Uma risada feminina e provocativa com a voz de uma criança de seis anos ecoava pela escuridão que cercava o nosso protagonista. Tão difícil de descobrir de onde a voz vinha, a única ajuda que Naru tinha naquele momento era o volume dos risos que aumentava de acordo suas delicadas pernas se movimentavam contra o vento, qual o traziam o som. Seus pés descalços conseguiam sentir uma grama molhada, típica do clima de Uzushiogakure, contra seus dedos a cada passo, porém os seus olhos nada identificava. Tudo que ele tinha para confiar eram os seus sentidos da audição, do tato, do paladar e do olfato, esses dois que eram brutalmente confrontados com um gosto fresco e cheiro típico de grama molhada de manhã cedo - algo que Naru reconhece fácil por causa de seu tempo sempre viajando quando mais jovem.

Corria e corria, mas em nenhum lugar chegava. O termo "luz no fim do túnel" nunca soou tanto quanto uma piada. Sua única companhia era a risada doce e ao mesmo tempo estressante. Mas que tipo de deboche seria aquilo?! O jovem nem se quer sabia o porquê corria atrás daquele som e nem se quer quando começou, só sabia que tinha que alcançá-la.

O som aumentava e havia chegado num ponto onde a risada estava tão alta que deixava o pequeno sonhador tonto - Como alguém consegue se sentir tonto em um sonho? Tudo era tão vívido e quando o momento o qual Naru já não aguentava mais e se aproximava de desmaiar, a risada se tornou tão alta que, nitidamente, começou mais se parecer com um choro em meio de soluços ou de interrupções por falta de ar. Não demorou muito para que aquela risada ou... choro se tornasse um grito que tornou tudo branco, o grito parecia infinito, mas só durou segundos até que o branco começava a esvair e uma imagem de um local conhecido pelo jovem de Uzushiogakure invadia a sua visão, mesmo levemente atordoado pelo clarão surgido após a escuridão. O grito até a tela de algo finalmente visível durou talvez menos de três segundos, sendo interrompido pelo despertar do protagonista, abrindo os seus olhos para escapar desse confuso... pesadelo?

Umas horas haviam se passado desde o despertar do garoto e ele sentava no terraço do segundo andar no templo, no qual morava, um dos melhores locais para esconder a sua pele do sol, mas ainda assim poder aproveitar o ar fresco da natureza, já que era um terraço apenas grande o suficiente para Naru poder se deitar sobre o para-peito de madeira de design típico de templos antigos, mas ainda estar coberto pela sombra do telhado e sentir o ar fresco que circulava pelos três lados que haviam passagem para o vento. Mesmo nessa situação extremamente relaxante, o menino, cujos olhos desafiavam o azul do céu, não conseguia tirar seu sonho de sua cabeça, o que o levou a decisão de que talvez tivesse que ir lá - não por nenhuma questão especial, mas simplesmente da pergunta "por que não?!" - ele não tinha nada a perder mesmo.

Sem esquecer de pegar seus equipamentos ninja e uma maçã para comer em sua caminhada até o local, ele parte.

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Armas:

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☙ A voz no áudio é a voz do Personagem. Clique aqui para ver a roupa e o penteado de cabelo que Naru está usando. PS: bolsa ninja com armas básicas presa na perna direita do personagem, numa área alcançável de sua coxa.
☙ Desculpa a demora, meu teclado tinha quebrado quando ia postar da última vez e depois fiquei bastante ocupado.

Ao caminho de seu destino, o ninja sentia ventos frios e úmidos cada vez mais fortes batendo contra a sua frente. Não era forte o suficiente para mexer tanto o seu cabelo quanto os tecidos pesados de sua roupa, mas a umidade estava diferente da de quando havia ele saído de casa e pelo caminho que seguiu - ao menos até chegar próximo do lugar o qual o seu corpo estranhamente se sentia atraído e qual o seu cérebro se sentia estranhamente curioso.

A neblina que antes era nada mais do que a comum daquela vila naquela estação de ano, num dia como aquele, cujo o sol iluminava o suficiente para, normalmente, trazer movimentação às ruas da vila, se tornava cada vez mais fria, o vento da área não era fresco, parecia encharcado de umidade e soava como se espíritos daquela região chorassem - e mesmo não acreditando em espíritos, talvez isso explicasse porque o local estava vazio. Enquanto todo o local da vila o qual passou estava feliz, vivo e radiante, esse estava frio, solitário e tenebroso.

O mais óbvio a se fazer era recuar e procurar algum local para ir, mas Naru até que gostava daquele clima e por mais sem sentido era a diferença de atmosfera daquele local com todo o resto de por onde passou, ele decidiu ficar.

Ele não sabia o que iria fazer ainda, então decidiu se encostar contra uma das árvores daquele local que estava rodeada por folhas caídas e pensar.

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Armas:

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☙ A voz no áudio é a voz do Personagem. Clique aqui para ver a roupa e o penteado de cabelo que Naru está usando. PS: bolsa ninja com armas básicas presa na perna direita do personagem, numa área alcançável de sua coxa.
☙ Pensei que eu tinha postado antes, mas eu não tinha '-' Então escrevi bem rápido, pq se não meus 7 dias sem postar ia bater.