Acordo de manhã e decido ir até a academia para receber mais uma missão. Chegaria na mesma e após alguns minutos sou atendido pelo  um Chunnin que me passa para escolher algumas, mas uma me chama atenção entre as demais. Era uma carta que tinha um selo em formato de cerejeira, aquilo me chamou atenção. Então agradeço e aceito a missão. Saio de lá e no caminho vou lendo a carta do pedido, seguindo para o endereço indicado.

“Curioso esse contraste, apesar da carta falar de um falecimento sinto que ela foi feita com grande carinho.” Penso no caminho até chegar numa parte mais afastada de Kumo. Geralmente a vila é formada por terra e rochas, poucas arvores, mas aquela parte parecia que as arvores venceram as pedras e tomaram seu lugar. A pequena rua era coberta por folhas e flores, do mesmo formato do selo da carta. Penso comigo: “essas arvores não resistiriam ao tempo seco da vila, como isso?”. O vento batia de forma que meu cabelo parecia que dançava junto com ele.

Conforme ia andando, chegava a uma casa no fundo, bem antiga, mas ainda preservada de sua beleza. Parecia a única do local, o que fazia dela e dessa missão bem estranha. Chego até a porta principal e bato três vezes. Há uma certa demora, mas logo, um senhor atende a porta.

— Quem gostaria? -  Pergunta o velho senhor.

— Meu nome é Izanadi, sou Genin da vila recém formado e vim conversar com o responsável desse pedido. – falo isso mostrando a carta.

Ele olha para carta e depois a mim, se apoia na sua bengala e logo abre passagem dizendo:

— Por favor, entre. Fui eu mesmo que fiz o pedido, sente se ali no sofá, deseja uma xicara de chá ou algo assim? Hoje o dia está quente, não acha?

Realmente o dia estava de rachar, mas mantive minha postura. — Não precisa, meu senhor, estou bem, me hidratei bem antes de vir. – Me sento no sofá, e o cliente me avisa que iria buscar algo para podermos seguir com a conversa. Achei estranho, mas ok, sentei aproveitando o gostoso vento que vinha da janela.

Assim que o senhor voltou vi ele carregando uma caixa de madeira clara e muito bonita, seu cuidado com a caixa era total, parecida um pai com um filho amado. Ele se senta, ao lado apoia uma almofada sob a caixa e começa.

— Bem, você já deve ter lido qual é meu pedido. É algo simples. —  disse isso com uma voz até um pouco chorosa, como se voltasse a memorias antigas – Nessa caixa há umas das últimas criações da minha esposa. — Ele abre a caixa me mostrando a espada e sua lamina —  Ela era uma antiga artesã e forjava as espadas com a técnica de sua família. Trazia o brilho do corte com a seiva da cerejeira.

Percebia que o brilho da lâmina era magnifico, parecia que a espada tinha alma. Algo surreal. Pergunto ao moço onde ela teria sido enterrada. Ele me aponta mais ao fundo da casa onde tinha outras duas arvores maiores com um tumulo no meio. Parecia que elas se curvavam em reverência. Questiono o senhor porque ele mesmo não colocava lá. Ele me mostra que a antiga ponte rachou e ele prometerá que espada seria enterrada antes do seu fim.
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A idade dele não permitiria qualquer tentativa de atravessar. Então me levanto, fecho a caixa e a coloco cuidadosamente entre meus braços. Vou até a ponte dando uma corrida em velocidade máxima e impulsiono meus pés me forçando a dar o maior pulo que já consegui para chegar ao outro lado. Vejo ao fundo o senhor muito feliz. Chego lá, me ajoelho em respeito a antiga artesã e ao lado cavo um buraco colocando a caixa. Ao terminar de enterrar era como se as arvores deixassem várias flores caírem em cima, escondendo o buraco. Me reverencio novamente e volto até o senhor.

Missão comprida voltaria então ao centro da vila.