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Depois de uma longa e exaustiva caminhada, os cinco sunenses chegaram aos portões da vila. A travessia pelo país do fogo deu ao garoto uma noção de como o clima era por essa parte do mundo. Ele nunca tinha viajado, sempre preso ao país do vento e seus vastos… desertos. O país do fogo, por outro lado, era semelhante ao que Sunagakure tinha se formado desde sua reinauguração, contudo, tinha de longe uma versão melhorada do milagre de fauna e flora. Parecia que tudo que tinha sido inventado em Suna tinha origem naquele país. Inclusive, a jornada daqueles ex-habitantes da areia tornou-se mais difícil justamente pela extensa vegetação. Três dias passando pelo deserto, depois pelos amplos bosques até chegar naquele bendito portão.

— Estamos… chegando… desmaia não, galera…  — Disse o jovem genin, cambaleando logo a frente do portão, dominado pelo cansaço. Não estava tão quente, mas mesmo assim suava feito um sorvete de creme dentro de um forno de pizza. Embora Suna fosse quente, não era tão úmida quanto Konoha.

— Anda, moleque, não é tão ruim assim! — Koji respondeu, ignorando o seu próprio cansaço só para alfinetar o garoto.

Iam tentando ultrapassar o portão, mas foram parados pelos guardas que viram a bandana que Senko ostentava na cabeça. — Ei, vocês aí! Segundo os meus registros, vocês não têm permissão para entrar na vila, o que traz os habitantes da Areia até Konoha?! — indagou o guarda num tom autoritário. Senko não sabia do que estava acontecendo dentro da vila e, muito possivelmente, o guarda também não sabia o que tinha acontecido em Suna, mas mesmo se soubesse, a desconfiança naquela semana estava altíssima. O clima não estava bom entre as vilas.

— Viemos de Suna, como pôde ver, e queremos pedir refúgio nesta vila. Suna foi completamente devastada por um enorme meteorito, somos os únicos sobreviventes dessa tragédia… — Harumi estava quase se despedaçando. A vida da matriarca parecia amaldiçoada, viu a destruição da sua vila duas vezes e a destruição da sua família, por consequência. Dessa vez, os abrigos de Suna estavam vazios.

O guarda se espantou e afrouxou um pouco a gola do colete. — Aguardem aqui. Vou pedir permissão dos meus superiores. — Ele fez um sinal para um colega e este veio com uma jarra d’água e pães numa tábua de madeira — se precisarem, aqui tem água e comida, vocês devem estar exaustos. — Ele se vira e cumprimenta o grupo, meio sem jeito — Meus pêsames…

Caso fossem liberados, o grupo iria arrumar algum abrigo comunitário dentro da vila e, depois, Senko e sua mãe fariam a tão indesejada visita familiar aos pais de Hideki.

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