Naquela noite, Mei havia recebido uma carta. A primeira vista, era apenas um pergaminho normal, com o detalhe do conteúdo ser o convite para um encontro a sós nos portões de Kumo. A estapafurdíssima ideia quase a fez simplesmente ignorar a mensagem, mas algo havia chamado sua atenção. Relendo a carta, viu que a remetente se chamava Sayuri Nagatana, e se lembrou que este era o nome de uma garota por quem Mei tinha uma paixonite aos doze anos. O problema é que tal garota era filha do representante diplomático de uma aldeia aliada que também pertencia ao País do Relâmpago, mas que ficava próxima ao litoral Suldoeste. As duas já não se viam a mais de uma década, não tinha como aquilo ser real.
E, ao mesmo tempo, não tinha como alguém conhecer aquela história para montar esse trote. Mei não tinha muitos amigos de infância, e aquele caso em particular foi, bom, particular. Só duas pessoas (as envolvidas) conheciam, e...
...E ela percebeu que estava errada. Na verdade, três pessoas conheciam aquela história. Mas... Não. Impossível. Por que agora, depois de tanto tempo? Incrédula, e um pouco (ok, muito) nervosa, Mei tentava colocar a cabeça de volta no lugar. Pensava em todas as possibilidades, mas sempre acabava voltando para a mesma resposta. A terceira pessoa, a pessoa que conhecia tudo da vida de Mei até os quinze anos... O que ela estaria fazendo ali?
Assim, Ogosho refletiu o dia inteiro sobre o que deveria fazer. Iria? E se fosse, iria sozinha? Seu dever como kunoichi era alertar a vila sobre aquela hipótese, mas... Se fosse mesmo ela, então aquilo era pessoal entre as duas. Seja lá por quais motivos estivesse ali, era um problema que Mei precisava resolver sozinha.
Aguardou e se preparou, e na hora marcada, quando o Sol já havia se posto no horizonte, a jounin foi até o local indicado. Era um dos portões secundários, e que portanto tinha menos guardas. Naquela noite, apenas dois chunins faziam a ronda por ali.
—
Senhores, dispensados — a jounin falou, assim que se aproximou deles. Os dois a encararam surpresos, e mesmo após a reconhecerem ficaram com a expressão de dúvida.
—
Como assim, "dispensados"?—
A cabeça de chiclete está convocando todos os chunins disponíveis em Kumo para uma operação de urgência. Precisam ir para lá imediatamente, eu assumirei seu posto. —
Você sozinha?Mei arqueou a sobrancelha.
—
Preciso mesmo explicar o porque uma jounin faria o trabalho de dois chunins com as duas mãos amarradas nas costas e sem uma perna? — Não era comum que Mei fosse grossa com companheiros, mas estava impaciente. Caso estivesse certa, aqueles dois correriam um grande risco de vida ficando ali.
Por sorte, o companheiro puxou o outro, tendo comprado a ideia.
—
Anda, vamos logo. Não aguentava mais ficar de guarda mesmo.Então eles foram, e Mei pôde respirar aliviada. Ela então aguardou, mas não por muito tempo. Como se estivesse ali, só esperando, uma figura se fez notar saindo das sombras. Usava um manto negro cobrindo todo o corpo, com exceção da cabeça. Nas mãos, trazia algo embrulhado em uma grossa manta de lã, de maneira que Ogosho não conseguia distinguir o que era. A figura caminhou calmamente, até parar de frente para a kunoichi.
—
Tem muita coragem de voltar aqui, e estou surpresa que ainda se lembre daquela história — disse Mei, mantendo a expressão costumeira, ainda que fosse apenas uma máscara. —
, minha irmã. —
Coragem é a dádiva dos necessitados. E eu prometi que nunca iria parar de te zoar por aquilo — respondeu a outra Ogosho, ainda imóvel frente a irmã gêmea. Outrora idênticas, Naomi havia cortado o cabelo em estilo Chanel e pintado de preto. Enquanto constatava isso, Mei se pegou lembrando de todas as vezes em que a irmã se queixou por parecerem ser a mesma pessoa.
Com um sorriso amargo a enfeitar os lábios, a jounin se manteve firme frente a nukenin:
—
Se me lembro bem, na última vez em que nos virmos foi nesse mesmo portão, com você tentando me matar. Então me diga, minha irmã, por que eu não deveria levá-la presa nesse exato momento?A dez anos atrás, quando as duas tinham apenas quinze, Naomi abandonou Kumogakure tornando-se uma Nukenin. As razões da irmã nunca ficaram perfeitamente claras para ela, já que apenas dizia estar fazendo aquilo para sair de sua sombra. Na ocasião as duas batalharam ali mesmo, com o desfecho sendo a fuga de Naomi. Ninguém nunca soube o que realmente aconteceu naquele dia, visto que as habilidades da Jounin (na época uma Chuunin) já eram notavelmente superiores as da irmã. Mas, com o tempo, a história foi ficando esquecida, até o ponto de que quase ninguém mais se lembra que haviam duas Ogosho no mundo.
Naomi respirou fundo, antes de começar a mexer no embrulho que trazia consigo. Atenta a possibilidade de um ataque surpresa, Mei se manteve alerta, pronta para revidar. Porém, o que seus olhos vieram a ver quando a renegada removeu a manta foi a última coisa que ela esperava:
—
Por que eu preciso da sua ajuda, Me-nee.Não foram apenas as palavras proferidas pela irmã, o embrulho que ela trazia nos braços, seu tom de voz de quem estava ferida ou o fato de ter usado seu apelido de infância (um trocadilho criado pela irmã usando seu nome, Mei, que utilizava o kanji para "Escuridão" (冥), e ela sempre escrevia "Me", com o kanji "芽", que significa "brotar", "florescer", removendo o "i", cujo kanji "依" poderia significar"dependência". Essa foi a forma mais carinhosa que Naomi conseguiu desenvolver na infância para alegrar a irmã em seus momentos de tristeza, quando ainda eram unidas), foi todo o conjunto do momento que levou a jounin a ficar paralisada, sem saber o que fazer.
Um grunhido infantil foi ouvido, quando o bebê nos braços de Naomi se moveu ao sentir o frio da noite no corpo. A julgar pelo tamanho, deveria ter pouco mais de um mês, talvez dois. Não passava de um recém-nascido.
—
O que...? — "O que está fazendo com um bebê?" era a pergunta que ela queria fazer, mas as palavras não saiam. Olhando para a expressão da irmã, observando dentro de seus olhos, ela viu a mesma criança que por tantas noites pulava para a sua cama quando não havia Lua no céu e a escuridão tomava conta do mundo. Aquele olhar era um detalhe tão característico, intrínseco nas lembranças de ambas as garotas, que Mei pôde finalmente entender que a irmã havia perdido sua luz guia, e, perdida na escuridão, mais uma vez buscava segurança junto aquela que esteve consigo desde o nascimento. —
Qual o nome dele?A guisa de pedir explicações, Mei se deixou levar por aquele sentimento que por tantos anos julgou não mais possuir. Estaria cometendo um erro?
A maneira como Naomi sorriu, com o suspiro de quem se livrava de um enorme temor, fazia a jounin não saber o que pensar.
—
Eu o chamei de Megumi — ela disse, olhando para a criança. Sua expressão era terna, mas também triste. —
Porque foi a única bênção que eu consegui.Mei não sabia como responder aquilo. O problema ali era exatamente esse: ela não sabia praticamente nada sobre a irmã nos últimos anos.
—
Acho que a gente precisa conversar, Naomi — disse.
—
Sim — a outra concordou, voltando a cobrir a criança. —
Mas não aqui. Por aqui, tem um lugar não muito longeEla começou a se afastar, e nesse momento Mei sabia que segui-la poderia ser um de seus maiores erros. A esse ponto, a desconfiança e o desejo de querer ajudar a irmã se misturavam, deixando a jounin confusa no que fazer.
No fim, fez o que achou certo.
[...]
Era uma velha casa abandonada, de madeira no sopé de uma das montanhas. Ficava entre duas rochas protuberantes que se sobressaiam na encosta, camuflando perfeitamente a construção a tal ponto que Mei não a teria notado ali se Naomi não a tivesse indicado. Lá dentro haviam alguns móveis espalhados, a maioria coberto por panos para os proteger da poeira. A mesa entretanto estava descoberta e bastante limpa, assim como uma das camas (onde o bebê fora colocado), e na lareira sinais claros de que houve fogo ali não muito tempo atrás. Se tivesse que adivinhar, diria que a irmã passou pelo menos uma ou duas noites ali antes de aparecer nos portões.
—
Não tão confortável quanto eu gostaria, e falta uma pintura ali e outra aqui, mas acho que está de bom tamanho para uma fugitiva — ela disse, olhando de esguelha para os lados, mas sem tirar os olhos da irmã. —
Então, imouto, pode começar a falar. Naomi torceu a expressão, como sempre fazia ao ser chamada de irmã mais nova (tecnicamente falando, Mei era um minuto mais velha que Naomi, algo que na adolescência ela usava para provocar a outra). Mas não fez comentários acerca disso, se limitando a um suspiro antes de começar:
—
Eu sinto que nosso tempo é curto, então não vou poder entrar em detalhes. Mas, como já deve ter percebido, você tem um sobrinho agora.—
Esse é exatamente o tipo de coisa que se deveria entrar em detalhes, principalmente quando aparece na porta da pessoa durante a madrugada com um bebê no colo — retrucou. Naomi apenas sorriu. —
Por exemplo, onde está o pai da criança?A expressão da nukenin era um misto de tristeza e ódio ao ouvir a pergunta, mas quando falou sua voz soava apenas dolorida.
—
Morto. Mas o responsável já teve o que merecia. E eu prefiro que a história completa morra junto comigo, irmã.—
E qual o motivo disso? — Ela começava a ficar impaciente. Queria esclarecimentos, e não respostas evasivas.
—
Para que ele possa crescer em segurança. Quanto menos pessoas souberem quem ele é e de onde ele veio, melhor será para ele. Com o tempo, ninguém mais poderá associá-lo ao pai e a mãe, e poderá ter uma vida aquém de nossos inimigos — sua voz tremeu nesse ponto, e havia algo ali que Mei não pôde deixar de notar.
—
Você disse "da mãe"? — Estreitou os olhos, ligeiramente temerosa sobre o que viria a seguir. —
Naomi, se você estiver planejando...—
E o que mais eu posso fazer?! Criar ele enquanto fujo dos Caçadores Anbu? De todo maldito mercenário que está atrás de qualquer pessoa com ligação comigo ou com o pai dele?! — Nesse ponto ela havia desabado de vez, perdendo totalmente o controle sobre o tom da fala, levando Mei a se assustar. Nunca havia visto a irmã naquele estado, e não achou que ela poderia ficar assim, mesmo que tantos anos tenham se passado. —
Eu não quero fazer isso, mas eu estou com medo, Mei. Medo pelo que pode acontecer amanhã, medo de dormir e não saber o que vou encontrar quando acordar. Eu nunca tive medo por minha segurança, mas pela primeira vez eu não sei se posso encarar esse tipo de situação.Em seus olhos, havia um pedido claro, suplicante, por socorro. A dor que Naomi sentia era tangível, e afetava Mei. Descobriu ali que, no fim, ainda não era capaz de ver a irmã sofrer e ficar em silêncio, sem fazer nada. E, finalmente, toda a resistência da jounin fora vencida. Em sua frente não estava mais uma renegada, que havia abandonado a vila e traído a todos por qual que fosse seus motivos. Era apenas Naomi, sua irmã que esteve ao seu lado desde os primeiros instantes de vida.
—
Eu sei que você me odeia pelo que eu fiz, e sei que talvez nunca vá me perdoar. Quer me xingar? Me amaldiçoar por voltar aqui apenas por não ter mais opções? Vá em frente!Naomi talvez estivesse certa em achar que Mei deveria dizer que toda decisão que ela já tomou foi a errada, e o quão estupidamente egoísta estava sendo ao aparecer para pedir por socorro. A nukenin
queria isso. Ela queria ser repreendida, para sentir que a gêmea ainda se importava o suficiente para ao menos isso.
Mas a irmã fez algo que a afetou ainda mais, de uma maneira que nenhuma palavra poderia fazer.
Ela a abraçou.
Naquele momento, o nó que havia se formado no estômago de ambas as Ogosho e que perdurava por quinze anos finalmente se desfez. Naquele instante, as irmãs estavam mais uma vez unidas pelo sentimento mais forte de toda a Criação: o amor, em sua forma mas pura e primordial. A renegada que jurou superar a irmã se desfez de todo o orgulho e raiva para tentar proteger o filho, se livrando de todo sentimento negativo para com aquela que sempre invejou ao entender que sempre estaria ao seu lado. A irmã que fora traída reconheceu naquela à sua frente a outra metade de si que havia perdido há muitos anos, reconhecendo que estivera incompleta até então, para a aceitar de volta como sua família.
—
Volte para Kumogakure — Mei falou, enxugando as lágrimas da irmã. —
Tenho certeza que consigo conversar com o novo Raikage e convencê-lo a aceitar de volta na aldeia, com uma punição mais branda — na verdade, ela conhecia bem pouco de Kazuha Uzumaki, e não sabia se ele realmente seria tão caridoso. Mas o que importa? Mei era uma Jounin de Elite, e moveria céus e terra se fosse preciso.
Naomi, entretanto, chacoalhou a cabeça negativamente.
—
Eu ainda não posso. Se eu voltar agora, Megumi ainda correrá perigo. Preciso garantir que não terá mais ninguém que possa vir atrás dele antes de poder ficar ao seu lado.Para Mei, aquilo não fazia sentido. Mesmo se Naomi estivesse sendo procurada por pessoas além dos AnBu, dificilmente alguém os alcançaria dentro de Kumogakure. Além, é claro, de ter Mei ao seu lado.
—
Seja qual for a encrenca que estiver metida, eu posso te ajudar.Ela sorriu, de uma maneira meio triste.
—
Cuide do Megumi por mim, até eu voltar. Por favor, essa é a melhor forma de me ajudar, e meu único pedido.Por algum motivo, Mei achou que o "até" de sua irmã estava apenas mascarando um "se". Ela sentia medo pela irmã, mas sabia que não adiantava insistir ali. Naomi sempre fora uma criança teimosa, e a melhor maneira de lidar com ela era a acompanhando em seus planos, para garantir que nada de ruim acontecesse. Assim, Mei concordaria com o pedido da irmã, enquanto discretamente deixava um
selo do Hiraishin na parte inferior de sua bolsa de armas quando se afastavam meio passo.
Naomi enxugou as lágrimas, desviando o olhar para o bebê que jazia adormecido, indiferente a toda a comoção no cômodo. Olhando para ele, Mei pensou em como era boa a vida de uma criatura inocente, que não havia nada para se preocupar. Naquele instante, jurou para si mesma que o manteria seguro, custe o que custar.
—
Se não posso convencê-la a ficar, imagino que vá embora de imediato — chutou, torcendo para que não fosse essa a resposta dela.
—
Quase. Na verdade, eu quero deixar outra coisa com você.—
São gêmeos? — Ela indagou em tom brincalhão, mas secretamente torcendo para ser só uma brincadeira mesmo. Naomi riu, indo até um baú lacrado com um Fuinjutsu e retirando de lá uma urna de cerâmica.
—
Está mais para um presente, para te ajudar. Afinal, que tipo de irmã horrível eu seria se apenas te jogasse essa responsabilidade, sem te dar nada em troca?—
Você é uma irmã horrível, Naomi.—
Fato. Mas espero que isso mude um pouco as coisas — ela mordeu o lábio, parecendo momentaneamente hesitante. —
Espero mesmo.—
Sua confiança não me transmite confiança. O que é isso? — A jounin olhava desconfiada para a urna, tendo um pressentimento ruim sobre o que viria a seguir.
—
É algo que vai te tornar mais forte. As pessoas chamam de Biju, ou, Besta com Cauda. Ela atualmente está selada dentro dessa jarra, e vou passá-la para o seu corpo.—
Você vai o quê? — Ela deu um passo atrás. —
Opa, opa, opa, não acha que estamos indo rápido demais nessa história?—
Por favor, Mei, nós não temos muito tempo. Metade do mundo está atrás de mim por ter... adquiro essa coisa, por meios não tão legalizados. —
Você quer me passar mercadoria roubada?—
Por favor, confie em mim.Era absurdo como Mei se deixava levar por aquelas palavras desde a infância. E mais absurdo ainda como ela continuava na mesma, ainda que quase nunca as coisas tenham terminado de uma maneira boa para elas.
Assentindo, ainda hesitante, mas confiando que a esse ponto Naomi não faria mal a ela, Mei permitiu que o processo fosse realizado.
E foi doloroso. Muito mais do que ela esperaria. Ela se recordou de seu tempo gasto nas forjas de Kumogakure, e imaginou que aquela era a exata sensação que o ferro tinha ao ser derretido para então ser martelado.
Ao final sua consciência quase se apagou, enquanto, no fundo de seu subconsciente, ouvia uma voz estridente soltar um urro de raiva. Era uma sensação quente, como se seu corpo estivesse sendo preenchido por puro ódio escaldante, tal qual a sensação de ser queimada pelo sol em um deserto. Inclusive, naquele instante, foi exatamente como Mei se sentiu: como alguém que havia se perdido entre as dunas de areia.
Antes de apagar completamente, foi trazida de volta a consciência por Naomi, que chamava pelo seu nome. Abrindo os olhos, a primeira coisa que viu foi o rosto da irmã sobre ela, a expressão de preocupação.
—
Você consegue me ouvir? Mei? Mei, por favor... —
Quando a dor passar, me lembre de ficar com muita raiva de você — a jounin resmungou, massageando os olhos e então piscando várias vezes para tentar clarear a visão. O que fora aquela sensação que ela sentiu? E de quem era aquela voz?
—
Eu falei que podia confiar em mim — Naomi sorriu, embora ainda soasse muito mais aliviada do que Mei teria gostado para se sentir segura. —
Você ainda se lembra até que ponto alguém pode entrar dentro do deserto?—
Só até metade. Depois disso, você está saindo.Naomi sorriu, e até Mei não pôde evitar um sorriso. Aquele era um antigo provérbio da família Ogosho, para lembrar seus membros que não importa quão grande pareça ser o problema, você só consegue entrar nele até a metade.
Levou mais alguns minutos até que a jounin estivesse bem o bastante para ficar em pé e caminhar pelo cômodo. Enquanto isso, Naomi recolhia suas coisas, volta e meia lançando olhares para o bebê sobre a cama.
—
Tem certeza sobre o que está fazendo? — Ela tinha que perguntar.
—
Vou perder a melhor fase, não é? — Ela brincou, com a voz embargada.
—
Vômitos, cocô e choro durante a madrugada. Literalmente a melhor fase.As mãos de Naomi tremiam, quase deixando cair o jarro, agora vazio, que ela transportava. Lágrimas haviam voltado a descer pela sua face, agora sem conseguir desgrudar os olhos da criança. Talvez Mei não pudesse entender realmente o que a irmã estava sentindo, mas a dor que emanava dela poderia facilmente ser tão visível quanto agitação de chakra. Ajoelhando-se ao lado da cama, a nukenin deixando seu rosto próximo ao filho, cochichando algo que só ele poderia ouvir – um pedido de desculpas, talvez? Uma oração? Mei achou melhor não se aproximar. A irmã precisava daquele momento. A criança ainda dormia, sem saber que acordaria sem aquela que esteve com ele desde seus primeiros dias.
Até Mei precisou secar algumas lágrimas, enquanto observava a irmã dar um último beijo de despedida na testa do filho.
Caminhando até ela, Naomi parou frente a jounin, tentando, sem muito sucesso, sustentar olhar.
—
Bom, então é isso.—
Acho que sim — disse.
—
Me desculpe por tudo que eu causei. Sei o peso do que fiz e do que estou fazendo, mas espero que consiga me redimir algum dia.—
Apenas volte para o aniversário do Megumi, Imouto. Vou fazer peixe grelhado — falou, apenas para ver a expressão da irmã se contorcer de novo. Com um sorriso triste, elas se abraçaram mais uma vez, sustentando aquele momento o máximo que podiam.
—
Eu sempre vou estar aqui por você. Apenas fique bem.—
Você também, Me-nee.Elas então se afastaram, e, com uma última olhada por cima do ombro, a renegada cruzou a porta, desaparecendo em meio a escuridão. Mei ficou parada por mais alguns instantes, refletindo. Sentia ter se livrado de um grande peso que carregava na alma por tempo demais, mas em compensação fora deixada com outro de igual tamanho. Um raio cortou os céus iluminando os arredores, indicando que em breve começaria a chover.
Mei recolheu a criança, a deixando bem protegida no interior da manta. Olhando para ela podia ver detalhes das feições que ela própria compartilhava com a irmã, embora o cabelo do bebê fosse preto.
—
Megumi — recitou o nome, pensando sobre seu significado. Esperava que Naomi estivesse certa quanto a sua opinião.
Sem poder enrolar mais, para não correr o risco de pegar chuva no caminho, retornaria para Kumogakure, levando seu sobrinho para casa.
E junto a eles, o demônio da areia.
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HP: 1.275/1.275 | CH: 3.795/3.800 | ST 00/16
Samehada: 000/500 | Shukaku: 1.500/1.500
- Informações:
- Estilo de Luta:
- Jutsus:
- Equipamentos:
- Bolsa de Armas 1:
+ Kibaku Fuda 12 [03]
+ Hikaridama x7 [07]
+ Makibishi x20 [04]
- Bolsa de Armas 02:
20x Kunais
- Arma Lendária:
Raijin no Ken
Rank: A
Habilidades: Poderá cortar técnicas até rank-A uma vez por turno e terá consumo de 50 pontos de chakra para ativar.
Descrição: Essa espada era propriedade de Tobirama Senju. Foi roubado de Konohagakure por Idate Morino porque Aoi Rokushō lhe disse que poderia se tornar um chūnin se conseguisse pegar a espada. Aoi então pegou a espada para si mesmo até que foi destruído pelos esforços combinados da Equipe 7. A lâmina brilhava de cor amarela e aparentemente era infundida com energia elétrica pura, daí o seu nome. A lâmina era incomum naquilo, embora parecesse se retrair ou emanar do punho ou travessas como um sabre de luz (e produzir o mesmo som), aparentemente era sólido e sujeito a estressar e a ser quebrado quando era aplicada força suficiente. As forças necessárias foram extraordinárias, no entanto, como uma fraqueza na lâmina teve que ser criada primeiro com um ataque sustentado do Chidori de Sasuke Uchiha, um ataque extremamente poderoso baseado em relâmpagos em si e, em seguida, para quebrar a espada precisasse ser atingido Com Rasengan de Naruto Uzumaki no ponto fraco exato que foi criado. Antes disso, a espada poderia cortar facilmente Chidori e Rasengan sem prejudicar.
- Seladas:
Kokutō
Rank: A
Habilidades: Possuirá um veneno de rank-B com efeitos paralisantes que dura dois turnos após o corte.
Descrição: O Kokutō (黒 刀, Literalmente significado: Black Blade) é uma espada única exercida por Raidō Namiashi. Esta katana tem uma superfície escurecida e não reflexiva e está fortemente revestida de veneno que Raidō geralmente usa para realizar suas missões de assassinato. Ele usou isso em conjunto com Aoba Yamashiro's Scattering Thousand Crows Technique para ocultar-se e a lâmina e defender com sucesso Akatsuki membro Kakuzu.
Samehada
Rank: S
Habilidades: Listadas neste tópico
Descrição: Samehada (鮫 肌, literalmente significando: Shark Skin) é uma grande espada sensível, de tamanho comparável ao Kubikiribōchō. É descrito como o mais terrível de todas as lâminas dos Sete Espadachins e até ganhou o título de "grande palavra" (大刀, daitō), aumentando ainda mais a sua reputação temível.
- Benção:
Chakra Ōtsutsuki (AG Tempestade de Neve)
Todos os personagens com essa bênção recobram 100HP e 150CH no início de cada turno automaticamente, acumulando esses valores com os dos atributos secundários "regeneração" e "recuperação" de suas fichas. Podem desenvolver o Ōdachinagi de acordo com as regras. Todos os jutsus até rank-B recebem o dobro de força (para dano e defesa). O item tem duração de 30 dias a partir do momento da entrega do pacote.
- Cálculos :
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- Observações:
Objetivo:Filler de Desenvolvimento: complemento da trama pessoal, introdução de personagens e adequação da obtenção da Biju (ela já foi insta selada por regra, o filler é apenas para justificar isso no On).
• Samehada selada no pulso esquerdo;
• Kokuto selada no pulso direito;