– Posso trazer quando eu voltar. – Respondeu logo antes de fechar a porta e correr ao campo de treinamento.

A mãe de Ikibii gradativamente aumentava o pedido de favores relacionados a plantas medicinais, o garoto mostrava-se cada vez mais aprofundado e conectado com seu conhecimento da natureza, o que ajudava a mãe com as habilidades medicinais que possuía. Não era incomum duas ou três vezes por semana Ikibii reservar parte dos seus treinos em busca de ervas medicinais e algumas com funções oposta, ricas em toxinas.

Correu para onde estava habituado e encontrou-se com o campo de treinamento vazio e distante, como esperava encontrar. Deixou o pouco que carregava encostado e acolhido na base de um tronco entre poucos que ornamentavam a cena. O dia seria dedicado ao aprimoramento do vigor físico e das capacidades energéticas de Ikibii, mais uma vez sozinho embora já cogitasse a formação de um time e começasse a se incomodar por não participar de um.

Primeiro honrou o compromisso usual de sempre aquecer e ir um pouco mais além com os músculos, reconhecendo o território enquanto corria, saltava e se apoiava em movimentos que propositalmente forçavam os músculos. Depois de vasculhar os cantos um tanto vastos de onde treinaria, resolveu quebrar a rotina e aventurar-se brevemente rochas gigantescas e formações montanhosas que o cercava. Mesmo com as coisas longe e um caderno de anotações muito importante para ser perdido, não houve receio em esquecer brevemente do tempo e das preocupações. A natureza, por mais escassa de detalhes e diversidade que fosse, agradava Ikibii de forma incomparável.

O garoto continuaria a saltar e se distanciar se não esbarasse em outra alma distraída com suas próprias observações, ambos em pouca velocidade.  

– Que merda você tá fazendo?! – O estranho gritou surpreso.  

Ikibii ignorou o grito do outro garoto e colocou-se rapidamente de pé, olhando em volta.

– Andando e treinando. E você? – Respondeu enquanto se afastava alguns passos do recém encontrado, sem saber se realmente poderia confiar nele.

–Não é da sua conta – e saiu correndo para onde estava indo.

Sem dar ao evento a atenção que deveria, voltou ao campo de treinamento apenas pelo apreço por suas ideias anotadas e a possibilidade de furto. Apesar de curioso a respeito do encontro, não houve espaço para outra coisa a ser focada que não fosse finalmente o treinamento pesado.

Sentiu a eficiência no treinamento de dias antes ao mover agilmente e precisamente as mãos ao fazê-las manipular a vegetação do lugar. Raízes saltaram e cresceram, correram pelas rochas, perfuraram e quebraram, agarraram e arrastaram até o chakra de Ikibii quase se esgotar. Enquanto divertia-se e se perdia energia com o Mokuton, também colocava os músculos para sugar a resistência do corpo a fim de deixá-la maior e mais rígida.  

Contrariando o costume, não esperou o fim da luz do dia para encerrar o treinamento e aproveitou o último resquício de disposição do corpo para procurar as plantas medicinais para sua mãe.  

Considerações:

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