Mayu balançou a cabeça em negação pelo que parecia ser a quinta vez naquele dia. A amizade de Yota sempre vinha acompanhada com grandes provações, como negar informações que nenhum dos dois tinham certeza, mas que ele continuava afirmando com toda a certeza que tinha, como um grande bobão. – Você não tem certeza, Yota. – ela inteirou, cansada de afirmar que não tinham certeza alguma do que estavam falando. Ela admitia que ambos tinham interesses em comum e possuíam alguma inteligência, mas era bastante notável que Yota tinha herdado todos os genes que o tornavam um teimoso sem causa. E, sabendo como Yota era implacável e não pararia de afirmar absurdos até que fosse provado que estava errado ou certo, ela pensou que talvez devessem conferir as informações na biblioteca. Afinal pelo que ela se lembrava do mapa o País do Vento estava realmente próximo do País do Fogo, mas a irritava a ausência de certeza. – Biblioteca. – Mayu indicou, obtendo a confirmação de Yota, junto com afirmações de que ele precisava passar em casa antes.

Então eles seguiram caminhos separados, onde ela também foi para casa, com o intuito de comer alguma coisa, bastante consciente que poderia acabar passando o dia inteiro com Yota sem se lembrar de retornar para casa em horários convenientes.

Ela acabou demorando mais do que o previsto para chegar até a biblioteca. Já que Yota tinha reunido uma quantidade decente de livros e pergaminhos para que pudessem estudar, o que poderia ser impressionante para alguém que não o conhecesse, justamente por Yota nada se parece com alguém que gostava de estudar. Ela o achava inteligente, mas naturalmente nunca diria uma coisa dessas em voz alta. Mayu se aproximou de onde Yota estava, se sentando em proximidade ao amigo e alcançando um dos pergaminhos em óbvia curiosidade, achava que deveriam começar estudando a geografia dos países, para acabar com qualquer dúvida e incerteza que tinham e foi exatamente isso que ela indicou para Yota após deixar o pergaminho que tinha pego de lado.

Mayu passou por algumas informações antes de achar a que parecia ser a desejada, colocando o pergaminho no meio dela e de Yota, na mesa. A configuração dos países era interessante e parte dos pensamentos dela estavam errados sobre como eles estavam configurados, apesar dela possui a certeza de que o País do Vento realmente estava no sudoeste. Havia a surpreendido que o País do Fogo estivesse no centro e o País da Água no leste. Mas de todo modo era uma configuração bastante interessante de se observar. – Qual motivo desses nomes? – Ela questionou em voz baixa, apontando para o nome dos países.

Ao que parecia havia algumas outras informações que eles ainda não tinham lido naquele pergaminho, que respondia ao questionamento que ela havia feito e que explicava que os países tinham tais nomes de acordo com chakra de cada região. O que, por si só, era bastante interessante. De pensar em como o clima poderia ter influência em tais coisas.

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Mayu resistiu a vontade de acertar Yota na cabeça, ela sabia que certas coisas não eram socialmente aceitas numa biblioteca, então ela só revirou os olhos, mas sentia um pouco de vontade de rir. Mayu não gostava de negar as coisas que sentia, mas que fossem idiotas. E geralmente o que ela mais sentia com Yota era indignação e vontade de rir. De todo modo ela achava um avanço que ele estivesse se comportando. Ela acabou concordando com ele, toda a informação que poderiam obter sobre o País do Vento poderia ser útil de algum modo. Mayu aproximou-se do amigo, observando com atenção as páginas que ele folheava, resolvendo ignorar o questionamento feito em tom de brincadeira e prestando atenção no texto. Por ter crescido em Suna ela sabia da existência de oasis, mas não sabia como eles eram formados e nem o motivo tecnico de não ter tanta chuva por ali, a região era obviamente desértica.

Ela apontou para alguns pontos do texto que pareciam óbvios, como a presença de areia, escassez de vegetação e outras coisas, mas que continham informações que ela não sabia e que eram bastante interessantes. – Não sabia que desertos poderiam ser formados por causa dos ventos. – Mayu comentou, indicando a informação no texto para que Yota também lesse. A vida sem água era difícil, mas não significa que não era possível, por isso havia uma quantidade de animais pequenos e répteis que vivam nos desertos.

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O livro que Yota pegou era mais do interesse dela, por morar em Suna desde pequena ela entendia algumas coisas, mas ainda assim a perspectiva de compreender a história de uma forma melhor lhe era atrativa. Os dois leram em silêncio por um tempo e Mayu só conseguia pensar em como as coisas davam errado com bastante facilidade. A história era complexa e cheia de acontecimentos que pareciam bastante ruim e foram de fato. E ela quase suspirou de alívio quando aquela parte do texto teve fim, elevando a mão até a própria testa, desfazendo os vincos de incômodo que haviam se formado entre suas sobrancelhas.

Quando Yota mudou a página, mostrando mais sobre o clima e as defesas naturais do ambiente, ela sentiu como se precisasse limpar o suor em suas mãos. Estava acostumada com o calor abrasador de Suna. Mayu acenou com a cabeça de forma afirmativa para Yota. Pensando que talvez batalhas em Suna pudessem ter oferecido desvantagens a forasteiros, havia uma quantidade de cobras peçonhentas, areia e um calor horrível, sem grandes volumes de água por perto. Além do frio que caia sempre que anoitecia. – Os ninjas são muito aptos a superarem esses problemas climáticos, aparentemente. – Ela comentou. E logo voltou a ler junto a Yota.

Ela perdeu a noção do tempo à medida que estudavam cada vez mais, só percebendo que era tarde quanto Yota passou a reclamar. Ela estava habituada as reclamações dele e não lhe deu atenção, passando a guardar todo o material que haviam estudado, antes de finalmente saírem da biblioteca e seguirem seus caminhos separadamente.

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