Takane havia retomado o controle da situação, nunca havia visto Taika agir daquela forma, ou mesmo atentar contra a vida de outra pessoa sem que houvesse consentimento mutuo das duas partes, e aquilo a assustava, pois quanto de fato Takane havia controle sobre aquele corpo. Olhou para fora as paginas que estavam a sua frente, havia escrito ali uma licitação, para a construção de uma estufa de plantas, e a menina logo abriu um sorriso, fazia um tempo que estava querendo criar algo novo dentro de sua vila e logo chamou Megumi para fazer algumas perguntas relacionadas a venenos.
--Amor você sabe usar venenos? --- Perguntou a menina.
---De forma geral sim, mas nunca adentrei muito nessa área por achar que não era la muito divertida, e que também não e uma área muito bem vista dentro do mundo Shinobi. — Disse Megumi levemente preocupada com o que de fato estava passando naquela cabeça oca.

--Eu quero aprender. --- falou a garota com uma empolgação acima do comum.

Sem que houvesse qualquer tipo de opção, já que conhecia sua namorada, e Megumi sabia muito bem que Takane era uma pessoa difícil de se controlar quando queria aprender algo ela logo começou a mostrar a base pela extração das plantas, e de como era feito o processamento de tais itens, a tsuchikage por sua vez se mantinha quieta, observando atenta a cada folhear dos livros, e se sentiu incomodada ao perceber a falta que um sistema daqueles fazia na vila, afinal aqueles que queriam aprender sobre medicamentos e venenos ou produzi-los estava fada a ter que ir ao hospital, e procurar por si mesma os itens que a ajudassem, por fim da aula ela se levantou decidida a fazer algo em relação aquilo e aceitar o pedido do desconhecido para construir o primeiro centro de plantas do local.

A primeira coisa que fez era claro ir atras dos conselheiros da vila, eles detinham o conhecimento de todos as pessoas e locais que poderiam ser usados para a criação da estufa e de seus prédios, o local tinha que ser arejado e ter um bom ambiente, além de é claro ficar relativamente protegido e que não custasse muito aos cofres públicos e  que ficasse relativamente perto do hospital já que ao se trabalhar com venenos não era nem um pouco incomum ocorrer intoxicações, a ideia então foi adaptar um pavilhão que estava praticamente abandonado do próprio hospital, um local que havia sido usado como local de armazenagem de ferramentas hospitalares, mas que por falta de recursos havia se tornado inviável a sua reutilização, e como tal foi ali que se iniciou as construção para o novo local, de inicio começaram por retirar partes das estruturas de metal que havia ao seu redor, deixando apenas o esqueleto do prédio, a segunda parte foi analisar o desenho e ver com especialistas nas áreas se havia alguma necessidade de modificação do terreno, o que por sorte não foi preciso, as obras de reconstrução se iniciou com uma tropa de construtores que vieram a mando da sacerdotisa das trevas, a primeira parte era trazer a agua por dutos e preparar o canteiro de obras, o que deixou a empolgada, fazia tempo que não mexia com terra, ou se divertia, porem foi impedida por um dos anciões que logo a orientou a não ir para o meio dos trabalhadores, parte porque iria atrapalhar, parte porque ela era a líder da vila e não podia ficar se misturando, por fim Takane fingiu não dar ouvidos e assim que teve a chance partiu para pegar uma inchada e a cavar os entornos dos dutos de agua.

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A construção seguia firme e forte, com Takane as vezes atrapalhando, as vezes ajudando, boa parte do trabalho pesado ela colaborava da forma que conseguia, já que força física nunca foi de fato sua melhor habilidade, na real, por muitas vezes ela tentava pegar algum material de construção e se via forçada a dar três passos antes de parar e ser obrigada a descansar, os anciões a olhava incrédulo, normalmente lideres não gostavam de se sujar com o trabalho bruto, mas parecia não ser o fato da menina, já que ela estava a todo momento sorrindo e se divertindo, era um contraste incrível em relação a menina que passava todo tempo olhando para o vazio e assinando papeladas e mais papeladas de papeis.

Por fim a construção principal estava concluída, no entanto, ainda faltava muito para se dizer que realmente o trabalho estava feito, sua solicitação por vários tipos de ervas e outras frutas e coisas que a menina se quer imaginou que seria possível existir, todas elas deveriam ser catalogadas e postas em ambientes diferentes, algumas era claro, só suportavam climas abaixo do zero, outras só climas acima dos quarenta graus, e cada uma delas tinha que ter seu espaço recondicionado para o ambiente em que nasceram, o por sorte existia já que os botânicos haviam sido bastante energéticos em ajuda-la, o divertido era eles suarem frio ao verem a menina carregando uma mandrágora na mão como se fosse um brinquedo infantil.
Mandrágoras é um espécime de planta carnívora que quase todas as pessoas possuíam “medo” de se aproximar, dado o principal fato dela tentar a todo momento morder a cara da sacerdotisa das trevas que desviava o rosto com extrema agilidade.

---Onde eu deixo essa planta peralta? --- Brincou a menina.

---Cuidado Takane-sama essas plantas costumam a fazer um belo estrago.---

---Elas são fofas....---

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