O inverno havia acabado de chegar, os cristais de neve reluziam à luz dos postes pelas ruas da vila, esses flocos de neve caiam sobre as casas espalhadas pelo vilarejo, a Lua raramente consegue escapar daquelas densas nuvens que se espalham cada vez mais por todo o País do Relâmpago. Estava limpando o meu quarto, fazendo a faxina diária que minha mãe sempre me cobre de fazer, isso de presente adiantado do meu aniversário claramente, comecei limpando o armário que provavelmente tirando a escrivaninha era o mais bagunçado, depois fui limpar um pouco do chão também, ao começar a limpar por debaixo da minha cama, vejo que tem um livro embaixo dela, um bem empoeirado, retiro ele de lá e dou uma sacudida para tirar toda aquela sujeira que estava nele, o título era “O Livro da Ciência” com o símbolo do átomo estampado em baixo do título, já tinha visto ele em algum lugar, afinal, estava no meu quarto, abro o livro e começo a me recordar um pouco melhor...

Alguns anos atrás…
o clima úmido que dominavam o pico das montanhas naquele dia, o clima gélido reinava o Mundo Ninja trazendo nevascas para os lugares mais frios, como o topo daquelas montanhas isoladas, uma vila havia lá, vila aquela que se inicia uma lembrança de tempos passados.
Eu tinha uns sete anos, devido ao frio que estava lá fora, estava na cama coberto, apenas tentando dormir mas ao olhar pela janela, o que causava esta neve? Como ela se formou? Era tão diferente assim da chuva? Dúvidas assim incomodavam a minha cabeça, eu era muito curioso, então não poderia deixar uma chance dessas me escapar, fui atrás de respostas perguntando a minha mãe. Ela estava na sala, lendo algum livro que provavelmente não me atraia interesse, só a curiosidade de saber do que se trata, cheguei perto dela e disse - O que você está lendo mamãe? - Ela percebeu minha presença na sala, eu não era muito alto e o meu cabelo consequentemente não era tão espetado, ela sorri e me mostra a capa do livro, era sobre “Os Contos de uma Criatura Carente” tinha um título meramente interessante mas de qualquer jeito eu acho que ela não me deixaria ler estes contos, enfim, volto para a minha pergunta que tive no meu quarto - Mamãe, porque a neve existe? - Ela estranha um pouco a pergunta mas logo em seguida á responde - Bom, eu não sei com exatidão mas… Quando o dia está muito frio, a chuva na nuvem congela e em seguida vira a neve que cai no lugar da chuva - Bom, isso fazia sentido, estava muito frio lá fora então a neve iria vir consequentemente, minha dúvida estava sanada, bom, pelo menos uma delas - Obrigado mamãe! E eu voltei para o meu quarto. Deitei na minha cama novamente e a minha pergunta se transformou em outra, se a chuva vira neve, de onde vem a chuva? Eu indagava para mim mesmo naquele quarto, pensando sobre onde possível a chuva vem, a chuva era feita de água, a água vem dos rios, mas e o resto? Voltei e perguntei para a minha mãe - Mãe, de onde vem a chuva? Na época eu não sabia, mas eu era bem irritante, sempre enchendo de perguntas e mais perguntas, mas ainda bem que meus pais eram pacientes - Vejo que sua curiosidade está florescendo filho, muito bem, a chuva vem dos rios, mares e outras fontes de água que ficam na superfície do planeta, por causa do calor do Sol ela evapora a água que sobe pro ar e depois de um tempo esfria e volta para a água líquida, e assim vem a chuva - Chuva, então era assim que ela se formava, o processo do ciclo da água, minha pergunta estava respondida, a chuva evaporava e depois volta pelas nuvens, agora acho que sobre aquele tópico eu tinha ele respondido, então voltei para o meu quarto, no caminho minha mãe me chama a atenção - Filho, no meu quarto mais ou menos na segunda prateleira da estante, tem um livro sobre ciência, dá uma olhada nele, talvez te esclareça as coisas um pouco melhor - Um livro sobre ciência? Era disso que eu precisava, respondi à minha mãe com um sorriso e em seguida acenando a cabeça fazendo um gesto de sim, e fui ao quarto dela. Na estante, tinha outro tipos de tópicos em livros diversificados, a maioria eram sobre contos que minha mãe costumava ler, mas entre eles tinha o livro que ela havia falado, um livro sobre ciência com a forma do átomo em sua capa, claro que na época eu não tinha a menor idéia do que aquele símbolo significava, eu levei para o meu quarto e comecei a leitura. As primeiras páginas falavam sobre um assunto simples: animais e plantas, o primeiro dentre estes dois tópicos que foi abordado foram as plantas, disse que uma planta é formada a partir de uma semente, que com o decorrer do tempo,  germina e apresenta mudanças em sua estrutura: a raiz, o caule e as folhas aparecem e crescem até se tornarem uma planta adulta podendo dar frutos mas em alguns casos não, para a planta se desenvolver requer uma alguns fatores de eventos biológicos como a energia solar térmica vinda do Sol, a irrigação com água e principalmente o tempo. Eu não tava entendendo quase nada que o livro estava dizendo, só algumas fases aqui e acolá, mas após algumas leituras comecei a tentar entender sobre esse assunto, interpretei de uma forma que consegui entender, e assim passei para as próximas páginas. Como no título, elas eram dedicadas aos animais, e o primeiro tema era animais e sua alimentação, eram divididos em alguns tipos, entre eles carnívoros, herbívoros e omnívoros, explicando cada um desde o começo, iniciando pelos herbívoros: São aqueles que se alimentam apenas de vegetais, alguns desses animais comem toda a planta, outros possuem preferência por partes específicas, como os frutos, as raízes, o néctar ou as folhas; Os próximos eram os carnívoros, animais que só se alimentam de outros animais, predação é o nome da relação ecológica em que um animal alimenta-se de outro animal; Por ultimo os onívoros que se alimentam de tudo, comem vegetais e também outros animais. Tudo no livro me parecia fascinante, continha informações que eu não havia aprendido até agora na escola, a minha curiosidade era respondida diversas vezes durante o livro, tudo se encaixava bem mesmo na época eu não entendendo alguns termos com o passar das linhas eles iam fazendo sentido, e foi assim que eu fiquei até tarde lendo aquele livro de ciências que minha mãe provavelmente iria jogar fora, no dia seguinte, acordo do meu sono com o livro nos braços, provavelmente li até capotar.

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