Conviver com o mestre Musashi e ouvir as suas histórias me deu uma vontade grande de sair pelo mundo. Viver pelo caminho da espada me parecia uma ótima forma de gastar o meu tempo aqui nessa terra, mas a realidade é outra. Iwagakure me abriu as portas, me acolheu e me tirou da sarjeta... além disso, eu não poderia simplesmente abandonar o Jin e a Fuu. Eles também tem seus objetivos, e iwa tem sido boa para eles também.

Eu sei que enquanto eu for um shinobi, nunca serei um espadachim tão bom quanto Musashi, pois um ninja tem que se fortalecer em outras áreas além do Kenjutsu. Não da para ter dedicação total.

Foi pensando nisso que resolvi praticar uma forma de “unir o útil ao agradável” e fazer o meio termo. Ouvi dizer que era possível empunhar uma espada com uma mão e fazer selos com a outra... bem, eu sabia da possibilidade, mas eu não tinha o “tutorial” para fazer. Então, meu amigo, foi na raça mesmo!

No início foi dando cabeçada, tentando e me frustrando, mas logo comecei a raciocinar sobre o processo e vi que não era um bicho de sete cabeças. Os selos são canalizadores do chakra, não é? É como se fosse a colher de pau para mexer a sopa... e lembrando-me das aulas na academia, eu ent3ndi que o Yin e Yang caminham em equilibrio durante a formação de um jutsu. Certamente, controlar o chakra com as duas mãos é bem mais fácil, e qualquer macaco consegue fazer o malabares... mas com uma só? Ai o bicho pega... mas ainda assim é plenamente alcançável.

Usei os meus sentidos para perceber a circulação de chakra em meu corpo, mesmo sem poder enxerga-lo, eu podia sentir suas interferências com o físico... eu sentia como a minha própria energia me nutria, e também não passava despercebido a vibração atingida no momento da Invocação de um jutsu. Assim, eu só precisei ser mais atento e perceber as diferenças entre as vibrações de um lado do corpo e do outro. A partir daí, após muita prática eu consegui comandar o meu fluxo de chakra da mão esquerda para a mão direita, repetindo a mesma frequência e dividindo p espaço com a outra corrente. Então era isso, transferir a mesma manipulação energética que eu faço com a mão esquerda, para a mão direita... e com o tempo eu passei a fazer também o contrário.

Era óbvio, camarada... nunca foi sobre dedos ou mãos, sempre foi sobre controle e frequência.

Eu peguei a manha, e logo lá estava eu exibindo meus golpes com a Lucille ao mesmo tempo em que faço meus selos de uma mão só. Doideira!