Zed estava galgando despreocupadamente pelas ruas do vilarejo quando fora abordado repentinamente por um Jounin. Este que não lhe disse nada, apenas entregou um pergaminho e uma sacola de ryous, e saiu rapidamente, deixando o genin um pouco confuso. Mas tudo se esclareceu quando Zed olhou atentamente para o pergaminho e notou o selo oficial do Hokage. — Uma missão! — exclamou.

Rompeu o selo e apressou-se a ler o conteúdo da carta, que como imaginava, era uma convocação para uma missão. Lembrando de sua última missão, que foi relativamente fácil, Zed esperava algo diferente dessa vez, mas também esperava conseguir concluí-la, afinal sua ânsia era de ascender na "cadeia alimentar" de Konoha o quanto antes.

Tendo a convocação, retornou para sua casa para preparar-se. Colocou suas roupas oficiais com o símbolo do vilarejo estampado, amarrou seu cinto com sua bolsa ninja — contendo as armas — e zarpou de imediato para fora dos limites do vilarejo. Empolgado como estava, esqueceu de ler a trilha marcada no mapa e só deu-se conta de que não sabia o caminho quando estava nos portões de Konoha. — Ér... pra onde é mesmo? Ah, sim, deve ter um mapa! — assim, ele olhou o pergaminho outra vez, que por sorte havia deixado na sua bolsa junto com a sacola de ryous.

— Vejamos... é pra cá! — tendo o seu mapa guia, Zed traçou seu curso na direção do país do chá.

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Naquela derradeira noite, sem uma lamparina sequer e um trajeto tremendo para percorrer, restava apenas o tédio. Então, para passar o tempo, Zed resolveu apanhar um punhado de pedrinhas no caminho e brincar de quão longe ele as atirava.

Era uma noite enluarada, e a luz da lua estava iluminando parte do trajeto para o genin. Com a mão direita segurando a pedra que arremessaria e a esquerda segurando o montante restante, Zed começou sua brincadeira.

Não utilizaria sua força total, obviamente, mas uma pequena parcela dela era suficiente para que fazer a pequena pedrinha voar uma distrância enorme à frente ao ser atirada.

Uma hora se passou nessa brincadeira, entre as jogadas Zed reabasteceu o estoque de pedrinhas várias vezes. Até que ao olhar para frente, ouviu um chamado estranho. Um homem se pôs em seu caminho e o Lee cessou os passos imediatamente.

- Bom, eu estou indo para o país do chá. E você? É perigoso estar aqui fora a essa hora... - Zed retrucou, estranhando a aparência e vestimentas estranhas do homem. Parecia um pervertido. Mas ao analisar bem, parecia que ele treinava bastante, pelos músculos, talvez estivesse treinando àquela hora.

- Você treina bastante? - Zed perguntou sem cerimônias, afinal estava curioso.

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Com as declarações do homem à sua frente sobre seu treinamento, Zed não teve outra reação que não fosse admiração. Ele era um homem completamente entregue à juventude, dedicava-se integralmente ao treinamento e agora entendia o motivo de suas roupas — ou a falta delas. Obviamente, o homem deveria estar treinamento mesmo àquela hora.

Quando questionado sobre ser adepto do estilo de vida, Zed orgulhou-se de ser facilmente reconhecido. — Huhu, então você notou! Sim! — o Lee rapidamente encaixou uma pose e forçou seus músculos, aumentando incrivelmente o diâmetro dos seus membros e corpo, estufando as roupas e deixando as veias marcadas mesmo debaixo dos panos de suas vestimentas.

Mas algo mudou subitamente, a expressão do homem tornou-se nula quando este visualizou algo em Zed. O pequeno notou a mudança, e voltou a postura normal. Eis que o homem revela-se um salteador e parte para cima de Zed com o intuito de lhe furtar a sacola de pano, essa que possuía os ryous necessários para comprar os suprimentos de chá e realizar a missão.

— O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! — o rugido da juventude de Zed foi estrondoso, ao mesmo tempo que o Lee desvencilhava-se de um ataque ao realizar um jogo de pés e ir para o lado com velocidade, driblando o avanço do ladrão. Seu objetivo era contornar o homem pela sua esquerda e parar em sua retaguarda.

Tendo êxito ou não na ação anterior, Zed aplicaria um bicuda de direita buscando acertar a lateral do crânio daquele homem e guiar seu pé em direção ao solo para afundar sua cabeça no chão. Em seguida, o Lee realizaria uma cambalhota baixinha no ar, apenas com o objetivo de acertar seu calcanhar novamente no crânio de seu inimigo, saltando para trás após o combo para tomar distância.

O motivo de mirar sempre na sua cabeça é que o restante do corpo parecia bem resistente, a cabeça por outro lado ofereceria menos defesas. Depois de se distanciar, Zed observaria se seu inimigo se levantaria, mantendo uma postura de luta enquanto esperava. Caso ele se levantasse, Zed o parabenizaria — Hoho, você é forte mesmo! — mas rapidamente avançaria contra o homem outra vez.

Dessa vez, avançaria em linha reta e buscaria atingir um socão em sua costela com seu punho direito, revezando com a canhota para tentar outro golpe mirando seu rosto. Para finalizar, o baixinho giraria em seu próprio eixo e ergueria seu calcanhar novamente contra o crânio do homem, almejando golpeá-lo pela lateral.

Se não houvessem mais problemas, ou se mesmo o homem fosse nocauteado da primeira sequência, Zed ergueria um joinha para seu oponente. — Você foi um bom oponente! — e assim continuaria seu rumo seguindo o mapa para o país do chá.

Lá, procuraria pela localização descrita onde pudesse comprar os suprimentos de chá e pagaria com os ryous ofertados na sacola, esvaziando os bolsos para isso. Tendo o objeto da missão em mãos, retornaria para Konoha sem mais delongas, não vendo a hora de tomar um bom banho após o esforço físico. Esperava não encontrar o homem na estrada outra vez, ou o coitado teria que apanhar de novo.

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