Depois de uns dias investigando alguns fatos relacionados ao ataque à sua casa, Indra esperou por Harumi sentado no banco de uma praça em Konoha. Depois de uns dez minutos, a garota se sentou ao seu lado, enquanto eles ficavam olhando para o céu. Haviam algumas pequenas nuvens, mas nenhuma delas tirava o brilho da noite. - Kaden já está sabendo das investigações que estou fazendo? - perguntou o inventor, olhando para o lado e vendo que a moça respondia que sim com a cabeça. - Eu tenho uns contatos que me contaram sobre uns certos livros que foram adquiridos por homens misteriosos, livros raros. Olha, eu não quero ser pessimista, mas algo muito ruim pode estar acontecendo nesse momento. Precisamos assumir o controle dessa situação imediatamente. - falou baixo, para que ninguém ficasse desconfiado. - Estamos providenciando para que os reforços cheguem logo, mas eles estão assumindo posições de liderança nas colônias, por isso fica difícil substituí-los tão rapidamente. Mas não se preocupe, daremos um jeito nisso. - disse a assistente do Hokage. O inventor rapidamente se levantou, deixando um envelope do lado da moça. - São todas as informações que consegui. - ele se despediu, mas antes que pudesse ir, ouviu a garota chamá-lo. - Por que você é assim? Você não consegue falar sobre outra coisa a não ser trabalho? - questionou, fazendo o rapaz olhar para trás. - Acho que somos iguais nisso, não? - e assim, ele continuou sua caminhada.

Ele passava pela praça, que estava mais agitada do que o normal, por ser fim de semana. Ele olhou para uma mesa e via um homem de cabelos negros, com um sorriso no rosto, com uma mulher em cada braço, rodeado de pessoas e com diversas bebidas na mesa. Quando estava para se afastar do grupo, alguém chamou o seu nome. - Olhem, se não é Kobayashi Indra, o grande inventor. Sabe, eu conheci muitos inventores em minhas viagens pelo mundo, mas nenhum deles tem o talento desse cara. - Raijin apontou o dedo para o objeto no centro do peito de Indra. - Não existe nada como isso no mundo. É simplesmente uma fonte de energia ilimitada e autosustentável. Respeitem esse homem, pois ele sabe de coisas que nenhuma pessoa sabe. Olhem esse Reator no peito dele.Se aproxime, cara, venha tomar um sakê com a gente. - ofereceu o homem de cabelo longo, fazendo Indra semicerrar os olhos. - Eu fico agradecido, mas tenho coisas importantes para fazer. - disse sem querer parecer rude, mas não era assim que Raijin encarava. Logo ele se levantou da mesa. - Que isso, cara? Eu te chamo pra minha mesa e você desdenha? Acha que só porque é o Ninja Inventor, pode me destratar assim? Sabe com quem está falando, seu merda? EU SOU YAMA- - antes que ele pudesse dizer algo, Indra virou-se e continuou andando. - Não me importa saber quem você é. - e continuou caminhando.

Aquilo mexeu com o ego de Raijin, que imediatamente saiu da mesa onde estava e foi atrás do inventor, colocando a mão em seu ombro esquerdo, pronto para lhe dar um soco. Só que antes dele fazer algo, a armadura de Indra foi ativada em um piscar de olhos, e Indra esticou o braço esquerdo na direção do seu rosto. - Afaste-se ou então eu vou explodir sua cara! - ameaçou com uma voz mais metálica, por causa do capacete em seu rosto. O homem então deu dois passos para trás, rosnando de raiva. Ao ver que as pessoas olhavam para a situação, Indra saiu voando para a sua casa, deixando aquele homem para trás. - Filho da puta... Quem esse cara pensa que é? - apertou os dedos num gesto de ira, rangendo os dentes. Ele então voltou para a mesa e pegou uma garrafa de whisky, tomando uma longa golada. - Desculpem-me, pessoal, mas preciso resolver uns assuntos. Fiquem aqui, bebam por minha conta. - Raijin deixou um bolo de dinheiro com o garçom, e saiu andando, entrando num beco. De repente, ele levou as duas mãos até a barriga, sentindo calafrios pelo corpo, que o levou a cair de joelhos no chão. Aos poucos, seu corpo começava a inchar, seu cabelo longo ficava oleoso e o seu rosto ficava cheio. Olhando o seu rosto num poço, Yuto via o seu terno rasgado por conta do tamanho do seu corpo. - Droga, por que isso foi acontecer agora? Droga, preciso sair dessa vila imediatamente! - sussurrou para si mesmo, buscando algo em seu bolso para chamar pelos reforços.

- Não sem darmos uma lição no inventor. - disse a voz de Raijin em sua cabeça. Quando olhou para o poço, Yuto viu a face daquele homem esbelto. - É melhor não mexer com ele. O cara tem muitos recursos, pode acabar me derrotando. Acho que o ideal é eu voltar para a base e planejar tudo. - sugeriu Yuto, mas a sua outra personalidade praticamente gritou na sua cabeça. - É exatamente por isso que ninguém respeita você, Yuto! Você sempre recua quando te colocam contra a parede! Está na hora de desenvolver colhões, Yuto, e mostrar que ninguém pode mexer conosco! Seja homem uma vez na vida, e acabe com aquele cara que nos insultou! Se não fizer isso, demonstrará fraqueza e vamos perder o respeito dessas pessoas. Você não é mais um cara qualquer, Yuto. Agora você tem tudo o que precisa para se fazer respeitar. Lembre-se dos seus sonhos, e como prometeu fazer para que ninguém entre no caminho deles. Ninguém pode contra você, Yuto, NINGUÉM! - e assim, Yuto rasgou o terno que usava, e saiu caminhando na escuridão, em busca de tudo aquilo que seria necessário para organizar a sua rápida vingança contra o ninja inventor.