[RANK B] - Fade to Black

Era uma noite estrelada que caía sobre os céus de Konoha, com a majestosa lua pálida que ali se fazia em seu resplendor máximo, na fase cheia. Os raios prateados iluminavam as ruas sombrias da vila oculta, trazendo uma paisagem bela ~ Ainda que obscurecida. Neste meio tempo, dois ninjas encontravam-se acordados em suas respectivas moradias: Akkey e Yose, ambos servidores da força militar de Konohagakure. O primeiro bater de portas fora na casa de Kanbara Akkey, que caso abrisse a porta para verificar o que lhe aguardava, se depararia com um homem musculoso de traços fortes e cabelos curtos que lhe trazia uma mensagem verbal: De poucas palavras e expressividade, apenas dissera que os superiores queriam se encontrar com o Chuunin para designá-lo a uma missão especial que eles vêm planejando há tempos. Ele não sabia do contexto da discussão ou mesmo dos objetivos da missão, e isto apenas caberia ao rapaz descobrir no QG do grandioso vilarejo. Com cerca de vinte e cinco minutos para se arrumar devidamente e chegar até os superiores que lhe aguardavam, ele poderia fazer o que bem entender desde que chegasse com pelo menos cinco minutos de antecedência no local designado. Quando tudo finalmente tivesse sido devidamente arrumado e preparado, o encontro se daria início logo às portas do Quartel, onde um grupo de três Jõnins o aguardava. Eles convidaram o Chuunin a entrar e seguí-los, onde então poderiam se mover até uma sala que se posicionava ao fim do corredor central do primeiro andar do prédio de funções militares, então oferecendo-lhe um lugar para sentar naquela mesa redonda. O Jõnin mais velho fixou os olhares em Kanbara e levantou sua voz, chamando sua atenção e contando mais detalhes sobre seus deveres.

- "Você deve ter uma certa noção do motivo de sua convocação. Aqui darei mais detalhes sobre o cumprimento e desenrolar de seus objetivos. Bem, primeiramente, devo-lhe dizer que não será nada fácil e que terás apenas até o amanhecer para completar tal objetivo. Nós descobrimos que há uma dupla de Nukenins noturnos que vêm causando diversos problemas nas redondezas. É dito que eles estão assassinando nossos guardas, comerciantes e até mesmo cidadãos comuns. Não sabemos seus motivos, mas isso precisa parar agora. Após cerca de dois meses de estudo, pudemos finalmente concluir que hoje será o dia ritualístico onde eles se juntarão para uma espécie de sacrifício. Seu único objetivo é eliminá-los, porém é dito que as habilidades deles são bem apuradas e acima da média de tudo o que você já viu até hoje em suas missões. Por conta disso, você terá o direito de levar consigo um companheiro à sua escolha no vilarejo. Não nos decepcione. Você está liberado para escolher seu companheiro e seguir diretamente até a Floresta de Tributos ao extremo Noroeste daqui, após a cordilheira de montanhas baixas no horizonte." - O Jõnin cessava sua falava.

Kanbara então teria a liberdade de escolher quem ele quiser para lhe acompanhar, mas qual seria a decisão do garoto? Enfim, enquanto ele se decidisse sobre quem levar para lhe fazer companhia na missão, o Aburame encontrava-se silencioso em sua casa. A madrugada estava complicada e seu sono havia sido interrompido diversas vezes pelas brigas de gatos que ocorriam nos telhados de sua casa. Como um genin, não havia muito a se fazer além de passar boa parte de seu tempo cochilando ou lendo livros para se livrar do tédio. Era um ninja, afinal de contas. Apesar de tudo, este trabalho não era muito atrativo aos novatos. Ele conseguiria ver os feixes prateados da lua se esgueirando pela sua janela, e caso abrisse-a, sentiria uma brisa gelada e reconfortante, sendo presentado pela contemplação da enorme celestial à distância, rodeada por incontáveis estrelas. Era uma noite maravilhosa para se aproveitar, afinal de contas. Nenhum compromisso e com as aulas da academia ninja terminadas, o que o rapaz deveria temer além da falta de dinheiro, afinal?!

Considerações:

Post 1/10

awful

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[RANK B] - Fade to Black 8b49bb97ff1dedcef72c581dd299a758

"I Just live to Fall."

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Akihito

Tokubetsu Jonin

[RANK B] - Fade to Black 73318106e2edc17140311913c4ae2bdb

Ter 1 Dez - 20:22

[2x Rank B] Fade to Black (01/10)

A Escolha

O incômodo frio de inverno não seria capaz de diminuir o resplendor daquela noite estrelada. Deitado sobre o telhado de minha casa — como de costume — e fortemente agasalhado, eu deixava meus olhos se perderem na imensidão do céu noturno, enquanto pensava em situações aleatórias da vida. Infelizmente, meu devaneio pessoal foi interrompido pelas batidas inesperadas em minha porta, lá em baixo.
— Quem será a essa hora? — me perguntava.

Adentrei pela janela de meu quarto que dava acesso ao telhado e desci as escadas para receber a visita noturna. Ao abrir a porta, minha primeira impressão foi a de um susto, pois um verdadeiro brutamontes se punha perante mim, mas em seguida percebi que se tratava de um ninja da vila, pois suas vestes o denunciavam. As formalidades foram dispensadas, o shinobi foi direto e simplesmente me passou o comunicado que lhe fora ordenado: mais uma missão, como sempre, urgente e durante a madrugada.
— Esse povo não dorme? — perguntei ao mensageiro, sem ter a mínima ideia de que aquilo poderia ser inapropriado.
Sem aguardar pela resposta, fui logo me preparar para sair. Peguei minhas vestes habituais de missões, acrescentando ao conjunto um aconchegante cachecol, e me dirigi ao QG.

Na porta do quartel general, três outros ninjas me aguardavam; os segui todo o tempo em silêncio. Um deles me ofereceu lugar para sentar, eu apenas acenei que não com a cabeça e aguardei pelas informações. E quantas informações!
— Você disse "dia ritualístico" e "sacrifício"? Estamos lidando com cultistas?
O jounin que aparentava ser o mais experiente prosseguiu com as explicações, ressaltando o risco da missão e a necessidade de que eu convocasse alguém para me acompanhar. Por fim, deram-me as coordenadas de onde se iniciariam as nossas buscas.

— Isso quer dizer que... eu vou liderar uma missão? — era tudo que passava pela minha cabeça agora.
O fato de estar à frente de uma missão, por si só, não me amedrontava, mas o fato de ser responsável pela vida de mais alguém além de mim mesmo, principalmente considerando a tal situação de elevado risco, isso sim me trazia calafrios.
Finalmente tomei o assento que me fora oferecido, refletindo alguns segundos sobre quem poderia levar comigo.

— Talvez o Shin, ou quem sabe o Allen? Ou até o Sen- não, não, esquece...
Foi então que me lembrei de alguém, alguém que não me conhecia, mas que eu já vinha observando há algum tempo, alguém que vi um dia na Academia, quando eu ainda era genin, e que vi posteriormente treinando de forma árdua, sozinho, desta vez sendo eu já chuunin. Lembrei de ter visto naquela pessoa grande potencial, além de grande determinação estampada em seu rosto. Eu podia não ser muito bom em compreender o que os outros sentiam, mas sabia identificar muito bem alguém que tinha afinco em seus ideais, pois eu mesmo era assim.

Eu não sabia onde encontrar o tal shinobi, mas sabia seu nome, então solicitei a convocação:
— O Aburame. Yose Aburame! Chamem-no e peçam-no para me encontrar no portão da vila. — disse, olhando alguns instantes para a reação dos jounins presentes. Eu mesmo sabia que dentre tantas opções, escolher um genin pareceria loucura, mas eu tinha o pressentimento de que aquele genin teria algo a mais para mostrar.

Após esclarecer todo o necessário, me desloquei até o ponto de encontro: o portão principal de Konoha.

559/200 palavras

1925/1925 || 2000/2000 || 00/04

Considerações:

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Yose

Chūnin

Ter 1 Dez - 23:41

FADE TO BLACK:
A JORNADA SENSITIVA
01/10

Noite.

Densa, escura. Engolindo toda a possibilidade de luz da vila da Folha. As noites de inverno costumam ser as mais severas em relação a frio e escuridão, e a única coisa que separava os moradores daquele local das trevas sem fim era a majestosa lua cheia e seus raios rompendo em meio a um céu estrelado. Era lindo de se ver, e mais lindo ainda quando se comparava ao esplendor que a própria paisagem da vila já oferecia aos seus residentes. Os muros escondiam um povo poderoso e, ao mesmo tempo, simples. Milhares de famílias dormindo, aconchegadas em seus aposentos com um ou dois lampiões fazendo seu trabalho próximos a suas camas... Afinal, era uma noite fria e nada mais era apropriado que isso. As crianças dormiam, os pais visitavam pela terceira vez seu bebê que não cansava de chorar por noite adentro e, talvez essa seria a última noite de um idoso que cultivava pela última vez lembranças das velhas guerras enquanto repousava em seu lar. Tudo ocorria bem, a vida está acontecendo em Konohagakure. Mas a vida tem algo novo para um de seus muitos moradores, e essa é história desse morador.

-Ei garoto, você pode me ajudar? - Diz o velho, caído enquanto seu sangue está totalmente jogado pelas gramas, troncos de árvores e por qualquer lugar onde os olhos pudessem ver. - Não me deixe aqui sozinho, preciso da sua ajud@#$$%#@$ - Essa foi a última palavra que Yose ouviu antes de acordar assustado, em seu quarto no Distrito Aburame. Era mais um de seus sonhos com uma experiência infantil que outrora teve na infância. Mas dessa vez os ruídos estranhos que o acordaram foram provenientes de algumas brigas de gatos que estavam acontecendo no telhado de um dos vizinhos.

Após perder um ótimo sono, que provavelmente o levaria até o raiar do sol caso não tivesse sido interrompido, o adolescente decide comer algo. Uma fome toma conta do jovem que, mesmo cambaleando por conta do despertar rápido, decide se levantar e ir até a cozinha de sua casa, que ficava no primeiro andar. As luzes estavam apagadas por toda a casa e sua mãe descansava no quarto dos pais - Foi isso que um de seus insetos espalhados pela casa o confirmou assim que saiu pela porta de seu quarto -. Ele desceu as escadas suavemente, imaginando que seu pai poderia novamente estar nos laboratórios de Konoha ou em algum lugar lidando com algo importante. Desde a morte da querida Hokage - a qual Yose mal teve a oportunidade de ver lutando com seus próprios olhos - seu pai tem ficado muito ausente em casa. Mas não era algo para um garoto pensar em meio a uma madrugada de fome. O menino pegou um prato com um pedaço de bolo sobressalente do seu aniversário a poucos dias anteriores, e levou para o seu quarto.

Sua escrivaninha estava com alguns livros jogados por ela, provenientes de algumas horas anteriores ao seu sono, quando decidiu que faria um momento de leitura. A vida de Gennin não parece tão atrativa em noites como aquela. A luz da lua era sua única lamparina naquele momento, e por sorte uma das janelas de seu quarto era exatamente acima de sua escrivaninha, o que possibilitava uma visão limpa de toda a parte sul da vila. Ao abrir a janela para sentir um pouco mais daquela transcendental noite, ele sentiu uma brisa gélida do inverno irrompendo sobre seu peito e tomando conta de seu quarto. A noite se revelou de forma linda para Yose, e ao abrir a janela ele conseguiu visualizar muito mais claramente todas as estrelas que tinham escolhido se revelar aos que tinham a audácia de enfrentar a noite. Era lindo o mapa que nesse momento os andarilhos de todas as vilas seguiam, as próprias estrelas. Cada ninja fora daqueles muros estavam naquele momento lutando para conquistar seus objetivos, sejam eles bons ou maus. - Mal sabia o adolescente que em breve ele seria um desses.-

Ele comeu todo o bolo enquanto estava sentado em sua escrivaninha observando a beleza do luar. Alguns insetos que sofriam da mesma insônia que Yose e não conseguiam repousar estão voando em volta do garoto, mas nada a se preocupar. Eles só estão compartilhando com o menino a incrível visão do vilarejo. Conforme o tempo passava a vista de Yose ficava turbulenta e ele chegou até a adormecer por alguns segundos, mas quando acordou ele observou algo que o intrigou. Um homem musculoso de traços fortes e cabelos curtos vinha caminhando pela rua acima, de encontro a casa do adolescente que ficava de frente para a saída principal do distrito, com a porta virada justamente para onde o homem vinha caminhando. E ele continuou, até que se tornou impossível ver o homem pela angulação em que Yose estava. A figura estava ao lado da porta de sua casa. Três batidas na porta de sua casa, numa madrugada foram suficientes para fazer o menino descer incessantemente rápido - Para ver quem era e para não acordar sua mãe que descansava -.

Antes do homem poder dar mais uma batida na porta, Yose abriu. A lua brilhava na retaguarda da figura, que parecia ser alguns centímetros maior que o jovem, que percebeu a bandana em sua vestimenta e sabia que nenhum inimigo bateria na porta da sua família para depois destruí-la. Aquilo era mais sério.

O homem clamou com sua voz:
- Olá Yose, boa noite. A vila vem preparado uma missão de nível secreto a algum tempo, e nossas mentes brilhantes - essa parte ele utilizou um tom sarcástico - decidiram que você deveria fazer parte dela. A equipe já o escolheu, e eu estou aqui como seu acompanhante até o local de entrega, onde a missão se iniciará. Vamos para os portões principais de Konoha. Você tem três minutos para se preparar.

O menino relutou. Ele não havia pedido missão alguma pelos pássaros nesses dias anteriores, como ele foi colocado em uma missão? E por que vieram em sua casa buscá-lo? E por que não avisaram que viriam? Ele poderia comer um pouco mais, desse jeito. Esses foram os pensamentos que passaram pela mente do garoto enquanto vestia seu manto preto, nunca utilizado... Pois aquela seria a primeira missão de Yose. Seu pai produziu aquele casaco para missões que preferencialmente fossem a noite. O grande símbolo Aburame em suas costas era o único adereço branco da peça, que era tingida em preto fosco e seguia do tronco até o pé do ninja. Sua abertura total frontal revelava em partes a roupa extra de Yose, uma vestimenta ninja comum e suas sandalhas. Ele colocou sua bandana no nível do bíceps esquerdo e pegou sua bolsa de armas.

Ao sair pela porta e encontrar o homem que o acompanharia ao local de entrega, este olhou para Yose um tanto quanto surpreso. E os dois caminharam enquanto o homem explicava detalhe por detalhe como seria a missão, quais eram os riscos e o quais eram seus objetivos. As vozes dos dois foram ficando mais finas e baixas, até que sumiram no horizonte. A brisa gélida ainda entrava pelo quarto de Yose e sua cortina voava pelo quarto. Ele havia esquecido sua janela aberta... Sua mãe o lembraria pela manhã que não foi isso que ela ensinou ao jovem.

- Sacrifício? Ritual? Mortes? - Repetia Yose constantemente - Isso realmente está estranho demais, senhor!

O garoto estava tão envolvido pelas informações coletadas pela inteligência até agora que mal observou que já haviam chegado no portão da vila. Uma figura de cabelos loiros curtos, um pouco mais baixo que Yose e olhos castanhos estava a espera do menino. Seu semblante era neutro, mas assim que observou o adolescente chegando, estendeu sua mão direita e o cumprimentou, apresentando-se. Yose fez a mesma coisa, mesmo não conhecendo quem era o menino que aparentava ser mais jovem que ele.

- Este é seu parceiro, e a partir de agora vocês dois estão cientes da missão. Tudo o que acontecer com os procedimentos da vila, todos os meses de investigação e apoio estarão por conta de vocês. Nunca mais teremos a chance de capturá-los. Nós acreditamos em vocês, geração futura! - Disse o homem enquanto esperava próximo ao portão principal que os dois ninjas saíssem oficialmente das terras protegidas de Konohagakure. Yose e Kanbara olharam pela última vez para sua vila, onde parecia ter ficado para trás a brisa gélida de inverno, as boas noites de sono e pedaços de bolo na geladeira. O calor do mundo agora cercava a dupla que dava seu passo em direção a escuridão profunda da floresta que cerca e protege a vila. Dessa vez a lua será a única aliada da dupla.

As estrelas? Chegou a hora deles as usarem. Era o momento de viver o que um ninja nasceu para fazer.

Considerações:

「R」

@Skywalker

Ficha de Personagem :

Agony

Tokubetsu Jonin

Qua 2 Dez - 11:47

Narrador: Skywalker

Fade To Black

@Wyalves & @Yose

A brisa gélida da noite batera forte nos dois rapazes, que foram de encontro um do outro. Se juntando nos portões principais de Konohagakure, eles estavam prontos para partir. As coordenadas da possível localização dos renegados vide as explicações do Jõnin eram claras: Floresta de Tributos ao extremo noroeste, seria uma viagem e tanto. E ainda no meio da escuridão e com poucas horas até a resolução da missão de alto nível, era bastante possível que ambos os jovens tivessem alguns problemas e talvez nem mesmo conseguissem completar os objetivos. Sem tempo a perder, eles partiriam do portão ~ Mas seriam avisados por um Jõnin antes da partida, o qual lhes deu dicas importantes para o seguimento dos objetivos.

- "Eles saem do meio da escuridão, é melhor você não olhar para trás. Mesmo assim, outra coisa que você não deve fazer é olhar somente para frente, entendeu? Não sabemos as técnicas que esses canalhas possuem, mas sabemos ao menos que sua maneira de atacar é sinistra e busca atingir pontos cegos em momentos oportunos. Estaremos aguardando o retorno de vocês, boa sorte na missão." - O Homem disse, antes de virar-se de costas e permitir a saída dos shinobis.

O Primeiro segmento da viagem de ambos seria até bastante tranquilo. Seguiriam pela rota principal de terra, através de uma enorme planície viva, com incontáveis árvores. O luar aos céus refletia os raios prateados por todos os lados e lhes davam uma visão um pouco melhor da estrada a qual seguiam. Uma vez ou outra eles poderiam de relance ver alguns animais selvagens de hábitos noturnos em alguns pontos específicos, mas a maior parte do raio de visão era obscurecido por uma escuridão completamente inesperada, como se estivessem parcialmente cegos. Estavam lentamente desaparecendo no escuro, submetendo-se à noite. O que lhes esperavam adiante poderia ser algo bom, péssimo...Quem sabe? Os rapazes poderiam ver que pessoas carregando lanternas cruzavam as estradas escuras daquela noite: Eram duas, cobertas por longos mantos rasgados, sem ter como identificá-las. Por se parecerem mais com nômades, talvez perguntar a eles sobre algo traria aos jovens frutos. Não custava tentar, afinal de contas.

Considerações:

Post 2/10

awful

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"I Just live to Fall."

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| MOD AG | Inventário AG || [Moradia] - Uchiha Hideout.

Ficha de Personagem :

Akihito

Tokubetsu Jonin

Qua 2 Dez - 15:42

[2x Rank B] Fade to Black (02/10)

Os Andarilhos

Chegando ao portão, aguardei por alguns minutos. Não foram muitos, pois logo o genin chegou ao local. Repetindo um movimento ensaiado e completamente robótico — embora eu lutasse para fazê-lo parecer natural —, cumprimentei o jovem shinobi, que na verdade parecia ser mais velho que eu.
— Yose Aburame, não é? Prazer, Kanbara Chinoike! — falei, expressando uma tentativa de sorriso.
— Bem, creio que você já tenha recebido os detalhes da missão. Nós só temos até o amanhecer para concluí-la, então partiremos imediatamente, sem mais percas de tempo!
Antes de partirmos, no entanto, recebemos mais algumas orientações dos jounins encarregados, mas ao invés de esclarecimentos, as tais orientações só me deixaram mais confuso.
— Então você espera que eu olhe para os dois lados ao mesmo tempo? Tsc... — foi o que pensei, mas preferi não verbalizar. De todo modo, guardei aquele conselho.

Como a missão se tratava de uma verdadeira corrida contra o tempo, não parei para desenvolver muitos diálogos com o Aburame — embora quisesse —, foquei apenas em seguir rapidamente pela trilha rumo à Floresta de Tributos.
A escuridão era talvez o maior desafio daquele momento, pois quanto mais caminhávamos, menos enxergávamos.
— Será que precisarei usar "aquilo"? — me indaguei. — Ou será que...
Decidi então aproveitar a situação para estimular algum diálogo mínimo.
— Yose-kun, você possui alguma proficiência em sensoreamento? Creio que isto será útil logo, logo...
Aguardei pela resposta do rapaz, caminhando sempre com os olhos atentos no caminho e a tudo que pudesse enxergar.

Assim que notei o clarão do que posteriormente descobriria serem lanternas, sinalizei para o jovem genin se esconder detrás de alguma daquelas árvores. Tentei olhar de relance para a origem daquele clarão, aproveitando-me deste pare enxergar com nitidez. Vi que se tratavam de duas pessoas encapuzadas, aparentemente andarilhos, e imediatamente lembrei que no quartel general um dos jounins havia dito que os nukenins que procurávamos trabalhavam em dupla.
— Será que são eles?
Eu precisaria ser extremamente cauteloso em meus próximos movimentos.

Pensando por alguns segundos, decidi abordá-los diretamente, porém de forma segura: criei — o mais discretamente possível — um Kage Bunshin, que tão logo surgisse, removeria de suas vestes quaisquer sinais que o identificasse como um shinobi da folha, como por exemplo bandana e afins.
— Agora é a hora! — sussurrei para Yose, na esperança de que ele me entendesse. Caso o garoto de fato possuísse habilidades sensoriais ou de rastreamento, aquela seria a hora de utilizá-las.
Meu clone então saiu das sombras, disfarçadamente andando como alguém que está perdido, dando a entender como se ele mesmo fosse também um andarilho. Ao "notar" a presença dos dois supostos nômades, o clone então diria:
— Ah, finalmente encontrei alguém! Por favor, vocês conseguem me dizer para que lado fica a Aldeia Oculta da Folha? Maldita hora que decidi viajar em plena madrugada...

Eu não sabia se aqueles eram de fato os dois nukenins que procurávamos, mas caso fossem, será que eles perderiam a oportunidade de capturar um estranho que aparentemente estava perdido? Ou ainda, caso não o fizessem, será que eles partiriam em direção à Folha, para mais um de seus assassinatos? De todo modo, o objetivo principal daquela abordagem seria dar abertura suficiente para que o jovem Yose agisse. Por mais que não o conhecesse há muito, eu já possuía fé nas capacidades do genin!

548/200 palavras

1925/1925 || 1962/2000 || 000/400 || 01/04

Considerações:

Informações:

Status:

Aparência:

Buffs & Afins:

Habilidades Usadas (01):

Estilos de Luta:

Bolsa Shinobi Personalizada (24/100 espaços):

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Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

Yose

Chūnin

Qua 2 Dez - 21:43

FADE TO BLACK:
A JORNADA SENSITIVA
02/10

Uma viagem e tanto os aguardava.

As instruções eram claríssimas, tanto quanto a luz da lua que brilhava em nossas cabeças e que seria o nosso guia em direção ao sucesso da missão. O extremo noroeste do país os aguardava, onde ficava localizada a Floresta dos Tributos. Yose nunca pesquisou muito sobre os locais tão ao interior de sua casa, mas sabia que no extremo de todas as vilas, o pior se encontrava. Morte, destruição, uma terra sem lei. A dupla tinha uma noite para solucionar aquela situação, provavelmente pela manhã os ninjas já estariam bem longe do país, com seu objetivo completo e isso não poderia ser aceito nem pelos dois e nem pelos seus superiores que aguardavam eles voltarem com notícias boas ao Quartel General de Konoha. A possibilidade de algo dar errado era grande, mas a de dar certo também, pois Yose e Kanbara tinham algo que os foras da lei não tinham: Conhecimento. O alto escalão passou para a dupla todas as informações necessárias sobre os nukkenins, enquanto isso eles não conheciam seus caçadores noturnos... E quando conhecerem, já será tarde demais. Ao dar o primeiro passo em direção a escuridão severa que habitava no interior das florestas gélidas, o Jounin decidiu os avisar de algo a mais:

- "Eles saem do meio da escuridão, é melhor você não olhar para trás. Mesmo assim, outra coisa que você não deve fazer é olhar somente para frente, entendeu? Não sabemos as técnicas que esses canalhas possuem, mas sabemos ao menos que sua maneira de atacar é sinistra e busca atingir pontos cegos em momentos oportunos. Estaremos aguardando o retorno de vocês, boa sorte na missão." - O Homem disse, antes de virar-se de costas e permitir a saída dos shinobis.

Essas foram as últimas palavras que Yose ouviu desde que saiu dos portões de sua vila. A viagem começou de forma tranquila, a lua iluminava o caminho perante as rochas e árvores dos arredores de Konoha, enquanto a dupla seguia em direção ao desconhecido. A planície se dividia na estrada de terra que caminhávamos, sempre atentos a qualquer sinal de movimento - até mesmo de animais terrestres ou pássaros noturnos -. Adentraram ainda mais em direção as grandes florestas arbóreas que deixavam tudo ainda mais obscurecido. Ali era, definitivamente, um domínio da escuridão. Aquela escuridão que esconde segredos nunca antes revelados e direções que nunca foram seguidas... E a morte. Quando tudo que os garotos sabem é que existem assassinos imprevisíveis e que, inevitavelmente, estão de encontro a eles, as perspectivas mudam. Será que Yose já havia vivido o suficiente e agora estava na sua hora de perecer, logo em sua primeira missão?

Kanbara não trocou palavras com Yose até que a escuridão chegou a um nivel maior, quando este desferiu:
— Yose-kun, você possui alguma proficiência em sensoreamento? Creio que isto será útil logo, logo...

E Yose o respondeu imediatamente, feliz pelo primeiro contato de voz desde que foram apresentados na saída da vila.
— Até me esqueci que você podia falar, companheiro. - Disse Yose com um tom sarcástico - Eu estou em busca de evoluir minhas habilidades sensoriais. Por hora podemos usar meus insetos para nos localizar através das informações que eles irão me passar - Adicionou o menino, enquanto alguns de seus insetos saiam pelo casaco em direção a floresta, afim de achar possíveis pessoas em seu caminho através das árvores e folhas da gélida floresta.

-Mas caso algo aconteça, terei que dar o meu melhor para ativar meu sensoriamento de Chakra. Eu nunca consegui dominá-lo completamente.

Yose foi interrompido por algo inusitado. Um clarão de luz em meio a vasta escuridão crescente do caminho de terra. Eram lanternas, que estavam em posse de duas figuras encapuzadas que lembravam as semelhanças estratégicas que os Jounins nos falaram. Logo Kenbara ficou deveras ancioso e decidiu fazer seu movimento com a criação de um clone, a forma mais correta de abordá-los, e afirmou a Yose que era chegada a hora.

O adolescente entendeu sua exclamação e pois em prática sua melhor estratégia de rastreamento até o momento. Assim que o clone loiro foi criado, Yose colocou sua mão direita na direção do clone do parceiro, e das suas vestes saíram dez pequenos insetos, todos fêmeas. Estes insetos começaram a serem depositados nas vestes do clone, próximos a saídas rápidas. A direção que Yose deu inconscientemente para este insetos eram simples. Eles se dividiriam em dois grupos com cinco integrantes cada, e assim que o clone chegasse, eles se depositariam rapidamente na parte inferior dos andarilhos, sem que percebessem. Dois deles ficariam até a morte ou enquanto não fossem chamados de volta presos as figuras, enquanto os outros desceriam deles conforme fossem andando, mais precisamente a cada 500m, e ficariam paradas até que fossem rastreadas cheiro (através de insetos machos).

Assim que o clone parou diante dos dois andarilhos e disse:
— Ah, finalmente encontrei alguém! Por favor, vocês conseguem me dizer para que lado fica a Aldeia Oculta da Folha? Maldita hora que decidi viajar em plena madrugada...

Yose mirou sua mão para o clone, e os movimentos antes repassados aos pequenos trabalhadores se iniciou. Era a hora de plantar as sementes de rastreamento!

Considerações:

「R」

@Skywalker

_______________________

Sumário do Yose

• Sistema de Graduações • Sistema de Quests • Sistema de Roleplays • Sistema de Databook • Sistema de Missões

• Ficha
• Gestão de Ficha
• Banco
• MOD AG

Ficha de Personagem :

Narrador: Skywalker

Fade to Black

@Wyalves & @Yose

O Plano dos jovens era simples, porém bastante efetivo na maioria das situações. O clone de Kanbara fora reforçado por insetos fêmeas do Aburame, então partindo para a investida verbal contra ambos os camponeses. Ao perceberem que alguém corria atrás deles, ambos viraram-se para ver do que se tratava. Deste ângulo ainda não era possível ver seus olhos, apenas a parte inferior de seus rostos. Um dos viajantes era claramente uma mulher a julgar pelo estrutura corporal, enquanto o outro era um homem. Eles aguardaram pacientemente o término da fala do clone antes de dizerem qualquer coisa ou demonstrarem alguma expressão corporal, indicando que eles não estavam desconfiados de absolutamente nada. Talvez fossem apenas pobres vagando por aí, ou talvez não. A mulher tomou as rédeas da conversação e levantou parcialmente sua mão, apontando para além do clone.

- "Mas sô, a Aldeia da Folha fica pra lá uai. Já de madrugada e você querendo arranjá uma viagem no escuro, mai que menino doido esse sô. Só você dar meia volta e ir seguindo aí uma hora cê chega lá. A Gente não é da Vila não, tamo só de passagem sabe? A gente na verdade tá indo pra vilinha menor que fica aqui perto bicho, lá que a gente mora. Agora nóis precisa ir, valeu." - Ela disse.

Sua voz era jovial e as gírias que ela utilizava não haviam sido escutadas pelos jovens até o momento. De fato, eram pessoas muito diferentes das comumente encontradas em Konohagakure no Sato. Elas aparentemente não desconfiaram de nada e seguiram viagem rumo ao norte. O homem deu um tapa leve na cabeça da garota, muito possivelmente por não ter deixado ele falar absolutamente nada. Eles pareciam ter idades similares, então muito provavelmente eram irmãos. Eles seguiram até o horizonte sombrio obscurecer a visão dos rapazes sobre os seus possíveis alvos, ainda que pudessem ser sentidos pelos insetos dos Aburame que não foram retirados e muito menos notados. Com os alvos na mira, ambos poderiam continuar seguindo viagem por outro trajeto. A estrada se dividia em dois pedaços: Esquerda e Direita. Os viajantes foram pela direita, ao lado contrário da cordilheira de montanhas que eles deveriam cruzar. Mesmo assim, Yose não os perderia de vista graças ao seu rastreamento ectomântico. Eles poderiam se dividir pelo caminho, seguir os viajantes ou ir direto ao objetivo principal. Já eram 1:45 da manhã, restavam menos de cinco horas para o término do período válido dos objetivos que lhes foram atribuídos.

Caso Seguissem pela Esquerda,

Notariam que o caminho muito mais obscuro. A visão era quase nula e sons estranhos poderiam ser ouvidos a todo momento, mesmo que nunca de fato eles representassem alguma coisa. Era uma área que brincava com sua mente, e com tantas árvores no caminho, seria difícil até mesmo para um possuinte de visão noturna definir o lado certo. Tudo era igual, caso se perdesse, talvez nunca mais conseguisse sair. O desafio maior seria se esquivar dos inúmeros emanharados espinhosos, que possuíam toxinas mortais ao corpo humano. Também existiam animais selvagens acordados e ocultos dentre as folhagens. Yose perceberia que a detecção dos viajantes começaria a se tornar um pouco mais fraca, já estando a cerca de 1km dos mesmos.

Caso Seguissem pela Direita

Perceberiam que os viajantes seguiam em passos calmos, tendo apenas parte de sua frente iluminada pela forte luz da lanterna. Volte e meia eles olhavam para trás e lados, como se estivessem com medo ou desconfiados de alguma coisa. Eles conversavam sobre alguns assuntos irrelevantes em meio ao caminho, mas não pareciam se sentir seguros em nenhum momento. Os rapazes sabiam que estavam seguindo pelo caminho contrário ao do planejado, mas o que aqueles dois escondiam, afinal de contas? Sussurravam no escuro, e caso ambos os ninjas se aproximassem demais, poderiam chamar a atenção dos mesmos e assim culminar em problemas. A mulher então viria a dizer que ela havia tido uma ideia para "aquilo", sem dar quaisquer definições do que isso poderia ser. O homem concordou com a cabeça e sussurrou algo em seus ouvidos, o que era um mistério. Eles então começariam a acelerar o passo, seguindo mais rapidamente no caminho em que trilhavam, seguindo em lados opostos, separados. O que os rapazes fariam?

Considerações:

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Escolhas

Após poucos segundos de planejamento, pusemos nosso plano de abordagem em ação. Em um primeiro momento, ouvindo e observando de longe a interação entre os dois suspeitos e o meu clone, poderia até julgá-los como inocentes. Após responderem à pergunta do meu Kage Bunshin, os dois indivíduos seguiram seu rumo. A esta altura, os insetos do jovem Aburame já se encontravam ocultos em suas vestes, dando-nos uma vantagem tática, mas algo ainda me, incomodava.
— Não sei você, mas eu não comprei essa história deles. Parece tudo tão... suspeito. — sussurrei para Yose.

Após os dois se afastarem suficientemente para não nos ver ou ouvir, saí de dentro da escuridão, apontei para a vertente esquerda da bifurcação à nossa frente e disse:
— Nosso destino é por aqui, não podemos perder mais tempo! No entanto... precisamos considerar a possibilidade daqueles dois estarem mentindo. Sendo assim, mandarei um clone para segui-los sorrateiramente, enquanto nós dois continuaremos rumo à Floresta dos Tributos.
Eu então enviei o meu Kage Bunshin que ainda se encontrava ativo para ficar no encalço daqueles dois, seguindo-os de forma discreta, se ocultando na escuridão da floresta e se guiando pela luz da lanterna dos indivíduos. Por ser a única luz não natural presente naquela obscura noite, não deveria ser difícil acompanhá-los de uma distância segura.

Quanto a mim e Yose, seguimos pelo caminho oposto.
— Espero não me arrepender dessa escolha...

Conforme adentrávamos mais naquela rota, menos conseguíamos enxergar. As árvores bloqueavam quase toda a luz da Lua, deixando-nos completamente às cegas. Pensei por um instante em usar algum jutsu sensorial, mas estes serviam sobretudo para detectar chakra, logo, não seriam úteis para me fazer desviar de obstáculos inanimados, como árvores ou rochas.
Quanto mais caminhávamos, mais sentia que estávamos nos perdendo. A trilha sonora dos bichos noturnos daquele ambiente não ajudavam nenhum pouco, pois serviam apenas para deixar-nos mais desnorteados.

Após poucos minutos andando quase às cegas, o inevitável aconteceu: dei de cara com um tronco de árvore.
— Ouch! — resmunguei, denotando raiva, mas me contendo para não fazer um barulho maior do que já havia feito.
Com a batida, dei alguns passos pra trás. Levei a mão à testa e comecei a esfregá-la, felizmente não havia sido algo grave.
— Não dá pra continuarmos dessa forma... — falei para o Aburame. — Você disse anteriormente que possui habilidades em sensoreamento e rastreamento, não foi? Pois bem, se você puder descobrir qual o caminho mais seguro para seguirmos, com menos obstáculos, talvez consigamos chegar no nosso objetivo a tempo.

De fato, estávamos numa verdadeira corrida contra o tempo. Eu não tinha como saber a hora exata, mas a julgar pelo tempo que havíamos saído da Vila, sabia que precisávamos nos apressar. Por isso, independente de qual fosse a resposta do Aburame, eu diria:
— Não podemos mais perder tempo, eu irei na frente para abrir caminho!
Dito isto, realizei uma rápida sequência de selos e fiz algo que para mim era extremamente comum, mas que talvez pudesse assustar o jovem genin: fiz irromper de minhas costas uma torrente de sangue, como se uma grande ferida tivesse sido aberta, mas logo o sangue começou a reagir e tomar forma; uma forma fluida, porém consistente. Quatro longos tentáculos de sangue infuso em chakra surgiram. O carmesim de meu sangue se destacava em meio ao negro daquela escuridão, assim como o preto se destaca em meio à alvura do branco.

Imaginando que o jovem Aburame ficaria surpreso, falei:
— Heheh! Acho que "esqueci" de contar, mas a minha kekkei genkai me permite manipular livremente o meu sangue! — falei, com um pequeno sorriso estampado em meu rosto. Essa não era a descrição exata da minha kekkei genkai, tampouco era a descrição completa, mas era a forma mais simples e direta que tinha de explicá-la.
Munido dos membros extras, tornei a andar por onde Yose indicasse ser o caminho mais apropriado, usando minha Manifestação Carmesim como "para-choque" para possíveis obstáculos, e também como forma de limpar nosso caminho.

Enquanto seguíamos, caso ainda não tivesse recebido "de volta" o conhecimento de meu Kage Bunshin — algo que só aconteceria caso ele se desfizesse —, perguntaria ao shinobi:
— Yose-kun, algum dos insetos que você deixou na cola daqueles dois já retornou?

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A JORNADA SENSITIVA
03/10

O plano funcionou.

Os dois viajantes estavam agora obscurecidos pela escuridão que escolheram caminhar, logo após responder as perguntas que o clone de Kanbara fez a eles. Mas não antes dos meus insetos fazerem seu movimento de introspecção dentro das vestes dos andarilhos. Agora eles estavam sob minha vigilância por um longo período. Enquanto eu observava e sentia o meu Chakra depositado nos insetos indo para longe e se distanciando cada vez mais, ouvi um sussurro. Era meu parceiro falando:
— Não sei você, mas eu não comprei essa história deles. Parece tudo tão... suspeito. —

Yose concordou com sua cabeça, mostrando que algo ainda era suspeito. Mas o que não é suspeito em um mundo como o daqueles meninos?

Assim que os andarilhos sumiram na direção em que caminhavam – mesmo Yose ainda sentindo o cheiro fêmea – o garoto seguiu seu parceiro em direção a bifurcação, enquanto ouviu ele dizer:
— Nosso destino é por aqui, não podemos perder mais tempo! No entanto... precisamos considerar a possibilidade daqueles dois estarem mentindo. Sendo assim, mandarei um clone para segui-los sorrateiramente, enquanto nós dois continuaremos rumo à Floresta dos Tributos.

Yose concordando exclamou:

— Eu estou enviando um pequeno enxame de vinte insetos machos para seguir eles, junto ao seu clone. Eles deixarão um rastro que poderemos seguir caso algo dê errado.
Então um pequeno conglomerado de insetos saiu pelo seu casaco negro, que se dividiram e ficaram imperceptíveis, e seguiram sua viagem em direção aos desconhecidos, enquanto Yose sabia que talvez nunca mais veria os pequenos novamente.

Seguindo isso, adentramos o caminho obscuro pela bifurcação que estava a nossa dianteira, na direção contrária aos andarilhos. O caminho era escuro, maligno e de certa forma suas boas-vindas era trazer o medo.

— Não dá pra continuarmos dessa forma... — disse Kanbara após bater com a cabeça em um tronco — Você disse anteriormente que possui habilidades em sensoreamento e rastreamento, não foi? Pois bem, se você puder descobrir qual o caminho mais seguro para seguirmos, com menos obstáculos, talvez consigamos chegar no nosso objetivo a tempo.

Yose então respondeu:
- Meus insetos irão passar por estes galhos, troncos e essas plantas esquisitas, procurando o melhor caminho. Mas eles terão que ir e voltar, e isso levará um tempo. – Disse o menino, enquanto um enxame de insetos saia de dentro de si e iam em direção aos mais variados lados que existiam naquela trilha, buscando a melhor opção.

Enquanto isso acontecia, o parceiro de Yose exclamou:

— Não podemos mais perder tempo, eu irei na frente para abrir caminho!

E algo estranho que Yose não estava conseguindo entender aconteceu. Flashs rápidos do que ele percebe dizem ao seu cérebro que é muito sangue, e que são... Caudas?
— Heheh! Acho que "esqueci" de contar, mas a minha kekkei genkai me permite manipular livremente o meu sangue! — Disse Kanbara para Yose.

Yose respondeu:
- Isso é tão horrendo quanto viver com insetos, - disse em tom sarcástico – Eles jamais irão esperar isso de nós. Vamos caçá-los!

Enquanto Kanbara seguia limpando o caminho, Yose observou que algumas plantas ali não eram conhecidas por ele. Isso era um problema. Um ambiente hostil pode guardar muitos segredos. Seu conhecimento toxicológico sabia que 90% dos venenos ninja provinham da natureza, animais peçonhentos, plantas desconhecidas. Eles não podiam arriscar tocar em nada que não conheciam. Por isso Yose decidiu fazer o correto, proteger os dois.

- Você mexe com sangue, - Disse o adolescente – então não vai achar isso tão estranho. Precisamos nos proteger de tudo nesse momento, nosso corpo não pode tocar em nada, não conhecemos essa floresta. Vou proteger nosso corpo e camuflar nossos rastros.

Yose então usa o Selo de Confronto em sua mão esquerda. Desse modo ele concentra seu Chakra e ativamente seus insetos começam tomar conta de todo seu corpo e vestes. Em alguns segundos, Yose já estava completamente coberto pelos insetos, formando uma armadura, protegendo-os de toques externos. Era o Kikaichuu no Tate, a arte secreta defensiva com insetos do Clã Aburame.

- Isso vai ajuda-lo também – Diz Yose, mantendo o seu Selo de Confronto e liberando agora uma porção de Chakra em volta do corpo (e não do sangue que ele está manipulando) de Kanbara, e seus insetos criando uma armadura em volta do menino, afim de protege-lo de qualquer influência externa.

- Agora podemos seguir tranquilos – Finalizou o adolescente.

Enquanto isso seus insetos, um por um voltavam com informações de onde era o melhor local para se seguir, indicando também em qual direção a trilha continuava, seguindo para a Floresta dos Tributos, e Yose indicou esse caminho para seu parceiro. No meio desse afazer, Kanbara peguntou ao parceiro:

— Yose-kun, algum dos insetos que você deixou na cola daqueles dois já retornou?

E Yose respondeu:

— Estou pedindo que retornem agora, enquanto os fêmeas fiquem ainda neles. Os meus insetos dirão para onde eles foram.

E os dois seguiram em direção a floresta dos tributos, abrindo caminho através da floresta obscurecida, sabendo que iam de encontro ao maligno.

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O Kage Bunshin do jovem fora desfeito em meio ao caminho por um erro que culminou em sua perfuração por diversos emaranhados espinhosos, forçando seu desaparecimento. Apesar disso, os insetos do Aburame permaneciam ativos e retornavam pouco a pouco a seu mestre. Apesar de tudo, Yose notaria que a partir do terceiro inseto retornante, as coisas começariam a ficar muito esquisitas. Aqueles viajantes...Estavam parados, não haviam ido para lugar algum. Sendo assim, por que os insetos continuavam a retornar? Algo estranho estava acontecendo, e por mais de dois minutos a situação não havia mudado. Talvez aqueles dois tivessem tirado um tempo para descansar ou haviam aplicado um truque para se livrarem do rastreamento de insetos...Quem sabe, afinal? O Caminho continuava e ambos em menos de trinta minutos já se encontravam fora da área inicial a qual deveriam atravessar, agora adentrando a cordilheira de montanhas. A viagem deveria ser tranquila pelas cordilheiras, mas a vida de um ninja não pode ser fácil, não é mesmo? Antes que Akkey pudesse perceber, um grande lobo preto pulava sobre suas costas, derrubando-o no chão. Atrás dele, outros três lobos de mesma coloração se encontravam. Eles estavam babando e pareciam estar famintos, por isso o temperamento extremamente agressivo. A expressão que se fazia nos rostos daqueles lobos era algo próximo ao ódio ~ Como se eles estivessem sendo afetados por um sentimento a ponto de fazê-los agir como verdadeiros berserkers. Dois dos lobos ficariam com Akkey e os outros dois com Yose. Mas se algo eles poderiam afirmar, é que aqueles lobos não pareciam ser normais...Não, havia algo de errado com eles. O que seria?

AKKEY escreveu:
Os dois lobos que estavam na cola de Akihito se prontificaram a atacar. O que havia lhe derrubado tentaria efetuar uma mordida letal na região da jugular direito do pescoço do Chuunin, enquanto o outro circularia o corpo caído e tentaria morder a parte inferior da perna esquerda, tentando rasgar sua carne para devorá-la. O garoto teria muito pouco tempo para reagir a ambos os ataques, por isso teria de pensar muito bem caso quisesse sair dessa vivo...Ou ao menos inteiro. Lembrando que cada um destes lobos possui força física superior a de Akkey, o que torna um combate corpo-a-corpo inviável, além de terem reflexos animalescos mais apurados que os do Chuunin, transformando-os em verdadeiros predadores naturais, imbatíveis em seus habitats.

YOSE escreveu:
Os Lobos que cercavam o Aburame o observavam com certa cautela, mas logo partiriam para a ofensiva. Um deles iria pelo lado direito enquanto o outro tentaria correr na direção frontal do rapaz para dar um bote alto o suficiente e alcançar o rosto do genin, então efetuando uma mordida que talvez fosse capaz até mesmo de destruir completamente sua face com os poderosos dentes que tal animal possui. O outro lobo se aproveitaria da atitude do primeiro para tentar derrubar Yose ao pular diretamente em sua lateral, utilizando-se de seu peso para afastar o rapaz e enviá-lo diretamente ao chão, o que lhe deixaria indefeso. Também seria muito difícil reagir aos ataques dos lobos por serem mais fortes, rápidos e reflexivos que Yose. Então, o que fará?

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Ataque Surpresa

A sensação de formigamento por ter insetos cobrindo o meu corpo era bastante incômoda, mas não era algo com que eu não pudesse lidar. Revestidos do Kikaichū no Tate, sendo guiados pelos insetos de Yose e abrindo caminho com meu Shinku Kengen, conseguimos vencer aquela floresta. Por estarmos a céu aberto, a escuridão já não era mais tão intensa como anteriormente, pois a Lua já iluminava nosso caminho. Subindo aquela cordilheira, decidi manter meu Shinku Kengen ativo, como forma de me manter precavido.

Enquanto caminhava, percebi que meu clone de momentos atrás havia sido desfeito, pois sua ciência havia retornado para mim.
— Droga! — resmunguei. — Meu clone acaba de ser desfeito, talvez pela distância... Seus insetos já retornaram?
Eu aguardaria a resposta do Aburame, para então responder algo que era fato.
— Independente disto, não temos como retornar agora, estamos muito longe.

Após alguns minutos andando, fomos surpreendidos por um ataque vindo pela retaguarda: uma fera saltou em minhas costas, levando-me ao chão. Mesmo sem vê-los diretamente, pude perceber que haviam mais, pois conseguia ouvir seus rosnados de ódio.
— Yose-kun! — exclamei mentalmente, preocupado com a possibilidade do genin também ter sido atacado.
Sem pensar duas vezes, movi meus quatro membros da Manifestação Carmesim na direção da fera que me detivera, buscando cercá-la com ataques vindo dos quatro lados, e tentando empalá-la com pelo menos um dos meus pontiagudos tentáculos de sangue. Mesmo que não conseguisse acertar a criatura, ao menos conseguiria tirá-la de cima de mim, eu pensava.
Após a tentativa, eu então usaria os tentáculos restantes para me estabilizar no chão e me erguer a uma altura de pelo menos dez metros — uma vez que conseguia estender os membros do Shinku Kengen em até quinze metros de comprimento.

Ao erguer-me em tal altura, poderia ter uma visão ampla do campo de batalha, finalmente notando que se tratavam de lobos, quatro deles. Vendo que mais um dos quatro lobos me encarava, eu então arremessaria o lobo que havia perfurado anteriormente — e que ainda deveria estar empalado em um de meus tentáculos — em sua direção, como forma de ganhar tempo. Enquanto distraía esse primeiro lobo, eu executaria uma rápida sequência de apenas dois selos: cavalo, carneiro.
Em seguida, apontaria meus dois indicadores na direção dos dois lobos que pretendiam atacar Yose. Em meus dedos, duas esferas amarelas de chakra se formariam, desprendendo-se destes logo em seguida e tomando a forma de finas agulhas, que rapidamente se lançariam contra os tais lobos. Mesmo que estes fossem ágeis e tentassem desviar, provavelmente não conseguiriam escapar de serem acertados em algum momento, pois eu conseguia manipular livremente a trajetória das agulhas, mesmo depois destas terem sido lançadas. Caso acertados, os lobos se veriam imobilizados, dando margem suficiente para Yose contra-atacar.

Voltando meus olhos — que a esta altura já tingiam-se de carmesim, por conta do Ketsuryūgan — para os lobos (ou "o" lobo, caso o primeiro, que pulou em minhas costas, já tivesse sido eliminado) que me fitavam, pude notar em seus semblantes que os mesmos estavam visivelmente alterados, expressando uma agressividade incomum.
— O que será que aconteceu com esses bichos?

Apesar daquele comportamento não parecer natural, ainda assim precisávamos livrar-nos deles. Pensando nisso, pus minha mão em minha bolsa de armas e a remexi um pouco, como se procurasse algo específico. Na verdade, eu já havia achado a kunai que procurava, o que eu estava fazendo mesmo era revestindo-a com meu chakra e fixando nela um Kibaku Fuda.
— Cuidado, explosão! — gritaria para o genin, afim de alertá-lo do que aconteceria a seguir.

Com o meu próprio chakra infuso na kunai, eu poderia manipular o ferro presente nesta, assim como manipulava o ferro em meu sangue — e demais líquidos com ferro concentrado. Desta forma, após lançar a kunai com o papel bomba, mesmo se os lobos fossem ágeis o suficiente para desviar dela, eu conseguiria alterar sua trajetória — assim como fiz com as agulhas de chakra — para acertá-los em cheio, a fim de fazê-los serem pegos pela explosão.

Eu já estava começando a me sentir exausto por conta da superutilização de chakra e sangue em um tão curto período de tempo, então, caso algum desses movimentos falhasse, ou caso Yose não conseguisse lidar com os lobos e se encontrasse em perigo, eu me posicionaria de volta ao chão e estenderia meus quatro tentáculos na direção dos lobos, para atacá-los à distância, antes de finalmente desfazer o meu Kekkijutsu: Skinku Kengen.

Ofegante por conta do cansaço sentido e tentando racionar meu uso de chakra, caso o combate ainda não houvesse findado, me restaria apenas empunhar minhas Chakura Tō e me preparar para um combate físico, o que eu preferia evitar, uma vez que conhecia minha deficiência nesta área.

796/200 palavras

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Esclarecendo as coisas:

@WyAlves deixou a missão por conta de estar compromissado com um chamado superior ( Chuunin Shiken )

@Yose escolheu permanecer na missão, então o tópico continuará ativo. O jogador em questão poderá continuar postando, irei dar uma explicação no post sobre a saída do Akkey.

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A JORNADA SENSITIVA
04/10

O plano continuava dando certo.

Passamos pela floresta de espinhos enquanto o parceiro de Yose abria caminho em direção a escuridão, guiado pelos insetos do jovem. A técnica de Yose garantiu que os dois saíssem do local sem ser tocados por nada, a não ser os próprios insetos, algo que o adolescente já estava mais que acostumado a vivenciar, já que eles habitam em seu interior a quase duas décadas. A escuridão deixou de ser um problema após deixarmos baixo relevo arbóreo para trás, e invadirmos as terras gélidas montanhosas do País do Fogo. Yose decidiu manter sua técnica ativa por mais tempo, afim de reprimir qualquer atividade futura. Mais precisamente estavam chegando até a entrada das cordilheiras quando os insetos começaram a voltar para o jovem (justamente na hora em que o parceiro fez a pergunta para Yose). Mas algo estava estranho.

- Eles... Pararam? - Sussurou Yose para Kanbara - Os andarilhos simplesmente pararam de andar. Esse é a informação final. - Disse o adolescente sem entender o que aconteceu.

Continuou caminhando por mais alguns minutos, sem entender direito o que aconteceu com sua prática de rastreio. Um erro com os insetos, talvez? Será que eles não seguiram a missão até o fim? Ele nunca saberá. Dentre esses pensamentos, algo inusitado aconteceu, um ataque animalesco. Kanbara havia sido acertado com um ataque em suas costas, e Yose não conseguiu mais observar ele após isso, pois ele tinha seus próprios problemas. Dois lobos cercavam o jovem Aburame com caras raivosas e bocas prontificadas ao ataque. Os dois estavam a sua frente, e diferente dos animais que já estavam em confronto com Kanbara, os dois observavam Yose com certa cautela.

O menino se prontificou a criar algo afim de distraí-los, pois animais tendem a atacar aquilo que apresenta-os a maior ameaça, e em um mundo animal, os animais se atacam primeiro. Então Yose usou o Selo de Confronto e seus kikaichus começaram a se moldar, logo a sua frente, com uma forma diferente. Milhares, depois centenas, talvez milhares se aglomeraram e formaram uma forma bestial, assim como os lobos, estes tomaram uma forma canina, muito parecida com a dos lobos. Era uma forma espectral daquilo que os estavam atacando naquele momento. O aspecto negro dos kikaichus e seus movimentos poderia ser aproveitado por Yose, dando uma forma mais assustadora e horripilante que um lobo comum, algo que aqueles animais nunca haviam visto antes, e nem sentindo cheiro (Ja que os kikaichus são animais não presentes na fauna local, tendo um cheiro desconhecido pelos lobos e por este modo mostrando que não conheciam o perigo que este "lobo"poderia oprimir a eles). Isso daria o tempo necessário para que Kanbara o ajudasse, este pensou.

Os lobos provavelmente avançariam, após encararem de forma fatal o lobo que Yose criou e neste momento rapidamente Yose viu dois flashs vindo na direção dos lobos, no formato de agulhas. Essas agulhas imobilizaram eles, e o jovem percebeu após isso que haviam sido providas dos dedos de Kanbara.

Agora é a minha vez! - Clamou Yose enquanto, já com o selo de confronto em mãos, comandou seus kikaichus antes em formato de lobo se transferirem completamente para o corpo dos lobos. Esses insetos entrariam pelas suas bocas e vias nasais, impossibilitando que eles respirassem seja pelos buracos nasais ou fechando suas gargantas. Isso os mataria lentamente. Enquanto isso, Yose se afastou ainda mais dos lobos a beira da morte.

Yose não conseguiu ouvir muito enquanto se afastava, apenas um aviso: EXPLOSÃO.

A explosão aconteceu, e Yose esperou com que tudo se desfizesse para que ele pudesse ver se os dois lobos que estavam imobilizados e sem ar morreram na explosão. Sua armadura proveniente do jutsu Kikaichuu no Tate ainda estava ativa e ele estava preparado para enfrentar o melhor ou pior resultado possível.

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@Yose

A Estratégia de utilizar da manipulação de insetos para amedrontar os lobos havia dado errado, pois os animais continuariam avançando. Mesmo assim, por serem criaturas irracionais e movidas por instintos assassinos, não poderiam prever a natureza do falso lobo de Kikaichus, que começara a desfazer-se em seus próprios insetos, invadindo as vias nasais, orelhas, bocas e olhos dos lobos. O Enxame de insetos negros se espalhava rapidamente pelo corpo dos caninos ferozes, e antes que Yose pudesse ver, a explosão ocorrera. Uma nuvem de fumaça considerável subiu ao local e a terra estremeceu um pouco graças a onda de impacto. Voltando para conferir o resultado de seus atos, ele se veria de frente para algo praticamente demoníaco. Era algo contra a natureza, sombrio, necromântico e nefasto. Mesmo sem as cabeças e grande parte do corpo, carne e ossos, aqueles animais continuavam a se mover. Não possuíam qualquer condição de atacar, no entanto, tendo sido completamente imobilizados. Então se descobriria que aquilo não se tratava de lobos reais, e sim de protótipos experimentais construídos para uma finalidade até então desconhecida ao Aburame. Olhando para o lado, veria que os lobos que estavam lutando contra Kanbara haviam sido mortos e que uma figura de mantos negros e bandana de Konoha se apresentava. Tal figura trocou várias palavras com o Chuunin antes de partir com ele de volta para Konoha. Este mesmo encapuzado virou-se para Yose e gesticulou com a mão esquerda, como se ordenasse que ele continuasse a missão. O caminho ainda seria bastante longo, e sem qualquer tipo de ponto para localizar-se ou ter ideia de onde seguir , o que o genin poderia fazer? Restava apenas chegar ao topo do pIco e observar o horizonte para finalmente descobrir os segredos por trás desta missão peculiar. Chegando ao topo da enorme montanha, o garoto poderia ver que de fato existia um pequeno vilarejo ao norte, a julgar pela considerável quantidade de luzes presentes em um único local. Apesar disso, aqueles dois viajantes seguiram a direção contrária do vilarejo que disseram viver. Eles já não mais podiam ser sentidos e a presença dos mesmos era um mistério. Yose tinha duas escolhas: Seguir em direção ao vilarejo desconhecido ou voltar e procurar pistas do paradeiro daqueles dois suspeitos de antes. O que o jovem Aburame de Konohagakure fará nesta situação?

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05/10

Fumaça por todo o lado.

Era a única visão que Yose tinha naquele momento. A explosão havia acontecido, após os seus insetos entrarem dentro de cada centímetro das vias dos ferozes lobos. Após os danos naturais da explosão terem se dissipados, Yose percebeu que não lutava contra monstros naturais, criados pela terra, famintos pela caça para sobreviverem por mais um dia. Eram protótipos, robôs movidos a engrenagens e gás. Ele ficou deveras impressionado com aquilo, mas algo "pior" atraiu sua atenção naquele momento. Kanbara que já havia derrotado seus lobos estava ouvindo alguém falando com ele. Um homem de mantos negros, tenebrosos que cobriam todo seu corpo, mas que por sorte tinha a bandana de Konoha consigo. Ele partiu com seu parceiro embora, provavelmente algo mais importante estava acontecendo em algum lugar, pensou Yose. Chegou a hora de irmos embora, afinal. Concluiu seu pensamento.

Ou pelo menos ele pensou isso, até que a figura, ao se retirar, fez um sinal com sua mão que significava a continuação da missão. Naquele momento Yose entendeu que ele estava sozinho no rastro dos Nukkenins assassinos a partir de agora. Quando Kanbara e o ninja de Konoha desapareceram nas sombras, Yose sussurou: - Bom, agora é comigo. - Ele se limitou a isso, pois voltou a prestar atenção em algo. Os lobos. Que engenhoca era aquela? Pensou.

Ele se limitou a tocar tanto os que foram explodidos quanto os que Kanbara matou. Máquinas são diferentes de criaturas mortais, e morrem com muito mais dificuldade que as segundas. Ele colocou insetos fêmeas e machos dentro de cada um dos lobos. Se seus donos voltassem para pegá-los ou, se por acaso eles se movessem novamente, ele saberia. Os machos trariam atualizações constantes enquanto as fêmeas seriam a localização fixa de onde eles estão. - Vamos ver se vocês são valiosos para quem os criou. - Sussurou Yose, enquanto observava o pico da montanha, agora sozinho.

Seguindo caminhando pelas bordas da montanha, Yose conseguiu chegar até o seu topo. Ele precisava re-organizar seu destino após tantos acontecimentos inesperados como este. A perda de um aliado forte também faria falta para ele, tanto física quanto mentalmente. Ao chegar no topo da montanha, sentiu não mais a escuridão o abraçando, mas o frio da madrugada. Ele não sabia que horas era, mas seu tempo estava acabando. O frio da madrugada seria seguido do raiar do sol, e isso significaria o fim do seu tempo, e tudo que fizeram teria sido em vão. Ao posicionar seus olhos ao horizonte, percebeu que o Norte o presenteava com algo incomum. Um vilarejo. Talvez este fosse o vilarejo de onde os andarilhos vieram, afinal? Pensou Yose. O garoto chegou a conclusão de que seria ótimo visitar um vilarejo para descobrir, de quem quer que more lá, quais atividades suspeitas eles tinham visto nos últimos dias ou talvez até mesmo naquela noite.

Então ele se decidiu, partiria em direção ao vilarejo, tentando colher o máximo de informações enquanto não chegava até a Floresta dos Tributos. O caminho seria árduo, mas a recompensa seria a justiça de Konoha diante dos bandidos que ceifavam muito mais que dinheiro, ceifavam almas.

Considerações:

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@Yose

As informações que os insetos traziam eram possivelmente desanimadoras caso Yose desejasse descobrir mais sobre o maquinário que compôs aqueles lobos. Eles foram completamente abandonados ao relento, possivelmente já estavam livres há bastante tempo, pois era notável a sujeira em seus pelos. Enfim, saindo desta parte sinistra e chegando ao vilarejo, o garoto notaria que as luzes eram de postes bastante altos que conseguiam iluminar uma grande parte do vilarejo, ainda que algumas permanecessem permanentemente na completa escuridão. Algumas poucas pessoas encapuzadas passavam e pareciam ignorar a presença do Shinobi, o que era bastante estranho. Andando pelas ruas de pedra muito bem polidas, ele eventualmente se depararia com uma dupla de homens carregando o símbolo de Konohagakure em seus pescoços. Julgando pela aparência, aqueles dois pareciam ser irmãos gêmeos. Eles notaram rapidamente a presença de Yose e se deslocaram até o garoto, com uma expressão séria. O Irmão da direita começaria a falar, sem enrolar ou apresentar-se.

- "Nós sabemos o que você veio fazer aqui, o problema é que perdemos aqueles caras de vista. Eram dois fugitivos, sem mais nem menos. Ambos utilizavam roupas simples ~ Quase como trapos e tentavam se disfarçar na multidão como pobretões, mas o lado bom é que o Henry possuía habilidades sensoriais apuradas o suficiente para diferenciar assinaturas de chakra e também seguí-las. Infelizmente ele acabou sendo morto, e apenas eu e meu irmão sobramos na busca. Garoto, precisamos da sua ajuda para encontrar a localização daqueles dois. Creio que não teremos a força para enfrentá-los, mas com certeza teremos para relatar aos superiores. Você é um Aburame, vai ser muito mais fácil." - O Irmão disse.

O Outro seguiu a fala do primeiro, complementando.

- "Além disso, eu sou especializado em encobrimento, enquanto meu irmão é especializado em assassinato. Seremos um trio bastante eficaz, mas duvido que consigamos ocultar nossas presenças de tal maneira que a dupla de Nukenis não saiba no momento ou até mesmo previamente. Irei prover o máximo de cobertura para vocês, então fiquem mais tranquilos, sim? Enfim, pelos últimos dados concedidos por Henry, percebemos uma movimentação estranha captada pela última vez na entrada Oeste da Floresta dos Tributos. Vamos lá, antes que se afastem demais!" - Ele exclamou.

O Trio então partiria para a entrada Oeste da Floresta, que estaria completamente obscurecida pela noite. Nem mesmo os raios prateados do luar poderiam atravessar aquelas densas camadas de folhas, o que faria com que Yose tivesse que utilizar seu máximo para conseguir desenvolver ainda mais suas capacidades sensoriais e de rastreamento para conseguir enfim encontrar a dupla de fugitivos. O irmão especializado em encobrimento realizaria selos de mãos e utilizava de jutsus de efeitos e origem desconhecidas aos olhos de Yose, que deveria se focar totalmente no objetivo. O que ele faria para conseguir atravessar e entrada obscura e repleta de perigos se chamar a atenção ao mesmo tempo que evita perigos, possíveis armadilhas e outras inconveniências que estejam pelo caminho?

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A JORNADA SENSITIVA
06/10

A lua iluminava o pequeno caminho em direção ao vilarejo, e Yose caminhava por ele.

Enquanto fazia seu trajeto em direção ao desconhecido, os insetos voltavam com informações constantes em relação aos lobos destruídos nas montanhas, e confirmavam que nada havia mudado. Eles continuavam imóveis e ninguém havia sido enviado para resgatá-los. Soltos a própria sorte, pensou Yose. Quem faria isso com eles? Sobreviveram por tanto tempo sem manutenção?

O menino capturou essas falas em sua memória até chegar ao vilarejo. Um local que, da montanha parecia inóspito, tinha sim sinais de vida. Shinobis passavam encapuzados, como figuras sinistras e amedrontadoras de um lado para o outro, mesmo na calada da madrugada. O cheiro que Yose sentia era de abandono. Pessoas, pais, mães, filhos... Todos abandonados para viver longe das normalidades de um vilarejo oculto. A simplicidade tomava conta das casas, que pelo horário, liberavam ainda mais o sentimento que pairava sobre o local: Medo. Os gigantescos postes faziam seu trabalho de iluminar o máximo possível e afastar a escuridão do vilarejo em meio aos bosques, mas em alguns pontos a escuridão ainda predominava. Era possível ver pessoas - ou pelo menos era isso que Yose achava que eram - dormindo nesses locais de pouca luz, que muitas vezes se assemelhavam a vielas com muitas moscas e água predominando no chão.

O adolescente não sabia o que fazer em como começar. Ele estava decidindo por suas habilidades de rastreio em ação, quando foi surpreendido. Duas figuras que, mais tarde Yose descobriria que eram de Konohagakure através das marcas em seus pescoços. A dupla não hesitou e um deles disse:

- "Nós sabemos o que você veio fazer aqui, o problema é que perdemos aqueles caras de vista. Eram dois fugitivos, sem mais nem menos. Ambos utilizavam roupas simples ~ Quase como trapos e tentavam se disfarçar na multidão como pobretões, mas o lado bom é que o Henry possuía habilidades sensoriais apuradas o suficiente para diferenciar assinaturas de chakra e também seguí-las. Infelizmente ele acabou sendo morto, e apenas eu e meu irmão sobramos na busca. Garoto, precisamos da sua ajuda para encontrar a localização daqueles dois. Creio que não teremos a força para enfrentá-los, mas com certeza teremos para relatar aos superiores. Você é um Aburame, vai ser muito mais fácil." - Um deles disse.

O Outro seguiu a fala do primeiro, complementando.

- "Além disso, eu sou especializado em encobrimento, enquanto meu irmão é especializado em assassinato. Seremos um trio bastante eficaz, mas duvido que consigamos ocultar nossas presenças de tal maneira que a dupla de Nukenis não saiba no momento ou até mesmo previamente. Irei prover o máximo de cobertura para vocês, então fiquem mais tranquilos, sim? Enfim, pelos últimos dados concedidos por Henry, percebemos uma movimentação estranha captada pela última vez na entrada Oeste da Floresta dos Tributos. Vamos lá, antes que se afastem demais!" - Ele exclamou.

Yose então exclamou:

- Eu estou a procura dessa dupla de Nukennins. - Disse Yose enquanto este também estava um tanto quanto encucado sobre quem eram a dupla dos irmãos. - Estou em missão da própria vila para realizar essa busca, interessante não terem informado sobre vocês para mim. - Continuou o jovem - Mas, vamos lá. É melhor três buscarem que apenas um. - Concluiu Yose, deixando que os dois irmãos seguissem pequenos passos em sua frente enquanto indicava seus insetos voadores para se alocarem dentro das vestes dos dois, como uma forma de prevenção e de futura estratégia. Uma dupla de Nukennins e uma dupla de caçadores, meu dia de sorte, pra quem quer que seja esses dois. Pensou. Ele alocou poucos, porém importantes insetos, tanto como macho e fêmeas, cerca de dois de cada sexo para cada figura. Imperceptivelmente se alocaram pelas suas vestes interiores e fizeram seu posto de controle entre as dobras da roupa.

Yose caminhou lado a lado aos caçadores de Konoha, afim de estar ciente de tudo que aconteceria. Caminharam para Oeste, onde a entrada da Floresta dos Tributos os aguardavam, e desde a Quadragésima Quarta Zona de Treinamento em Konoha o adolescente não havia visto uma floresta tão tenebrosa quanto essa. Mesmo da entrada, o mal já espreita a mente através da escuridão e do incessante barulho do... Nada, do vazio!

Com certeza armadilhas e perigos estarão a espreita, aguardando que o trio entre na floresta. Eles precisariam muito mais que encobrimento e assassinato para realizar essa missão, eles precisariam de um mapa, e Yose já havia pensado em como fazer isso. O jovem já era um sensor recorrente e tinha a capacidade de sentir levemente fontes de chakras ao redor, mas isso era o máximo que ele conseguiu fazer, até hoje. Ao entrarem na floresta, Yose distribuiu a maior quantidade de insetos possíveis por toda a região em que eles estavam, utilizando seu selo de confronto e canalizando seu chakra para utilizar o Mushi Jamingu no Jutsu, cada um com sua assinatura de chakra presente neles (visto que os kikaichus se alimentam do chakra do seu hospedeiro). Isso confundiria qualquer ninja do tipo sensor que estivesse procurando por uma assinatura em especial, mas ele não queria uma assinatura, e sim todas as suas assinaturas presentes nos kikaichus. Então ele juntou suas mãos, e se concentrou. Seus olhos fecharam, mas algo muito maior foi aberto, sua mente. Com muita força, ele conseguiu ver ao seu redor através dos seus sentidos de percepção de chakra, e isso possibilitou com que ele visse não o chakra dos outros, mas seu próprio chakra, através da sua habilidade sensorial. Seus insetos estavam posicionados entre as árvores, nas árvores, sob elas e entre troncos e galhos. Ele podia ver um mapa de chakra sob a terra, e saber exatamente onde estava pisando através da silhuetas que os insetos formavam.

Yose havia conseguido chegar num nível que, mesmo com treinos diários, jamais havia conseguido. Ele estava progredindo, mesmo que pouco, na arte sensorial.

O garoto exclama:

- Sigam por onde eu indicar, pisem onde eu mandar e só corram se eu permitir. Posso sentir vocês - Yose disse isso ao observar sensorialmente apenas o seu chakra nos insetos que ele depositou nos dois caçadores - e irei guiar todos nós em direção aos inimigos. Não sabíamos o que nos aguardava, agora saberemos! Em frente!

E assim o jovem Gennin seguiu em direção a floresta mortal, sem saber se teria a dádiva de ver o amanhecer novamente.

Representação Sensorial com Kikaichus:

Considerações:

「R」

Narrador: Skywalker

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@Yose

Apesar do controle sobre suas habilidades sensoriais ser péssimo e de baixa estabilidade, o jovem Aburame ainda era capaz de manter contato com a maioria dos Kikaichus com sua assinatura de chakra, que ao se expandir para uma pequena área, revelava outras assinaturas ao entrar em contato com elas. Pela quantidade de Kikaichus lançados, eles formaram uma espécie de "teia" que basicamente conseguia detectar a maioria das coisas provenientes do chakra ao longo do caminho, desde assinaturas até marcas de técnicas ninjas. A dupla de caçadores especializados que seguiam Yose estavam sendo guiados pelo rapaz ao mesmo tempo que utilizavam de suas próprias habilidades de rastreamento, encobrimento e rápida investigação para tomar algumas pistas que estavam espalhadas pelo cenário e assim ter uma melhor visualização de suas próximas atitudes ou teorias de onde o alvo possa ter ido baseado no que está trancafiado em terra. Os Kikaichus seguiram o rastro até chegarem em um ponto onde não haviam mais assinaturas de chakra a serem seguidas, foi aí que o irmão especialista em assassinatos entrou em ação, jogando-se em meio às folhas da floresta e utilizando-se de uma técnica com a ponta da lâmina da espada, cravando-a no chão e criando uma linha de chakra subterrâneo que permitiu a passada dos Kikaichus pela barreira ilusória que estava à frente. Como eles haviam descoberto aquilo? Nem mesmo Yose poderia deduzir, mas ao menos agora sabia que eram shinobis da elite de Konohagakure no Sato. O rastro de chakra encontrado pelos Kikaichus levava até o lado direito, assim podendo cruzar a barreira ao trilhar o mesmo caminho que os insetos faziam pelo subterrâneo. O irmão especialista em encobrimento iria na frente desta vez para dificultar a detecção dos inimigos ao realizar alguns selos de mão pelo caminho e literalmente trancafiar a todos dentro de um pequeno cubículo de chakra incolor. Chegando no final, todos perceberiam que a floresta se tornava cada vez mais fechada e que apenas os Kikaichus poderiam atravessar a enorme gama de folhas sem causarem maiores barulhos dentre a folhagem. Ao fundo existia algumas pequenas estruturas de madeira arruinadas e sem luz, aparentemente abandonadas. Porém, mais a fundo ainda, existia uma pequena fonte de luz concentrada no topo de uma árvore, mas ninguém conseguia enxergar o suficiente para desvendar o significado daquilo. Sendo assim, o que o jovem Aburame decidirá fazer? Investigar as estruturas arruinadas de madeira ou a árvore misteriosamente iluminada?

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Post 7/10

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A JORNADA SENSITIVA
07/10

Os Kikaichus prosseguiam como caçadores letais, atrás do inesperado.

As assinaturas de chakra eram seguidas pelos pequenos companheiros de Yose, enquanto ele rastreava os próprios e conseguia guiar o trio pela escuridão plena, através dos seus ensinamentos e técnica de sensoriamento de energia. Até que algo inusitado aconteceu e o Jovem ficou sem saber para onde ir, simplesmente as guias de Chakra que os insetos rastreavam acabaram, de uma hora para outra. Simplesmente não existia mais Chakra a não ser o de Yose naquele local. Foi ai que ele disse:

- Algo estranho aconteceu equipe. - Suspirou enquanto ouvia o silêncio da noite e os grilos que se escondiam ao ver os kikaichus passando perto deles - Não tem mais chakra. Meus insetos chegaram ao fim da estrada.

Um deles não comentou nada, e fez alguns movimentos que Yose apenas viu em silhueta (pelos kikaichus que estavam neles). Naquele momento o jovem pensou que, realmente, eles eram os nukkenins, e provavelmente morreria ali. Mas não era isso, ele quebrou algo, pensou Yose. E então o garoto percebeu que, novamente, o chakra voltou a fluir pelo local. Era um tipo de barreira anti sensorial, quebrada. Eles realmente estão do meu lado, concluiu o menino.

E então seguiram pela direita, dessa vez Yose ficou um pouco para trás enquanto os dois homens seguiram na frente. Mas novamente uma barreira os parou, dessa vez uma barreira física. A floresta havia ficado muito densa, e nem mesmo os jovens conseguiriam passar por entre as folhagens tão densas que a Floresta dos Tributos haviam reservado para eles. Ao fundo, duas coisas cercaram o olhar de Yose. Ofuscado pela escuridão, um brilho incomum partia do topo de uma árvore. Um mistério até então sem solução, porém, suspeito. Entre os três e essa luz, um local aparentemente abandonado podia ser visto através das suas muitas madeiras destroçadas. Yose decidiu falar:

- Não dá para seguirmos por aqui, não ainda. - Ele sussurou aos companheiros - Tem dois locais estranhos a frente, só os meus kikaichus podem passar sem ser vistos. Eu irei enviá-los para identificar o que está acontecendo.

Dito isso, mais insetos sairam de suas vestes, e seguiram entre as folhagens e entre os galhos das árvores em direção a dois pontos, ao local de madeira destruído e a luz logo após a área abandonada. Eles criariam dois grupos, um que sobrevoaria discretamente o local, recolhendo informações de cima do local abandonado e, outro grupo entraria pelo assoalho e investigaria dentro da área, recolhendo as informações e enviando-as para Yose.

Na luz, dois grupos sobrevoariam e voltariam com informações.

Yose aguardou, enquanto se concentrava e revelava pouco a pouco mais poder em relação ao sensoriamento. Ele conseguia sentir picos de chakra em determinados locais da floresta, ainda sem revelar suas localizações. Algo novo estava acontecendo com o jovem.

Considerações:

「R」

Narrador: Skywalker

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@Yose

- "Certo, mas lembre-se que precisamos cumprir o dever o mais rápido possível. Veja nos céus, é perceptível de que a noite está terminando. Não temos muito tempo até o rastreamento deles, então agilize o processo e use seus kikaichus para algo além de corroer madeira. Nós estamos sem muito tempo restante, e se os raios de sol caírem sobre essas terras, será o fim da missão." - O Assassino diz.

Apesar disso, o plano de separar os insetos havia dado incrivelmente certo. Não por conta das teias que os mesmos havia formado, e sim por causa de uma outra coisa que Yose já poderia vir sentindo há algum tempo: As teias antes falhas começaram a se tornar mais fortes e aparentes, quase como se fossem um mapa de chakra em meio à sua visão. Não seria mais necessário verificar os territórios a fundo, Yose havia detectado dois chakras de cores distintas, ambos estando próximos àquela árvore que possuía uma iluminação estranha. Um chakra era verde, o outro era roxo. Ambos bastante intensos e poderosos, o rapaz poderia relatar aos seus companheiros. Os Kikaichus também notaram a presença de diversas armadilhas de chakra e que possivelmente os alvos estariam aguardando pelo trio desde quando começaram a atravessar a barreira de genjutsu.

- "Então, descobriu algo? Precisamos avançar!" - O mestre em encobrimento exclamou.

Yose estava em uma corda bamba. Todos os locais demonstrados a frente eram repletos de armadilhas e folhagem densa, o que denunciaria a posição de todos com apenas um simples passo. Por outro lado, os alvos estavam extremamente próximos e armadilhas aéreas não havia sido detectadas. Ele teria de propor um plano ao trio ao mesmo tempo que mantesse vigília dos chakras desconhecidos, tomando cuidado para que os Kikaichus não fossem detectados. Assim, com todas as informações necessárias em mãos, o que Yose planejaria para a resolução final do plano?

Considerações:

Post 8/10

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A JORNADA SENSITIVA
08/10

Yose ouve tudo que o assassino tinha a dizer, e concorda.

O sol estava a, no máximo, uma hora de nascer. Essa missão precisava ser finalizada naqueles últimos minutos, se não tudo que Yose, Kanbara e os irmãos de Konoha fizeram teria sido em vão. O coração do adolescente estava pulsando muito mais forte e seu cérebro movia energias de um lado ao outro. Até que algo começou a acontecer com o jovem. Seu plano havia dado certo e as redes de insetos estavam se comunicando perfeitamente com o ninja, que sentia cada asa deles em direção a luz que habitava nas árvores. Mas Yose tinha criado muito mais que apenas um mapa de chakra. Seu uso contínuo das técnicas sensoriais estavam habilitando em sua mente algo muito mais forte, que não era apenas inicialmente uma técnica comum de baixo nivel sensorial. Ele sentia, outrora elementos físicos distintos, duas assinaturas de chakra vindo da direção onde a luz da árvore estava.

Era lindo o modo como Yose conseguia detectar os possíveis nukkenins que ele estava caçando. Suas assinaturas de chakra revelavam suas silhuetas e brevemente Yose conseguia ver até mesmo por relances de 0.5 segundos a posição em que estavam distribuidos na árvore.

- Eu estou vendo eles - Sussurrou o jovem Aburame aos seus dois companheiros - Eu consigo vê-los, mas eu também vejo algo mais - concluiu o garoto quando seus insetos voltaram com informações nada agradáveis ao trio. Seus kikaichus voltaram com a informação de que o espaço entre os ninjas de Konoha e os bandidos estava preenchido por algumas armadilhas de Chakra, possivelmente nocivas a todos eles. - Eles tem armadilhas pelo campo.

- Eles estão no topo, de onde provêm a luz. - Diz Yose - Mas eles não fariam um ritual em cima de uma árvore - supõe o garoto - temos que contar com o fato de que eles podem estar se escondendo de nós.

Yose parou por alguns segundos, e decidiu pensar em um plano. Ele precisava dar a direção correta para seus aliados, já que apenas ele sabia onde tudo estava. E ao mesmo tempo não chamar a atenção dos ninjas malignos. Mas, e se meus companheiros não forem a atenção principal? Pensou o jovem, enquanto colocava a mão em sua bolsa de ferramentas e sentia seus papéis bomba deslizando sobre a superfície de seus dedos.

- Eu tenho um plano - Sussurou Yose, com firmeza - Eu sei os pontos onde existem as armadilhas de Chakra, meus kikaichus se distribuirão meio metro acima delas e farão indicadores em forma de seta, na direção das armadilhas. Com essa escuridão vocês não conseguirão ver nada, mas essa escuridão irá permanecer por pouco tempo. - Yose parecia determinado ao recitar seu plano de ataque - quatrp papéis bomba serão levados pelos meus kikaichus pelo mesmo caminho que eles fizeram e estão indetectáveis. Eles ficarão ao NORTE, LESTE, OESTE e ACIMA da árvore, deixando apenas a nossa direção até eles sem papel bomba.

O garoto parou para respirar, e continuou revelando o plano aos dois, enquanto pegava mais um papel bomba com sua mão:

- Este aqui é o trunfo. - Enquanto Yose largava o papel bomba no ar e a gravidade ia puxando-o até o chão lentamente, o garoto uniu suas mãos e com seu selo de confronto e a junção da utilização de seu Chakra e do controle de Kikaichus, milhares deles começaram a sair de suas mãos e pés, e formaram em torno do papel bomba um clone perfeito, com a aparência de Yose - Mushi Bunshin no Jutsu!

Yose se sentiu ofegante a partir dali. Era uma técnica forte demais, e isso custou metade das suas forças que não estavam acostumadas a tamanha estratégia e uso de poder em tão pouco tempo. Ele ainda tinha forças para falar e concluir seu pensamento:

- Meu clone irá levar em forma de milhares de kikaichus - Nesse momento o clone dele se desfaz e se posicionam abaixo da árvore, junto com o papel bomba - e na hora certa, se transformara novamente em um clone perfeito. Ele subirá a árvore, bem mais rápido que um humano comum e tentará um ataque direto aos dois inimigos - Yose aparentava estar animado para contar essa parte - Nessa hora, a furtividade acaba. Pois de um jeito ou de outro, quando ele chegar no topo a queima roupa e eles atacarem e transpuserem seus braços entre os kikaichus, eu explodirei o papel que se encontra dentro do clone e provavelmente eles morrerão. Mas... - O adolescente sorriu - Caso não morram, eu saberei. Suas assinaturas de chakra estarão visíveis para mim ainda, e então eu explodirei todos os outro 4 papéis bomba em cima deles, e isso irá ganhar tempo, - Uma pausa para engolir a saliva - tempo e principalmente luz proveniente das explosões e do fogo que irá ficar nas folhagens e por toda a plantação, para que vocês sejam capazes de ver os meus kikaichus revelando os locais das armadilhas, passem por elas e dêem o golpe final nos dois, antes deles sequer entenderem que quando entraram nessa floresta, já não havia mais saída para eles.

-Todos de acordo? - Yose sorriu nesse momento, por que enquanto ele estava dando a planta do plano para os jovens, seus kikaichus também estavam recebendo as ordens do plano através da fala do Aburame, e todos eles já estavam em posição. Os insetos já sobrevoavam com papel bomba, assim como sinalizavam as armadilhas de chakra e seu clone dissipado estava logo abaixo da árovre.

Ainda abalado pelo uso repentino de uma técnica tão forte como seu clone de insetos, Yose respira ofegante e libera para os três: - Vamos! - Nesse momento, seu clone se forma e sobe a árvore e o plano tem início. O sol nasceria mais cedo na Floresta dos Tributos naquela manhã, pois as explosões iluminariam até a mais profunda escuridão, e todos saberiam que Konoha faz justiça aos que merecem-na.

Considerações:

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Narrador: Skywalker

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@Yose

O Plano do rapaz tinha uma excelente ideia, e julgando pelas habilidades dos seus companheiros ~ Também teria uma excelente execução. Os kikaichus levavam os papéis bomba e a dupla de ninjas da elite de Konohagakure parecia concordar com as ideias do genin, levemente sorrindo. Ele tinha bastante potencial, já sabendo liderar desde cedo, mesmo possuindo uma patente inferior a dos ninjas. Quando todo o plano foi posto em ação, tudo o que restava a Yose fazer era assistir o show. Os Kikaichus agiram perfeitamente e sincronizaram com a explosão múltipla dos papéis-bomba enquanto ambos os elite de Konoha avançavam furtivamente para realizar um golpe final duplo devastador. Diversos pedaços de madeira voavam, as armadilhas de chakra explodiram em uma imensa rede de espinhos espectrais e tudo se fez em silêncio por alguns momentos. O choque dos metais poderia ser ouvido, e um corpo caía logo ao lado de Yose, coberto de sangue e esquartejado. Uma voz grave e desconhecida poderia ser ouvida depois.

- "Ah, você é bom. Acho que isso até vai deixar uma cicatriz, mas não é nada demais. Vocês de Konoha realmente não entendem a posição em que se encontram, desde quando enviam lixo para a caçada de pessoas de meu nível? Estes dois aqui não passam de chuunins de elite, mas são apenas poeira...E você, eu não preciso nem mesmo comentar, não é mesmo? Acho que aquele garoto que estava com você morreu pelo caminho, então que se dane. É uma pena mesmo, se minha irmã estivesse aqui ao invés de mim, vocês teriam a chance de recuar. Mas eu não sou ela, e muito menos piedoso." - Exclamou o Nukenin. - "Mas bem, já que eu não sei onde você está, é uma boa hora para correr. O sol já está quase raiando, não é como se um mísero verme como você fosse ao menos conseguir me tocar, não é mesmo?"

Após isso, a cabeça do segundo irmão voou entre as folhas, caindo além do pequeno morro onde Yose se encontrava. Ambos haviam sido mortos, tudo aquilo tão bem planejado...Para nada. Um vazio emergiu dentro do genin, ele havia falhado com sua vila e com seus companheiros. Morreram sob suas ordens, mas ao menos honrados. O nukenin então riria e fugiria, desaparecendo do alcance sensorial do kanchi do rapaz. A missão havia terminado, e por mais que fracassado no assassinato, ainda foi vitorioso em conseguir localizar a rota de fuga dos Chuunins. Ao retornar, talvez consiga ganhar a recompensa completa. Tudo o que restava, no entanto..Era o enfadonho retorno a Konoha, humilhado pela derrota.

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A JORNADA SENSITIVA
09/10

O plano estava indo muito bem.

Explosões, mais explosões, alguns dos companheiros - Kikaichus - de Yose morrendo, mas por um bem maior. Jamais esses ladrões irão sobreviver. Pensou o adolescente. Ele observou seus aliados da noite movendo-se entre as sombras e explosões sem fim, que davam um vislumbre do quão gigantesca a floresta era. As árvores que antes eram magnificamente gigantescas, provavelmente nunca encontraram a vida humana ali, agora estavam no chão. Madeira, fogo, tudo era um naquele momento que já revelava os primeiros sinais de um possível amanhecer chegando - Como as estrelas sumindo do céu.

Por fim, a última explosão se concretizou e junto a ela, seus dois companheiros do alto escalão de Konoha se jogaram ao fogo, unindo fogo e ferro para aplicarem o golpe final aos inimigos. Yose naquele momento havia se desconectado brevemente da sua visão sensorial, as gigantescas ondas de explosão, fogo e tremor tiraram sua concentração. O garoto só conseguia ouvir espadas, ferros afiando uns aos outros. Yose estava atento, e tinha até um pouco de sorriso em seu rosto, enquanto seus olhos observavam o fogo que cobria o local, enquanto ele estava atrás das folhagens e galhos densos, assistindo de onde tudo começou. Até que algo inesperado aconteceu.

O silêncio reinou, e as labaredas estavam extinguindo-se, o fogo azul perambulava pelas folhas e galhos, agora secos. E após o silêncio, o susto chegou afim de dar boas vindas ao mundo ninja ao adolescente. Um corpo esquartejado caía ao seu lado. O menino permaneceu quieto, ciente de que era um de seus aliados, mas sem tempo e nem coragem de chorar por ele, não naquele momento, pois uma voz ecoou pela floresta, em meio ao fogo e ao caos:

- "Ah, você é bom. Acho que isso até vai deixar uma cicatriz, mas não é nada demais. Vocês de Konoha realmente não entendem a posição em que se encontram, desde quando enviam lixo para a caçada de pessoas de meu nível? Estes dois aqui não passam de chuunins de elite, mas são apenas poeira...E você, eu não preciso nem mesmo comentar, não é mesmo? Acho que aquele garoto que estava com você morreu pelo caminho, então que se dane. É uma pena mesmo, se minha irmã estivesse aqui ao invés de mim, vocês teriam a chance de recuar. Mas eu não sou ela, e muito menos piedoso." - Exclamou o Nukenin. - "Mas bem, já que eu não sei onde você está, é uma boa hora para correr. O sol já está quase raiando, não é como se um mísero verme como você fosse ao menos conseguir me tocar, não é mesmo?"

Quando Yose sentiu no que se meteu, já era tarde. Dois aliados mortos e ele - mesmo escondido - poderia ser o próximo. Seu senso de sobrevivência falou mais forte naquela hora, e ele decidiu fazer o óbvio, recuar. Mas não apenas recuar, ele tinha uma chance ali e iria aproveitá-la. Ele decidiu abandonar os dois corpos em silêncio, sem correr - afinal o terreno pelo qual veio estava repleto de galhos secos e folhagem morta, ele poderia dar sinal da sua localização caso fosse apressado. Ele apenas decidiu retomar seu poder sensorial e seguir o mesmo caminho que levou ele para o coração da Floresta dos Tributos.

Enquanto ele estava saindo do local, comunicou com sua mente aos seus últimos sobreviventes Kikaichus fêmeas que estavam em volta do ser que falava na floresta para subirem nele (apenas três, para ele não sentir). Ele tinha um plano B para não chegar de mãos vazias em Konoha. Ao continuar seguindo pela floresta, colocou sua mão na sua bolsa e pegou mais um papel bomba. Enviou seus insetos com ele para o lado oposto ao que seguia, afim de explodi-lo e dar um falso local de onde estava. Quando seus insetos chegaram a 499m, ele explodiu o papel, dando esta falsa localização, perto de um outro portão da floresta completamente diferente do seu.

No caminho de volta para casa, ele depositou um Kikaichu fêmea nas árvores a cada 200m. Elas ficariam ali mesmo depois que ele saísse do seu raio de controle, seguindo aquela ordem. Ao chegar perto do portão da vila, ele pegou uma de suas ampolas e colocou 10 insetos machos, e os tampou. Usou uma de suas kunais para fazer um pequeno racho na ampolar, que possibilitaria a entrada de ar para os insetos.

E seguiu em direção a sua casa. Sujo, sozinho, sem o objetivo mas com uma chance de auxiliar sua vila ainda mais.

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Narrador: Skywalker

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@Yose

A Estratégia para ajudar Konohagakure mesmo em um momento de desespero e humilhação diferenciava Yose da maioria dos outros ninjas. Mesmo sendo de patente baixa, o rapaz possuía um dom intelectual superior e sua capacidade de tomar decisões rapidamente lhe faziam ser um excelente combatente na maioria das situações, e não era a toa que mesmo Chuunins da elite havia reconhecido seu talento. Na fuga, o depósito esquemático dos insetos proporcionou a Yose uma excelente e segura rota de saída a qual o oponente não conseguiria seguir sem se perder dentre o chakra dos Kikaichus. Apesar de tudo, algo chamara a atenção do genin: Alguns insetos sobreviveram à explosão que ocorrera ao horizonte e se pregaram nas roupas do Nukenin, dando indicações de onde ele iria antes dos sinais finalmente se esvaírem para todo o sempre, culminando na morte dos insetos. - Nordeste - Essa era a nova pista que Konoha tinha em mãos para capturar o infeliz renegado, que seguira diretamente ao lado oposto da Floresta de Tributos, o que deixa a superstição de que o caminho inicialmente traçado pelos ninjas não tenha passado de uma armadilha para que o verdadeiro templo dos fugitivos não fosse revelado por meio de uma rota principal. Yose conseguiria deduzir isso com alguma dificuldade, mas era tudo o que tinha em mãos para que no futuro talvez conseguisse dar continuidade ao plano. Chegando em Konohagakure, ele deveria retornar aos seus superiores e enfim relatar tudo o que aconteceu. Mesmo voltando de mãos vazias e os companheiros mortos, ele não receberia sermão e nem punição, mas sim seria aplaudido pelos ninjas da aldeia pelo seu desempenho na missão, mesmo sendo um genin que mal acabara de sair da academia. Tudo o que Konoha precisava agora era de informações, e com elas em mãos por conta de Yose, a vila tinha esperanças de finalmente por um fim a estes sequestros em nome de um Deus Malígno o qual tais nukenins louvam nos horizontes abissais dentre as matas silenciosas de onde nenhum único homem retornara para contar as visões macabras a qual teve acesso antes da sucumbição à loucura e agonia eterna. Não mental ou física, mas sim espiritual. Seria este, o indício de que pela primeira vez algo superior estaria resguardando pessoas? Se este fosse o caso, o que Yose poderia fazer ~ Não...O que a vila poderia fazer, contra o poder de um deus?! Eram muitas questões, mas por hora...Tudo o que o garoto deveria fazer era retornar para sua casa e descansar. O Amanhecer raiava sobre A Vila Oculta da Folha, e ele deveria estar preparado para as tarefas que ainda virão.

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A JORNADA SENSITIVA
10/10

Os passos de Yose pela neve de Konoha o levavam até o portão principal.

Lá ele informou quem era e os ninjas guardiões o permitiram entrada, após ser averiguado ser a pessoa que relatava ser. Ele seguiu, pelas ruas principais de Konoha bem lentamente. Seus músculos doíam por conta da intensa viagem que havia feito, tanto na ida quanto na volta de sua incrível - e perigosa - missão. Ele poderia observar os primeiros comerciantes abrindo suas tendas de frutas logo pela manhã, bem cedo, afim de aproveitar os primeiros minutos do dia para arrumar sua barraquinha. Yose chegou ao prédio do Quartel General de Konoha por volta de 30 minutos após ter sua entrada realizada na aldeia. Ele não estava correndo, pois ele tinha o que precisava. Seus últimos insetos voltaram com a última informação antes de morrerem de causas naturais nos caminhos da floresta: Nordeste. Foi para lá que o criminoso fugiu. O assassino dos seus parceiros seguia a direção oposta da Floresta dos Tributos. Tudo estava muito difícil de se entender na mente do garoto, a horas atrás ele havia visto seus mais novos parceiros viverem e morrerem ao seu lado, e ele nem teve a oportunidade de os conhecer melhor. Essa era a parte mais difícil de todas.

Tudo que o garoto tinha era um relato de fracasso e as informações que, talvez dariam mínimos auxílios aos próximos ninjas que enfrentariam esse criminoso. Ele adentrou com força e coragem, sabendo que tinha tentado dar o seu melhor. Ao adentrar, encontrou alguns superiores sentados na mesa. Ele decidiu ir até o mesmo superior que o designou a missão, buscando-o em casa e relatou tudo que havia acontecido durante a missão e todas as perdas. As informações que ele tinha eram a melhor arma contra o criminoso até agora. Ao terminar seus relatos que duraram cerca de uma hora inteira, desde o início até o fim, ele foi condecorado pelos superiores pela missão que mesmo não sendo cumprida totalmente, voltou com o essencial para a continuação: Informação, e vindo de um gennin que acabara de entrar na academia.

Ao entregar tudo aquilo que havia sido requerido pelos superiores, ele se retirou da sala, sabendo que tudo que fez foi com coração e pelo amor á vila. Ele seguia para casa, ou gostaria disso. Mas algo o impediu. Ao sair do salão do Quartel, foi impelido por um ninja de Konoha que o entregou uma carta com os dizeres: "Você foi convocado para um time. Seu sensei será Sarutobi Allen"

A figura disse:

- Parta imediatamente para o Campo de Treinamento.

Yose viu um novo futuro surgindo através daquela manhã de neve. Talvez uma nova chance de fazer o correto e de defender a realidade de Konoha. Com passos mais singelos ainda seguiu em direção ao campo de treinamento da aldeia. Ele estava cansado, ofegante mas ainda tinha tempo para mais uma missão, talvez a missão que delimitaria o futuro de sua vida na aldeia. Mas essa... Já é uma outra história!

Considerações:

「R」

"I Just live to Fall."

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