O chuunin Darkon estava acostumado a passar o natal sozinho, pois não tinha ninguém de sua família vivo e ainda tinha poucos amigos para considerar um local familiar para passar aquela data comemorativa. Sendo assim, era uma data triste para ele. Não tinha como não ser uma data triste, pois ele sempre se lembrava dos natais os quais passou ao lado de seu pai. Nesse ano, ele foi chamado pelo jounin Stone para passar o natal com a família dele. Stone era um jounin o qual havia feito alguns treinos com ele tempos atrás e tinha uma relação amigável com o mesmo, com Darkon considerando ele como um professor. Darkon e Stone andavam pela vila da pedra naquela tarde e conversavam sobre como era a família de Stone, visto que Darkon iria passar o natal com a família do seu professor e queria saber se tinha ninjas poderosos no local onde iria, porém o jovem chuunin parou de andar quando eles passaram em frente a uma casa que havia algumas crianças sentadas  na varanda da residência, sendo que todos os pequeninos estavam cabisbaixos. Então ele perguntou para Stone se ali estava ocorrendo algum velório.

"Não, Darkon. Essas crianças são orfãs. Os administradores da vila auxiliam elas com alimentos e roupas... mas em uma data como a de hoje, como elas estão vendo outras crianças reunidas com suas famílias, é normal que fiquem tristes."

"Deveria ter alguém passando essa data com elas..."

"Mesmo sendo uma data comemorativa, a maioria dos ninjas da vila estão em missão, ou fazendo algum outro trabalho. Já as outras famílias, em sua maioria, se reuném com seus familiares. Vez ou outra alguém passa datas comemorativas com esses órfãos, mas esse ano acho que eles vão ficar sozinhos. É um ano complicado."

Enquanto estava parado na frente daquelas crianças tristonhas, uma das crianças foi até ele: uma garotinha magrinha de cabelos pretos e olhos verdes, que entregou um papel para ele. Era um desenho de um homem de cabelos brancos com gorro e roupas avermelhadas. Darkon sorriu por baixo da máscara e elogiou o desenho daquela garotinha, falando que ela desenhava muito bem. A garotinha sorriu e voltou para junto das outras crianças. Saindo dali, Darkon falou para Stone que tinha que fazer uma outra coisa e se encontraria de novo com ele mais tarde na casa dele para passar o natal com a família do seu professor. Então, ele foi até uma loja de roupas da vila e comprou algumas vestimentas com cores vermelha e branca. Após adquirir as vestimentas, foi até uma costureira que conhecia por ter ajeitado alguns rasgões no seu uniforme ninja algum tempo atrás e pediu para ela lhe ajudar com um projeto. "Não acha melhor esses detalhes ficarem na cor vermelha e branca, igual no desenho da garotinha?", perguntava a costureira, ao que recebia como resposta do jovem: "Prefiro a cor preta aonde eu rabisquei o desenho. É mais meu estilo".

Ele espera calmamente até que a costureira termine as mudanças nas roupas que ele havia pedido, a agradecendo diversas vezes durante o processo de costura por ela o ajudar em pleno dia de natal. Finalmente a costureira havia terminado o trabalho, e então Darkon pega as novas vestimentas, as experimenta, afirmando terem ficado ótimas para o seu tamanho e segue para a casa dos órfãos, mas antes passando em sua casa e pegando uma máscara branca ao invés da sua tradicional máscara preta para completar sua vestimenta especial. As crianças que ainda estavam na varanda da casa a qual Darkon havia passado, se levantavam e pulavam de alegria quando viam aquela pessoa se aproximando delas.


"O senhor veio!!! Qual presente o senhor nos trouxe?"

"O melhor presente de todos: um treinamento ninja com o lendário ninja da vila da pedra, o grandioso lendário Darkon, claro, quando vocês forem pelo menos genin! Esse é meu presente para todos!"

"Darkon? É aquele ninja estranho que só usa roupa de cor preta?"

"Sua roupa é meio preta porque o senhor é fã dele?"

"Eu quero virar ninja!"

"Garotinho que eu não sei o nome e que falou que quer virar ninja, esse é o espírito! Um dia vocês serão ninjas tão grandiosos quanto o lendário Darkon!"

"Tá bem... mas e hoje, o que vamos fazer?"

"Queremos brincar de cavalinho com o senhor! VAMOS! QUEREMOS BRINCAR DE CAVALINHO!"

"Cavalinho? Eita isso vai acabar com minhas costas... e são quatro crianças, eu sou só um... mas tem uma forma melhor... Kage Bunshin no Jutsu!"


"O PAPAI NOEL É MÁGICO GENTE!" - gritava uma das crianças inocentemente.

Os quatro Darkons agora brincavam de cavalinho com as crianças, cada um com uma criança nas costas. Os pequeninos sorriam e se divertiam, cada uma alegando que seu papai noel era o melhor cavalinho. Alguns moradores perto dali ficavam vendo aquela brincadeira e sorriam vendo a boa vontade do ninja Darkon em divertir um pouco aquelas crianças na noite de natal.

Após brincarem de cavalinho, uma das crianças insistiu que queria brincar de jogar pedra no papai noel. Darkon permitiu, mas claramente colocou seus clones para levarem as pedradas. O ninja viu potencial na criança que sugeriu atirar pedras no papai noel. "Se continuar com esse pensamento agressivo vai se tornar um ninja poderoso futuramente. Melhor na vila da pedra do que em outra vila", pensava Darkon.

Outra criança pedia que o papai noel contasse histórias sobre a vida dele para as crianças ouvirem, e foi prontamente atendida. Enquanto o Darkon original contava história para as crianças, dois clones saíram dali. Um deles voltou com lanches para as crianças, e o outro não voltou mais, pois foi para um compromisso na casa do professor de Darkon. Ele torcia para que Stone não descobrisse que ele enviou um clone para passar o natal com a família dele.

Darkon considerou a noite como terminada quando viu todas as crianças dormindo no chão da sala após ele contar várias histórias tediosas torcendo para elas pegarem no sono, pois já estava bem exausto de tantas brincadeiras. Saindo dali, desfez seus clones e foi para sua casa dormir, tendo uma ótima sensação de ter feito uma ótima ação naquele dia. No natal do ano seguinte, ele esperava que as crianças tivessem a companhia de alguém mais competente em diversão do que ele, mas caso faltasse alguém melhor do que ele, ele iria procurar entregar um pouco de diversão no dia de natal para aquelas crianças novamente, pois como ele também era um órfão, sabia o quão triste podia ser passar um natal sozinho sendo uma criança.

Considerações: