O sol ardia na pele da Suneater, mas aquele quarto já estava fechado há tanto tempo que ela precisava deixar o sol entrar para arejar o ambiente. O quarto de Messi Yamanaka estava exatamente como ele havia deixado quando saíram de Kumogakure.

A garota trajava uma roupa simples para uma faxina e um espanador em mãos.

— Messi ojii-san… Queria tanto que estivesse aqui, as coisas estão mudando tão rápido. — falava observando as prateleiras e os livros que o cientista colecionava. A cama quase que ficava escondida em meio a tantas coisas de trabalho. O pouco vento tentava entrar pela janela recém aberta, e ela subiu a máscara para evitar ficar doente em meio a tanta poeira.

A primeira a aparecer ao ouvir a movimentação foi Boa com uma caneca de café na mão, os cabelos da mulher estavam entregando que ela havia acabado de acordar.

— Que motivação tão cedo, My-chan. Por que não sai um pouco e vai ser adolescente ao invés de ficar enfurnada nisso?

Ela nem mesmo deu atenção para a madrasta, a mais velha vivia tentando fazer Myrah ser outra pessoa qual ela realmente não era. Por mais que ela tentasse vir com a conversa de “adolescência” para a kunoichi, ela simplesmente ignorava o assunto, pois desde a academia ela não tinha muitos amigos, nem mesmo sabia o que era “ser adolescente”. A manhã inteira então seguiu assim, com a limpeza sendo feita e ouviu algumas conversas e Boa saiu, aparentemente em uma emergência no laboratório.

Era meio dia e ela já sentia seu estômago roncar, mas ela queria limpar as prateleiras de livros, pois era ali era onde juntava mais poeira e depois dali o trabalho seria bem mais tranquilo. Durante toda a limpeza Myrah parecia estar procurando rastros, resquícios de onde o Yamanaka poderia estar, ela sentia tanta saudade dele que nem se fosse para ela ir por conta própria, ela largaria tudo e ia.

Ao mesmo tempo, ali tinha tantas memórias e estar ali a deixava nostálgica. Messi era seu melhor amigo, ele ensinou ela tudo sobre seu clã - já que seu pai era sempre ausente -, ele sempre ajudava ela dos trabalhos da academia, ensinou jutsus, ia com ela em eventos, a metia em concursos, festivais, a companhia dele era o pingo de sentimento que ela tinha da adolescência.

E quando a madrasta mencionava isso, era exatamente ali onde deveria estar.

Quando foi tirar um livro em específico da prateleira, ele acabou saindo de mal jeito e derrubou todos os que estavam no mesmo andar da estante, caindo um específico em sua cabeça e pelo susto ela soltou um breve grito de dor.

De repente, na porta do quarto, a figura masculina do pai da garota veio em prontidão, alarmado com a situação e viu a garota sentada no chão com alguns livros ao redor, em seu colo tinha um álbum de fotos aberto com uma foto dos pais da garota. O homem deu de cara com uma foto da mãe da garota e ficou observando um tempo.

— Desculpa incomodar você Otou-san. — disse inquieta tirando alguns livros de cima de si e quando percebeu o homem estava oferecendo a mão para ajudar ela a se levantar.

— Tem panqueca, quer comer? Está desde cedo nisso. — o convite a pegou de surpresa e seu face ganhou um leve rubor sob a máscara, pois pelas suas contas já fazia uns seis anos que o pai não a convidava para absolutamente nada. E isso ela se referia a apenas “ela”, fosse para sair ou não.

— Claro. — disse pegando em sua mão e se levantando.

Os dois foram para a cozinha e eles esquentaram a panqueca e pegaram refrigerante de acompanhamento. Na mesa, apenas os dois e ela nem mesmo sabia como iniciar uma conversa, mas não precisou.

— Soube dos recentes acontecimentos do vilarejo, todos estão falando disso.

Ele parecia se referir às eleições que havia tido na vila, mesmo que sem pronunciar diretamente, afinal, ele sempre foi tão discreto.

— As pessoas falam de tudo, espalham boatos, isso é irritante. — disse colocando o garfo com um pedaço do alimento na boca.

— Talvez se elas não fossem irritantes, eu ia acabar ficando por fora das coisas. — brincou e um sorriso se formou em seu rosto, Myrah observou apenas.

A cena a sua frente era rara, e ela só queria assistir o sorriso de seu pai por mais um tempo, por isso nada disse.

— Myrah. Eu conheci sua mãe quando ela tinha a sua idade, ela era exatamente como você. Ela tinha desejos simples, ela só queria ser mais alguém na sociedade, você era assim e eu admirava isso, até você começar a ter desejos complexos. — ele fez uma breve pausa — Filha, o caminho da ciência é pecaminosa, é conflituosa e cruel, por isso queria te pedir para não ir atrás do Messi.

Aquilo realmente a pegou de surpresa, pois ela não tinha noção que o pai sabia daquele desejo dela, e ele parecia saber muito sobre ela. Lágrimas começaram a se encher em sua pálpebra ao perceber que o pai, mesmo distante, estava a observando.

— Agora você é a Sombra da Nuvem, eu sei que sua mãe estaria tão orgulhosa como eu estou. Me desculpa não estar ao seu lado durante tanto tempo, mas eu ainda sou seu pai, e sei que as coisas podem complicar muito agora. — ele se levantou e uma lágrima escorreu da face da Suneater — Eu estarei do seu lado.

Ela não conseguiu se conter, a kunoichi se levantou e abraçou a figura paterna com força como não fazia desde que era apenas uma criança desamparada. E neste momento, ela recordou-se de algo involuntariamente, em um dia qualquer quando estava no prédio da academia.

Um garoto lhe disse que ela tinha um gosto peculiar por nuvem.

— Myrah. — o pai chamou sua atenção no abraço e a garota com a face encharcada levantou o rosto para encarar o homem que sorria — Feliz aniversário.

Era verão. Foi no verão de dezoito anos atrás em uma noite tempestuosa que Myrah Suneater nasceu, e foi também nesse mesmo dia que sua mãe morreu. Seu aniversário não era uma época de felicitações, mas nesse em específico, a kunoichi estava reluzente de felicidade como nunca antes.

Alguns dizem que quando tudo parece normal, é bom desconfiar. Foi exatamente o que aconteceu aquela manhã no gabinete da Sombra Myrah Suneater. A garota de cabelos esverdeados organizava alguns livros nas prateleiras quando Shinichi adentrou a sala com um papel em mãos, o rapaz parecia inquieto e em seguida um membro da Anbu apareceu no canto da sala, atraindo o olhar e preocupação da kunoichi.

— Vai falando… — murmurou sem rodeios, típico da jovem.

— Outra informação confidencial vazada. — Shinichi disse entregando-lhe o papel de outrora. Nele havia um código decifrado pelas forças de inteligência da vila — Raikage-sama, há muitos membros da Anbu em serviço atualmente para a vila, se for o caso de haver mesmo um infiltrado…

— Eu mesma cuidarei disso. — disse simplória e colocou o papel recebido na mesa, pegando algumas chaves.

— Mas Raikage-sama… — o assistente parecia querer insistir para ela deixar aquilo com outra pessoa, mas Myrah era decidida.

Sem falar que já era a terceira vez que vinham dizer a ela que alguma informação tinha sido vazado por membros da Anbu, como nada tinha sido feito até então, ela preferiu fazer por ela mesma. Saiu da sala deixando os dois para procurar onde deveriam ficar os registros de membros do esquadrão, inicialmente ela iria analisar a ficha de cada membro para, só depois ir até onde ficava o quartel general do mesmo.

A Suneater destrancou a sala de arquivos onde ficavam guardado todos os registros confidenciais, apesar da sala estar trancada, era para ter alguém ali diariamente, o que não estava acontecendo. A mão da kunoichi foi a testa desapontada ao ver a bagunça e Shinichi se aproximou atrás da mesma, um tanto envergonhado.

— Eu tinha pedido para virem organizar isso antes de ontem. — o moreno disse desapontado.

— Claramente não vieram. — disse e voltou-se a ele — Teremos que fazer isso nós mesmos? — sugeriu em tom de brincadeira e ele discordou.

— Quer que eu traga algo enquanto faz isso? Um café?

Myrah adorava café, mas ela não pretendia ficar ali por muito tempo, ela leria todos os registros e tentaria aprender sobre todos os membros atuais do esquadrão para quando chegasse pudesse reconhecer suas máscaras e codinomes. Ela ainda era nova no cargo de Sombra, mas a kunoichi sempre foi empenhada em tudo que fazia, se houvesse algum espião ou infiltrado, ela iria a fundo para descobrir.

— Não, obrigada. — respondeu e o mais velho saiu.

Não eram muitas as fichas de registros e foi exatamente isso que a deixou curiosa, pois enquanto alguns tinham detalhes até da cor das meias, outros tinham poucos detalhes que ajudassem ela a definir alguma coisa. Foi então que ela pegou essas fichas com poucas informações e decidiu levar consigo ao QG da Anbu da vila.

Adentrando o local, percebeu que o clima estava estranho, talvez pelo desconforto do vazamento de informações? Myrah foi recepcionada obviamente pelos ninjas mascarados e ela recordava-se das máscaras, codinomes e nome verdadeiro de cada um que estava com o registro no gabinete.

— Senhorita Raikage, você soube que a maioria dos nossos membros estão em missão, é meio inútil essa investigação.

Tentava convencer o membro que estava no gabinete mais cedo, mas ela ignorou, pois dos registros que ela tinha em mão, todos estavam ali. Ela observou ao redor do local e comunicou o nome dos membros que queria ter uma conversa particular.

— Que estranho, não tem uma particularidade igual entre essas pessoas. São membros mais novos e antigos. — o homem analisava os papéis enquanto Myrah observava ao redor do lugar.

— Todos estes estão aqui? — questionou e ele deu uma resposta positiva.

— Os que não estão, chegam ainda hoje, você conseguirá falar com eles. — explicou.

— Ótimo. — a kunoichi então respondeu.

Ao final daquilo, o líder da Anbu que vinha conversando com ela até então, providenciou uma sala para ela se acomodar enquanto os ninjas que ela queria ver iam até lá para uma pequena entrevista.

Os integrantes do esquadrão que entravam na sala, demoravam para se adaptar com a presença da garota, afinal ela tinha sido eleita Sombra recentemente, então alguns ainda tinham dificuldade em interagir com ela e nem mesmo estavam adaptados com as mudanças, mas Myrah pouco se importava com esse tipo de comportamento, ela tinha plena convicção disso.

— Então você realmente não tem visto nada suspeito? — ela questionava um rapaz mais novo, ele era do clã Chinoiki e estava envergonhado.

O registro dele informava que ele era de poucas palavras, mas era um ninja que cumpria bem suas funções e sempre pedia por missões mais pertos de Kumo, nunca mais distantes. Ele olhou ao redor da sala e a Suneater acompanhou o olhar dele e um gato negro saltou pela janela que as entrevistas estavam sendo feitas.

Lá fora, os cachorros começaram a latir eufóricos com a presença do felino.

— Isso de novo! Inuzuka, já disse para você acalmar seu animal. — o líder repreendia o membro que segurava o animal entre os braços que parecia inquieto e outro cachorro começou a latir mais distante.

— Inuzuka, eh? Acabou de chegar de missão? — a Raikage questionou e ele assentiu — Deixe ele ir, siga-o. — disse e ele apenas largou o animal e todos foram para onde o ninken direcionava.

Myrah, o Inuzuka, o ninken e o líder da Anbu seguiram o animal até onde ele queria ir e era exatamente para onde a kunoichi suspeitava: o gato que havia passado pela sala onde ela estava interrogando aquelas pessoas.

Descobriram então que na realidade aquele animal não pertencia a ninguém dali e ele só aparecia quando os ninkens estavam fora. Mas nenhum dos membros ativos do esquadrão tinha invocação de gato ou de animal semelhante e aquele era sequer animal de pacto. O infiltrado parecia não ter registro, ele estava realmente muito bem preparado e era mais esperto que esperavam.

— De quem é esse animal? — ela questionou.

Mas ninguém respondeu, dando a entender que não era de ninguém. Quando o cachorro do Inuzuka apertou os dentes no animal, ele se transformou em humano, com todos os Anbus o rodeando, armado. A dúvida pairou entre todos e um dos ninjas sensores disse que não conseguia sentir nenhum tipo de chakra exalando dele.

— Prendam este homem, ele deve ser interrogado. — anunciou.

— Ele tem alguma habilidade de supressão de chakra, por isso nos enganou. Façam o que a Raikage mandou. — o líder ordenou e eles se retiraram do local.

Myrah poderia então voltar ao gabinete com esse assunto solucionado, mas ela havia gostado realmente de ser investigadora por um dia.

Era como se Myrah Suneater estivesse vivenciando um lopping infinito.

Seu avô havia decidido ficar na casa da jovem, e naquele dia, como todas as quartas, ele a convidava para um treino no campo da vila. O combate corpo a corpo exigia o foco da garota, que sempre tentava acertar pontos vitais quando lutavam usando seu taijutsu. O homem mesmo velho era muito forte, talvez fosse algo lhe agraciado pela linhagem Uzumaki.

Naquela manhã, depois de um combate corpo a corpo, decidiu dar algumas voltas ao redor do campo em exercício para enfim começar seus afazeres matinais no gabinete.

O local parecia todo decorado, mas ela estava acostumada com as festividades do lugar, desde que chegara ao posto sempre era informada de festas e confraternizações que haveria de membros que trabalhavam por ali. Ela ia em alguns, outros preferia não ir por não se dar muito bem com o anfitrião e na maioria dos casos apenas estava indisposta.

Secava as madeixas recém lavada em uma toalha quando viu um daqueles panfletos em sua mesa, Shinichi estava na frente de sua mesa com um sorriso largo e uma prancheta de coisas que logo em seguida a colocaria para fazer.

— Festa de Halloween, uh?

— Adoraríamos a sua presença, Raikage-sama, iremos fazer algo assustador esse ano. Mas o pessoal está empolgado com o ringue monstruoso, já confirmaram umas fantasias sinistras. — o moreno ria, tão animado quanto dizia estar as tais outras pessoas.

Myrah não confirmou, mas também não disse não iria, dependeria de seu humor no dia marcado.

No dia seguinte seu avô novamente a chamou, treinariam a vitalidade da Suneater, parecia mais um teste do grisalho para consigo. Kentaro Uzumaki sempre deixou claro que achava Myrah muito frágil, anêmica - por assim dizer - e sempre colocava verduras em seu prato nas refeições. Aquele treino exigia o foco e percepção dela, pois o avô queria tirar qualquer coisa que não fosse apropriado de sua mente e deixar ali apenas o que realmente era importante.

A jovem golpeava, tendo sempre a defesa pronta do mais velho, ela buscava armadilhas e ponto fraco, mas ele não dava abertura com frequência, a deixando irritada naquele momento.

— Não abaixe sua guarda. — foi o que o velho disse antes de socar a face da garota que caiu com sangue escorrendo pelas narinas. — Eu disse para não baixar.

— Desculpa, ojīsan. — disse e se levantou limpando o sangue, mas o machucado não existia mais devido a sua regeneração. — Podemos dar uma pausa?

— Não. — o avô sempre era firme em suas palavras e não havia um que conseguisse ter moleza com ele, eram essas as palavras de seu pai.

Revirou os olhos e o atacou, percebendo que mesmo que ela exigisse tudo de si, era quase impossível em sua situação atual derrubar o avô paterno, mas ela sabia que ele não buscava vitória da jovem e sim comprometimento com aquele treinamento. E se ela desse tudo de si naquele momento, poderia conseguir a folga que queria e quem sabe o grisalho a deixaria em paz no fim de semana.

O que seria bom para si e péssimo para o pai da garota que seria seu substituto nesses treinamentos massantes de Kentaro.

Ao obter o que queria voltou aos afazeres governamentais, com poucos compromissos, desde que a maioria dos ninjas vigentes estavam em missões ou haviam tirado folga para se organizar para a festa de Halloween, e Myrah observou o papel mais uma vez decidindo ir para a festividade. Afinal, que mal teria?

Vestiu-se com uma fantasia sem muitos critérios, uma vestido de saia rodada de bruxa, um chapéu pontudo preto típico, meias listradas e fez uma arte na face para dar brilho e foi ao local descrito no panfleto. Estava realmente lotado de ninjas e civis que conversavam e assustavam uns aos outros, não reconhecia muito bem as pessoas naqueles trajes, mas todos pareciam animados e a reconheciam pela forma que se dirigiam a ela.

Ao fundo do lugar estava o ringue mostruoso mencionado por Shinichi, haviam ali pessoas que lutavam apenas por diversão, mas tinham pessoas realmente inspiradas em ganhar dinheiro com as apostas.

— Você veio. Que surpresa. — Shinichi se aproximou, o reconheceu pela voz, pois ele estava trajado de espadachim mascarado, ela riu da fantasia.

— Eu sou Zorro, o espadachim mais inepto em toda Kumogakure, ao contrário dos outros jovens cheios de sangue dos tempos atuais. — recitou brandamente com uma pose ridícula com um punho fechado na cintura e uma espada fina, aparentemente de papel levantada para o alto.

— No máximo vai fazer as pessoas rirem do que se assustarem. — concluiu após conseguir parar de rir.

— Que bom que gostou. Você está ótima, bruxinha. — disse e pegou uma bebida — Pegue, para começar. A comida está ótima, experimente.

Disse e notou o olhar dela para o ringue.

— Depois pode ir espancar aqueles trouxas. — disse virando-se para o local, um rapaz moreno e tatuado comemorava mais uma vitória. — Aquele é Seifer, é um informante muito bom. Ele é ótimo com disfarces também e é muito raro o ver por aí assim.

— Eu não deveria o conhecer? — questionou dando um gole no licor recebido minutos atrás.

— Você deve o conhecer, mas é informação sigilosa. — disse em um sussurro.

— Irei apostar nele.

Disse e se afastou do ringue se despedindo do assistente e passando a observar as lutas seguintes. Enquanto observava vitória atrás de vitória do rapaz, e comemorar seu bom desempenho entrando na brincadeira ali ofertada, imaginou quem poderia ser realmente aquele tal de Seifer, ficando realmente curiosa sobre sua real identidade não descrita adequadamente por Shinichi.

No dia seguinte, Myrah acordou com uma enorme dor de cabeça e com o avô ao lado de sua cama, assustando a adolescente que deveria ter ao mínimo privacidade.

— Que susto, ojīsan. — disse levantando-se rapidamente e vendo tudo ao seu redor girar, tonta.

— Levante-se, tome dois ovos crus e vamos correr. Você precisa tomar um sol matinal para ganhar uma cor. — disse e se retirou batendo a porta.

A diversão havia acabado, definitivamente, e mesmo que tentasse se livrar do grisalho, ele estava sempre por perto. Rebateu-se na cama em um surto descontente sobre aquilo, mas tomou banho e fez o que foi lhe pedido.

Aquele dia em específico, o avô da Raikage a colocou para correr por toda a Vila Oculta da Nuvem.