Agora só faltava um elemento para eu aprender. A água é um elemento precioso para médicos, além de me permitir fortalecê-la com o uso da água. Eu, se quisesse ser um ninja, não poderia ter apenas recursos de cura. Devo ter recursos defensivo, ofensivos, e estratégicos para me manter vivo enquanto curo outros.

  Voltei ao campo de treinamento: agora devo treiná-la. Acho que será bem mais fácil que o raio, por ser bem menos perigosa para sentir e entrar em contato. Voltei à cachoeira em que treinei meu Ninjutsu com o Suimen Hokō no Gyō, me despi e entrei no rio que se formava a baixo. Fiquei em regiões mais rasas, perto das pedras, para poder meditar em contato com a água. Lá a água estava muito gelada, por isso dei primeiro um mergulho para poder me acostumar à temperatura. Voltei às pedras rasas e me sentei. Meditei por longas horas sentindo a água, tentando entendê-la e fazer meu chakra fluir como ela. Sinceramente, não parecia uma tarefa muito difícil. Primeiro: meu controle de chakra já é muito acima da média. Segundo: a água e o vento, em minha opinião, são os elementos que mais se parecem com o Chakra fluindo. O vento por ser natural, de família. A água por que, assim como o chakra, ela simplesmente flui pelo corpo, se move se adequando.

  Depois disso me sentei debaixo da cachoeira, sentir a água calma não seria o suficiente, precisava entender seu potencial. Sentei-me e resisti à força da cachoeira. Entendi a potência da água, em sua fluidez e em seu poder agressivo.

  Fiz isso durante alguns dias, até realmente conseguir transformar meu chakra em água. Consegui, estando dentro d’água, fazer água cair de cima da minha cabeça como se estivesse tomando banho ou dentro de uma calma cachoeira. E nem tentei, isso aconteceu naturalmente, quando me acostumei tanto à energia da água que ela se tornou parte de mim. Finalmente aprendi a transformação de chakra em água. Mas ainda tenho um longo caminho pela frente em dominar esse elemento e dar a ele poder e utilidade real.