O VIRAR DA AMPULHETANaquela noite, Hyuuga Seigen treinou com tamanho afinco que acabou adormecendo no chão frio do Dojo Hyuuga. Mal sabia ele o desfecho daquela noite jamais sairia da memória.
“O vento soprava furiosamente, roubando todo som da batalha de seus ouvidos. Os céus explodiam em fogo vermelho sangue, enrolando-se em nuvens do epicentro. Seigen pairava no meio do caos, sua voz ecoando pelos céus. Parecia que o céu estava sangrando pela presença do Hyuuga enlouquecido. Ele ergueu suas mãos e puro poder Elemental se reunia em suas palmas. Uma tempestade de vento vermelho-sangue emanava de seus dedos e caíam sobre a vila desprotegida. A ventania rubra engoliu um bloco de construções como uma fera faminta, rasgando civis e ninjas com poder incontestável. Homens gritavam, trovões rugíam. Para os cidadãos de Suna o mundo estava acabando.”
Mergulhado em um sono profundo, o garoto debatia-se em meio a imagens perturbadoras e assustadoramente reais, até que uma misteriosa voz rasga o ar e provoca-lhe o despertar.
- É um sonho bastante real, não é?
Seigen acordou de súbito, seus olhos se abrindo em uma expressão assustada. Ele saltou para frente antes que acordasse completamente, mas suas pernas o traíram. Ficou no chão por um momento, coletando sua consciência ao máximo.
“O que foi isso?!” pensou ele, refletindo sobre o pesadelo que tivera e uma estranha sensação correndo por todo o seu corpo.
Havia um senso de perigo em seu peito, um que ele não podia calar facilmente. Ele sentia-se queimar por dentro, uma febre tomando o seu corpo e provocando-lhe uma fraqueza incapacitante. Seigen podia sentir uma queimação ainda mais forte centralizada em suas costas..
- Não fique alarmado. Nada daquilo aconteceu... ainda.
O chuunin se virou para ver um pequeno homem vestindo roupas cruas, mas gastas. Ele não tinha a aparência de um shinobi, nem mesmo a de um civil de suna, mas Seigen não podia negar o ar perigoso que o cercava.
- Quem é você?! - ele exigiu
O pequeno homem ergueu uma sobrancelha.
- A hospitalidade dos hyuugas nunca falha em me impressionar. - sussurrou. - Sou Happosai, provavelmente ainda sou um “querido” inimigo do seu pomposo clã. Mas não se assuste, não estou aqui para ameaçá-lo.
Os olhos de Seigen arregalaram. “Inimigo? O que ele quer?” pensou.
Sentindo sua aversão, Happosai olhou para ele. - O que fazia treinando até essa hora, Seigen-kun? Eu podia jurar que cada um daqueles golpes procuravam não só ferir um oponente imaginário, mas também livrar a sua mente de alguns pensamentos.
Seigen zangou-se e encarou o velho. - O que quer dizer? - perguntou. - Fale o que quer!
Happosai respondeu com um único In. Algo dentro do chuunin pareceu responder a aquela emanação de chakra.
A estranha sensação percorria o corpo do Hyuuga. A misteriosa febre crescia de forma descomunal e era tão forte que Seigen sentia-se desencorajado até mesmo para se levantar. Transpirava frio e aos poucos o medo lhe invadia o íntimo, pois sabia que não estava em condições de lutar.
Happosai coçou seu queixo. - Se acalme. Mais calmo é melhor. - ele disse.
Seigen apenas o seguia com os olhos, enquanto Happosai andava de um lado para o outro.
- Eu venho lhe observando faz um bom tempo, Seigen, filho de Gennosuke. Sei exatamente o que lhe perturba. Seu pobre pai não faz idéia da arma que teve consigo por todos esses anos. Sempre lhe faltou o tempero da ambição. - disse sorrindo.
- Do que diabos está falando, velho? - Inquiriu.
- Isso mesmo - disse Happosai, assentindo - É você! Seigen-Kun. A maior arma do clã Hyuga! kukukuku... A verdade pode assustar, às vezes
Por mais que quisesse demonstrar surpresa, Seigen tinha uma vaga ideia sobre o que Happosai dizia. Em sua mente passavam flashes de escrituras misteriosas, códigos e mensagens que vislumbrou em sonhos. Ele se lembrou dos pesadelos que se tornaram recorrentes, acordando todos os dias intrigado e, extremamente assustado.
“Seus lindos sonhos" a voz de Happosai invadira sua mente.
Assustado, Seigen se fez respirar profundamente antes de responder.
- Saia da minha cabeça, maldito!. - disse ele alteando o tom da voz. - Não passam de pesadelos! - gritou.
- Criança tola! - exclamou repentinamente, apontando para Seigen - Se você deseja tanto a verdade, um caminho... uma força... não deve negá-la quando finalmente a encontrou.
Com um novo In, Happosai pareceu provocar a misteriosa energia que causava todo aquele mal no corpo do gennin.
“Só mais um pouco, resista minha criança.”
Sensações que nunca imaginou o percorreram. Ele sentiu como se repentinamente fosse jogado no oceano e que impiedosamente fosse atirado nas rochas. Ele ouviu um ruído distante e imaginou vagamente se poderia ser o grito da morte. Ele firmou os dentes contra a sensação e tentou manter-se acordado. Por mais incomodo que fosse o seu estado, Seigen podia sentir que o que tinha dentro de si lhe pertencia e era muito poderoso.
Exausto e prostrado de costas no chão, a fraqueza agoniante deu origem a dor. Sua respiração ficou rápida e soltava soluços, ecoando em seus ouvidos mais que o barulho do vento que invadia o dojo. Ele olhou para o lado e viu sangue no chão, sangue quente que jorrava de suas costas. O sangue se acumulava ao redor do seu corpo, e ele não podia ver o quão sério era o ferimento. Havia apenas dor. Ele girou a perna esquerda de um lado para outro e se esforçou para se colocar de pé.
Naquele momento Happosai se impressionou.
- Ora! É incrível que consiga ficar de pé mesmo após receber minha marca. - disse ele - Mas, e agora? - perguntou Happosai – Você vai saltar sobre mim e me matar com as mãos nuas? Parece uma tentativa tola. Sou chamado de Mestre da Dor por uma boa razão. Além disso, não sou seu inimigo.
Seigen cerrou os punhos, mas não disse nada. Orgulhoso, devotava todas as suas forças para ficar de pé e não cair diante daquele homem.
- O sonho que teve agora a pouco é uma imagem que colhi do futuro. O futuro é maleável e pode ser mudado pelas ações do homem, no entanto. - disse Happosai. - Mas é aquele poder que te aguarda, precioso rapaz.
Seigen tremulava e direcionava um olhar ameaçador ao homem.
- O que fez comigo, desgraçado? - perguntou. Sua voz baixa, quase sussurrando.
- Ah, isso? - disse com desdém - É apenas um Fuuinjutsu que iniciará o seu progresso. Eu o chamo de Tsuki no Juuin, e é apenas o “virar da ampulheta”. É um presente maravilhoso, um atalho. A primeira peça do seu quebra-cabeças.
Happosai sorriu e continuou a falar.
- A dor que está sentindo não é física, meu rapaz. É uma dor espiritual. Todo o seu chakra trabalha para receber uma semente vital. É algo natural de sua essência e é o que te faz ser quem você é, mas a frágil alma humana teima em rejeitar tal benção na inútil tentativa de te manter como um simples homem. É um processo doloroso, mas logo o lado mais fraco irá ceder e todo o seu chakra se transformará.
O pequeno homem se projetou com um terrível brilho nos olhos quando percebeu que o chuunin estava prestes a desabar. Happosai fez um curto gesto com a mão direita e Seigen imediatamente flutuou no ar como uma pena. Com um segundo gesto, o ar ao redor do garoto tremulou em uma onda turva que aos poucos se modelou até tomar a forma de um espelho de gelo. Misteriosamente, o kimono de Seigen se rasgou de cima para baixo como se uma tesoura invisível tivesse recortado o pano lentamente. O espelho se posicionou as costas do garoto e Happosai lhe chamou a atenção para o mesmo.
- Observe! - disse ele apontando para o espelho.
Seigen virou o rosto para o lado e pôde ver pelo reflexo do objeto. Em suas costas havia um selamento negro cravado, marcas tão bem talhadas que pareciam naturais de nascença. Havia sangue em seu contorno, mas não havia corte.
- A marca chora lagrimas de sangue. - disse ele com um sádico sorriso no rosto.
Ao longe, passos sobre o piso de madeira puderam ser ouvidos. A aproximação de um terceiro parecia ser algo indesejado para Happosai. O misterioso homem pensou por um momento e o sorriso de seu rosto cessou. Balançou a cabeça, desapontado, e desfez o espelho de gelo com a mesma facilidade com que o criou. Com leveza Seigen regressou ao chão e lá permaneceu deitado.
- Agora eu tenho que ir, Seigen-kun. - disse o misterioso homem girando os olhos na direção da porta. - Permanecer aqui seria um tanto problemático.
A pequena figura se cobriu por uma aura imaculada que o circulou como uma redoma de vento.
Houve uma massiva explosão de dor e luz.
Um derradeiro In fora realizado.
- Ahhhhh!!!! - Seigen gritou.
Mesmo sendo uma dor espiritual, certamente Seigen nunca sentira nada próximo. Agora era como um calor borbulhante seguido de aço partindo sua carne, mas vinha do corpo todo, e não de uma parte dele. Eram os seus tenketsus exalando um chakra rubro e poderoso.
- A marca está completa. - disse o velho. - Em breve nos encontraremos.
A luz cessou e naquele ambiente só restara o corpo de Seigen caído no chão.
Happosai havia desaparecido. No chão a sua frente aterrissava um livro velho. Sua capa negra e marcada denunciava a idade secular. Um presente, talvez?
O jovem Hyuuga esticava a mão na direção do livro, tateando a capa, de olhos cerrados e respiração ofegante. Como último esforço, rolou seu corpo naquela direção e cobriu o achado como se quisesse oculta-lo de um possível visitante. E foi então que finalmente cedeu e ali desmaiou.
DIAS DEPOIS...
O jovem Seigen andava calmamente pelos polidos corredores da sede Hyuuga em Suna. Era madrugada, e todos dormiam. O ar era frio e silencioso. Seigen protegeu a chama da vela com sua mão, para que não fosse descoberto. Logo à frente estava a biblioteca do clã. Os sonhos começaram não muito depois que foi marcado por Happosai. O manuscrito deixado em seu poder instigavam o medo e a curiosidade. Nas páginas envelhecidas, vozes sussurravam de poder e maldade, mas Seigen não conseguia entender os seus significados.
Seigen fez seu melhor para ignorar os sonhos, mas eles se tornaram cada vez mais insistentes. Talvez se ele simplesmente encontrasse uma resposta no meio dos livros, a curiosidade diminuiria e ele tivesse uma noite decente de sono.
Parando num canto, ele olhou em volta para ter certeza de que estava sozinho. Ele estava. Quem precisaria proteger manuscritos de seus próprios membros? Era uma lapso na segurança que Seigen tiraria vantagem. Nas pontas de seus pés descalços, ele rapidamente passou pela porta da biblioteca. Quando ele a abriu, seu coração parou. Lá, sentado À mesa, iluminado apenas por uma trêmula lâmpada, se sentava o Mestre Izu. Temendo um espancamento na manhã, ele imaginou uma desculpa.
Mas o velho homem o interrompeu.
-Venha, filho. O estive esperando - ele coaxou.
Foi então que Seigen notou o painel aberto, o velho manuscrito na mesa. Aquele mesmo deixado por Happosai, naquela noite que ficará marcada em sua pele.
- Agora você aprenderá sobre o que quer saber.- disse Izu.
“Como esse velho descobriu sobre o manuscrito?” pensou abismado, percebendo que o velho livro que havia sido deixado por Happosai, agora estava nas mãos do ancião Izu.
Izu dialogava em rouquidão, o peso da idade. Mas a fraca voz estava impregnada de sabedoria. E junto com as palavras de sabedoria, estava a pesada massa de preocupação. O velho temia pelo jovem Seigen e pelo caminho que ele estava prestes a seguir.
- Peguei o manuscrito no seu quarto.- Disse o velho. - Eu estive de olho em você. E sinto muito pelo que você passou antes de chegar até aqui.- O ancião franzia o cenho, temeroso.
“Então ele viu tudo? Foi por causa dele que Happosai recuou?” pensou intrigado.
- O que posso fazer por você é lhe dizer tudo o que eu sei sobre este caminho. Traduzir o manuscrito é impossível, mesmo para mim, mas não é necessário traduzir esta obra de vilania para que você entenda do que deve se afastar.- Izu dialogava sem pressa, seus olhos pareciam pairar na escuridão da biblioteca.
- Aqueles que praticam Oshoku servem a Happosai. Eles podem acreditar que detêm o poder do mundo sombrio sob suas próprias vontades, mas no final estão errados. Shinobis que praticam Oshoku são egoístas e ambiciosos. Eles não se preocupam com dever, honra, senhor ou família. Oshoku, é a arte das trevas primordial, é a essência do poder diabólico dos Onis. O poder corrupto. - Disse Izu em sua sabedoria.
- Ao usar o elemento da corrupção, eles buscam um caminho fácil ao poder. Para eles, o fim justifica os meios, e normalmente os seus próprios auto-engrandecimentos. ou acreditam que simplesmente pegam um atalho — eles não planejam seguir o caminho negro por muito tempo, só dessa vez — mas terminam como uma criatura de Happosai. - O velho aconselhava com propriedade, parecia que conhecia tudo aquilo de perto.
- O senhor conhece esse tal Happosai? – indagou Seigen. – O que ele quer comigo?-
- Felizmente não o conheço pessoalmente. Mas entendo muito sobre o mal que ele trouxe a este mundo. - respondeu o velho.
- Happosai é um demônio encarnado. Um castigo diabólico que viveu várias vidas. Sua origem está nas terras sombrias, um mundo paralelo ao nosso, um polo negativo, repleto de terror e escuridão. Aquele Oni vive maquinando por baixo dos panos, buscando uma forma de ligar o seu mundo ao nosso, pois o seu castigo foi permanecer preso na terra enquanto o seu mundo de origem permanece selado e longe de seu domínio. A muito, bem antes do mundo ninja ser o que é, havia um portal para as terras sombrias e assim também de lá para cá. Happosai trouxe muito terror com seu exercito, mas forças ancestrais conseguiram fechar a travessia e acabar com o seu poderío. Happosai, no entanto, ficou preso aqui, com seus poderes limitados, mas ainda assim terríveis. Viveu várias vidas como ninja, e achou no Ninshu uma saída para alcançar algo próximo do poder que costumava ter. É um mal ancestral de que estamos falando. - Izu palestrava com os punhos cerrados, não podia esconder o temor que aquela historia trazia em seu peito.
Izu tirou de seu kimono um pergaminho enrolado, podia-se sentir o cheiro de mofo de suas páginas. Entregou para Seigen com um certo ar de tristeza, ajudou o garoto a abri-lo e apontou para um capítulo em especial.
- Leia você mesmo. Aqui neste velho documento está todo o conhecimento que o Clã Hyuuga possui acerca de Oshoku e aquele velho Oni chamado Happosai. - disse ele enquanto entregara o documento para o Chuunin. Lentamente, Izu caminhava em direção à saida, repousando brevemente a mão nas costas de Seigen e balancando negativamente a cabeça. O velho podia sentir a marca ali deixada. O Tsuki no Juin ainda pulsava.
Apoiando-se em sua bengala, Izu partiu.
Seigen engoliu a seco e inclinou o corpo sobre a mesa para ver do que aquelas escrituras se tratavam. O capítulo que Izu apontou era grafado com uma tintura já manchada pelo tempo, exigindo um certo esforço para conseguir ler.
“Num mundo onde o dever a sua vila e família é prioridade, o Oshoku-nin se põe em primeiro. Essas pessoas querem algo — seja poder, fortuna, fama — e tomam o caminho fácil para isso. Seguidores desse caminho acreditam que são superiores à vontade dos céus. Aqueles que reclamam uma causa maior, como “endireitar o mundo pela guerra”, realmente só querem poder sobre os outros. Ironicamente, não importa quanto poder desejem, eles terminam servindo a Happosai.
Alguns shinobis se interessam em Oshoku por razões estudiosas. Eles buscam entender o mundo sombrio ou os Onis. Eles se convencem de que o fazem por um bem maior. Alguns tolamente acreditam que podem controlar o elemento da corrupção. Essas infelizes almas tendem a viverem pouco tempo após acessarem a sutil manipulação do Oshoku-jutsu, pois são lentamente controladas pelos próprios elementos que buscavam dominar. Outros são meramente curiosos. Poucos servem Happosai fielmente, trabalhando para cumprir seus fins. Esses indivíduos covardes esperam melhorar suas posições, crendo que Happosai os erguerá ao melhor que podem. Quase todo usuário de Oshoku acredita que estão no comando, quando na verdade, é Happosai quem está. Esses infelizes, por fim, são marionetes amarradas.
Muitos tentam esconder suas atividades. Alguns vivem em isolamento, longe de olhos espiões. Outros se escondem em plena vista, servido como espiões de Happosai. Eles parecem shinobis, cientistas, políticos ou aristocratas normais até onde os olhos podem ver. Numa sociedade onde todos vestem uma máscara todo o tempo, eles não podem manter a pretensão por muito tempo. Eventualmente, devido às suas aparências desfiguradas ou palavras mal colocadas, suas máscaras caem.
Nem todos os aliados de um monstro são sobrenaturais. Indivíduos fracos e covardes são atraídos ao Oshoku como moscas à chama de uma vela. Um Oshoku-nin que consiga sobreviver o bastante eventualmente atrai a atenção de outros como ele: errantes, ladrões e coisa parecida. Usuários realmente poderosos se sentam como aranhas no centro de uma teia de agentes e aliados. Aqueles que os confrontam devem estar cientes. Eles estão infiltrados por todo o mundo. Controlam grande parte das riquezas e poderes ocultos. Desgraçado será o dia em que eles se atreverem a sair das sombras. Uma nova guerra poderá surgir, talvez a mais terrível delas.”
Após ler o documento, Seigen permanecia paralisado com os olhos arregalados. O que viria a seguir? O que ele fará com aquele conhecimento. Seguirá ele para o caminho das sombras ou buscará um jeito de se afastar? O vento frio soprava e o arrepio subia pela espinha. Os olhos brancos da areia sabia que algo grande estaria por vir.
- OBJETIVOS:
- Total de 2994 palavras.
-(2000 palavras) Habilidade secundária: Juinjutsu (Tsuki no Juin, o Selo da Lua).
- (500 palavras) 100 pontos de Status
- Conhecimentos sobre demonologia, ocultismo e onis.