Isirus desperta do seu cochilo pós almoço, ao contrário das vezes esporádicas que esse "milagre" aconteceu, estas de causas naturais, desta vez, a interferência é externa e não foi de seu despertador metálico, que se encontra imóvel sobre o criado mudo de madeira ao lado de sua cama, algo bate levemente no vidro da janela de seu quarto, mas o ruído penetrava em seus tímpanos, que são sensíveis as manhãs. Tentou evita-lo, colocando o travesseiro sobre sua orelha, na intenção de abafar o barulho, mas de nada adiantou, em seguida vira-se para o possível lado, de onde vem o barulho, ainda coberto pelo seu edredom, abre seus olhos lentamente, se adaptando a luminosidade do sol, observa um pássaro bicando o vidro da janela, rapidamente salta da cama, descobrindo-se e jogando o travesseiro para trás, ligeiramente abre a janela, sabia o motivo da presença daquela ave, que ao entra em seu quarto, pousa na cabeceira de sua cama, ao lado de seu pequeno corpo, há uma pergaminho, ao retira-lo da ave, o pássaro alça voou em direção a janela e segue voando.

Abre o pergaminho e lê seu conteúdo, o jovem genin esta sendo  convocado para ir diretamente até a academia auxiliar o sensei, pensou "esperava algo mais emocionante, mas se esta tarefa fácil é considerado Rank C, não terei problemas em realizar as missões de nível superior", o garoto sente-se confiante e entusiasmado, ao enrolar o papel fino ao objetivo cilíndrico, guarda-o no bolso lateral da sua perna esquerda, pega sua bandana que esta pendurada em um cabideiro de madeira maciça de eucalipto, ao lado da porta de seu quarto, antes de sair. Desce as escadas saltitando de dois em dois degraus até chega no piso inferior da casa.

- Imatsu, estou indo para academia! - grita na intenção informar seu irmão, batendo com a mão sobre sua testa, que esta preenchida com o metálico da bancada, se lembra que ele não esta em casa, pois esta trabalhando. - Lembrei, ele disse que não iria vir almoçar em casa, enfim vou pra missão que ganho mais! - saindo de casa, o garoto segue em direção a academia ninja.

Evitando caminhar pelas ruas e estradas, decidi ir saltando para pegar impulso, de telhado em telhado, laje em laje, assim cortando caminho e tendo que seguir em linha reta até o seu destino. Não muito longe, já conseguia avistar a academia, tendo uma rápida nostalgia de seus tempos como aluno, decidi então pegar fortes impulsos, acelerando sua chegada. Observa atentamente a entrada e em volta da academia, a pouco tempo atrás, ainda era um estudante, mas por ser um prodígio, ligeiramente se graduou como genin, por recomendações de seus professores, "acho que terei dificuldade devido a minha idade", pensou e em seguida tendo um flashback.

"Isirus esta sentado na cadeira, a sua frente uma mesa branca e do outro lado o seu sensei, lhe dizendo as dificuldades que iria enfrentar como um jovem genin".

- Chega! - balança a cabeça, seguido de um forte tapa com as mãos em cada bochecha, ficando com as maças do rosto avermelhado. - Eu concordei quando me fizeram aquelas inúmeras perguntas e agora devo assumir as consequências! - e segue em direção a sala do sensei.

CONSIDERAÇÕES:

Isirus permanece parado entre o vão da mesa de madeira retangular branca com as estruturas de metal e a lousa, acima da mesa há alguns livros empilhados em cada canto e um porta canetas do lado esquerdo da visão do jovem genin, e algumas anotações espalhadas em pedaços de papeis ou post its. Com a saída do sensei, os alunos sentem-se em seus respectivos lugares, todos prestam atenção no garoto de bandana, permanecendo um silêncio, sendo possível escutar os passaros cantarolando ao lado de fora, pela janela. A sala possui uma estrutura elevada em forma de escada, onde é divido por quatro fileiras com cinco mesas cada e três alunos a cada mesa,

- Olá, prazer em conhecê -los. - conteve a risada por alguns instantes, com toda aquela formalidade, mas logo se poem a gargalhar, os alunos permanecem quietos e instantes depois riem junto do genin - Sério pessoal, não aguento, aí, aí! É o seguinte moçada, sou Isirus Senju, hoje irei lhes mostrar uma técnica. - alguns pronunciam "oooooh", enquanto se escuta poucos "aff". - Vocês devem estar fartos de escutaram isso do sensor, mas o chamar  provém de nossa energia  física ou mental, para manifesta-la e manter o seu controle, utilizamos os selos de mão, prestam atenção. - posiciona-se a frente da mesa e realiza lentamente os selos Carneiro, Cobra e Tigre e diz. - Bunshin no Jutsu! - uma névoa branca se forma a sua frente, o suficiente para cobri-lo, aproveitando a fumaça, realiza o selo do Carneiro . -  Shunshin no Jutsu! - assim que a névoa se esvanece, os alunos avistam o garoto ainda a frente a mesa, todos tornam-se não entendo o que ocorreu, um deles, corajoso por sinal, se aproxima e da um soco no clone, que desaparece.

- Wow!  - vozes na sala diziam surpresos, enquanto outras. - Que porcaria, esse cara não sabe nada.

- Também concordo, como um cara desse vira genin. - todos olham para o fundo acima da sala, seguindo a voz e, visualizam Isirus, sentado sobre a carteira, as crianças se surpreendem, pois nem conseguiram notar ele saindo da frente da sala e disparando para o fundo. - Como podem ver ou não ter visto.. - segue a frente da sala. - Utilizei dois Justus, quem sabe identificamos?

- Eu sei, você usou Bunshin no Jutsu. - dizia uma garota de cabelos escuros e óculos vermelho, sentada na primeira carteira da segunda fileira.

- Exatamente, e qual o outro? - esperançoso para que alguém respondesse.

- Shunshin no Jutsu. - um menino careca, com olhos envolvido com um linear preto em volta, sem sobrancelhas e casado de inverno, ao fundo da sala, se prontifica a responder.

- Excelente! Temos um prodígio na sala. - Isirus se surpreende que alguém tenha identificado o último Jutsu realizado, quando tem um flashback, este mesmo garoto olhou para seus olhos enquanto corria para o fundo da sala, "quem será este garoto?", pensou. - Turma por hoje chega, espero que tenham gostado. - se despedindo da classe.

CONSIDERAÇÕES:

Com o fim do primeiro turno da aula, ao som do sinal, as crianças seguem para o pátio, usufruindo do intervalo, alguns brincam em grupos e outras preferem se isolar, tudo ocorre como nos seus tempos de academia, então Isirus, se lembra dos dias em que brincava com seus amigos naquele pátio, mas infelizmente nem tudo é da maneira que queremos e aquela paz e tranquilidade foi quebrado por pequenos estouros, a pouco metros de onde se encontra o jovem genin, que esta sentado sobre o gramado, observando ao redor e atento a qualquer eventualidade fora do normal, como esta que acaba de acontecer.

- O que será que foi isso? Bombinhas? - franzindo o cenho, apoia-se com as mãos no chão, para se ajoelhar  com o joelho esquerdo em seguida apoiando o pé direito a frente, levantando-se lentamente, em seguida, dá algumas leves palmadas em seu traseiro, na intenção de limpar a terra que acompanhou o tecido de sua bermuda e segue em passos largos em direção ao possível local, de onde vem os barulhos, questionando-se "estas crianças se comportaram tão bem durante a aula, é serio que justo no intervalo, onde podem se descontrair, irão aprontar?".

CONSIDERAÇÕES:

Isirus avista três clones de um dos alunos, todos estão arremessando bombinhas ao redor, "parece estar se divertindo", pensa enquanto caminha ligeiramente em direção ao "pestinha", com os punhos cerrados e franzindo o cenho. A criança enérgica, ao avistar o jovem genin de camisa preta e bermuda bege, se aproximando com toda aquele ferocidade, rapidamente se divide em dois grupo de dois cada, com seus clones, indo cada grupo para um lado diferente.

- Ah seu moleque, não vai escapar mesmo, nenhum aluno de academia irá enganar este genin idiota! - gritava eufórico e em seguida, salta para frente mergulhando para dentro da terra, usufruindo de sua técnica Moguragakure no Jutsu, nadando por de baixo da terra, enquanto sente as movimentações do garoto e seus clones, com as vibrações das forças magnéticas.

Sua intenção é alcançar um dos grupos e pegar cada um com uma das mãos em suas pernas e arrasta-los para baixo, assim que conseguir pegar o fugitivo, iria deixa-lo com metade do corpo na terra e a outra metade na superfície. Caso um destes grupos fossem apenas clones, iria continuar a utilizar a técnica e seguir o outro grupo, assim alcançando o aluno.

CONSIDERAÇÕES:

Sua primeira tentativa na captura da dupla, como esperado, foi sem sucesso, ao pegar as pernas dos clones, logo se desfizeram em duas nevoas brancas até não restar nenhuma imagem do aluno, ainda as pernas dentro da terra, com o restante do corpo e as palmas das mãos sobre a superfície, consegue sentir as vibrações dos outros dois, clone e o garoto, dando o último contato em chão, "os filhos da mãe não estão mais em contato com o chão", pensava enquanto sentia pequenos estrondos na terra.

- Tsc! Eles ainda continuam a lançar essa malditas bombinhas! - lamentando-se e batendo sobre o chão com os punhos cerrados, em seguida retira-se de dentro do chão, apalpando com a palma das mãos quadril, ombros, barriga e outras partes do corpo, limpando-se da sujeira impregnada em sua roupa. - Tenho que seguir eles do outra maneira ... vai ser do modo básico, porém eficiente. - realiza o selo do carneiro com as mãos. - Shunshin no Jutsu! - sua intenção é usufruir da velocidade da técnica utilizada,  assim alcançar e pegar ambos pelo braço, conseguindo capturar o gaiato fujão.

CONSIDERAÇÕES:

- Te peguei! - foi o que Isirus disse, ao conseguir agarrar o braço esquerdo do garoto com suas mão direita, enquanto o clone desvanece de sua mão esquerda, ambos foram pegos ao alto, ao atingir ao solo firme, o jovem genin ainda agarrando o aluno levado pelo braço, se prontifica. - Olha garoto, não sei quais os seus problemas, mas preciso te dizer algumas coisas. Na minha época na academia, tinha dificuldade em me relacionar com os outros da turma, pois todos tinham pais e eu era o único que é criado pelo irmão mais velho, sendo motivo de ofensas ridículas e desnecessárias, o que eu fiz? - deixando o questionamento no ar por alguns instantes. - Mergulhei nos estudos e na pratica do ninjutsu, comecei a escutar os conselhos do meu sensei, criei um objetivo, um foco, que ultrapassava as opiniões desobstrutivas dos outros, que era me tornar um ninja renomado pela vila e assim trazer orgulho para o meu irmão Imatsu! - dizia agitado com os olhos lacrimejando. - Pois este sim, merece toda a minha atenção! Então garoto, não sei se essa experiência lhe serve de alguma coisa, mas a moral, é que devemos absorver as coisas boas da vida, principalmente das situações ruins que virá, como a bronca de seus sensei. - gargalhava enquanto seguia em direção a academia, arrastando o fedelho, para ser entregue ao professor.

CONSIDERAÇÕES: