Durante seus anos como ninja, Akira pôde assistir a diversas técnicas sendo realizadas, seja pelos seus companheiros ou seus adversários. Todas possuíam características únicas, desde sua função até alguma particularidade a mais do próprio indivíduo que a concretizou, entretanto, muitas delas seguiam um estado de natureza comum entre si: a Transformação Elemental. Katon, Fūton, Raiton, Doton e Suiton, esses eram considerados os cinco estados da natureza básica.

Dessas cinco naturezas, Akira dominava apenas duas – Doton e Katon, constituintes da Kekkei Genkai de Son Gokū, Yōton. No entanto, tal Haruno sempre imaginou-se utilizando todas as cinco transformações elementais para as mais variadas situações, e agora no Campo de Treinamento, chegava o momento de colocar todas as suas experiências no aprendizado e buscar a perfeição com todas as cinco naturezas de chakra. Primeiramente, via-se a necessidade de preparar seu fluxo interno de chakra para a performance, como uma espécie de alongamento pré-treino, pois transformar o controle de sua natureza em outra sem domínio certamente era um desafio e fazer isso com três elementos diferentes seria uma tarefa ainda mais difícil, mas não impossível.

Iniciando o treinamento, Akira começava repassando mentalmente suas duas naturezas básicas com as quais tinha domínio. Para usar o Katon, de maneira simples, era necessário moldar o chakra dentro do estômago e superaquecê-lo ao ponto de entrar em chamas, literalmente, e depois cuspi-lo através de seus pulmões e boca. Por sua vez, o Doton precisava que o usuário se concentrasse na modelagem do chakra, buscando constituí-lo com a essência da terra e manipula-la conforme sua vontade.

Com base no que tinha estudado, a transformação em Raiton consistia na vibração da alta frequência do chakra ao ponto de gerar eletricidade, garantindo assim uma forma de energia rápida e perfurante. Levantando sua destra para frente, Akira começava a centralizar uma quantia de chakra significante em sua palma, que logo mostrava sua coloração amarelada e sem interferência de alguma natureza elemental, ao menos por pouco tempo, já que o objetivo dos cabelos rosados era justamente recriar a teoria na prática, buscando vibrar aquele acúmulo de energia numa frequência de alta potência.

Entretanto, era muito mais fácil dizer que fazer. As primeiras horas daquele treinamento foram tentativas frustradas de erro e acerto, sempre tentando aperfeiçoar seu domínio e corrigir as inconsistências que lhe levavam a repetição do processo. Até pensou em utilizar de alguma ferramenta metálica para servir como um possível condutor de eletricidade, contudo, logo se via impossível uma vez que o único elemento no qual Akira tinha afinidade era com a terra e perícia com a lava, impedindo-o assim de imbuir suas armas com outros elementos fora esses.

Felizmente, não seria necessário e tampouco lamentaria pelo fracasso do outro método, visto que o original já se mostrava obter seus primeiros resultados satisfatórios. Faíscas de eletricidade começava a saltar da mão que acumulava chakra, esse que aos poucos também tinha sua coloração âmbar se tornando mais clara e azulada, ainda que fosse uma pequena demonstração da liberação do relâmpago aquilo sinalizava que, com um pouco mais de prática, Akira tinha sim aptidão para utilizar do elemento raio.

Passando para a próxima etapa, restavam apenas mais dois elementos para dominar; contudo, a dificuldade em executa-los tinha um enorme abismo de diferença para a anterior – geralmente, todos os Shinobis eram aptos a dominar até três naturezas elementais, raras exceções conseguiam se especializar no quesito elemental e dominar até quatro, porém, dominar as cinco naturezas simultaneamente era quase um efeito de maestria. Akira tinha conhecimento dessas limitações as quais também estava incluído, a princípio, mas não lhe vinha a necessidade de tornar um especialista nesse assunto, visto que existia outro método exclusivo que lhe facilitava o aprendizado.

Retirando seu tapa-olho da face, Akira ativava seu infame Dōjutsu por mais uma vez. A leitura de chakra proporcionada pelo Rinnegan era uma habilidade eficiente para a resolução das técnicas, incluindo as naturezas elementais, e seria através dela que Akira determinaria seu treinamento com Suiton, a liberação de água. Essa requere uma maior habilidade do usuário, visto que o chakra deve ser moldado de forma a imitar o fluxo, a flexibilidade e a adaptabilidade do líquido e o reproduzir com intensa pressão; com auxílio do Rinnegan, entretanto, essa tarefa se tornava muito mais fácil, apenas seu olhar permitia uma analise quase automática de sua formação e mandava essa informação para a mente do usuário para que esse então refizesse com perfeição.

E assim foi feito, quando compreendeu a formação constituinte da natureza aquática, Akira começava a reunir chakra e remodela-lo em seu estômago, mas, ao invés de superaquecê-lo para gerar calor, desta vez, buscou mantê-lo numa forma líquida e inconsistente como a própria água, que logo depois era expelida pela boca de tal Haruno. Um sorriso vitorioso surgia no canto de seus lábios, sabendo que havia dominando a base de mais uma natureza de chakra.

Por fim, restava apenas um último elemento a se conquistar o êxito: Fūton, a liberação do vento. Esse era igualmente complexo como o anterior, tendo que buscar pela condensação do chakra para o mais afiado e fino que pudesse alcançar, precisando gera-lo numa velocidade absurda para que conseguisse tais efeitos desejados. A canalização dessa manifestação de natureza causava mudanças notáveis na palma imbuida em chakra, como sua coloração de outrora que se tornava um translucido quase invisível e suas aura dilacerante gerando cortes involuntários na circulação de ar do local.

Assim, o treinamento por aquele dia estava concluído, tendo agora uma noção melhor de todas as cinco transformações da natureza de chakra.

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