[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono

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[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono
[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono

Akihito

Tokubetsu Jonin

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Sex 9 Abr - 3:27

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (01/10)

Mau Pressentimento

Caminhando lentamente e de cabeça baixa, lá estava eu, andando pelas ruas de Konoha em mais um dia frio de inverno. A rotina daquela manhã tinha sido a mesma de sempre, exceto pelo fato de que desde que havia acordado, eu estava com uma sensação ruim dentro de mim. Uma certa angústia e um mau pressentimento me tomaram de repente, sem nenhuma razão aparente para isto, mas sendo suficiente para me deixar cabisbaixo a manhã toda.
— Devem ser gases! — foi o que disse minha mãe, Kuriyama, quando lhe contei o que sentia. Quem dera fosse apenas isto...

Agora, já no cair da tarde, eu caminhava rumo ao Gabinete do Hokage para receber uma missão. Ao chegar na porta do gabinete, um shinobi alto, esguio e de cabelos albinos me aguardava; era Hyūga Athros, meu sensei. — Bem na hora, Kanbara-kun! Já estamos de saída, vamos?

— Mas já? Você nem me explicou a missão!

— Sim, sobre a missão... — Athros-sensei fez uma pausa antes de prosseguir com sua fala. — Trata-se de uma missão muito delicada de reconhecimento. Mas eu não fui escolhido para esta missão apenas por conta das minhas habilidades em rastreamento, esta missão possui a capacidade de escalar para algo muito maior e mais perigoso, como uma missão Rank A, ou ainda Rank S!

O conjunto de palavras e a entonação escolhidas pelo Jōnin me fizeram tremer na base. — Rank S?! Então porque eu estou indo com você? Isso é suicídio! — Athros-sensei apenas riu de mim. — Eu disse que esta missão pode escalar para algo maior, não quer dizer que ela vá. Na verdade, esta foi a condição que me impuseram para que eu pudesse levar você comigo. — Eu não precisei nem fazer qualquer indagação, minha feição já era suficiente para expressar minha confusão. — Como eu acabei de dizer, esta é uma missão de reconhecimento, então nos ateremos apenas a esta parte. Devemos evitar qualquer conflito ou combate e assim que obtivermos as informações necessárias, voltaremos para reportar o que descobrimos. Viu? É bem simples! — Embora suas palavras dissessem isto, sua risada seca e sarcástica me faziam duvidar.

360 palavras

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Sex 9 Abr - 8:06

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (02/10)

"Por que eu confio em você!

Com as condições para a missão impostas, seguimos rumo ao Portão da Vila e posteriormente para a Floresta. Enquanto caminhávamos tranquilamente por entre as árvores, tornei a levantar questões sobre a missão. — Athros-sensei, você disse que será uma missão de reconhecimento, mas o que exatamente estamos investigando? — O Hyūga então me encarou e disse: — Ah, eu não cheguei a te contar? Que coisa, não?

— Não, claro que você não me disse! É sempre assim, se eu não perguntar você não fala nada! — exclamei, indignado. O Jōnin, por sua vez, apenas ria da situação.

Athros-sensei suspirou e mudou seu tom, indicando que agora falava sério. — A Divisão de Inteligência da Folha descobriu que um perigoso ninja renegado está em posse de dois artefatos raros e poderosos. Não sabemos como ele os conseguiu, o que pretende fazer e se ele está agindo sozinho. Na verdade, não sabemos quais artefatos são estes, e essa é nossa missão, descobrir o máximo de informações possíveis para levar para Konoha, mas principalmente descobrir quais artefatos são esses, para podermos mensurar a real gravidade da situação.

A missão era ainda mais delicada do que eu imaginava e agora fazia todo sentido o que Athros-sensei dissera sobre a possibilidade da missão escalar de nível. No entanto, ainda havia algo que me intrigava. — Mas Athros-sensei, eu não sou exatamente bom em rastreamento, eu não tenho uma Kekkei Genkai como a sua que me permite realizar reconhecimento de forma tão astuta. — Eu até possuía certas habilidades sensoriais que viriam a calhar nesta situação, como o Kekkai: Tengai Hōjijn e o Senjutsu, mas enquanto um era bastante limitado e possuía amplo custo de chakra, o outro se tratava de uma das minhas maiores armas, aplicá-la em algo tão mundano seria o mesmo que subutilizar seu potencial. Além disso, eu ainda não possuía pleno domínio do Modo Sábio, havendo, portanto, condições específicas para que eu pudesse desfrutar de seus benefícios. — Ou seja, eu não vejo porquê eu seria útil em uma missão como esta. Porque você me escolheu?

— Por que eu confio em você! — respondeu o Jōnin.

356 palavras

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Tokubetsu Jonin

Sex 9 Abr - 21:13

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (03/10)

Stealth

— Por que eu confio em você! — disse o Jōnin. Eu fui pego de surpresa por aquelas palavras, não por duvidar que meu sensei confiava em mim, mas porque ouvir isso em alto e bom som tinha um grande significado, ainda mais vindo de alguém como Athros — Eu confio em você e confio no seu potencial, afinal, você é meu aluno! — complementou, rindo. — Nossa, você realmente tinha que estragar o momento, não é?

Em determinado momento, Athros-sensei parou e começou a olhar os arredores com seus olhos albinos. — Cuidado, a partir de agora nós estamos em ambiente hostil! Lembre-se, devemos evitar combates, nosso único intuito é obter informações. — Me limitei a responder apenas com uma aceno de cabeça. Os passos do Hyūga eram sorrateiros e meticulosos, nenhum dos seus movimentos pareciam vãos ou aleatórios.

Após nos esgueirarmos por alguns metros, chegamos avistamos à frente uma clareira em meio à floresta. Nela, algumas formações rochosas criavam um abrigo natural, muito útil para um ponto de parada. Porém, aparentemente alguém teve a mesma ideia que nós e decidiu se abrigar ali primeiro. Com seus olhos alvos, Athros pôde atestar. — São eles! — sussurrou. Cautelosamente me escondi por detrás das grandes árvores, assim como Athros-sensei.

209 palavras

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Tokubetsu Jonin

Sex 9 Abr - 22:15

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (04/10)

Sakki

— Eles estão em cinco. — Os olhos do Hyūga passeavam pelo covil do inimigo procurando os artefatos e tudo que ele avistava, me transmitia verbalmente, até que em dado momento Athros se calou. Sua voz embargou de repente e seu rosto expressava grande pavor. — Mas o que... — Até a postura do Hyūga se alterou, ficando mais recuada. — Athros-sensei, o que houve?! — questionei. No meio daquelas cinco pessoas estava uma espécie de jarra de barro ou material similar e dentro dela havia uma imensa massa de chakra, só de olhar para aquela energia maciça Athros se sentiu intimidado. — Que tipo de artefato é este?! Nunca vi algo assim... — Não bastasse isso, a manifestação visual do chakra, capturada apenas pelo Byakugan, era como a de fortes e violentas chamas azuis que não cessavam. Eu nunca tinha visto o Hyūga daquela maneira, logo ele que dificilmente se abalava. — Já chega, descobrimos o suficiente.

— Mas Athros-sensei, nós ainda não descobrimos o que é aquilo. Além disso, resta encontrar um dos dois artefatos!

— Não, eu disse que já chega! Iremos retornar imediatamente! — Ao dizer isto, o Hyūga elevou seu tom apenas um pouco, mas isto parecia ter sido suficiente para chamar a atenção de um dos cinco indivíduos da clareira. — Vamos, rápido! — sussurrou Athros, desativando seu Byakugan.

No entanto, assim que nos viramos, fomos surpreendidos por três daqueles shinobis já em nosso encalço. — Onde pensam que vão?

246 palavras

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Tokubetsu Jonin

Sex 9 Abr - 23:26

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (05/10)

Uma Batalha Inevitável

Sem nos dar brechas para reação, aquele dentre os três que havia se pronunciado primeiro desferiu um potente soco contra nós. Habilmente, Athros-sensei nos circundou com uma barreira esférica da Liberação de Vento, que embora poderosa, quase não foi capaz de conter o ataque, que findou por nos arremessar bem ao centro da clareira. Se antes estávamos escondidos, agora estávamos cercados.

— Sabe, vocês não são tão silenciosos quanto pensam. — disse aquele homem, apontando para sua orelha. Aparentemente, ele possuía algum tipo de Audição Aguçada. Há quanto ele estava nos escutando? — Kanbara, lembre-se do que eu disse sobre a missão, se prepare para recuar imediatamente! — falou Athros-sensei. Ao ouvir aquilo, quatro dos cinco ninjas renegados riram em uníssono. — Vocês não vão a lugar algum! — disse outro. Apenas um deles permanecia calado o tempo todo, nos observando por debaixo da máscara que escondia seu rosto. Era ele quem guardava a misteriosa jarra de chakra, além de portar em suas costas uma arma peculiar.

Após nos encarar e nos olhar de cima abaixo, um deles falou. — Vocês da Folha são uns intrometidos, sempre se achando o centro do mundo, sempre se intrometendo onde não são chamados. Grr, só de pensar nesta vila de merda, meu sangue ferve! Vocês vão se arrepender de terem vindo até aqui... — Ele então partiu contra nós e logo após, vieram seus parceiros. Seus movimentos eram rápidos e poderosos, eu sequer conseguia acompanhá-los. Por conta disto, Athros-sensei se pôs a minha frente e revidou todos os ataques. Embora possuíssem bastante velocidade e força bruta, eles não eram páreo para Athros em Taijutsu, a técnica do Hyūga parecia uma verdadeira dança. Apesar da vantagem numerosa deles ser expressiva, apenas três dos cinco atacavam. O mascarado permanecia lá atrás, inerte, apenas guardando os artefatos, enquanto um quinto elemento se colocava à sua frente, protegendo-o. Nossa vontade inicial era de evitar conflitos, mas aquela batalha parecia inevitável.

323 palavras

3100/3100 | 2850/2850 | 2000/2000
400/400 | 250/250 | 00/09

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Tokubetsu Jonin

Qui 15 Abr - 14:02

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (06/10)

Alguém Páreo

A cada instante que passava, a pressão dos adversários sobre nós aumentava, apenas se defender e tentar fugir já não era mais uma opção. Athros-sensei tentava me proteger daquelas rápidas investidas, mas isso só dificultava mais seu trabalho, pois ele estava batalhando por dois e lutando contra vários, se continuasse daquela maneira logo pereceríamos, então tive que intervir. — Athros-sensei, não podemos apenas fugir, temos que revidar! Além disso, nosso objetivo está logo à frente, não podemos voltar agora! — O Jounin pareceu relutar de início, mas logo se convenceu. — Muito bem, você está certo... Vamos com tudo!

Finalmente em sintonia, agimos juntos para deter aqueles nukenins. Comecei usando o Kokuangyo no Jutsu para cegar nossos adversários e dar brecha para Athros-sensei atacar. Isto funcionou apenas com alguns daqueles ninjas, pois havia um dentre eles que mesmo com sua visão tomada pelas trevas, conseguia desviar e até revidar os ataques de Athros-sensei. Ele guiava-se apenas por sua audição sobre-humana e isso lhe deu uma vantagem tal que ele foi capaz até mesmo de golpear o Hyūga com forte soco no estômago, lançando-o contra uma daquelas árvores. — Athros-sensei, cuidado! — exclamei. Eu não podia permitir que o Jounin lutasse sozinho contra todos, então decidi me aproveitar do efeito sobre a acuidade visual dos nossos adversários para tentar nocautear um ou outro, mas quando eu estava prestes a fazer meu movimento, uma forte rajada de chakra se dispersou por todo o ambiente. — Genjutsu: Kai!

245 palavras

3100/3100 | 2750/2850 | 2000/2000
000/400 | 250/250 | 01/09

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Tokubetsu Jonin

Qui 15 Abr - 19:43

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (07/10)

Tô Ficando Sem Criatividade Para Títulos

— Genjutsu: Kai! — a voz soou calma e tranquila. Aquela rajada de chakra se propagou por toda a clareira e dispersou meu genjutsu, recobrando a visão de todos aqueles que estavam sob o efeito da ilusão. Olhei ao redor, procurando quem teria sido capaz de fazer aquilo, e me surpreendi ao ver que o misterioso homem mascarado mantinha um selo do tigre com sua mão direita. — Então foi ele... — Os demais shinobis gargalhavam, se vangloriando com a situação.

Vendo que tinha sido eu quem havia invocado o genjutsu e pensando que já haviam nocauteado Athros-sensei, aqueles mercenários decidiram avançar contra mim. Eles andavam lentamente em minha direção, encarando-me de forma intimidadora. Não havia dúvidas, se eu lutasse contra eles, certamente perderia! No entanto, meu escape veio de onde eu menos esperava. — Parem! Lidem apenas com o Jounin. — disse a voz austera. Mais uma vez o homem mascarado interviu, porém desta vez ao meu favor. Os demais obedeceram sem pestanejar.

Aquele homem misterioso então deu de costas e saiu floresta a dentro, acompanhado de seu guarda-costas e levando consigo os dois artefatos que buscávamos. De um lado estava o objetivo de nossa missão, escapando perante meus olhos, do outro estava Athros-sensei precisando de minha ajuda... Qual dos dois escolher? Esta dúvida não passou pela minha cabeça um segundo se quer, era óbvio que eu ajudaria Athros! Quandoo olhei para onde ele havia caído, o vi se erguendo de volta e se preparando para enfrentar aqueles três. Quando fiz menção de ir ajudá-lo, o Hyūga sinalizou com a mão e disse. — Não! Nosso objetivo está fugindo, vá! Eu logo te alcançarei... — Não pensei duas vezes, corri atrás do rastro daqueles dois que haviam escapado.

Saltando por entre as árvores, eu procurava rastros de onde eles poderiam ter ido. Para tornar minha busca mais precisa, expandi ao meu redor uma barreira de detecção de 100m de raio, o que me permitiu encontrá-los com facilidade. Antes de partir ao seu encontro, preparei também um Karasu Bunshin como medida preventiva.

342 palavras

3100/3100 | 2575/2850 | 2000/2000
000/400 | 250/250 | 02/09

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Técnicas Básicas (00/--):

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Tokubetsu Jonin

Sex 16 Abr - 11:20

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (08/10)

Aquela Surra de Respeito

Quando usei o Kekkai: Tengai Hōjin, logo os encontrei, mas não foi por ter sentido o seu chakra, mas sim o chakra que emanava daquela jarra. Aquela massa de chakra era inacreditável, chegando a ser medonha de tão intensa. Quando a senti, meus movimentos até se enrijeceram de medo por um instante, mas logo me recompus e segui em frente. Agora eu conseguia entender o que Athros-sensei tinha sentido. — Não sei que tipo de artefato é aquele, mas deve ser extremamente poderoso!

Seguindo o rastro daquele imenso chakra, logo cheguei no encalço dos dois. O homem mascarado parou e novamente ficou apenas a observar a situação, não dando uma palavra sequer. Seu parceiro, no entanto, não hesitou nem mesmo um segundo e logo partiu para o ataque. Ele começou sua investida amassando uma grande quantidade de chakra elemental em seu estômago e o liberando na forma de uma grande barragem de fogo, ele nem mesmo executara selos para isto, me pegando de surpresa. Se não fosse pela distância entre nós, talvez eu não tivesse tempo de reação suficiente. Minha defesa foi responder àquele ataque também com uma barragem, porém de água. O choque entre os dois elementos impediu que um incêndio se instaurasse na floresta e fez emergir uma grande cortina de vapor d'água.

De forma astuta, aquele ninja tentou se aproveitar da ocultação pela névoa para me pegar desprevenido, ele porém não sabia que seus movimentos estavam sendo captados pela minha barreira de detecção. Isto me permitiu antecipar seus movimentos e reagir a eles de forma brutal. Com alguns poucos selos, projetei de minhas costas quatro poderosos e pontiagudos membros de sangue e chakra, os qual tentei usar para perfurá-lo. Matá-lo não era a minha real intenção, mas quando exposto a uma situação de matar ou morrer, os instintos falavam mais alto. O ninja, porém, demonstrando grande habilidade, conseguiu desviar do golpe fatal no último momento, mas isto não o impediu de ser nocauteado. Por mais incrível que parecesse, eu havia derrotado um deles, restava apenas o outro; e este era o que mais me amedrontava.

Novamente agindo de forma pontual, aquele ninja projetou no campo de batalha uma grande rajada de vento que dissipou toda a névoa. Lá estava ele, em cima de uma árvore, me observando por debaixo de sua máscara, e ao seu lado repousava aquela jarra. Eu gostaria de saber qual rosto e expressão se escondiam por detrás daquela cobertura, mas ao mesmo tempo temia o que poderia descobrir. Tentando me antecipar aos seus movimentos, pus-me em posição de batalha e me preparei para avançar, mas tudo isto foi em vão. Muito mais rápido do que eu poderia ver ou sentir, aquele mascarado avançou ao meu encontro, ficando face-a-face comigo. Embora seu rosto estivesse coberto, seus olhos eram marcantes, eu certamente não os esqueceria. Com um potente soco no estômago, aquele ninja me arremessou contra uma daquelas árvores, se não fosse pelo meu Kekkijutsu: Shinku Kengen ativo, eu certamente teria quebrado uma costela ou outra. Enquanto ainda estava atordoado e tentando recuperar meu fôlego, outro ataque! Desta vez, um impiedoso chute no rosto.
— Droga, eu não sou páreo para este cara! Dessa maneira, eu vou acabar morrendo!

534 palavras

3020/3100 | 2592/2850 | 2000/2000
000/400 | 250/250 | 03/09

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Tokubetsu Jonin

Sex 16 Abr - 17:12

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (09/10)

O Hospedeiro

Eu precisava encontrar uma maneira de contra-atacar, uma forma de poder me desvencilhar dele. Esta oportunidade surgiu quando, de forma prepotente, o shinobi me ergueu pela gola da mina roupa e começou a me encarar nos olhos, como se quisesse me intimidar — e ele conseguiu. Porém seu contato ocular direto era a brecha que eu precisava, pois quando meus olhos carmesins se encontraram com os seus, tentei prendê-lo no mais poderoso genjutsu que meu Jutsu Ocular permitia, aproveitando seu atordoamento momentâneo para atacá-lo com o Shinku Kengen e ainda roubar o artefato que estava em suas costas. Foi só então que percebi o que de fato era aquele artefato. — Isso é um leque?! Que tipo de arma é essa?

Atrás do homem, lá em cima da árvore, estava o outro artefato — a jarra. A vontade de também tentar pegá-la era tentadora, mas eu só não havia morrido ainda porque aquele cara estava brincando comigo, abusar da sorte agora seria idiotice, portanto, decidi ir embora com apenas o que tinha conseguido. Porém... — Então você sabe um truque ou outro, não é? Interessante... — com uma facilidade amedrontadora, aquele homem foi capaz de se libertar do meu genjutsu e novamente estava em meu encalço. Novamente ele tentou me golpear — e conseguiu —, porém desta vez meu corpo se dispersou em dezenas de corvos que voaram para distante dele. — Achei que não conseguiria usar isto, os ataques dele são tão rápidos que mal me dava tempo de raciocínio. — Quando usei a dispersão do Karasu Bunshin, acabei deixando cair no chão o leque que havia pegado, permitindo que o mascarado o recuperasse. — Você não faz ideia do que esse Leque de Batalha é capaz, não é? — Ele então brandiu o grande leque e com uma poderosa rajada de ventos cortantes, me lançou ao pé da árvore, próximo de onde jazia a jarra. Eu tentava me levantar a todo custo, mas estava muito dolorido e debilitado para isso.

Andando lentamente, aquele mascarado se aproximou de mim, me ergueu pelo cabelo e disse. — Você é fraco, lhe falta... bem, você terá que descobrir por conta própria! — Ele então largou o leque ao meu lado, pegou a jarra que guardava aquela enorme massa de chakra e prosseguiu. — Porém, eu vou te dar uma chance, uma chance de se tornar mais forte, tudo que você precisará será... sobreviver ao processo! — Se seu rosto não estivesse coberto pela máscara, eu provavelmente veria a expressão mais sadista e psicopática que se poderia imaginar. Após dizer estas palavras, o homem me acertou com um potente soco na face, me levando a nocaute.

444 palavras

3100/3100 | 2504/2850 | 2000/2000
000/400 | 250/250 | 04/09

Considerações:

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Habilidades Usadas (04):

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Jutsus Curinga (00/01):

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Sex 16 Abr - 18:32

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (10/10)

Bomba-Relógio

Há alguns quilômetros de distância dali, uma outra batalha acontecia. Hyūga Athros lutava sozinho contra três habilidosos nukenins de alto nível. Athros era notoriamente superior a cada um deles, porém os números não estavam ao seu favor, três contra um e nenhum deles exitaria em matar! A agilidade e técnica do Hyūga era o que o sustentava, além, é claro, de seus olhos privilegiados. Não bastasse isso, Athros era um exímio mestre em fūton, então seus golpes de espada imbuídos com o elemento vento eram cortantes e mortais, permitindo-o manter-se no páreo da batalha, mesmo estando contra três. Porém, quanto mais tempo ele aguentaria?

Tanto esforço e pressão estavam fazendo o Hyūga se cansar rapidamente e com o cansaço vinham as aberturas. Aqueles nukenins eram experientes e sabiam aproveitar bem a menor das brechas; e foi justamente isto que aconteceu. Em um momento de descuido, Athros foi pego por um poderoso chute lateral, o Jounin conseguiu apenas pôr seu braço na frente para evitar danos letais. O ninja que o havia acertado começou a gargalhar, já cantando sua vitória. — Hahahahh! Eu vou quebrar até o último osso do seu corpo, infeliz! Incrível como vocês morderam nossa isca tão fácil! — Ao ouvir isto, os parceiros deste o repreenderam, dizendo que ele já estava falando demais, mas o ninja não deu ouvidos e continuou falando. — Não se preocupem, este cara não vai sair daqui vivo. Que tal então contarmos para ele o que acontecerá com seu aluno? — Todos gargalhavam em uníssono, parecendo concordar. Athros, por sua vez, já se preocupava com o que poderia acontecer com Kanbara. — Do que você está falando? — indagou.

— Ah, por favor... Você realmente acha que seríamos descuidados ao ponto de deixar rastros o suficiente para sermos encontrados pelos rastreadores de Konoha? Nós fizemos isto de propósito, para que esta vila maldita enviasse algum de seus cachorros ao nosso encontro, assim poderíamos pôr nosso plano em ação...

— Plano? Mas que plano?

— Vamos lá, você é um cara esperto, sei que viu a enorme massa de chakra selada dentro daquela jarra! Qual criatura poderia ter tamanho poder se não uma Besta com Cauda? — Foi só então que a ficha caiu para Athros. — Claro! Como eu não pensei nisto antes?! Mas então quer dizer que...

— Sim, isso mesmo! Sinceramente, eu não sei o que ele viu de tão especial naquele garoto, eu jurava que ele selaria a Duas Caudas em você, mas se ele quis assim, deve ter seus motivos... Se aquele moleque não morreu até agora, morrerá quando explodir em Konoha como uma bomba-relógio, liberando o Monstro de Duas Caudas no centro da vila! Hahahah! Tudo como havíamos planejado, e você não poderá fazer nada para impedir! — Neste momento, um som de movimento entre os arbustos chamou a atenção de todos, inclusive de Athros. Vendo que não podiam mais se esconder, aqueles dois chūnins da Folha se revelaram; seus rostos demonstravam tremendo espanto. — Explodir a... vila? Não podemos permitir, esse garoto tem que morrer! — Os dois então correram na direção que Kanbara havia ido, determinados a matar o Chinoike ali mesmo, para que o plano dos nukenins fosse impedido.

535 palavras

3100/3100 | 2646/2850 | 2000/2000
000/400 | 250/250 | 03/09

Considerações:

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Sex 16 Abr - 19:35

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (11/10)

Ventos em Fúria

Quando ouviu aquilo, Athros ficou aterrorizado, ele não podia permitir aquilo acontecer. Os nukenins pareceram nem dar bola para aqueles dois, pois confiavam que seus outros parceiros — os que supostamente estavam lidando com Kanbara — conseguiriam controlar a situação; o foco daqueles três era unicamente finalizar o Hyūga. Desesperado com aquela situação, Athros se ergueu e canalizou todo seu desespero em fúria. O jounin era sempre muito centrado e equilibrado, aquela parecia ser a primeira vez que ele se permitia ter um acesso de fúria. Com suas veias mais saltadas do que nunca, o Hyūga partiu para um ataque bestial.

Sua pequena tantō se alongou, transformando-se numa poderosa katana. Em seguida, com uns movimentos específicos, Athros fez com que aquela katana se transformasse em duas, empunhando-as cada uma em uma mão. Os ventos ao redor do jounin pareciam reagir à sua ira, pois se agitavam de uma maneira tal que mesmo sem ele mexer um músculo, as rajadas já se tornavam potentes o suficiente para cortar superficialmente a pele daqueles três. Ofegante, o Hyūga pronunciou apenas duas palavras. — Já... chega!! — O que se seguiu foi uma sequência brutal de golpes de espada e lâminas de vento, que retalharam completamente a pele daqueles três. Eles que antes acreditavam estar pressionando o Jounin, agora não possuíam nem reação, seus olhos não eram capazes nem de captar os vultos dos movimentos do Hyūga. Antes que pudessem notar, já estavam no chão, mutilados e dando seus últimos suspiros.

Após limpar o sangue de suas lâminas, retraí-las e guardá-las, Athros partiu atrás de Kanbara, na esperança de encontrá-lo antes daqueles dois. Tudo que passava na mente do Jounin agora era um profundo sentimento de culpa e arrependimento. — Droga, o que eu fiz?! Onde eu estava com a cabeça quando o deixei ir sozinho?! Por favor, Kanbara, por favor... aguente mais um pouco!

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Tokubetsu Jonin

Sex 16 Abr - 20:42

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (12/10)

Um monstro, uma aberração!

Perto dali, sentindo-me tonto e atordoado, despertei. Minha cabeça doía bastante, porém todos os meus ferimentos haviam sumido. Tentando recobrar o que acontecera, lembrei que estava no meio de um combate contra aquele mascarado. — Parece que você tem companhia, talvez seja minha hora de ir! Lembre-se: se você quer se tornar mais forte, sobreviva! Se você conseguir, e eu acho que conseguira, uma hora você precisará de mais poder, e quando este dia chegar... você irá me procurar! — Minha mente estava completamente aturdida, nada daquilo fazia sentido para mim. O ninja então se virou e se preparou para partir, mas antes de ir ele disse uma última coisa. — Ah! Sobre o leque, pode ficar com ele, isto não tem serventia para mim! — E finalmente ele partiu.

Minutos depois, quando meus sentidos já pareciam em ordem, me levantei. Olhei ao redor para ver se encontrava algo ou alguém, mas tudo que vi foi o leque jogado no chão. — Ele levou a jarra? — Quando pensei no artefato, uma grande e peśsima sensação se apoderou de mim, eu não me sentia normal, havia algo diferente comigo. — Esta sensação... — sim, era a mesma sensação que eu sentira hoje pela manhã, só que muito mais intensa. As minhas memórias estavam muito confusas, eu não conseguia lembrar de nada após o soco. — Eu fiquei esse tempo todo desacordado? Não, tenho certeza que não, mas... eu não consigo lembrar...

Mesmo estando confuso, peguei o leque que jazia no chão e decidi retornar para onde havia me separado de Athros-sensei. No entanto, assim que deu meus primeiros passos, fui surpreendido por uma kunai com explosivo, que foi jogada em minha direção. Por estar ainda aturdido, eu não teria tempo de reação e seria pego em cheio pela explosão, mas no último instante... — Athros-sensei?! — O Hyūga surgiu à minha frente e bloqueou a explosão com uma poderosa barragem de vento. O jounin não me respondeu, seus olhos albinos fitavam apenas aqueles que haviam lançado a kunai; só então foi que notei a presença daqueles dois surgindo de dentro das árvores. Porém, meu espanto maior foi ver que eles usavam bandanas de Konoha. — Espera, o que está acontecendo?!

— Para trás! Não façam isso! — exclamou Athros.

— O que você está fazendo, ficou maluco? Não ouviu o que aquele cara falou? Dentro desse garoto há um... um... um monstro! Uma aberração! Ele é uma ameaça para todos, precisa morrer agora mesmo!

Quando aqueles dois disseram isto, as memórias então voltaram à minha cabeça. Lembrei nitidamente do ritual de selamento, lembrei daquele homem mascarado retirando toda aquela massa de chakra de dentro da jarra e transferindo para mim. Eu passei todo o processo semi-consciente, eu conseguia sentir toda a dor do processo, mas não conseguia reagir. Eu não entendia o que estava acontecendo ou o porquê dele estar fazendo aquilo comigo, mas tudo que conseguia fazer era gritar de dor. Aterrorizado com as lembranças, levantei minha camisa e vi, estampado em meu abdômen, marcas de selamento. As lágrimas começaram a escorrer e com a voz embargada, perguntei. — A-Athros-sensei, o q-que é isso? — Ao olhar para o selo, o Hyūga se assustou. — Espera, este selo... este selo está instável, ele pode romper a qualquer momento! Então é assim que eles pretendem usar isso... — murmurou o Hyūga. Aquilo apenas serviu de combustível para os outros dois.

— Está vendo?! O garoto é uma ameaça, temos que eliminá-lo agora. Se não fizer isso, estará traindo a sua vila! — Os dois então se prepararam para atacar com tudo, mas bastou uma resposta de Athros para eles recuarem. O Jounin brandiu sua espada e uma forte onda de vento os fez recuar, mas sem ferí-los. — Eu disse PARA TRÁS! Eu sei os riscos que estamos correndo, sei muito bem! Mas... eu me responsabilizarei por isso. — Havia imensa culpa e tristeza na voz de Athros, ele certamente não se perdoaria tão facilmente por ter deixado aquilo acontecer com o seu aluno. — Cuidado, Hyūga. Você ainda se arrependerá amargamente por isso... — Eles então recuaram e sumiram.

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Tokubetsu Jonin

Sex 16 Abr - 21:53

[Capítulo — Solo] Nibi no Bakemono (13/10)

Nibi no Bakemono

— Oh Kanbara, me perdoe, me perdoe! Isso é tudo minha culpa, eu não devia tê-lo deixado sozinho, eu não...

— Eles estão certos. — respondi, o interrompendo. — Eu não sei o que fizeram comigo, eu não sei que "monstro" é esse dentro de mim, mas eles estão certos, eu sou uma ameaça para vila! — A minha decisão seria dolorosa, mas era necessário tomá-la, para o bem de todos em Konoha. — Por favor, Athros-sensei, me mate. Me mate!!

— O que? Mas o que você está dizendo?

— Essa é a única forma de impedir que algo pior aconteça! Vamos, seja rápido! — Fiquei repetindo esta mesma frase insistentemente, enquanto meu chora só aumentava e piorava, ao ponto de minha fala se tornar inteligível. Vendo meu desespero, Athros apenas se ajoelhou e meu deu um abraço. — Não se preocupe, Kanbara. Nada irá acontecer com você. — Ele não tinha como garantir aquilo e eu sabia disso, mas ainda assim ouví-lo era reconfortante. A calma transmitida pelo Hyūga me fazia acalmar. — Deixe-me ver este selo. — Athros analisou as marcações em meu abdômen. — Felizmente eu conheço este selo e consigo estabilizá-lo. — Após realizar algumas sequências de selos de mão, o Jounin pressionou sua mão contra as marcações. — Tekko Fuin! — Dessa vez eu não desmaiei, apenas senti novamente aquela sensação ruim, mas em seguida esta se amenizou e desapareceu. O selo estava estabilizado.

Ainda abatido, falei. — De que adianta tudo isso? No fim, continuarei sendo um perigo, uma arma. No fim eu falhei na missão e só trouxe mais problemas pra vila! — O Hyūga então sorriu e respondeu. — Mas quem disse que você falhou? Nossa missão era descobrir quais eram os artefatos. Você não só os descobriu, como também resgatou! Veja só, a Gunbai Uchiwa está bem aqui!

— Gunbai... Uchiwa? Então este é o nome? Mas e a jarra? Eu não consegui recuperá-la...

— Claro que conseguiu! O importante não era a jarra, mas sim o seu conteúdo. E agora ele está bem aqui! — disse o Jounin, apontando para o selo. — Vamos, precisamos retornar para a vila. Ah, e mais uma coisa, vamos manter tudo isso em segredo, contaremos apenas aos superiores da vila. Será melhor assim... — Mesmo descontente, concordei com Athros-sensei e retornei para Konoha. No entanto...

— Vejam, é ele! É o Monstro de Duas Caudas! Tomem cuidado, ele é perigoso! — Aqueles dois chūnnins haviam dado com a língua nos dentes e agora todos os civis sabiam o acontecido. Todos me temiam, se afastavam, alguns olhavam torto e diziam insultos, gritando coisas como "monstro", "aberração", "demônio". Assustado com tudo aquilo, sai correndo pelo meio de todos e fui até minha casa. Ao chegar lá, me deparei com meu pai e minha mãe, prostrados em frente à porta, chorando. — Mamãe? Papai? — Quando tentei me aproximar deles, os dois recuaram com medo; aquela foi a gota d'água para minha angústia.

Eu não era mais bem-vindo em minha própria vila, até mesmo os amigos mais próximos haviam se afastado, todos me temiam ou odiavam pelo simples fato de ter aquela coisa dentro de mim. Para eles eu não era mais Kanbara Chinoike da Vila da Folha; para eles eu era Nibi no Bakemono, o Monstro de Duas Caudas.

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