Era um dia comum, como outros que vieram antes e depois dele. Há muito não aconteciam grandes eventos catastróficos que perturbassem a paz e o andamento da sociedade, e graças à isso tínhamos os shinobis aspirantes realizando missões de baixo escalão, como era de se esperar em um fluxo normal de uma vila.

Leonhart não escapava dessa tangente, e havia solicitado para realizar uma última missão, antes de requerer sua graduação como Chunin. Ele havia feito inúmeras missões de ranking maior, com ajuda de outros shinobis mais velhos, porém, ainda necessitava de uma missão naquele grau específico, para se graduar. Uma burocracia sem sentido, na sua opinião, mas que faria sem reclamar.

Passou no balcão e fez a solicitação formal, assinando um memorando e então partindo para completá-la. Seu destino eram os arredores do vilarejo, mais precisamente em vilas menores que circundavam Kirigakure. Os boatos eram de que elas estavam sofrendo constantemente com os assaltos de um grupo específico, e a missão de Leonhart era desestruturar esse grupo e cessar as ocorrências.

Não demorou muito para que o Hozuki chegasse em seu destino, e então começou uma pequena patrulha, disfarçado e escondendo a bandana de sua vila natal: a névoa. Seu capuz do casaco azul escuro cobria sua cabeça e escondia seus longos cabelos azuis, tudo isso para não chamar atenção e possivelmente dissuadir o grupo a realizar um atentado na sua frente, que era seu objetivo.

Dito e feito, um grito ecoou e chamou a atenção de Leon, que se virou e partiu rapidamente pelo pavimento na direção da voz. Ao chegar, avistou um grupo correndo em disparado com algumas bolsas nas mãos, então partiu em seu encalço de maneira ágil.

— Sate, sate, sate...

Não era difícil para o Hozuki acompanhar a velocidade dos rapinantes, uma vez que ele parecia ser muito mais rápido, e não precisaria se preocupar com possíveis habilidades ninjas, pois era confirmado que não passavam de salteadores comuns.

— Certo, rapaziada, irei dar a chance de vocês se renderem pacificamente e assim evitaremos que alguém se machuque, que acham?!

Ao verem a criança disparando essas ameaças, os ladrões riram e puxaram uma faca, disparando contra o rapazote. No meio da correria, o Hozuki pôde ouvir claramente "quem é essa criança aqui?!

Seria um erro que eles não cometeriamm mais. A faca arremessada atravessou o corpo aquoso de Leonhart e se fincou em uma parede do outro lado, e foi recebida com um suspiro entediado do genin.

— Certo, vocês preferiram assim... 

O rapaz avançou contra a trupe, numerada em três marmanjos barbados, e atacou os dois primeiros com tapas de mão aberta, mas antes de acertá-los liquefez as próprias mãos para que a água envolvesse suas cabeças e impedisse sua respiração, tudo isso enquanto corriam. O terceiro integrante cotninuou correndo enquanto os dois que foram alvejados pararam por falta de fôlego e caíram, tentando desesperadamente tirar a água que cobria seus rostos. Tentativas em vão, apenas, uma vez que todos os golpes que tentaram apenas atravessavam o rapaz, até que por fim desmaiaram.

— Agora o outro. 

Ele voltou a correr, deixando ambos nocauteados por asfixia no chão, estavam vivos mas com água nos pulmões, então precisariam de um tratamento posterior. Mas Leon não tinha intenção de matá-los. Assim que alcançou o terceiro bandido, saltou em suas costas e encaixou uma espécie de mata-leão, mas com seu braço entre seu nariz e boca, realizando a mesma estratégia de liquefazer o membro e tampar suas vias respiratórias.

Pouco tempo depois o homem caiu, e assim Leon finalizou o grupo, com facilidade. Sua experiência não era mais a de um mero genin, e então voltou arrastando o homem com certa dificuldade até os outros dois companheiros. Com um selo de mão, manipulou a água residual que continha seu chakra para sair de seus pulmões e assim os três acordaram, mas dessa vez, menos tentados a fugirem.

— Bom, é isso.

Os responsáveis do vilarejo chegaram e amarraram os bandidos, devolvendo os objetos furtados e o Hozuki retornou ao seu vilarejo para realizar as burocracias de fim de missão, assim como dar um relatório, que consistiu basicamente em:

— Foi mole, mole.