Primeira Missão: Biblioteca  

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Era uma manhã quente da primavera de Iwagakure e Kingo havia acordado com os primeiro fachos de luz do sol, a noite não tinha sido nada boa, poucas horas dormida, muito sonhos de como seria sua vida como genin de agora em diante e várias horas acordado pensando qual seria seu próximo passo, o que ele deveria fazer, se procuraria por missões ou deveria ir atrás de algo diferente, muitas incertezas sobre se seria um bom genin ou não, se sua família aceitaria isso por muito tempo.

Após alguns minutos deitado na cama refletindo, enquanto o dia lá fora terminava de nascer, Kingo resolve levantar e se arrumar para encarar sua nova vida. “Acho que deveria começar com missões. Posso procurar por missões de rank mais baixo para poder ir adquirindo alguma experiência e me inteirando melhor” pensou garoto durante seu banho, que não durou muito e logo Kingo estava na cozinha da casa de sua família, seus pais e sua irmã ainda dormiam, o silencio tomava conta, pela janela da cozinha, aberta recentemente pelo menino, entrava uma brisa levemente fresca comum das manhãs que trazia um frescor para dentro do cômodo, o céu estava azul claro sem nuvens, inegavelmente fazia um dia bonito lá fora- “Que céu bonito, mas provavelmente vai fazer muito calor hoje, não tem uma nuvem no céu”.

Não demorou muito para que Kingo terminasse de prepara seu café da manhã e enquanto se sentava na mesa, sua mãe ainda de pijama entrava pela porta da cozinha e ambos se cumprimentavam com condolências ditas pela metade, com voz de quem acabará de acordar e um tímido aceno de cabeça dos dois, mas o pequeno Chinoike não demorará muito para terminar de comer e se levantar ao mesmo tempo que pegava sua bolsa que estava no chão ao seu lado.

- Mãe estou saindo, vou procurar missões para fazer, volto tarde, até mais tarde!

Ao mesmo tempo que pronunciava-se o garoto jogava a bolsa nas costas e olhava apreensivamente para rosto de sua mãe que se resumiu a dar um sinal positivo, que foi respondido saída rápida de Kingo que em segundos já estava fechando a porta de entrada de sua casa pelo lado de fora. “Não sei até quando isso vai durar, se um dia simplesmente ela vai pedir para eu desistir dessa vida ou ir embora de casa, meu pai então não sei nem o que pensa sobre me tornar um ninja”, uma respirada longa e profunda seguida de uma breve visualizada no céu sem nuvens depois o garoto começou a andar em direção ao local onde ficava o quadro de missões, ele tinha uma tênue ideia de onde era por orientações anteriormente recebidas.

Conforme se locomovia pelas ruas de Iwa, ainda levemente povoadas, percebia que o sol começa a ficar mais forte, apesar disso Kingo amava o período da manhã com todo seu frescor, silencio e tranquilidade, o alvorecer era parte do dia que trazia a sensação do mundo estar em câmera lenta e leve, quase como um astronauta em uma estação espacial, sem agitação e a correria costumeira do dia a dia. O sorriso e a empolgação eram evidentes no rosto juvenil do menino ao adentrar o local do quadro de missões.

“Vou escolher uma missão bem simples de Rank-D para me familiarizar primeiro. Vejamos...” – O menino passava os olhos rapidamente por todas as missões- “Não, definitivamente não, Caçada aos Ursos, não me parece uma ideia muito inteligente... Biblio... Opa, Biblioteca da Vila, essa me parece uma ótima ideia, vai ser ela, eu amo livros, se tiver que ficar como ajudante me darei muito bem”. Enquanto Kingo lia a descrição da missão, e descobria que deveria faxinar a mesma, ficou levemente descontente, pensou em trocar, mas optou por encarar mesmo assim.

A biblioteca ficava a poucos metros, era uma caminhava relativamente rápida, mas o jovem Chinoike queria mostrar serviço e chegar cedo para causar uma boa impressão, então rapidamente saiu em direção ao local. Ao chegar percebeu que as portas estavam se abrindo e de forma muito cortês adentrou ao estabelecimento e se apresentou a única pessoa que estava no local naquele momento, era um senhor que deveria estar por volta do seu setuagésimo aniversario, todos os pelos de seu corpo eram extremamente brancos, seus olhos verdes bem claros eram extremamente atrativos. Era um senhor simpático, mas sucinto, passou suas orientações rapidamente para Kingo, sem muita enrolação.

“O senhorzinho parece ser bem direto e de poucas palavras, farei o mesmo, serei silencioso e sucinto, não vou tirar muita dúvida com ele não. Pelo que ele disse no fundo da biblioteca tem um quartinho com todos os materiais de limpeza que eu vou precisar”.O garoto pediu licença para o senhor e se dirigiu em passos lentos, mas firmes até o quartinho onde se deparou com vários materiais diferente meio que jogados e de forma extremamente desordenada. “Meu Deus, acho que são os próprios Genin que “arrumam” esses materiais depois de usa-los, porque nunca vi tanta desordem, tudo jogado”. Pensou o garoto enquanto pegava uma vassoura que estava esgarranchada com um rodo e um esfregão ao mesmo tempo e teve que ser puxada a força. “O senhorzinho disse para dar uma limpada no chão antes de o movimento de pessoas chegar. Nunca pensei que ia dizer isso, mas obrigado mãe por fazermos ajudar na limpeza de casa, vou começar varrendo para tirar um pouco da poeira, antes de passar um pano.”

Com a vassoura e uma pá de lixo em mãos Kingo começou seu trabalho, achou melhor começar pelos lugares mais próximos a porta de entrada, já que se alguém chegasse enquanto limpava pelo menos a entrada estaria mais limpa. A dinâmica era simples e relativamente rápida, o jovem Genin varria um quadrante, juntava a poeira em um quanto, depois pegava a pá para recolher a poeira e a jogava dentro de um saco plástico que ao final iria fechar e jogar no lixo.

Depois de diversas repetições de sua dinâmica para limpar, Kingo tinha terminada de varrer todo o estabelecimento. Imaginava que provavelmente havia transcorrido cerca de uma hora enquanto fazia seu serviço- “Agora tenho que pegar um balde com produto de limpeza diluído em água para passar nesse chão, para deixar um cheiro bom nessa biblioteca pelo menos”- Pensou o garoto enquanto pegava um balde no quartinho de materiais e o enchia com água e produto de limpeza, pegou o pano e usou a mesma lógica anterior de começar pela região de entrada.

Durante todo o tempo que Kingo esteve limpada o senhor esteve de forma lenta, como esperado de uma pessoa com setenta anos, aparentemente colocando os livros de volta nas prateleiras de forma organizada. O garoto o observava por alguns instantes enquanto voltava para quartinho de materiais de limpeza para deixar as coisas lá, pois já havia terminado seu serviço. Chegando recordou a bagunça que estava aquele ambiente – “Nossa, deve ser umas crianças mimadas que nunca fizeram nada em casa que vem aqui limpar esse lugar, porque não é possível deixar essa bagunça toda.-, mesmo não querendo se prolongar muito naquela missão Kingo resolveu arrumar aquele quarto para ajudar o senhorzinho.

Alguns minutos depois o jovem Genin havia terminado seu serviço de limpeza e organizado o quartinho de materiais. Era próximo ao horário de almoço, até porque esse seria adiantado já que Kingo tinha acordado bem cedo e tomado seu café tão cedo quanto, então ele se dirigiu ao responsável para relatar seu serviço, ao avisa-lo o senhor pareceu um pouco assustado, como se tivesse meio desligado e em uma tentativa de avaliar o serviço deu uma breve olhada ao redor e sinalizou para o garoto o liberando, que respondeu com sorriso e um sinal de despedida.

Kingo pegou sua bolsa colocou em suas costas e saiu pela porta da frente, diferente de quando chegara o sol batia forte naquele momento parecia até mesmo que tinha aberto o portão do inferno, não se sentia um vento se quer e os raios solares pareciam queimar em brasa, o fluxo de pessoas na rua aumentara consideravelmente, o garoto só consiga pensar que nem verão era ainda, o sorriso do início deu lugar a uma expressão brava e carrancuda no rosto do jovem menino.          

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Missão Rank-D: Calçamento das ruas  

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O jovem Kingo estava caminhando pelas ruas quentes de Iwagakure, revoltado pelo calor que fazia em meio a primavera, enquanto decidia passar em sua casa para almoçar antes de voltar ao local onde ficava o Quadro de Missões e pegar mais uma para fazer naquele dia – “Acho que correu tudo bem para uma primeira missão, aquele senhorzinho parece tão debilitado que não sei se ele deveria estar trabalhando ainda”.

Quando chegou na porta da sua casa o garoto parou por um instante respirou profundamente e tirou seus sapatos para não entrar na casa com eles, ao passar pela porta de entrada logo tirou sua bolsa das costas e caminhou em direção ao seu banheiro para poder lavar sua mão e seu rosto, em uma tentativa infrutífera de se refrescar. Na cozinha estava sua mãe que colocava a comida que acabara de ser feita na mesa, Kingo chegou no cômodo cumprimentado de forma generalizada sua mãe e sua irmã que estavam no ambiente, já que naquele dia seu pai não almoçava em casa.

Kingo tratou logo de sentar à mesa e se servir, o garoto parecia não querer perder muito tempo para começar sua outra missão, mas era inegável que a pressa também se construía pelo fato de não estar no melhor momento com sua mãe desde que decidira se tornar um genin e não por acaso a almoço era realizado em um silencio constrangedor, onde se ouvia perfeitamente o barulho do alimento na boca dos três integrantes da família.

O jovem Chinoike terminou seu almoço rapidamente e na mesma velocidade se levantou, colocou seu prato na pia e se despediu brevemente, o silencio permanecia o mesmo. Após pegar sua bolsa que estava próxima porta da casa, o garoto vestiu seus sapatos, já do lado de fora da residência, deu uma pequena espreguiçada e logo partiu para pegar sua próxima missão- “As coisas não estão nada boa em casa, não sei como vamos continuar e até quando”.

Em poucos minutos após deixar sua casa o jovem já estava em frente ao quadro de missões escolhendo o que seria a segunda missão de sua vida como genin, “Hoje mais cedo eu tinha passado o olho em uma que parecia mais desafiadora e interessante... Achei esta mesmo, Calçamento das ruas, vai ser cansativo, mas deve ser interessante, pensou o garoto enquanto saia do quadro de missões e se dirigia até o local onde seria sua missão.

O sol estava cada vez mais forte e o humor e paciência de Kingo era inversamente proporcional a quantidade de calor, ele caminhava de cara fechada pelas ruas de Iwa e o caminho até o local da missão era relativamente longe, o que só piorava a chateação do garoto- “Eu me tornei a porra de um fudendo ninja para fazer reboco pela cidade, era melhor ter ido trabalhar com meu pai! Não sei se foi a melhor das ideias ter começado por missões” .

Após longos minutos de caminhada o jovem Chinoike chegou onde acreditava ser o local da missão. O solo batia forte e atrapalhava a visão de Kingo, que na distancia em que estava não conseguia distinguir as coisas perfeitamente, então resolveu se aproximas lentamente com a mão acima dos olhos na tentativa de bloquear um pouco os raios solares e conseguir ver melhor. Ao se aproximas o garoto percebeu que haviam três pessoas no local, dois rapazes com aproximadamente trinta anos e um outro com seus quarenta anos que aparentemente era que coordenava o serviço, já que não estava necessariamente fazendo calçamento e sim somente dando ordens, os dois moços, que aparentavam mais novos, transpiravam muito enquanto trabalhavam no sol forte.

Kingo se aproximou relativamente receoso, pois além do seu mal humor ele não tinha gostado muito da cara do terceiro rapaz. Ao se aproximar, percebeu que o supervisor tinha traços fortes no rosto que faziam com que parecesse que o mesmo está sempre com fome, com olhos pretos fundos, meio vazios, Kingo olhou diretamente para eles e se apresentou dizendo seu nome e que estava ali para executar uma missão, o rapaz como de se esperar resmungou algo como se o pequeno Chinoike estivesse atrasado, “Hoje vai ser um longo e cansativo dia”, pensou o garoto enquanto o supervisor lhe passava algumas orientações do serviço, mas nada muito detalhado.

Depois de alguns minutos recebendo orientações sem muita importância, resumidas em que o garoto iria ter que ajudar os outros dois rapazes que já estavam em meio ao serviço, então Kingo se aproxima dos outros e com uma cara séria, porém não brava.

- Boa tarde eu sou Kingo! Vim ajudar vocês no serviço, se puderem me dizer o que posso fazer para ajudar.

Os rapazes levantaram a cabeça ao ouvirem a voz do garoto e analisaram-lhe de cima a baixo, em seguida olharam-se entre si com uma cara de decepção, mas não fizeram comentário algum, somente disseram ao garoto que trouxesse o material usado para fazer o calçamento, que estava em uma espécie de barril, até eles com um carrinho de mão. “Eu tenho a impressão que eles me deram o serviço mais pesado e que tem menos técnica envolvida, por um lado é bom, mas pelo outro...amanhã vou acordar destruído”.

Kingo pegava calçamento de dentro do barril com uma espécie de pá e colocava no carrinho de mão, depois levantando o mesmo caminhava até os dois rapazes. A primeira vez o garoto tentou levar o máximo possível de material para ter que fazer menos viagens, porém logo percebeu que não era uma boa ideia, já que era extremamente pesado, então percebeu que seria melhor fazer mais viagens com menos peso, assim o fez por algumas horas sem parar.

O sol começava a sumir no horizonte, o céu de Iwa estava laranja escuro, quando finalmente o supervisor encerrou o expediente do dia e liberou todo os rapazes, incluindo Kingo, que ao ouvir as palavras só conseguiu pensar em se sentar no primeiro lugar possível, “Eu preciso muito melhorar minha capacidade física, talvez seja meu próximo passo como genin um treinamento deste tipo, não sei”, pensou o garoto de cabeça baixa, enquanto os pingos de seu suor caiam lentamente na terra seca em baixo dele.

Kingo se levantou depois de alguns minutos controlando a respiração e descansando, seus braços ardiam, suas costas doíam e sua roupa estava completamente suja. Enquanto o garoto voltava lentamente para sua casa, quase se arrastando pelas ruas de Iwa, a escuridão começava a tomar conta da vila, consequentemente o calor começava a dar uma trégua depois de um longo dia de intensidade, as estrelas começavam a aparecer e as pessoas começavam a retornarem para seu lar após um longo dia de trabalho, pouco a pouca as ruas de Iwagakure se esvaziavam.  
         

HP 200/200 | CH 200/200  | ST 00/03

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