Saio de manhã com um pedido vindo do Hospital de Kumo, apesar do verão estar cruel, aquele dia o tempo estava ameno, com ventos refrescantes e um sol levemente encoberto por nuvens. Tempo que não via um dia assim, sentia que hoje seria especial ou algo especial aconteceria. Chego na recepção do hospital e vou direto na atendente, falo que gostaria de visitar uma tal de Saheila. “Um nome meio estranho para quem nascido e crescido em Kumo, mas não estava ali para julgar ninguém.” Penso comigo. A assistente pede para eu aguardar em sofá que tinha ali no canto e, foi ate o fundo buscar a paciente.

Ela não demora muito para voltar. Sou surpreendida por uma menina cega, que andava apoiada na enfermeira. “Uma menina cega quer ter um dia de shinobi??Como isso?” Penso rapidamente, porem quando ela se aproxima, já me levanto e sorrio.

— Ola, bom dia. Meu nome é Izanadi e estou aqui para te acompanhar no seu pedido. Muito prazer, você deve ser Saheila, certo?

— Sou eu sim. Quero aproveitar muito hoje. – diz ela enquanto a enfermeira a passa para mim.  

Saio com ela do hospital, e vamos nos sentar num banco da praça ali perto. Peço para ela me contar mais dela e acabo descobrindo coisas não tão boas.

— Meu nome é Saheila, vim de uma pequena vila dos arredores para ser tratada nesse hospital. Nasci com uma doença muito rara, me deixando cega de nascença e aos poucos enfraquecendo meus órgãos internos. — Ela com a cabeça erguida como se estivesse olhando para os céus.

— Eu...— Fico sem palavras e em seguida ela me interrompe.

— Mas não preocupe, consigo sentir o que passa em seu coração. Misteriosamente essa doença me deu a capacidade de saber coisas que as pessoas não sabem sobre si mesmas. E, por isso, quando o Kage daqui me encontrou, resolveu me trazer aqui para me ajudar, e quem sabe me transformar numa grande ninja. Para quem não tinha nada, qualquer coisa é tudo. E por isso estou aqui, sobrevivendo um dia de cada vez.

O sorriso dela vinha de forma genuína, mesmo cega ela demonstra que enxergava as coisas porem de forma diferente. Levei ela primeiro no campo de treino, lá encontramos algumas pedras, onde usamos para meditar, conversei um pouco com ela sobre o chakra e as energias do corpo. Ela todo momento parecia empolgada e contente. Quando íamos a outro lugar ela segura meu braço e fala.

— Queria te agradecer por tudo Izanadi, você foi extremamente gentil comigo e atencioso e me explicou tudo de uma forma tão clara, venha me visitar mais vezes está bem?!

— Mais é claro, pode contar comigo. — Diria a ela

Ela apenas sorri, descansando sua cabeça sobre meu peito. Após uma hora, voltamos ao hospital. A enfermeira agradeceu após ver que ela estava mais descansada e melhor.

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