No meio da tarde, após um almoço tardio, Megumi Fushiguro foi até o quadro de missões receber a sua primeira missão. Ela envolvia uma floricultura que precisava de um auxiliar. A garota que cuida de lá está precisando de ajuda para lidar com a clientela e manter as suas preciosas flores em bom estado. Megumi, interessado por botânica, decidiu ir até a floricultura. Se o dia não estivesse muito movimentado, talvez ele pudesse até mesmo levar um livro sobre o assunto e exercitar sua ilustração científica.
Lá chegando, ela o recebeu, já esperando na entrada:
- “Aqui está a chave. Caso eu chegue depois das 20h feche a loja. Lembre-se de tratar bem os clientes, além disso...” A garota puxou uma caderneta com a lista de plantas da loja, o preço de cada uma, com uma imagem representando cada uma. Além disso, havia um horário para aguar determinadas plantas. – “É isso, garoto. Até mais tarde.”
- “Entendido.” – Respondeu Megumi. – “Isso vai ser tranquilo.” Pensou.
Acontece que a garota sabia cuidar muito bem de suas plantas e sua clientela era grande. Foram cerca de duas horas de tranquilidade, até que começaram a surgir clientes saindo de todos os lados, vários rapazes apaixonados, donas de casa buscando enfeitar seus jardins, estudiosos buscando espécimes raros, os mais variados tipos de clientes apareceram para fazer compras. Megumi, seguindo as diretrizes da proprietária tentou ao máximo ser simpático, mas a quantidade enorme de clientes o impedia de ler seu livro, dificultava o controle do tempo para aguar as plantas, clientes pediam plantas que já haviam acabado, pessoas chegavam pedindo para Megumi ressuscitar plantas mortas. O seu mau humor estava vindo à tona. O sorriso torto somado à veia pulsando em sua testa começou a gerar desconforto nos clientes. Uma senhora até pensou em reclamar, mas quando ela levantou o dedo e abriu a boca, uma mão encostou em seu ombro.
- “Oi, dona Miura, tudo bom? Como a senhora está? Acabei de chegar do trabalho, quer tomar um cafezinho?” – A ninja havia chegado. Salvo pelo gongo, Megumi simplesmente levou a chave até a garota que preparava uma bebida para ela e sua cliente:
- “Aqui está, dona. Sua chave.” – A expressão de Megumi não era muito simpática, a médica recebeu a chave com cuidado e uma sobrancelha levantada como quem pensa “eu, hein”.
- “Oookay... Até... Mais...”– Ela disse. Megumi foi embora chutando uma latinha e olhando para cima.
- “Ahh cara. Eu queria ter desenhado as plantas...”

"O mundo ninja é estranho. Como pode uma vila estar sendo reconstruída tantas vezes?" Isso era o que Megumi pensava enquanto lia o anúncio da missão. Ele ainda aceitou, de qualquer forma, pois quer evoluir como ninja e acredita que isso é um importante momento. Todo genin deveria estar ciente da destruição causa pelo mundo ninja.
No caminho para o primeiro local, Megumi está pensativo, andando sem olhar para frente, pensando na morte de sua mãe, o motivo de ele se apresentar como Fushiguro: Fushiguro Mai. Ela não era sua mãe biológica, mas trabalhou para o clã Hyuga, escondendo de todos o romance com o pai de Megumi. Ela cuidou dele como uma mãe, foi mãe e o único momento em que ele percebeu isso foi no momento de sua morte.
- “Ei, Garoto! Garoto! Oi! Acorda, moleque!” Disse um homem de meia idade, alto e robusto. Megumi nem havia percebido que já estava no local adequado para receber instruções. – “Tu tem que pintar tudo isso que tá recém construído aqui na região. É esse quarteirão e mais 2.”
- “Certo.” – Respondeu apaticamente, Megumi. – “Kage Bunshin no Jutsu.”
2 clones foram criados com a técnica. Cada um indo até um dos quarteirões indicados. Era quase madrugada quando Fushiguro terminou de pintar tudo. Lembrar da mãe nunca deixa o dia mais alegre. Megumi largou a lata de tinta e o pincel e foi para casa com as mãos no bolso.
- “Depois eu aviso que terminei.”