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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Luma
Genin
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O Inicio antes do Fim
A little Paradise in the Hell

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Ano 1 D.G

Onde ela estava?
Quem era ela?
Alguém roubou suas lembranças, ou… Ou será que ela não existia?
Era como estar acordando de um sono muito, muito longo.

Antes de abrir os olhos, Luma – sim, seu nome era Luma, agora podia se lembrar – sentiu a luz penetrante do Sol banhar seu rosto, atravessando pelas vidraças da janela de seu quarto. Ainda sem fazer qualquer movimento na intenção de se levantar, levou uma mão até a face, cobrindo metade dela, enquanto seu olho direito, de um rosa-lilás profundo, agora aberto, perscrutava as sombras que se formavam no forro.  

Com o que havia sonhado mesmo? Tinha vislumbres difusos em sua mente, mas até esses rapidamente se perdiam, sendo os detalhes consumidos mais rápido do que ela era capaz de reuni-los. Afastou a mão alguns centímetros do rosto e a abriu e fechou, flexionando as juntas dos dedos. Podia sentir uma estranha dor e queimação, como um formigamento em todo o corpo. O que estava fazendo antes de adormecer?

Nesse momento a porta do quarto se abriu e uma mulher entrou. Ela usava um quimono estupidamente lindo, costurado em fios tão leves que o tecido esvoaçava na menor brisa, e era repleto de desenhos multicoloridos de borboletas. Ela tinha cabelos negros que iam até pouco abaixo da linha do queixo, e olhos verde-esmeralda, que se curvaram quando um sorriso abriu em sua face ao ver a criança já despertada.

Achei que teria que pular na cama para te acordar. Anda, precisa se arrumar logo, nós temos que ir — ela tinha mais de trinta anos, mas tanto sua aparência como forma de falar eram joviais.

Ir? — Luma fez uma expressão confusa.

Não vai me dizer que se esqueceu que é hoje a comemoração pelo fim da guerra? Vamos lá, eu te ajudo.

Ela então esticou os braços e tomou as mãos de Luma nas suas, puxando-a da cama. Passaram algum tempo escolhendo um quimono para a criança usar, então, após terem concluído todos os demais preparativos, elas se sentaram sobre a cama. Batafurai – este era o nome da mulher – dedicou então um longo tempo à tarefa de escovar os cabelos da menor.

Eu nem acredito que enfim terminou — sua voz soava cansada, embora fosse bastante perceptível o alívio e felicidade em cada palavra. — Confesso que houve momentos em que senti mais medo do que jamais pensei que sentiria.

Sim… — A criança tentava puxar na memória detalhes da guerra. Conforme suas lembranças iam se assentando, podia se recordar de ter participado dela, embora não tão ativamente quanto a força regular de Konoha, da qual sua sensei fazia parte. Inconscientemente tocou sobre onde o pescoço se unia ao ombro esquerdo, embora, no primeiro momento, não soubesse por qual motivo.

Isso aí… Nós vamos dar um jeito, eu prometo — a mulher disse, interpretando o movimento de Luma. Olhando ali a genin pôde ver uma marca escura, semelhante a uma tatuagem, com algo que lembrava três tomoes se rodeando feito um redemoinho. Se forçasse a memória conseguia visualizar o momento em que obteve aquilo, em uma luta contra um sujeito de pele muito branca.

Apoiou a cabeça que começava a doer sobre uma mão, fechando os olhos. Por que suas lembranças estavam tão confusas? Gradualmente tudo ia se abrindo, e ela até mesmo perdia a consciência de que havia algo de estranho ali. Um sonho… Ela apenas teve um sonho ruim. Seu nome era Luma Chounmei, ela estava em casa. Sua casa. E aquela mulher era Aburame Batafurai, sua mestra que a salvou e adotou quando ainda era não mais do que uma pirralhinha de sete anos.

Sentiu os braços da jounin a envolvendo pelos lados e lhe fechando em um abraço apertado, com o rosto da mulher repousando próximo ao seu ombro. A sensação era tão afetuosa e...  boa, que naquele momento até mesmo sentiu vontade de chorar.

Tudo terminou, nós estamos seguras agora. Estamos em casa, e vai ficar tudo bem.

E, enfim sorrindo, Luma acreditou que aquilo poderia ser verdade.

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HP: 600/600 | CH: 700/700 | ST 00/06

Informações:

Luma
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t89023-fp-norihime-lee#737120
Gestão de Fichas : http://narutorpgakatsuki.net
Kaden
Jōnin
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Player: @Luma
Situação: Aprovada.
Considerações: Mostrou que entendeu bem as novas regras da trama, e encaixou a sua personagem muito bem nessa nova realidade do fórum. Continue nessa pegada de que tudo foi só um sonho, e evite pensar muito no assunto, como se demonstrasse conhecimento do que realmente houve, porque lembre-se: Nada aconteceu, foi tudo um sonho........
Recompensas: Adaptação da personagem na nova realidade.

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Kaden
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t73475-fp-sarutobi-kaden
Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t73468-gestao-sarutobi-kaden
Luma
Genin
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A angel
In the Darkness


Ano 1 D.G à 3 D.G

Rank D — Reformas da Vila
Um grande Império se constrói através de bases sólidas.
O homem que deseja erguer sua casa jamais deve começar pelo telhado, apenas por considerá-lo o mais bonito. Jovens, e por vezes até mesmo líderes de grandes nações, não raro decidem por si só que são as grandes demonstrações de poder e força que mantém a vila em segurança. Luma, no entanto, havia começado a pensar o contrário. Após ter passado tantos anos observando o mundo à sua volta através de seu byakugan, chegou a conclusão que eram os pequenos atos, os feitos diários de cada morador da vila para o bem comum, que mantinham todos em segurança.

Dentro do sistema de organização da hierarquia militar de Konohagakure cada um tinha sua tarefa a cumprir. Enquanto no topo estava o Hokage, zelando pela proteção da aldeia, nas bases eram os genins quem cuidavam da manutenção vital para que os chuunins e jounins pudessem realizar suas missões de alto nível. Assim, nenhuma tarefa era baixa demais, nenhuma missão poderia ser negligenciada. Mesmo que, tal como agora, fosse pintar os muros das casas.

Luma havia se despido da capa branca, que não queria que fosse manchada. Assim, usava apenas o uniforme de Konoha, enquanto andava pelas ruas carregando um balde de tinta em cada uma das mãos. Após alguns minutos de caminhada chegou onde pretendia, no início de uma extensa rua, cujos muros haviam sido recém-construídos junto às reformas que a vila estava passando. A criança olhou para os dois lados, com muros em ambos, então soltou um suspiro.

Deixou momentaneamente os baldes repousarem na calçada, então, subitamente, uma segunda Luma emergiu da primeira. B, como era apelidada, após conferir por si mesma o tamanho da rua olhou para A e franziu o cenho.

Não vão mandar mais ninguém para esse trecho?

A outra balançou a cabeça negativamente, e B suspirou.

A cor é bonitaA disse, destampando seu balde e olhando o líquido lá dentro.

Nenhum trabalho era pequeno demais, nenhum genin deveria ser orgulhoso demais. Só que alguns cansam mais do que outros, sendo sincera.

Ainda que sua velocidade tenha sido cortada para o valor de meia-Luma com a divisão do Bunretsu, mesmo assim seria mais rápido pintar os dois lados da rua ao mesmo tempo, do que ir e voltar. Assim, com cada uma carregando um balde de tinta e um pincel, as Luma’s se dedicaram àquela tarefa, que deveria ser feita com máxima perfeição – não só por ser uma missão outorgada a ela(s), mas, principalmente, por se tratar de sua contribuição a reconstrução das partes da vila que foram destruídas durante a guerra.

De fato, existiam poucas coisas no mundo que a criança amava mais do que Konoha. Ainda que não tenha nascido na vila, fora ali que cresceu e se tornou uma kunoichi, sempre aos cuidados de sua mestra. Involuntariamente um sorriso se formou nos lábios de ambas, e, juntas, passaram o restante da tarde colorindo os muros e cercas, contribuindo para a casa que tanto amavam.

Rank D — Ladrões nos Arredores
Os alvos estavam a cerca de 2km de distância.
Luma pairava entre os últimos galhos daquela árvore, presa de cabeça para baixo pelo chakra na sola de seus pés. Aquela chuva havia vindo em má hora, varrendo do ambiente os odores que Ikusaka, um de seus parceiros naquela missão, estivera farejando. Nos galhos mais baixos, o Inuzuka ainda se queixava.

Estou dizendo, não há nada de natural em toda essa chuvarada!

A única coisa não-natural aqui é sua tendência a se tornar inútil — a Yamanaka respondeu, franzindo a testa para ele com superioridade.

O que você disse?!

Silêncio vocês aí — Mya, a chuunin responsável por aquela operação, ralhou com eles fechando a cara. — Luma, o que está vendo?

A genin se desprendeu do galho, girando o corpo no ar enquanto caia para pousar em pé ao lado da superior. Ajeitando a capa novamente ao corpo, respondeu:

Há uma aldeia dentro da floresta, a dois quilômetros daqui. São cinco alvos, como consta no relatório. Sua movimentação sugere estarem montando vigília.

Alguém mais nas proximidades?

A criança balançou a cabeça negativamente. Estivera os últimos quinze minutos procurando sinais de presença shinobi na região, usando extensivamente seu byakugan para enxergar a longas distâncias. Atualmente, Luma podia ver a pouco mais de cinco quilômetros de distância em todas as direções (com exceção do ponto cego de seu doujutsu), o que lhe conferia grande utilidade em missões de rastreamento e espionagem.

A chuunin assentiu, demonstrando estar satisfeita. Aquela equipe havia sido montada para localizar um grupo de bandidos que estava atacando vilarejos na região, se aproveitando do caos deixado pelo fim da guerra. A tarefa configurava-se, então, não só no cumprimento de um contrato, como também no esforço de mostrar ao mundo que Konoha não estava enfraquecida.  

Luma, com seu byakugam, e Ikusaka, com seu faro avantajado, eram os responsáveis por localizar o esconderijo. Inohin Yamanaka estava ali com o propósito de obter informações deles, e assim descobrir se havia mais bandidos na região que pertenciam (ou não) ao mesmo grupo. Por fim, mas não menos importante, Mya Shimura, quem de fato era responsável pela missão, tinha como função liderar e coordenar aquela equipe.

Após Luma ter detalhado a posição e padrão de movimento dos alvos, a chuunin traçou o plano de ataque, então, silenciosamente, todos avançaram. Luma estava longe de ser a mais rápida ali, mas com certeza era a mais baixinha entre todos, e, consequentemente, a mais furtiva. Saltando entre os galhos, sempre tendo perfeita consciência do ambiente a sua volta graças ao byakugan, não demorou a chegar até seu local designado.

Mya queria evitar um combate estendido, então o plano consistia em derrubar todos ao mesmo tempo. Assim, a criança esperou até que todos estivessem em seus postos, sendo ela também a responsável para dar o sinal, visto que era a única a ter uma perfeita noção do posicionamento de cada um.

Então enfim a hora chegou, e a criança fixou seu olhar no alvo próximo a ela. Graças a sua habilidade em técnicas de Ninjutsu, sem a necessidade de selo de mão algum sua presa teve seus movimentos restringidos, sendo capturada pelo Kanashibari no Jutsu. Antes de pudesse entender o que estava acontecendo, foi nocauteada pelo Jūkenpō Ichigekishin de Luma, que o fez voar até uma parede de madeira de uma das cabanas, que se quebrou. E esse era o sinal, com os demais membros da equipe atacando logo em seguida.

No fim, os cinco bandoleiros foram capturados ainda com vida, o que era ótimo para os fins de interrogação. E assim, a missão foi dada por finalizada.

Juinjutsu V2
Era para ter sido um dia normal como qualquer outro.
Apenas mais uma missão.
Simples, rápida. Fácil.
Mas as coisas não terminaram assim.

Ainda que fosse algo que estivesse fora do protocolo padrão, dessa vez a genin estava sozinha. Havia a suspeita de que um grupo de bandoleiros conhecidos no País do Fogo como Os Quatro de Kyoshi estivesse se escondendo pela região, saqueando pequenas vilas de lenhadores enquanto traçava uma rota para o Norte. Eram famosos por serem grandes conhecedores da geografia daquele país, usando a mata para se esconder das autoridades.

Era imprescindível que fossem capturados ou eliminados antes de cruzarem a fronteira, pois se as informações que possuíam caíssem nas mãos das nações estrangeiras colocariam não só Konoha, como todo o País do Fogo em grande perigo. Ainda que por hora as nações estivessem sob um relativo estado de paz, nem o Hokage nem o Senhor Feudal queriam que as rotas secretas dos criminosos fossem de conhecimento geral entre shinobis de fora.

Após cogitarem diversas possibilidades, tomaram a decisão de enviar Luma para resolver aquilo por conta própria. A escolha contou com diversos fatores, entre prós e contras, mas no fim prevaleceu o fator furtividade que uma kunoichi agindo sozinha possuía. Além disso, sua Kekkei Genkai lhe conferia uma vantagem absoluta na tarefa de localizar alvos escondidos, sendo este um fator determinante.

Agora, parada em pé sobre uma rocha que se sobressaia na encosta de um penhasco, a genin, de expressão serena, vasculhava os arredores. Ela franziu a testa, frustrada por não ter sido capaz de localizar sequer um sinal de movimentação até agora. Se as informações, baseadas no padrão de ataque daquela trupe, estiverem corretas, seu próximo alvo seria uma das três aldeias logo à sua frente.

O vento gélido da noite beijava sua pele, fazendo com que a criança achegasse mais a capa para junto do corpo. Gostava do frio, embora tivesse uma tolerância baixa a ele. O frio a fazia se recordar de sua aldeia natal, que, com repentino espanto, ela se deu conta de não ficar muito longe de onde estava agora.

Chacoalhou a cabeça, se culpando por aquele pensamento bobo. A aldeia não ficava ali, porque ela não ficava mais em lugar algum. Fora destruída, completamente obliterada pelo ataque dos salteadores quando ela ainda tinha cinco anos. Às vezes, Luma não queria pensar que sua história havia começado naquele dia – embora fosse exatamente isso que se passava por sua mente agora.  

Seus olhos começavam a lacrimejar, como sempre acontecia pelo uso excessivo de seu doujutsu. O desativou, ainda que a contragosto, pois queria continuar na procura. Ainda assim, havia se certificado que não havia presença humana nas redondezas, e a menos que os bandidos estivessem se locomovendo por vários quilômetros abaixo da terra, ainda não haviam chegado nem perto dali.

A garota passou a próxima meia-hora tentando descansar, após ter montado um perímetro seguro ao seu redor com várias armadilhas de kibaku fuda’s. E foi quando tomava alguns goles de água de seu cantil que tudo aconteceu.

Primeiro, houve uma série de explosões, sinalizando que alguém havia tropeçado em seus fios. Em seguida, uma barragem de shurikens foi lançada em sua direção por entre as árvores, que ela defendeu ao agitar sua espada na frente do corpo, criando uma força contrária de vento através do Shinkūken. Então, caminhando tranquilamente por entre os troncos, aquela figura surgiu, e por alguns instantes o coração de Luma pareceu perder algumas batidas.

Veja só quem eu reencontrei — disse o homem pálido, abrindo um largo sorriso no rosto. — A garota dos olhos bonitos.

Em uma fração de segundos, Luma juntou os dedos no selo do Carneiro, reunindo quantidades absurdas de chakra dentro dos pulmões. Então, sem pensar duas vezes, expeliu tudo de uma só vez na forma do Fūton: Atsugai. A força centrífuga da massa de ar comprimida destroçou a maior parte da paisagem ao seu redor, arrancando árvores do solo e levantando uma nuvem de poeira.

Muito bom — o homem disse, ressurgindo de dentro da terra em frente a genin. — Mas estou um pouco decepcionado.

Ele então agarrou ela pelo pescoço, facilmente a erguendo do solo. Com a outra mão prendeu seu braço da espada, a impedindo de atacar.

Se me lembro bem, eu te dei um presente em nosso último encontro, e vi quando aprendeu a dominar sua primeira forma. Por que não o usou?

Seu aperto era forte feito aço, e Luma estava começando a ficar sem ar. Talvez pior do que a dor que sentia no pescoço, era aquela sensação de déjà vu.

Bem, não acho que poderei continuar permitindo que escolha isso por conta própria.

Então, sem dizer mais nada, abriu a palma da mão e perfurou o tronco de Luma com os dedos. A dor excruciante tomou conta de seu corpo naquele instante, e teria gritado caso conseguisse produzir algum tipo de som. Quando removeu a mão de dentro de suas costelas, o sangue começou a escorrer. Ele então e levou até a borda do penhasco, a olhando de maneira divertida.

Voe, passarinho. Bata suas asas e volte para mim.

Então a jogou.  

Quando deu por si, Luma estava caindo.
Podia sentir o ar gélido roçando em sua pele, tão sensível ao frio, enquanto gotículas de seu sangue ficavam para trás conforme despencava para o abismo. Lentamente, conforme a dor e o medo tomavam conta de si, junto com a certeza inevitável da morte, seus olhos iam se fechando, com o brilho abandonando o rosa-lilás. Estranhamente, não era mais apenas o ferimento que doía, mas seu corpo inteiro queimava como se estivesse mergulhado em brasas.  

Teria gritado, se ainda lhe restasse forças. Ao invés disso contemplou a Lua, cada vez mais distante, enquanto refletia sobre onde havia errado. Pensou em sua sensei, e no que ela acharia ao descobrir que Luma havia sido tão facilmente derrotada duas vezes pela mesma pessoa. Acima de tudo – e isso destruiu sua alma muito mais do que seu corpo – pensou que agora nunca mais iria vê-la, e que deveria ter se despedido antes de sair de casa.

Até que, de repente, a Lua não estava mais se afastando tão rápido assim. Na verdade, não só havia parado de cair em velocidade terminal, como também começava a planar para os lados. Foi então que percebeu que estava voando; ou melhor, como diria Batafurai naquele seu jeito jovial, estava caindo com estilo.

Sem que tivesse se dado conta, ou tivesse tomado consciência desses fatores, o estresse corporal causado pelo ferimento letal, e sua proximidade com uma morte iminente, haviam despertado o segundo estágio de seu Selo Amaldiçoado. Agora, um par de asas em forma de garras haviam surgido em suas costas, junto a todas as outras modificações em sua aparência que ainda não havia tido tempo de notar.

Com apenas poucos instantes a separando da morte que a aguardava ao atingir o chão, e agindo talvez por puro instinto de sobrevivência, a pequena Hyuuga bateu aquelas estranhas asas quando estava a cerca de vinte metros do chão, ganhando altitude e enfim pousando desajeitadamente, caindo logo em seguida com seu corpo voltando ao normal.  

Antes que perdesse totalmente a consciência, usou o sangue de seu tronco perfurado e realizou um rápido conjunto de selos de mão, e quando bateu a palma no chão houve uma explosão de fumaça, com uma nuvem de borboletas vermelhas saindo de dentro dela. Sem precisar de uma ordem verbal, foram atraídas pelo sangue que escorria da genin, e sua última visão antes de tudo escurecer foi de dezenas delas se reunindo em torno de seu ferimento.


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Situação: Aprovado.
Considerações: Adaptar eventos do Checkpoint para a nova linha cronológica é difícil, mas você conseguiu achar algo bem plausível e unir a uma boa narração. Damn, Lucky Girl~
Recompensas: Duas Missões de Rank D.

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Yukikitsune Kaonashi


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Sayonara
Arigato


Ano 4 D.G

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Quer mesmo fazer isso? — A jounin falou, com a expressão incerta. Luma assentiu, determinada. Batafurai suspirou, e, a contragosto, se posicionou a cerca de doze metros da genin.

As duas se encararam por alguns instantes, com a “criança” (que agora já tinha dezesseis anos, embora seu corpo não parecesse ter envelhecido um dia sequer desde que fizera treze) tendo ativado seu byakugan. Então, sem aviso, a jounin arremessou uma kunai em direção à pupila.

Naquela distância, o ataque deveria ter sido praticamente indefensável. Luma, no entanto, tinha sangue Hyuuga correndo por suas veias, e a Kekkei Genkai elevava seus olhos a outro patamar. Mesmo através do corpo de sua sensei ela foi capaz de ver qual de suas kunais ela estava pegando, e através da leitura precisa de seus movimentos conseguiu calcular exatamente onde iria arremessá-la.

Sem pensar duas vezes, Luma sacou sua katana e “golpeou” o ar na frente do corpo. Na verdade, ela apenas passou a arma diante de si, para que o lado plano da lâmina recebesse o impacto da kunai e, assim, a desviasse. Durou apenas meio segundo, mas seu coração estava batendo a mil por hora ao final de tudo.

Nunca duvidei que fosse conseguir — disse Batafurai, com a mão sobre o peito e enfim soltando a respiração, aliviada.

Luma sorriu, orgulhosa de si mesma. Então ouviu um ronco, que aparentemente vinha de seu estômago vazio.

— Espetinho de porco? — Sugeriu, e Luma concordou energicamente com a cabeça.

Quinze minutos depois, estavam ambas sentadas à mesa do restaurante, cada uma com um espetinho em mãos. O gosto da carne era uma das coisas mais deliciosas que Luma já havia sentido, e precisa constantemente se lembrar dos bons modos para não comer tudo de uma só vez.

Eu estive pensando… — A mais velha começou, limpando a boca com um guardanapo. — Que tal se a gente se mudasse?

Luma a encarou, piscando os olhos algumas vezes, sem saber o que dizer. Algo no olhar da sensei trouxe a esperança para o rosto da genin, que mal se atrevia a falar em voz alta:

Está falando sério?

Existiam muitas áreas ambientais dentro de Konoha, com extensos acres de pura vegetação. Um desses, localizado a leste do Monumento Hokage, era um dos locais preferidos de Luma dentro da vila, sempre indo até lá para treinar ou ficar sozinha.
Recentemente, a casa a qual esse terreno pertencia havia entrado para venda, com os antigos donos tendo se mudado para mais próximo do Monumento. Embora não tivesse dito nada sobre, não foi difícil para a jounin notar a empolgação nos olhos de Luma quando soube disso. Ela nunca teria falaria nada, mas Batafurai nunca precisava que Luma dissesse algo para entender o que se passava em sua cabeça.

Eu conversei com os donos, eles estão dispostos a vender por um preço bacana — foi inevitável para ela sorrir ao ver o brilho nos olhos da garota. — Então, preparada para morar entre a natureza?

Ela assentiu, com a empolgação dentro de si sendo quase palpável de tão intensa. Para Luma, que quase nunca se interessava por algo, aquilo queria dizer muito. Por alguns instantes se pegou imaginando como seria sua vida dali para frente, com as duas morando longe da agitação da vila, que a cada ano que se passava mais parecia com uma grande cidade. Sim, aquilo seria bom. Não, seria perfeito.

Claro, tem essa missão que precisamos completar primeiro essa semana. Daí, vamos poder cuidar da mudança.

Ela sorriu, e Luma sorriu de volta. Só mais uma missão, e então um de seus maiores sonhos poderia enfim se realizar.


+100 Status
Estava chovendo.
Embora gostasse da chuva, Luma preferia quando não estava diretamente sob ela, exposta aos ventos que gelavam sua pele. Para ajudar no equilíbrio enquanto saltava pelos galhos mais altos das árvores a genin mantinha uma quantidade regularmente controlada de chakra na sola dos pés, movendo-se o mais rápido que sua furtividade permitia.

Tendo se certificado de não ter deixado rastros para trás – o que era uma tarefa relativamente simples graças à visão telescópica de seu byakugan –, alcançou a caverna que estavam usando como quartel general. Assim que cruzou a entrada seu corpo já foi banhado pelo calor da fogueira, sendo recebida por Ikusaka.

Alguma novidade? — O garoto do clã Inuzuka logo quis saber. Luma assentiu, indo até mais próxima ao fogo, onde todos estavam reunidos.

A aldeia está em ruínas, mas as brasas ainda estavam quentes antes da chuva começar a cair. Devem ter passado por ali há não mais do que uma hora, talvez duas — ela disse, dirigindo ao grupo.

Conseguiu constatar para onde foram? — Dessa vez era Batafurai quem perguntava. A isso, no entanto, Luma balançou a cabeça negativamente.

Procurei em um raio de dois quilômetros, mas não havia nenhum rastro.

O descontentamento geral do grupo foi tal como esperado.

Como eles podem desaparecer assim? — Inohin se queixou, frustrada.

Luma olhou para a sensei, que havia ficado em silêncio. A julgar por sua expressão, no entanto, a garota sabia que os pensamentos dela não eram diferentes da Yamanaka.

Descansem, assim que a chuva passar iremos retomar as buscas — disse por fim.

Luma se sentou próxima a fogueira, de pernas cruzadas. Estava mais cansada do que gostaria de admitir, é verdade. Foi uma longa busca, e novamente não encontraram nada de relevante. Nesse ritmo, seus alvos iriam sair do País do Fogo antes que sequer tivessem a chance de os alcançar; isso é, se já não tivessem saído.

Essa era também a primeira missão de Luma fora de Konoha desde o segundo encontro com o homem pálido. Tentava superar aquele sentimento, mas a sensação de quase ter morrido ainda a assustava. Desde aquele dia também nunca mais havia usado o poder de seu Selo Amaldiçoado, decidindo que não podia contar com a força dele.

A despeito das tentativas anteriormente fracassadas de localizar o grupo autointitulado como Os Quatro de Kyoshi, dessa vez estava mais confiante, pois a sensei os acompanhava. Batafurai era a melhor jounin que Luma conhecia, e não falava isso apenas por ser sua discípula. A força de combate, rapidez na tomada de decisões e inteligência intuitiva de sua mestre estava em níveis que Luma até então sequer havia sonhado em alcançar.

Sim, dessa vez iriam concluir a missão com êxito. E então, assim que voltassem para a aldeia, cuidariam da mudança para a nova casa. Teriam uma semana de licença, tempo mais do que suficiente para conhecer e aproveitar a nova moradia. Sem que ela percebesse, um sorriso se formou em seus lábios, enquanto aquele pensamento a aquecia muito mais do que a chama diante de si.


Superação defeito & Segundo Portão
Era o plano perfeito.
Uma testemunha ocular havia informado que o grupo de bandoleiros estava escondido dentro do bosque, porém haviam erguido uma barreira que impedia a visão de fora. Luma, é claro, checou essa informação, e realmente não conseguia ver mais do que um quilômetro e meio naquela direção, indicando que havia algo capaz de bloquear o byakugan.

Após algum tempo dedicado à tarefa de triangular a área, usando uma ideia de Batafurai, que se consistia em Luma rodear o bosque e assim determinar qual era o tamanho da barreira, puderam traçar o plano de ataque. Primeiro, a jounin usaria seu hijutsu para cobrir toda a área com seus insetos, impedindo a fuga. Em seguida, Luma e Ikuzaka faria a primeira investida, que servia como distração. O doujutsu do jovem Hyuuga e o faro do Inuzuka dariam uma importante vantagem tática no reconhecimento do terreno. Por fim, Batafurai e Inohin atacariam pelas sombras, pegando a quadrilha em seus pontos cegos.

Mas o destino adora brincar com esperanças e sonhos, e talvez seja verdade que os deuses riem enquanto os mortais planejam. Assim que a equipe cruzou a barreira, a primeira visão que tiveram foi o suficiente para fazer seus estômagos revirarem.

Três corpos estavam caídos ao chão, com buracos grotescos no peito e sangue ainda escorrendo. Nos uniformes traziam o emblema da meia-lua crescente, o símbolo característico dos Quatro de Kyoshi.  No centro daquele massacre, um homem se elevava, segurando com uma só mão, outro sujeito pelo pescoço. Mas o show de horrores não estaria completo sem a o Gran Finale: fios negros que se conectavam à mão esquerda do homem em pé saiam de dentro do peito do quarto bandoleiro, e junto a eles estava…

Inohin foi incapaz de segurar a ânsia de vômito, e até Luma recuou um passo ao ver o coração da vítima sendo arrancado. A expressão de Batafurai mascarava o nojo com uma feição séria quando ela deu um passo à frente.

Quem é você? — Ela tentava soar calma, mas Luma podia ver sua mão pairando próxima a sua bolsa de armas. — Esses homens eram procurados pelo País do Fogo, então terei que pedir que se identifique para que eu possa saber se devo agradecê-lo.

Ele moveu apenas o globo ocular, olhando para o grupo pelo canto dos olhos. Apenas isso foi suficiente para que todos os genis ali fossem afetados pelo seu enorme Sakki, deixando praticamente todos imobilizados. Batafurai foi a menos afetada, e rapidamente se pôs entre todos, puxando uma kunai da bolsa.

Ikuzaka, volte para a vila e peça por ajuda — ela ordenou, categórica. Não era preciso citar as razões, todos ali sabiam que ele era o mais rápido do grupo. — Inohin, Luma, preciso que me deem cobertura.

Escapar dos efeitos daquele Sakki poderia ter sido impossível se estivessem sozinhas ali, mas a presença e a aura de Batafurai se colocando na defesa delas, junto com a própria determinação de ambas as garotas, lhes conferiu forças para se libertar.  

O Inuzuka não parecia contente de ser mandado embora daquela forma, mas até ele sabia reconhecer a seriedade da situação.

Entendido — disse, já começando a saltar para longe dali.

Ingênuos — o homem, ou criatura, disse, avançando contra eles e tentando chegar no garoto.  

Ei — Batafurai tocou no chão, e o solo entre eles explodiu com uma nuvem de insetos eclodindo. — Sua adversária sou eu.

Ele recuou saltando cerca de seis metros para trás, e pareceu só então prestar atenção nos rostos de todos ali. Deixou sua cabeça tombar sobre o ombro, com o olhar vazio.

Batafurai, a Dama Peçonhenta. Eu me chamo Gutsu, e devo dizer que é uma agradável surpresa te encontrar aqui.

Esses títulos são muito vergonhosos, Gutsu — ela disse, sorrindo. — Não quero parecer estranha na frente das crianças.

Enquanto isso, Luma e Inohin se posicionaram respectivamente à direita e à esquerda da jounin, três passos atrás dela, na espera por uma oportunidade para interferir na luta.

Aquela ali — apontou para Luma. — É a portadora do Selo, não é? Ele me falou muito sobre ela, e me pediu para que a testasse e descobrisse se estava pronta para a transferência. Por gentileza, não interfira.

Então esticou um braço na direção da garota, liberando talvez dezenas de fios negros contra ela. Na metade do caminho, porém, foram cortados por um golpe da jounin, com sua mão envolvida por raiton.

Ingênuo — sua expressão tentava imitar a face descontraída que carregava quase cem por cento do tempo. —, se acha que vou permitir. Agora!

Conforme haviam treinado durante a preparação para aquela missão, Luma executou o selo do Carneiro e liberou dos pulmões pela boca uma quantidade ridiculamente alta de vento comprimido na forma do Futon: Atsugai. Inohin, por sua vez, expeliu uma bola de chamas pelos lábios, chamada de Katon: Zukkoku. Os jutsus se combinaram no alvo, criando um enorme tornado de fogo, obrigando as garotas a cobrirem os rostos mesmo àquela distância.

Muito bom — disse a sensei, enquanto contemplavam a destruição causada pelos jutsus combinados, mas sem abaixar a guarda. — Mas é melhor que vocês duas voltem também, estou com um péssimo…

Lento demais.

Então reapareceu atrás de Luma, que só teve tempo de erguer os braços em posição defensiva antes de receber o golpe. Mesmo assim, a garota foi arremessada por vários metros, colidindo com Inohin e as duas caindo rolando pelo chão. Ele então tentou saltar sobre ambas, mas Batafurai não permitiria que duas de suas subordinadas ali fossem atacadas daquela forma.

Aquilo durou o mesmo ínterim que uma batida de coração. Para um observador inexperiente, pareceria que a jounin se teleportou; Luma – que ainda estava caída, sentindo que alguma coisa havia se rompido dentro de si –, no entanto, conseguia ao menos acompanha o movimento da sensei, e viu quando ela se posicionou entre elas e o adversário, com sua mão direita sendo envolta por uma carga de Futon.

Então ambos acertaram seus golpes ao mesmo tempo: a mão de Batafurai perfurou o peito dele, diretamente onde deveria ficar o coração, enquanto o braço do homem atravessou as costelas da kunoichi. Sem acreditar no que seus olhos estavam vendo, o mundo ao redor de Luma pareceu congelar.

Veja quão ridículo é isso — inacreditavelmente ele ainda era capaz de falar. — Olhe para si mesma, Batafurai. Ele a andou estudando durante todos esses anos, e ficou dias me enchendo as paciências falando sobre ela. Está disposta a morrer para proteger uma simples criança que nem ao menos consegue pensar por si mesma?

Sangue escorria pela boca de Batafurai, mas ela ainda conseguia sorrir.

Não pense tão levianamente que a conhece. Eu conheço essa criança, sei o que se passa pela cabeça dela. E eu sei que ela irá acatar todas as ordens que receber, porque essa é sua natureza, mas seu coração se entristece ao ter que fazer mal a outras pessoas. — A jounin falava de maneira tão séria que o ar parecia tremer ao seu redor.  — E eu sei disso porque ainda que seu caráter tenha sido forjado por inúmeras perdas em sua vida, mesmo após todos esses anos seu coração ainda resplandece com o brilho de uma pureza e bondade que esse mundo não merece. Se eu estou disposta a sacrificar minha vida por ela? Mas que pergunta imbecil — ela enfiou a mão mais fundo dentro dele, que exclamou de dor. — É dever de todo mestre proteger seus discípulos, e essa criança é muito mais do que uma aluna, porém esse é um sentimento que alguém como você jamais seria capaz de compreender — embora mantivesse a voz firme, sua respiração estava cada vez mais irregular. Ainda assim, concluiu, sem demonstrar fraqueza ou hesitação: — Eu a amo como uma filha.

Então os dedos de Batafurai se fecharam ao redor do coração de Gutsu, e com um grito gutural ela o arrancou. O órgão pulsante saiu em sua mão, apenas para ser esmagado de uma só vez. O corpo do homem tremeu, e enfim tombou no chão.

Displicentemente, ela cortou o antebraço dele com um golpe de sua mão envolta em chakra de vento, de maneira que o membro ainda estivesse atravessando seu corpo. Por mais bizarra que fosse a cena, havia lógica ali, pois se ela tentasse removê-lo começaria a sangrar litros sem parar.

Vocês estão bem? Luma, Inohin?

Ai, ai, ai, acho que sim — a loira disse, ficando em pé.

Luma teve um pouco mais de dificuldade, pois ainda sentia uma forte dor lombar onde recebeu o golpe.

Inohin, quero que volte para a aldeia e ajude Ikuzaka a reunir reforços, não acho que alguém como ele estivesse sozinho.

Certo — a genin disse, rapidamente indo embora.

Luma, consegue ficar em pé? Preciso que me ajude com isso aqui.

Sensei… Você… Vai ficar tudo bem?

A mulher sorriu, piscando um olho, embora a dor fosse visível em seu rosto.

Tá brincando? Meu dia não começa sem ter um braço atravessando minhas costelas.

A garota abriu a boca para responder, mas antes que conseguisse produzir qualquer som o inesperado aconteceu. Aquele membro que atravessava o corpo da jounin foi subitamente puxado, deixando para trás apenas um grande buraco ensanguentado, e a mulher, com talvez uma expressão ainda mais confusa que a de Luma, tombou de lado.  

Foi um belo discurso, mas é uma pena que irá terminar desse jeito. Você arrancou meu coração e achou que eu tivesse morrido, hein? Ridículo! — Enquanto ele falava,  Luma agora pôde ver que o antebraço estava conectado ao corpo dele por vários daqueles fios estranhos, e já voltava a se encaixar.  — Eu tenho cinco.

SENSEI! — Luma tentou chegar até ela, mas acabou tropeçando e caindo. Suas pernas mal aguentavam o peso do corpo.

Para provar que não sou insensível, darei um tempo para se despedirem — o homem, ou criatura, falou como se imitasse um tom cortês, embora sua voz soasse carregada de zombaria. Mesmo assim, ele se sentou de pernas cruzadas e apoiando o rosto em uma mão, observando o desenrolar da cena, ansioso para saborear a dor e lamúria.

Tsc.

Uh?

Você… É mesmo… Muito imbecil… — Com a mão tremendo pelo esforço, a jounin levantou dois dedos, formando o Selo de Combate. Então as três kibaku fuda’s que ela havia inserido dentro do corpo dele quando manteve a mão ali dentro se acionaram, e antes que ele tivesse chance de entender o que estava acontecendo foi explodido de dentro para fora.

Com pedaços de corpos voando para todos os lados e caindo do céu, Luma mais uma vez se esforçou para tentar chegar onde a sensei estava caída.

Isso… Sua maldita… Olha o que você fez comigo! — O grito fez seu coração gelar.

O corpo dele era apenas um retalho de múltiplos fios, que lentamente tentavam se formar em algo que lembrava uma figura humana. Era uma visão aterradora, no sentido mais amplo do termo.

Ele… Ele ainda estava vivo. Como? Como algo assim era possível? Tomada pelo puro ódio, Luma tentou se erguer, mas caiu novamente sobre um joelho. A gargalhada cortante dele soava fria como gelo.

No fim, tudo que ela fez foi se matar. Essa pirralha inútil sequer consegue ficar em pé para se defender por conta própria.

Luma… Fuja daqui, rápido — A voz de Batafurai soava distante, embora estivesse bem ali do seu lado. Quando percebeu a hesitação na genin, completou, categórica: — Isso é uma ordem.

Uma ordem… Luma nunca antes, em toda sua vida, havia sequer hesitado em cumprir uma ordem, principalmente vinda de sua sensei. Desde criança, desde que fora escrava na mansão daquele traficante, sempre lhe faltou vontade própria, motivação o suficiente para desejar algo por si mesma. Assim, sempre se limitou a obedecer o que os outros diziam, sem nem ao menos questionar.

Mas agora… Dessa vez… Essa ordem… Ela não podia, simplesmente não podia obedecer.  

A genin, então, manteve sua respiração em ritmo controlado, enquanto buscava dentro de si forças para se pôr em pé. Ela sabia o que precisava ser feito, apenas não sabia se tinha força o bastante para fazer… Não, não podia pensar assim. Ela precisava fazer aquilo, independente de ter forças ou não.

Fechou os olhos, se concentrando em sua respiração, buscando com o olho da mente sentir sua rede de chakra. Todo o seu treinamento, todo o seu controle, sua vida inteira convergiria para aquele momento. Lembrou-se de seu treinamento com Batafurai, na forma como ela a havia elogiado por ter conseguido o primeiro passo sozinha, e das tardes que passaram juntas treinando para chegar ao próximo estágio.

Luma pegou toda a raiva, toda a fúria, dor e tristeza dentro de si e transformou em combustível para alimentar sua vontade. E então, o ar ao redor de si começou a se agitar, conforme quantidades absurdas de chakra eram liberadas pelos seus tenketsu’s, quase que literalmente queimando fora de seu corpo. Seus músculos formigaram e as veias ao redor deles pareceram se destacar, assim como ao redor de seus olhos quando ela os abriu, revelando mais uma vez o byakugan.

[FILLER TIME SKIP] 10 ANOS – Luma Chounmei  Byakugan

O Segundo Portão, Kyuumon, o Portão da Cura, estava aberto, e seu corpo recobrava a energia necessária para lutar. E não parava por aí, pois antes de atacar, Luma, pela primeira vez em muitos anos, abriu o seu Selo Amaldiçoado, liberando sua Primeira Forma.

“É isso”, ela pensou, se pondo em pé. “Tem que ser agora, mesmo que eu vá morrer também”.

Lutaria até o fim, daria tudo de si, e não permitiria que o laço entre ela e sua sensei fosse partido por ninguém.

A sensação de poder repentino talvez só fosse suplantada em doçura pelo súbito temor na face de Gutsu, que definitivamente não esperava que a garota ainda seria capaz de lutar. Então, sem dizer nada, ela atacou.

Pondo sua velocidade máxima em jogo, Luma em frações de segundos estava sobre ele, desferindo uma série de golpes usando o Juken. Fosse pela surpresa, fosse por estar extremamente ferido pela explosão anterior, ela conseguiu acertar uma sequência de oito ataques que ele conseguisse começar a reagir. Normalmente, praticamente não se usava força quando se utilizava o Punho Suave (e daí que vinha o nome do estilo de luta dos Hyuuga), mas dessa vez Luma, com gosto, o estava acertando usando toda a força combinada do Hachimon e do Selo Amaldiçoado.

“Isso é mau”, ele pensava, enquanto começava a se esquivar, com dificuldade, dos golpes da genin. “Nesse estado essa pirralha pode mesmo me matar”

Dois de seus quatro corações restantes haviam sido destruídos na explosão, e um estava seriamente danificado. Agora a garota tinha plena consciência disso, pois podia vê-los dentro de seu corpo.

Expelindo chakra pelas mãos ela golpeava incansavelmente aquele monstro, usando a vantagem conferida pelo Juken para lacrar todos os tenketsus de seu braço sempre que ele tentava bloquear seus golpes. Mas ele também contra-atacava, e três vezes seus socos acertaram o corpo da genin, e outras sete vezes ela logrou em se esquivar. Jogava o corpo para os lados, deitava a coluna para trás, ou simplesmente rebatia seus golpes com as palmas.

“Isso precisa terminar agora!”

Então, do tronco daquela coisa, dezenas de fios foram lançados em rápida sucessão. Graças ao byakugan, Luma foi capaz de vê-los chegando, quase que em câmera-lenta, e já havia preparado sua defesa. Na típica posição daquela técnica, mantendo primeiramente a mão direita para frente, em um ângulo baixo, enquanto a esquerda permanecia atrás do corpo e rente à linha dos olhos, Luma deu início ao Oito Trigramas: Trinta e Duas Palmas – ela não mirava nele, no entanto, e sim nos fios que ele usava para atacá-la.  

Primeiro, foram dois golpes consecutivos nos fios que vieram em direção ao seu rosto; segundo, outros dois golpes ligeiros nos que queriam atingir seu peito; terceiro, quatro golpes consecutivos novamente na altura dos olhos; quarto, oito golpes em sequência alternando entre a linha do pescoço e o estômago; por último, dezesseis golpes sucessivos para destruir, com sucesso absoluto, os últimos fios em sua frente.

Ao final da técnica ela girou o corpo, carregando uma quantidade absurdamente maior de chakra na palma da mão esquerda, e então o atingiu diretamente com o Hakke Hasangeki na altura do peito. A força cinética da Palma de Vácuo arremessou aquela coisa vários metros para trás, até enfim colidir com uma das árvores. Através da retina de seu byakugan a genin conseguia ver que o órgão que já estava danificado foi completamente destruído pelo golpe concentrado, e agora só restava um coração em suas costas.

Antes que ela pudesse chegar até ele, porém, aquela coisa liberou uma nuvem de fumaça pela boca, que então explodiu em chamas, bloqueando o caminho entre ambos.

AQUELA VADIA VAI MORRER EM ALGUNS MINUTOS, EU JÁ VENCI ESSA LUTA! — Ele gritou, correndo para longe.

Novamente, foi tão inesperado que por instantes ela congelou. Ele… ele estava fugindo? Não, Luma não podia permitir isso, não podia aceitar isso! Ela tentou correr atrás dele, mas mal deu alguns passos e caiu de joelhos, com suas pernas finalmente falhando em aguentar o peso do corpo.

[FILLER TIME SKIP] 10 ANOS – Luma Chounmei  Kanao-colored-profile-half-blind

Aquele era seu limite de tempo que conseguia manter o hachimon, e agora a técnica voltava para cobrar seu preço.

SEU COVARDE! — Luma gritou, o mais alto que pôde, fazendo força para ficar em pé. — VOLTE JÁ AQUI! COMO SE ATREVE A FUGIR DESSA FORMA?! — As lágrimas e os soluços se misturavam aos gritos, que pareciam ecoar por toda a floresta. — VOCÊ PERDEU! OUVIU? VOCÊ PERDEU! BATAFURAI NÃO DEIXOU QUE MATASSE NINGUÉM, ELA NOS PROTEGEU! ELA VENCEU VOCÊ! ELA VENCEU!

Sem mais forças para se sustentar, Luma caiu novamente de joelhos. Seu corpo inteiro tremia e sua visão piscava, mas mesmo com a garganta quase sangrando ela manteve os gritos.

BATAFURAI CUMPRIU O QUE PROMETEU, ELA LUTOU E NÃO PERMITIU QUE NINGUÉM MORRESSE, ELA NOS PROTEGEU, ELA DERROTOU VOCÊ! ELA SE MOSTROU MUITO MAIS FORTE DO QUE VOCÊ!

Luma — Era a sensei, que do chão sorria para ela. — Vejo que finalmente aprendeu como se faz para falar.

A genin não compreendia como sua mestre poderia estar com um sorriso tão calmo e gentil na face, sem derramar uma lágrima sequer. Ela reuniu o restante de forças que tinha para se arrastar até onde a sensei estava caída.

Mestre, eu... Eu sinto muito... É tudo culpa minha, se eu tivesse conseguido...

Eu estou muito orgulhosa de você — ela disse, com um sorriso alegre, apesar de toda a dor que deveria estar sentindo. — Eu sempre soube que conseguiria dominar suas habilidades e se tornar uma grande ninja.

Eu... Eu não...

Luma, você sabe o porquê de ter nascido com essa força?

As lágrimas desciam pelo rosto da genin, que chacoalhou a cabeça em negativa. Naquele momento, vendo sua mestre caída na sua frente, ela não se sentia forte, e nem se importava com aquilo. Mas sua mestre continuou:

Para proteger as outras pessoas. Aqueles que nascem com uma grande força são destinados a defender os mais fracos. Sua força dada pelos deuses nunca deve ser usada para causar dor aos inocentes, e nem para ganho pessoal. Eu sei que... — tossiu, e mais sangue escorreu por sua boca. — Eu sei que é injusto estar te pedindo isso, mas eu quero que me prometa que sempre irá ajudar aqueles que precisam, e proteger quem necessitar de proteção.

Sensei...

Por favor, não se sinta triste por eu estar indo embora. É claro que eu morreria defendendo minha aprendiz, qualquer sensei faria o mesmo. Como jounin, é meu dever garantir que as crianças sobrevivam, e, como você disse, isso significa que eu venci.

Luma não conseguia. Ela não conseguia aceitar que aquilo estava acontecendo. Não conseguia aceitar a sua impotência, sua completa incapacidade de fazer alguma coisa. Como poderia acreditar que era forte, se sua mestre estava morrendo em sua frente e ela nada poderia fazer para salvá-la?

M-mamãe... Por favor... — a frase lhe escapou pelos lábios, com o sentimento transbordando pelo coração ferido.

Mamãe — ela recitou a palavra, como se fosse a coisa mais doce do mundo. — Graças a você, Luma, eu pude ser mãe duas vezes. Obrigada. — Ela sorriu. — Mas preciso que me prometa o que eu pedi, para que eu possa partir em paz.

Toda sua alma queria gritar, mas, por sua mestre, pelo enorme sacrifício feito por ela, e por todo o amor que sentia, ela pôde se conter e enxugar momentaneamente as lágrimas.

Eu prometo.

A sensei então estendeu uma mão e tocou o rosto da criança. Luma estava chorando novamente, mas Batafurai conservava no rosto o mais radiante de todos os sorrisos.

Adeus, minha pequena. E obrigada.

Então, lentamente, a luz deixou os olhos daquela que fora uma das mais corajosas jounins de Konohagakure.


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Convidado
Situação: Aprovado
Considerações: Caso reencontre com a habilidade Jiongu vai apenas ter uma sensação de de-ja-vu. Não se pode usar esse TS para adquirir conhecimentos, então algum tipo de amnésia proveniente do trauma vai travar isso para você. Obviamente não pode colocar que obteve conhecimentos envolvendo a habilidade. Sua mãe morreu, você está de luto.
Recompensas: +200 status, superou defeito Passivo [1], adquiriu o defeito Luto [1], 2º portão de chakra liberado.
Anonymous
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