá-lo mais facilmente. Porém, ao olhar dos olhos, o soldado da HYDRA viu o seu olho esquerdo brilhando de maneira estranha. De repente, sua cabeça explodia da mesma forma que ele, como se tivesse levado um tiro de rifle.

- RAGBORN, VOCÊ ATIROU NO TATSU! - gritou um dos soldados.
- Eu não atirei em ninguém, idiotas! O que está acontecendo aí!? - perguntou o atirador, vendo o homem se levantar de repente.

O homem da capa branca levantou-se com o buraco em sua cabeça regenerado, enquanto aqueles soldados de armadura preta se assustavam com a sua presença. Eles rapidamente sacaram bastões elétricos, capazes de gerar uma grande descarga elétrica equivalente a um jutsu Raiton rank-A. Os cinco cercaram o homem, pronto para matá-lo. Uma ventania bateu no local, balançando a capa branca que o Pastor usava, lançando poeira no ar.

- Ragborn, atira nele! - um dos soldados bradou, mas um outro jounin, afobado, correu contra o encapuzado, tentando bater com o bastão em suas costas. - CALMA AÍ, PORRA! - gritou o homem, visivelmente nervoso.

O Pastor rapidamente deu uma cotovelada no estômago do homem, o fazendo estagnar, roubando o seu bastão e colocando-o em seu pescoço, gerando uma descarga de energia que o nocauteava, além do grito agonizante que ele soltava. Outros dois vieram para tentar golpeá-lo, mas o Pastor usava a arma empunhada para rebater os golpes com extrema velocidade, dando passos para trás. Em um momento, o homem da capa branca flexionou as pernas e deixou um golpe do inimigo passar acima da sua cabeça, encostando o bastão na sua barriga e depois chutando-o para longe, fazendo ele se chocar com um aliado.

- NÃO NOS SUBESTIME, DESGRAÇADO! - o terceiro inimigo vinha pela sua direita, usando toda a sua velocidade para bater com a arma em sua cabeça. Pastor apenas levantou a sua mão direita e fez os dois bastões se chocarem. - O que!? - o soldado ficou em pânico, principalmente quando o seu alvo virava o rosto lentamente e olhava nos seus olhos. O Sakki enviado para o seu corpo era tão grande que ele acabava caindo para trás, sofrendo uma crise convulsiva.
- Ragborn, o que está esperando!? Atire nesse desgraçado!! - ordenava Madame HYDRA.
- Eu já atirei uma vez, e ele se levantou. - tentou argumentar o atirador.
- ATIRE NELE! - falou mais alto.

Ragborn disparou vários tiros no corpo do Pastor, que caminhava em direção ao único ninja da HYDRA de pé. O primeiro tiro pegava em seu peito, bem próximo do coração, e o fazia dar três passos para trás. O segundo pegava em seu rosto, e o terceiro em sua barriga. Aquilo tudo incomodava o Pastor, que olhou para o homem na sua frente.

- É uma pena que o seu camarada não tenha entendido... - ele disse, fazendo seu olho esquerdo brilhar novamente. As marcas de tiro no corpo do Pastor iam desaparecendo aos poucos, até que uma força na mesma direção de uma bala atingia o peito do soldado, depois o seu rosto e por último, a barriga. Ele tinha apenas um ou dois minutos de vida antes que ela se esvaísse. O Pastor se ajoelhou na sua frente, retirando o seu capacete. - É uma pena que você não viverá para testemunhar as maravilhas que o todo poderoso fará nesta terra. Mas a sua vida não será em vão. Ela servirá ao propósito... - sussurrou.

Ele agarrou o pescoço do soldado da HYDRA e abriu a boca. O homem semimorto pode ver o olho direito do Pastor brilhar, e sua energia vital ser sugada para dentro da boca do seu assassino. De repente, sua pele estava acinzentada e os seus olhos perdiam a cor. O Pastor se levantou e olhou na direção onde o atirador estava.

- Cacete, ele me viu aqui! Eu estou indo embora pra casa! - Ragborn se levantou rapidamente para fugir, desarmando as suas coisas.
- Ragborn, você não tem permissão para escapar! Esqueceu o que eu posso fazer se você recuar! - gritou Amélie.
- Estou mais preocupado com que ESSE CARA pode fazer comigo. Eu estou indo! - respondeu ofegantemente, virando-se de costas quando lhe aconteceu o que ele mais temia: o Pastor estava na sua frente, com um semblante sombrio.
- Então você é o atirador? - perguntou o encapuzado, fazendo Ragborn engolir seco.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - gritava Ragborn, enquanto tinha o seu pescoço apertado e depois quebrado. Madame Hydra ouvia aquilo pelo som do microfone dele, mantendo um semblante sombrio em seu rosto, sem saber o que fazer.

Enquanto isso, o Pastor se retirava daquele local em passos lentos. A Grande Revolução poderia esperar, pois ele precisava falar com o seu mestre divino.