Fazia algum tempo desde que Akira começou a nutrir um desejo maior pelo combate armado, visto que era comum a maioria dos Shinobis possuir afinidade com algum armamento em específico, seja kusarigamas, arcos e, principalmente, espadas. Desse último Akira possuía um arsenal invejável em sua posse, como a lendária Kubikiribōchō sempre presa em suas costas e a lendária Kusanagi guardada nos aposentos de Kumogakure, fazendo até mesmo Akira imaginar que o seu estilo de arma seria de fato o Kenjutsu. No entanto, mesmo com tamanha vontade e esforço, seu manuseio com essas armas era muito distante de um verdadeiro perito, mesmo com seus treinamentos buscando melhorar a prática Akira continuava a sentir que não possuía afinidade com tais lâminas.

Foi então que seu Assistente, Yotsuki Ryotaro, que era um perito na arte da espada, aconselhou-lhe a tentar um estilo diferente: "Ao invés de amenizar um ponto fraco, potencialize um ponto forte." Akira não possuía aptidão com nenhuma arma em específico... Exceto pelas ferramentas básicas, como Kunais e Shurikens, as quais Akira possuía um bom manuseio de fato, ao ponto de realizar constantes treinamentos dessa modalidade para os recém-ingressados na carreira militar Shinobi e com seu guarda-costas pessoal, Uchiha Satoru.

Com esse ponto levantado em questão, e seguindo a sugestão de seu Assistente, Akira decidia investir mais de seu treinamento no domínio dessas armas básicas. No Campo de Treinamento, iniciava seus exercícios com arremessos de tiro ao alvo, marcando e calculando as distâncias que seus projéteis alcançavam. Repetindo esse processo algumas vezes ficava nítido que a diferença estava no ângulo e na força colocada sobre a arma, tanto nos arremesso quanto nos confrontos direto, sendo o primeiro fator o mais determinante na maioria das situações. Akira já esbanjava de uma força física colossal, entretanto, de nada ela valeria se não possuísse técnica por detrás de seus movimentos.

Assim, depois de realizar o primeiro método, começava a praticar o manuseio direto com as ferramentas; as Kunais tinham o propósito de serem pequenas lâminas cortantes e perfurantes, como facas e adagas, que sendo muito bem utilizadas poderiam ser mais eficientes que uma armamentista – mesmo contra lâminas maiores e mais pesadas, como machados e espadas; as Shurikens e Senbons possuíam funções semelhantes, visto que ambas eram armas mais voltadas para o arremesso, embora também fosse possível utilizar a primeira num combate próximo improvisado; contudo, suas diferenças ainda eram consistentes, a Shuriken podendo ser utilizada para a distração e tendo melhor compatibilidade com outras ferramentas, enquanto que as Senbons – possuindo conhecimentos médicos ao seu favor, principalmente – podem ocasionar em ataques mais letais e com efeitos mais adversos para o corpo dos seres vivos; os fios de aço tinham funções virtualmente infinitas, desde utilizações de suporte até mesmo ofensiva; e por fim, os Makibishi eram utilizados principalmente para armadilhas e controle de campo.

Assim, foram necessárias várias horas de prática e teoria para compreender e manejar adequadamente cada arma básica que conhecia. Entretanto, não bastava somente treinar por um dia, seria necessário realizar esse treino de maneira regular, para que eventualmente se adquirisse a verdadeira Perícia em Shurikenjutsu.

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