Missão Rank S escreveu:Fora da Lei
Descrição: Você foi incriminado e enviado para uma prisão de ninjas renegados de outra vila; o verdadeiro inferno na terra. Sua missão é encontrar um alvo e dar cabo dele, antes que ele acabe revelando os segredos de nossa vila para os interrogadores inimigos. Infelizmente, porém, a única pista que você possui para identificar o alvo é uma tatuagem de redemoinho que ele possui no ombro. Todos os prisioneiros têm seu chakra selado antes de serem enviados para lá, então você terá que se virar como puder. Boa sorte e tome cuidado!

A missão teve início com a captura de Fuyuki por ninjas de outra vila durante uma missão de espionagem falha. Ao menos era o que deveria parecer quando visto de fora. Mas na verdade, tudo aquilo foi armado para acontecer, e, felizmente, o garoto foi enviado exatamente para onde precisava ir: A prisão. "Finalmente... Já estava começando a perder as esperanças." Aquela era sua terceira tentativa de ir preso; as outras duas terminaram mal, com os ninjas inimigos querendo fazer justiça com as próprias mãos, dizendo algo sobre a morte ser um destino melhor que a prisão. Mas, no fim, mesmo após muito implorar por misericórdia, o jovem Hatake se via forçado a agir mais seriamente e surpreender seus captores com uma morte rápida. "Mas é como dizem: A terceira é a da sorte." E por alguma razão, pensou em Squall; O maldito Sandaime que o havia metido naquela missão suicida.

Após ter suas armas confiscadas, o garoto teve um selo de chakra colocado em seu abdômen e em seguida foi rudemente posto em uma carruagem de metal com algemas em seus pulsos e tornozelos, com outros sete indivíduos mal-encarados na mesma situação, rumo a prisão de segurança máxima daquele país. Ren permaneceu em silêncio durante toda a viagem, enquanto usava esse tempo para rever os detalhes da missão. Toda informação que ele possuía para identificar o alvo era uma suposta tatuagem de redemoinho no ombro. Apesar de possuir os meios de quebrar o selo que bloqueava seu chakra, no instante em que fizesse isso os guardas viriam em sua direção de imediato; então teria que guardar essa jogada como um último recurso.

Não teria apoio algum. Na verdade, era possível que alguns dos Nukenins ali o reconhecessem de suas missões anteriores e tivessem ressentimento do modo nada amigável que os tratou. Os guardas tão pouco seriam amigáveis, já que era um shinobi de uma vila inimiga, apenas aguardando por sua vez até ser interrogado ou coisa pior. Sua situação não era nada animadora, mas tentaria fazer seu melhor. Felizmente havia treinado Taijutsu com seu avô nos últimos meses, então se sentia bem mais confiante em suas habilidades de autodefesa. Ainda assim... Estava sozinho. Tão sozinho quanto alguém poderia ficar, preso em uma terra estranha e cercado de inimigos.

Após várias horas de viagem sacolejantes, a carruagem finalmente parou. Instantes mais tarde as portas se abriram, e a verdadeira missão teve início.


Como Fuyuki temia alguns dos criminosos naquele lugar o reconheceram de cara, no instante em que chegou. Então houve combates; e atentados contra sua vida. Ele foi forçado a enfrentar alguns brutamontes que estavam tentando matá-lo durante o café da manhã em seu primeiro dia. Teve que enfrentar inimigos durante a limpeza do refeitório dois dias após o primeiro incidente. Teve que enfrentar ainda mais inimigos no almoço mais dois dias depois disso. Lutou contra vários de uma vez no pátio, durante à tarde do sétimo dia. Tentaram pegá-lo de surpresa no banho, enquanto ele dormia, dois dias mais tarde, mas felizmente nada funcionou. Infelizmente, porém, cada luta, vencida ou não, era uma infração grave aos códigos de conduta da prisão e rendia aos detentos um dia na solitária. Ren foi enviado para a solitária cinco vezes só em sua primeira semana.

Contudo, há males que vem para o bem: durante suas idas para a enfermaria e para a solitária, e os pequenos períodos sem lutas, fez alguns poucos aliados. E com a ajuda dessas pessoas, finalmente havia encontrado seu alvo. Ele estava em uma ala separada dos demais detentos comuns. Mas Ren já sabia como poderia se aproximar dele e cumprir sua missão. De acordo as informações que conseguiu coletar, o alvo era alguém dotado de uma condição fisiológica única, a qual o forçava a ter que ingerir quantidades enormes de sangue todos os dias para que pudesse continuar vivo e com sua sanidade intacta. E, por essa razão esquisita em particular, ele tinha que fazer ao menos uma visita por dia à ala da enfermaria. Com algum suborno e convencimento, Fuyuki foi capaz de descobrir o horário exato das visitas de seu alvo a enfermaria, e então foi apenas questão de dar um jeito de ser enviado para lá ao mesmo tempo.

E tudo correu de acordo ao plano. Quase. O que Fuyuki não esperava, é que o tal alvo era tratado como uma espécie de VIP muito mais especial e com um tratamento muito melhor do que ele poderia ter previsto. De forma que o garoto se viu diante de cinco guardas, fora o que havia lhe acompanhado até aquele local, dois médicos e o próprio alvo. Era simplesmente pessoas demais para ele lidar, sem chakra, com a facilidade que havia esperado. "Ainda assim, essa é a primeira vez que fico a menos de dez metros dele... E pode muito bem ser minha última oportunidade aqui." Os atentados contra sua vida estavam se tornando cada vez mais elaborados e perigosos, agora que os inimigos já não o subestimavam por sua aparência, e Ren não acreditava que conseguiria sobreviver a uma terceira semana na prisão, já que a anterior havia lhe custado mais sangue e ossos quebrados do que tinha paciência para contar.

Então, decidiu apostar tudo naquela chance. "Ah, f*da-se! Maldito Sandaime, é bom manter todos em segurança, ou voltarei do outro mundo para assombrá-lo!" E ele tocou no selo que havia preparado com seu sangue na barriga, o Kai. Nesse instante, o selo que bloqueava seu chakra quase perfeitamente foi completamente rompido. Dois dos guardas presentes deveriam ser sensores, pois os dois olharam em sua direção de imediato. Quase ao mesmo tempo, um alarme soou alertando todos na prisão de que algo estava errado. Em poucos instantes a pele do corpo de Fuyuki se tornou negra e os cabelos cresceram, o chakra raiton correu por seu corpo e fez suas sinapses acelerarem. Três guardas já avançavam em sua direção com as armas não letais em mãos, mas diante de Ren seus movimentos pareciam acontecer em câmera lenta, como se tentassem se mover através de um pudim ao invés de ar. Os outros dois formavam selos para realizar jutsus.

Ren marcou a bandeja de utensílios médicos ao alcance de sua mão esquerda com um selo do Hiraishin e a lançou em um único movimento rápido, na direção de seu alvo. No instante seguinte estava do outro lado da sala, com sua mão direita perfurando o peito do homem que o encarava com olhos arregalados, enquanto a mão esquerda de Fuyuki apertava o pescoço dele até ouvir o som satisfatório do osso se partindo.

Depois disso, o Hatake lutou bravamente, de fato, mas para cada guarda que conseguia derrubar, dois tomavam seu lugar. No fim, o que firmou sua derrota foi um corte fundo que recebeu na lateral do corpo quando a marca amaldiçoada deixou o seu corpo, o qual perfurou seu pulmão. Em poucos minutos já não conseguia respirar. E, sem ar, perdeu a consciência em seguida.


Dor. Abriu os olhos e piscou perante o brilho ofuscante da luz em seu rosto. Levou alguns segundos para se situar. Estava em uma cama de hospital, mas os seus arredores eram os de um laboratório clandestino sujo.  Sentia uma dor leve por toda a extensão de seu corpo, mas não podia mover um músculo sequer, o que lhe indicou que provavelmente estava sob efeitos de sedativos.

— Oh, está acordado!

Um instante mais tarde uma mulher surgiu em seu campo de visão. Ela era bonita, de cabelos brancos, como os seus, encaracolados e compridos, mas de pele morena, tom de chocolate. Os lábios eram carnudos e pintados de vermelho, o rosto ligeiramente oval, no formato de coração e queixo fino. Ela vestia roupas simples de tonalidade verde escura e um jaleco branco, impecável. Seus olhos, assim como os de Ren, eram de um intenso castanho avermelhado. Algo raro. Ela sorriu para ele, e os dentes eram perfeitos e brancos, com presas salientes.

— Consegue entender o que digo? – Indagou. O menino tentou formular as palavras em resposta, mas só conseguiu proferir sons desconexos. Sentia muita sede, sua boca parecia estar cheia de algodão e areia fina. Ela riu, e seu riso era semelhante ao canto de um pássaro; encantador. — Oh, como sou tola, deve estar sedento por um copo de água! – E como se fosse sua mãe, ou uma enfermeira atenciosa, a jovem mulher lhe deu de beber de um copo de cristal. A água fresca inundou sua boca e desceu por sua garganta, refrescante e renovadora.

— Obrigado. – Conseguiu pronunciar a palavra com uma voz rouca após terminar de beber a água. — Onde-...

Antes que pudesse falar, ela pressionou um dedo sobre seus lábios, então voltou a sorrir com uma expressão de ternura.

— Você está morto. Fuyuki, certo? Bem, não mais, é claro, e graças a mim, diga-se de passagem. – Ela explicou após um momento, ao ver a expressão que Ren fez ao ouvir que estava morto. Então ele realmente havia morrido naquela luta. Mas, como poderia estar vivo? Suas dúvidas devem ter transparecido, pois a mulher logo tratou de dar a resposta que ele buscava. — Ciência. Chakra, e um montão de sorte. Na verdade quando o trouxeram para cá você estava quase morto. Quase. Ainda havia um fiozinho de vida em você, e, por todos os mexilhões! Nunca vi um fiozinho de vida lutar tanto! É como se você recusasse a morte com tudo o que tinha!

A mulher tinha uma expressão de assombro em seu rostinho angelical, como se jamais tivesse visto algo do tipo, o que provavelmente era verdade, e isso a surpreendesse profundamente.

— Aí entrou a parcela de ciência e chakra. Eu trabalho em uma pesquisa para transferir órgãos e membros bons para substituir os perdidos ou danificados. – Ela tinha uma expressão de tristeza agora. — Mas, no seu caso, não havia nada de bom restando. Os guardas o trataram muito mal, principalmente depois de você matar tantos dos amigos deles. Você teve sorte que o diretor viu tudo através das câmeras de segurança... E se interessou na técnica de transporte instantâneo que usou. Ele a quer para o nosso país. Por isso ordenou que o trouxessem para mim.

Ren tentou se mover novamente, e sentiu uma resposta leve em seus membros inferiores e braços; o movimento estava retornando lentamente. Mas era lento demais, precisava fugir o quanto antes. Mas a mão da cientista tocou seu ombro com a delicadeza de uma pétala de flor, e quando Ren olhou nos olhos dela, o rapaz soube que não corria perigo algum.

— Infelizmente, não sobrou nada de seu corpo antigo além de seu cérebro que valesse a pena salvar. Eu até poderia ter curado apenas o suficiente para que pudessem extrair a informação que queriam de você, mas fiz isso por que achei que era o correto a ser feito, e também por meus próprios interesses – Ela mordeu o lábio inferior. — Bem, é melhor que veja com seus próprios olhos.

E trouxe um espelho diante de Fuyuki. E o que ele viu foi...


O jovem Hatake surgiu na sala do Kage subitamente. Squall e Cloud ergueram os olhos para ele em uníssono, ambos se preparando para o combate, mas ambos cessaram seus movimentos ao ouvir a apresentação do jovem desconhecido bem diante de seus olhos.

— Hatake Ren Fuyuki, para reportar o status da missão. – Anunciou aos dois que ainda o encaravam sem acreditar em seus olhos. — Estou de volta.

Ren sorriu e começou a contar o que havia acontecido.








Status:
HP: 1200/1200
CH: 1850/1850

Stamina: 00/06

Resumo das Ações:

OFF: --.

Palavras: 1914.

Informações: