Isao estava de pé logo pela manhã seca e amena de Iwagakure, estava tomando um pouco de chá com algumas frutas e um pedaço de pão que não era tão fresco assim. Junto com ele a vila começava a se levantar para seus afazeres cotidianos e podia ouvir também o barulho dos pássaros voando e “tagarelando” pelo pequeno complexo abandonado dos Kamizuru. O rapaz estava decidido a realizar um treinamento mais mental, precisava aperfeiçoar sua capacidade de análise em combate e de estratégia, adicionalmente, seu tempo de realização de selos não estava agradando-o muito de forma que precisava realizar mais selos por segundo.

O Kamizuru estava com alguns pergaminhos e livros sobre estratégia de combate, sobre armadilhas e como identificá-las ou projetá-las em campo. O primeiro pergaminho que decidiu ler versava exatamente sobre a versatilidade de utilizar armadilhas em campo de batalha como forma de ganhar vantagem em uma luta. O Genin logo conheceu então algumas ferramentas úteis como os makibishi e os fios de aço e como um ninja experiente poderia criar armadilhas utilizando sua inteligência e velocidade. Outras ferramentas já eram conhecidas do rapaz, como os selos explosivos e as kunais. ”Um ninja não tão habilidoso poderia simplesmente utilizar kunais com fios de aço para diminuir as possibilidade de ataque de outro inimigo, ou simplesmente como forma de isolar um acampamento temporariamente.” Dizia o pergaminho.

Todavia, continuando sua leitura, descobriu a utilidade de guizos presos nas linhas de aço como forma de criar um alarme natural muito efetivo. Ninjas com alta sensibilidade auditiva poderiam por exemplo criar um minado com esses guizos nos fios de aço e controlar inteiramente o campo de batalha, facilitando e muito a previsão dos movimentos do inimigo. O pergaminho continuava apontando a utilidade de selos explosivos amarrados em fios de aço e escondidos estrategicamente em um campo de batalha com pouca visibilidade, como uma floresta ou pantano por exemplo. ”Essa já é mais difícil de pôr em prática por não sermos um país abundante em florestas, bosques e pântanos, mas será que eu poderia adaptar algo? Em cavernas por exemplo?” Raciocinava.

A estratégia de selos explosivos com fios poderia ser aplicada em uma caverna ou algo do tipo, em uma cidade ou vilarejo seria extremamente não aconselhável, exceto, se fosse em território inimigo já dominado e sob contestação inimiga. Outra estratégia para desacelerar um inimigo no encalço seria utilizar makibishis para diminuir a velocidade e até mesmo incapacitar a perseguição ferindo os pés do inimigo, ou, de forma mais inteligente e com auxílio de um clone, jogar os makibishis em uma direção progressivamente diferente da que o original estava indo para forçar o inimigo a seguir logicamente o rastro de makibishi. - Essa última é uma opção mais inteligente, porém, arriscada. Caso os inimigos não tenham muita informação sobre o estilo um do outro pode funcionar mais facilmente e ganhar muito mais tempo. Disse sozinho. O pergaminho continuava falando de táticas de combate mais diretas como o uso de ferramentas ninjas básicas para criar distração e atingir o inimigo com arsenal mais poderoso como por exemplo utilizar bombas de luz para forçar uma abertura na guarda do inimigo, ou bombas de fumaça para se esconder e atacar de forma surpresa. ”Estas últimas duas estratégias não são efetivas contra ninjas do tipo sensor…” Pensou, e por motivos óbvios. Além disso, ninjas com olfato apurado ou ninjas com algum doujutsu famoso também poderiam contornar essas táticas.

Outro pergaminho que o rapaz iniciou a leitura versava sobre os estilos de combate, seus pontos fortes e deficiências. O ninjutsu, taijutsu e genjutsu eram abordados em sua fraquezas e forças e indicava formas de contra balancear o estilo. Isao continuava a estudar os pergaminhos, aprendendo sobre nintaijutsu e suas fraquezas, e outras coisas a mais como estilos de luta a curta, média e longa distância. ”Estilo a longa distância, fascinante… Utilizar arco e flecha para dar golpes mortais…” Admirou-se com essa possibilidade pois o rapaz nunca tinha visto um ninja em Iwa que utilizasse essa arma.

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Após sua sessão de estudos sobre estratégia que o rapaz realizou, partiu para estudar um pouco mais os selos de mão. O Genin já conhecia o básico das formações de selo, o que incluía como fazer cada selo, os nomes deles e para que eles serviam. ”Ao que tudo indica os selos de mãos foram criados por algum antigo sábio que supostamente foi um dos primeiros ou primeiro usuário de chakra para fins de autoconhecimento e defesa pessoal.” Essa informação do pergaminho deixou o Iwanin um pouco confuso, quem era essa figura suposta? Não haviam muitos detalhes naquele pergaminho o que levantava questões na mente do rapaz e que precisavam ser sanadas, mas em outra ocasião, não era o momento para algum estudo histórico e isso o rapaz havia decidido.

Continuando a leitura o rapaz descobriu um fato que até então lhe era desconhecido que era a possibilidade de dominar um jutsu para utilizá-lo com menos selos do que o normal. ”Enquanto as técnicas podem exigir vários selos manuais para funcionar, um ninja habilidoso pode usar menos ou até mesmo um para executar a mesma técnica.” O Genin achou isso impressionante e começou a cobiçar tal habilidade. O que era necessário? Chutou que talvez o controle de chakra fino era totalmente necessário e uma prática intensiva, quase extenuante, da técnica em específico.

Outro trecho do pergaminho ditava que um ninja experiente em muitas batalhas e estudado em selos e naturezas elementais poderia ler os selos de mão do inimigo para predizer com alguns segundos de antecedência a natureza elemental que seria invocada na técnica posterior. ”Ao ler os selos de mão do adversário, um ninja pode prever a natureza da técnica a ser executada.” Infelizmente a Academia não ensinava essa habilidade para meros Genin o que deixou o Kamizuru empolgado para praticar mais os selos e entrar mais em combates a ponto de ser rapaz de realizar essa análise.

A leitura do rapaz progredia de forma adequada, com um carvão utilizado para realizar anotações em sua caderneta de estudos ele anotava as informações mais relevantes tanto sobre estratégias e táticas de combate como sobre os selos de mão. Seu objetivo era tornar aquelas informações acessíveis e sempre "à mão" para decorá-las e internalizá-las de forma que pudesse aplicá-las em situações reais. Continuando sua leitura não conseguiu encontrar os selos que estavam associados a cada natureza elemental básica e assim que terminou o pergaminho passou para o próximo.

O próximo pergaminho que partiu para a leitura falava timidamente sobre o uso de uma única mão para realizar os selos, em vez de duas mãos, e como essa habilidade era difícil devido ao pouco número de shinobis que conseguiam dominar o uso desses selos com excelente controle do chakra. Adicionalmente, a quantidade reduzida de ninjas que sabiam dessa possibilidade tornava essa “técnica” ainda mais difícil de ser conhecida e aprendida. O pergaminho continha alguns supostos selos de uma mão, todavia, quando o Genin os realizou não sentiu nenhuma facilidade na moldagem do chakra o que denunciava que eram selos falsos. ”Será que tal técnica existe mesmo?” Passou a duvidar dessa possibilidade.

Após realizar mais alguns estudos teóricos de tática e estratégia e selos de mão o Iwanin decidiu praticar os selos com intuito de tornar seus movimentos mais ágeis no ato de realizá-los. ”Estou realizando um selo por segundo, em uma batalha posso estar em muita desvantagem na hora de realizar até mesmo ninjutsus básicos.” Pensou, o que causou a vontade de iniciar um treinamento prático dos selos: Macaco, dragão, rato, pássaro, cobra, cachorro, cavalo etc… Após esse treinamento, revisaria novamente suas anotações e voltaria a praticar os selos.