Estava andando tranquilamente pela vila. Um dia calmo, sem nenhuma atribuição dada a mim. Lembrava-me de minha missão anterior, passando a mão esquerda pelo meu braço direito. A cicatriz não estava ali. Os médicos da vila fizeram um ótimo trabalho. Mas ainda era uma ferida no meu orgulho. Mais uma na verdade. Suspirei, lembrando do combate e de como acabei como peso morto para o grupo que fui resgatar. Olhei para o lado e vi aquela criança se aproximando. Fui na direção dela, confuso, já pronto para perguntar se ela estava perdida, quando reparei no estado dela. Seu corpo ensaguentado e todo ferido. Avancei, agora em uma velocidade um pouco maior, até ela. A segurei, ouvindo suas últimas palavras. Gritei, pedindo por ajuda, mas já era tarde para ela. Só a soltei, deixando aos cuidados daqueles que ali estavam, enquanto fui reportar aos superiores o ocorrido.

Acabei descobrindo que... eles já sabiam? E por algum motivo não fizeram nada? Não conseguia esconder meu desconforto com isso. "Por que eles não agiram mais cedo se já sabiam?" pensei, sem falar nada, mesmo que minha expressão, geralmente vazia, se contorcesse um pouco. Vilas sendo atacadas por inimigos ainda eram um ponto delicado para mim. Ouvindo minha nova atribuição, não vi outra escolha fora aceitar. Balancei a cabeça e saí da sala, me encontrando com os ninjas médicos, que aparentemente só eram suporte. "Droga, vou ter que lutar sozinho então?" Cocei a cabeça, meio desconfortável. Meus combates até hoje não tinham sido lá essas coisas. Meu estado deplorável depois de cada luta não dava tanto a entender que eu havia "Vencido". Uma insegurança se formava. No fundo, torcia para os inimigos terem ido embora quando chegássemos e que pudessemos só fazer o resgate e voltar pa ra a vila. Mas sabia que isso não seria tão fácil.

Com o grupo formado, ordenaria que fôssemos até o tal vilarejo invadido. Pediria para, no caminho, os aliados ficarem atentos aos arredores, tanto para armadilhas quanto para pistas que pudessem nos ajudar a entender as habilidades inimigas. Faria o mesmo que eles, me atentando o tempo todo a sons e odores mais fortes estranhos. Se encontrasse algum ninja da vila ou civil no caminho, pediria para algum dos médicos cuidar dele, interrogando-o em seguida sobre o que tinha presenciado.

Spoiler:

"Por favor não apareçam, por favor não apareçam" Pensei durante todo o caminho. Escoltando aqueles ninjas médicos, a preocupação de um oponente aparecer era nítida. Não conseguia nem disfarçar para meus companheiros o medo de entrar em combate. Avançamos procurando por vítimas vivas, mas só encontramos uma cena devastadora e triste, que deixava meus companheiros (Que deviam lidar com a morte todos os dias em seu trabalho) desconfortáveis. Tentei respirar fundo e manter a calma. Aquilo tudo era... terrível.

Chegamos a vila depois de um tempo de caminhada, mas era tarde. Quase tudo já estava destruído. Muitos já haviam morrido. Já estava a beira de surtar de vez. Sentia tanta raiva.  Fiz um selo de mãos. Três réplicas surgiam ao meu redor. - Por favor, fiquem por aqui dando assistência as vítimas que ainda estiverem vivas. Vou deixar dois clones aqui com vocês enquanto irei com o outro buscar vítimas ou os oponentes. Tudo bem? - Diria. Meus clones fariam guarda enquanto eu e o outro faríamos a busca. Se eles concordassem com a estratégia, eu e um dos clones iríamos em direções opostas da vila, eu a direita e ele a esquerda. Os dois clones com os médicos levantariam barreiras com chakra ao redor deles, se estendendo a 7m ao redor deles. Era meu jutsu, Kekkai: Tengai Hōjin. Ficariam próximos, tentando dar auxílio em tudo o que precisassem enquanto tentavam sentir a presença dos inimigos tentando invadir seus espaços. Eu e o outro clone não ativaríamos a técnica, tentando manter nossa energia para um eventual combate, mas ficaríamos atentos aos arredores, buscando tanto outros civis que estavam distantes da entrada da vila quanto os ninjas inimigos.

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Não conseguia esconder meu medo. Meu corpo tremia enquanto buscava. Observando meus clones trabalharem, ficava apreensivo com o que podia acontecer. Minha mente perturbada misturava a situação atual dessa vila com a de meu local de nascimento. Tanta destruição causada por poucas pessoas. Tanta morte. Tanta dor. Paralizei por alguns instantes, despertando pelo grito de um dos meus clones. Eu e meu clone que estávamos mais próximos não hesitamos em saltar para trás. A ideia era deixar aquela enxurrada de armas ninjas passarem direto sem acabar nos atingindo. Meu clone percebia o ataque Katon indo em direção aos clones mais próximos aos médicos. Com um selo de mão, uma rajada de água, simples manipulação elemental, saía de sua boca, tentando se chocar com aquelas esferas de fogo para tentar anulá-las.

Dois ninjas avançavam contra os médicos. Os dois clones, recém protegidos iam contra eles, sacando kunais. Usando seu grande controle de chakra, eles transmitiam a energia para suas armas, tentando chocá-las com as katanas dos oponentes. Uma tentativa de defesa e, se fizessem direito, poderiam acabar cortando aquelas armas com a energia, tentando aplicar um corte horizontal nos olhos deles caso conseguissem destruir as ferramentas deles.

Enquanto isso, outro dos criminosos soltava uma esfera de fogo em minha direção. Um selo de mão e outra manipulação saía de minha boca. Uma rajada de água para se chocar e desfazer aquela técnica. Considerando a vantagem elemental, tinham chances de minha técnica atravessar a do oponente. Torcia para isso acontecer pois poderia acabar atingí-lo como um bônus. Um contra-ataque não pensado.

Aproveitaria-me do provável vapor levantado pelo choque das técnicas, que atrapalharia a visão do oponente, para saltar, me aproximando dos ninjas médicos. De joelhos e ofegante, tinha chegado ao meu limite. Os clones se desfariam. As informações das habilidades dos inimigos voltariam para mim, bem como o chakra não utilizado por eles. Teria que recuperar minhas energias logo ou estaríamos perdidos.

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Técnicas usadas:

Observações:

Despertei, como de um sonho. Todos os meus movimentos, os jutsus, as defesas de meus companheiros. Tudo coisa de minha mente, pregando uma peça diante de minha incapacidade de proteger aqueles que me eram queridos. Meu corpo doía e sangrava. Queimaduras estavam sobre todo o meu corpo. Senbons, por sorte não envenenadas, perfuravam alguns de meus membros. Minha cabeça lentamente se virava para o lado. Eu falhei em tantos níveis. Essa missão já estava acabada. Não pude ajudar aquela vila. Não pude ajudar meus companheiros. Eles estavam ali, sendo mortos bem diante dos meus olhos, e eu nem conseguia me mexer para salvá-los. A vergonha consumia meu corpo. Mais do que a dor física, a mental me corroía. Meu apego a um passado já inexistente me atrapalhou a um nível que nada mais poderia fazer, só ficar deitado esperando pelo meu fim. "Então... acabou não é...?" Virei minha cabeça para cima. Não queria ver o que sabia que ia acontecer. Olhei para o céu, sentindo um líquido sair de meu olho e passar por cima das queimaduras em meu rosto. Respirei fundo, esperando o fim. "Então é isso, certo? Vou falhar aqui. Não deixar nada para trás além de vergonha. Meu nome logo desaparecerá desse mundo. Mas será que devo acabar assim mesmo?" Uma breve determinação surgia dentro de mim. Descansaria ali, reunindo energias. Se era para acabar, que acabasse lutando e tentando cumprir meu dever. "Mesmo que eu ganhe, não poderia voltar para a vila. Acho que meus dias como ninja da chuva acabaram..." Fugir então? Não iria fugir e implorar pela vida, mas também não queria encarar as consequências de minhas ações. Concluir a missão, matar aqueles inimigos e ir embora e nunca mais ser visto. Esse era o objetivo agora.

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Observações:

Me levantei. O peso das minhas ações até então recaindo sobre minhas costas. Recuperado, observava os rastros de destruição deixados pelos inimigos. Poucos dos meus companheiros estavam ainda vivos. Mesmo que conseguisse derrotar eles, como poderia encará-los? Eu não pude protegê-los.

Agora não era o melhor momento para me perder em pensamentos depressivos. Saquei uma Kunai, grudando um selo explosivo nele. Só esse simples movimento já doeu como uma facada em minha alma. Aquelas queimaduras estavam atrapalhando demais, mas agora não era o melhor momento para pedir para me curarem. Sorrateiramente me aproximaria até que eles ficassem em meu alcance. Lançaria aquela arma, saltando para trás logo em seguida, tentando me aproveitar da distração dos oponentes. Eles pareciam se divertir demais com a carnificina. Mirava a arma na cabeça de um dos oponentes. Caso o atingisse ou se ele se esquivasse, o selo explosivo faria sua função. Uma explosão que atingiria uma área de 5m ao redor dela. Podia não ser o suficiente para matar aqueles ninjas mas talvez os ferisse um pouco e os distraísse.  Faria um selo de mão. Uma manipulação elemental. Dispararia um jato de água pela boca, fazendo um movimento horizontal com a cabeça tentando atingí-los e lhes causar dano.

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Tecnicas usadas:

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Missão Finalizada - Falha
( Morte do Personagem )