[Capítulo - Solo] A face da morte

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[Capítulo - Solo] A face da morte - I
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Qui 6 Fev 2020 - 20:46

A noite deleitava um véu negro sobre os olhos humanos, incapazes de enxergar diante a escuridão. Quase que sob o breu, as únicas frestas que iluminavam os campos vinham dos pequenos pontos cintilantes na abóboda celeste. Apesar disso, era um dia nublado, cujos pequenos pontos acabam inconstantes diante a passagem das nuvens. O vento sussurrava seus perjúrios de guerra em ouvidos atentos e ainda que a calmaria parecesse presente, o caos se escondia sob o mesmo véu que era iluminado.

Olhos que já nem mais pareciam sentir o calor da luz bater em suas retinas, não mais pareciam depender das polaridades que seu sentido captava. Sentado sobre a grama úmida, onde o repouso parecia quase que sagrado. O silêncio irrompido pelas flamulas do vento que batiam nos mantos negros que desenhavam a silhueta da figura parada. Sua face jazia sob as sombras da noite, ainda que o capuz sobre sua cabeça ajudasse em parte do mistério. Apesar de não ser possível observar, seus olhos estavam fechados, tal como se meditasse sobre algo.

Uma mente deveras conturbada, apesar de não transparecer. Memórias de passados recentes e longínquos no tempo atravessavam sua mente como um riacho inundado. De longe, observava o fluxo sem se molhar nos devaneios que a tempos pareciam lhe agarrar com força. O silêncio era sua única companhia, mesmo que não parecesse, já que o total silencio era inexistente. A concentração capacitava sua percepção de modo atento e sem muito esforço. Sua mente vagava aos céus, assim como a luta se mantém iluminando a terra durante a noite. Sua percepção era clara e abrangente, quase como que onipresente naquele pequeno vilarejo. Talvez um fato temido, visto ser um homem capaz de desvendar pequenas mentiras que eram escondidas em corações vadios.

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Sex 7 Fev 2020 - 12:07

A transcendência que permitia seu espírito vagar aos céus trazia consigo uma espécie de paz interior. Não que soubesse realmente o que isso significava intensamente. Ainda que demonstrasse uma calmaria digna dos açudes que compunham a paisagem daquele país, em seu âmago, o ponto de partida sempre fora outro. O combustível que lhe queimava o peito mesmo que já não fosse o fetiche de teor psicótico de certos dias, mantinha uma parcela da neurose que podia ser encontrada ao aprofundar a mente. Como se as vozes dos mortos pudessem alcança-lo, ainda que ele tentasse fugir; e ainda assim, ele nem ao menos às evitava. Se dispunha a banhar-se na própria mente, sem remorsos, apesar de tudo.

A postura que apresentava já não exalava aquelas características e talvez, nem mesmo sua consciência chegava a aflora-la. Era algo que simplesmente não lhe cabia escolher e isso tinha em mente. Sempre soube que não podia se dar a abertura para que dispusesse de uma compostura diferente daquela, talvez, nem mesmo tivesse sequer cogitado uma. Apenas diferia seus pensamentos em opiniões que lhe levavam ao caminho mais próspero, baseado em seu humilde conhecimento. As guerras morais nunca haviam lhe afligido intensamente, já que, mesmo diante do maior dos dilemas, sempre lhe pareceu nítido a certo a se fazer. Não que tivesse mudado nesse ponto, mas, a complexidade das coisas havia se intensificado e isso era algo claro naquele redemoinho que contornava os limites de sua mente.

[...]

Ao tempo que o vento levava cada pensamento num vai-e-vem parecido com a maré, sentiu algo despertar sua atenção. O traçar de sua percepção estendia-se à longitude de grandes limites que, naquele instante, fora atravessado por uma figura desconhecida. Face desconhecida, assim como vestes que exalavam a aura hostil de sua presença. A face do peregrino meditativo se ergueu em direção ao horizonte, ainda que seus olhos cerrados não pudessem enxergar propriamente o cenário. Viu que o homem se movia, mas nem sequer se levantou do lugar. Manteve-se parado, inerte, a espreita. Quase que como um caçador que havia identificado uma presa que adentrara sua área de dominação.

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Sex 7 Fev 2020 - 17:06

Não demorou muito para que o homem estivesse em seu raio de ataque, cerca de cinquenta metros de distância. Ele se movia de modo esguio entre as arvores, dando a entender que ele provavelmente já havia percebido a presença do peregrino. Seu corpo era robusto e de força física aparentemente grande, apesar de seu peso fardar sua movimentação a uma velocidade um tanto quanto simplória. Não cessou os movimentos, ainda que estivesse próximo o suficiente para ser até mesmo ouvido. Provavelmente sequer tinha conhecimento sobre as habilidades do homem que repousava ali. Seu objetivo parecia ser infiltrar-se sem ser descoberto, afinal, não demonstrava quaisquer movimentação que equivalia a uma visão ofensiva da situação. Aquele que liderava o vilarejo demonstrava uma postura totalmente aberta e indiferente à sua presença, dando àquele homem brechas suficientes para que atacasse sem problema.

[...]

O homem escondido sob o manto decidiu deixar a esperança do inimigo ser sua maior falha. Observou-o atentamente, de modo à conseguir reagir até mesmo a uma alteração mínima de seu fluxo de chakra. Qualquer hostilidade acima da sentida poderia ser interpretada como uma armadilha. O infiltrado arqueou sua trajetória longe o suficiente para que L não pudesse vê-lo no local em que estava, pelo menos, não com sua visão comum. Não havia ninguém no posto de monitoramento e isso, talvez, havia sido o que motivara o homem a tentar uma espécie de investida fantasma. Moveu-se ao sul da posição do atual peregrino e então decidiu atacar. Entretanto, a simples decisão lhe entregou por inteiro. Um ataque sem preparo, onde uma única kunai fora lançada na direção da nuca do aparente homem meditando. Um movimento simples e baseado no reflexo do peregrino fora necessário para que a arma passasse sem atingi-lo. O corpo de L curvou-se alguns bons centímetros, enquanto sua cabeça abaixou-se, fazendo a arma soprar o capuz sobre sua cabeça. Naquele instante, o homem havia assinado sua sentença de morte.

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Sáb 8 Fev 2020 - 17:03

O movimento consequente aconteceu imediatamente, a canhota do peregrino correu para dentro do manto, sacando uma das lâminas gêmeas. O movimento fora quase que ínfimo e imperceptível, dada a posição que o rapaz se encontrava. Foi necessário que seu tronco girasse alguns graus a esquerda para que favorecesse o lançamento da arma, sem utilizar de toda a força que possuía. A lâmina munida de energia, cujas propriedades eram elétricas dado a natureza, viajou em direção ao homem atingido sua perna direita sem a intenção de feri-lo gravemente. O giro precedeu um movimento com as pernas, agilizando o toque de seus pés no chão, permitindo que levantasse. A natureza elemental presente na lâmina arremessada possuía caráter paralisante, apesar de não ser forte o suficiente para paralisar todos os músculos do corpo. Entretanto, isso já fazia com que o homem tivesse dificuldades para se mover e mesmo que tentasse fugir, não conseguiria ser ágil o suficiente para deixar o local. O peregrino caminhou em direção ao homem que se debatia em dor, tentando se erguer, a face de terror do rapaz já era perceptível à L, entretanto, não parecia ser suficiente. A aproximação trouxe em conjunto um clima tenso e pesado, uma intenção assassina quase que explosiva. O homem então ficou paralisado e em sua frente pode até mesmo enxergar a morte lhe abraçando. O peregrino, se agachou próximo ao homem imóvel e o atingiu no pescoço, com uma força quase que ínfima se comparada com a total. O golpe fora suficiente para o homem perder a consciência no mesmo instante.

[...]

O homem ainda vivo foi levado para uma das celas do Heisha. Uma espécie de quarto sem quaisquer móvel ou mesmo cama, apenas uma porta de aço maciço. O homem estava sentado numa cadeira de madeira quando acordou. Não estava amarrado, entretanto, a porta estava trancada. Pode ter certeza ao levantar, gritando para que o tirassem daquele lugar. L então apareceu a frente da pequena grade da porta, seus olhos cerrados e cabeça virada em direção ao solo fez o homem reconhecer sua postura, afastando-se em direção a cadeira. O líder abriu a porta e caminhou para dentro, fechando-a. Ao fazer o movimento de fecha-la, o homem viu uma pequena brecha e na tentativa de aproveita-la, correu em direção ao homem de longas mechas negras. Seu movimento fora inútil. O peregrino estendeu as mãos em direção ao ombro do homem, dando olhe uma palmada com força suficiente para desloca-lo, quebrando até mesmo algumas partes dos ossos. O golpe fora forte o suficiente para lança-lo pra trás, em prantos.

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Dom 9 Fev 2020 - 19:38

Sem a ideia de que o rapaz de longos cabelos tinha tal força física, o homem de corpo robusto havia tentado um ataque desesperado, o que por consequência, fez com que ele fosse contido de maneira bruta. Ele se ergueu do chão com dificuldade, levando a destra ao ombro deslocado de modo a tentar suavizar a dor. Sua face exalava ódio nítido, assim como sua simples presença. Entretanto, agora estava de frente para seu carrasco. Aquele que à pouco havia lhe dado a ultima chance de se redimir em colaboração. O peregrino agora falava, fazendo sua voz ecoar pela pequena solitária.

— Sente-se. — As mão do homem encapuzado apontaram levemente para a cadeira, esperando que sua ordem fosse recebida. Aquele que fazia a missão de infiltração o fitou por alguns instante, entretanto, a percepção do líder daquele vilarejo foi capaz de entender a mente inimiga, quebrando sua determinação através de um simples erguer de face. Sua intenção assassina exalou mais uma vez, tão poderosa quanto a gravidade que fez o homem estagnar por um instante. Ele se levantou devagar, com dificuldade de se mover e, por fim, sentou-se.

[...]

Os passos calmos do carrasco foram ainda mais tortuosos para o criminoso, apesar da aproximação ter acontecido em poucos desses passos. A luz finalmente refletiu um pouco da face de Lawliet, revelando-o com os olhos cerrados. A acentuação da energia do homem preso agora mudava para uma certa curiosidade, apesar de ainda não perder a grande raiva que sentia. L correu suas mãos em direção ao outro ombro do homem, tocando-o levemente. — Quem o enviou? — Perguntou, com uma voz suave. Apesar disso, era possível sentir o teor de ameaça nas palavras.

O preso ficou em silencio, por um instante, porém, L o fez gritar com um simples aperto dos músculos do seu trapézio. A intenção assassina mais uma vez exalou forte, enquanto ele aproximou sua face do rosto do homem e alertou. — Um pouco mais de força e posso estourar estes músculos lentamente. — O prisioneiro gritou, pedindo para que parasse. Lawliet o fez, mas não por causa do pedido. Ficou em silencio alguns instantes, esperando o homem se recuperar. — E-eu, não posso dizer, eles vão me matar. — O homem falava, murmurando quase que sem forças. Dessa vez, uma das laminas gêmeas voou em direção ao mesmo ombro quebrado anteriormente. — Se não disser, eu também vou. — Ameaçou, por fim.

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Seg 10 Fev 2020 - 8:21

Seus olhos então buscaram uma saída. Arregalados diante o breu quase total daquele cenário fúnebre. A pressão colocada sobre seus ombros jamais tinha sido tanta e, mesmo sabendo disso, ele no fundo ainda culpava o homem que se dizia ser seu chefe. L, do outro lado, podia sentir a energia do homem flutuar de modo diferente, nunca visto até então. A raiva que anteriormente sentia agora já não parecia ser direcionada a ele, era um sentimento generalizado que fazia toda energia de seu corpo se ondularem, quase como um mar na ressaca.

O prisioneiro ficou cabisbaixo, como se tivesse desistido de continuar lutando por um homem que sequer se dava ao trabalho de explica-lo o perigo que corria. Aquele homem a sua frente, não lhe parecia um homem qualquer. A frieza com que suas palavras saiam e aquela intenção assassina. Entretanto, o silêncio pairou o salão, mais uma vez. Ainda que o líder peregrino daquele país fosse paciente, nada lhe impedia de apressar aquele homem, apesar de não o fazer. Pelo menos, não naquele instante.

[..]

L se afastou alguns passos, retirando uma das lâminas gêmeas do ombro do homem, fazendo-o gemer. Uma forma para que o prisioneiro não caísse em sono, ou mesmo esquecesse de sua presença. Dessa vez, ele se agachou a frente do homem e percebendo sua fragilidade e flutuações um tanto quanto medíocres, abriu os olhos para vê-lo. O local estava escuro, quase que em total escuridão. Ele não pode ver o rosto do homem, mas, também não precisava. Os detalhes de suas características já haviam sido descobertos no momento de sua travessia.

Agachado, o líder arrastava o cobre de uma das laminas pelo chão, fazendo o barulho ressoar por todo local. Apesar da calma ser uma de suas maiores qualidades, já estava ficando impaciente em aceitar o silencio daquele homem. Não que estivesse realmente impaciente, mas, tinha coisas a resolver e não poderia dar àquele homem o luxo de escolher a hora e o momento em que se sentisse bem. Afinal, aquela era sua prisão. L então tentou convence-lo mais uma vez. — Os seres humanos são fascinantes. Será que, se eu abrir seu peito, verei seu coração palpitar? — Talvez um blefe, ou talvez não. Suas palavras fizeram o homem tremer e pedir por misericórdia. No fundo, Lawliet não tinha intenções algumas de fazer aquilo. Apesar disso, era algo que o fascinava; o modo como aquele homem se portava e mesmo as características que formavam sua personalidade e corpo, por inteiro.

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Seg 10 Fev 2020 - 19:03

O silêncio daquela noite contrastava a respiração ofegante do homem sentado naquela cadeira, bem ao centro de uma solitária nos confins do prédio principal daquela humilde nação. Sua visão era turva, apesar de não ser útil naquele cenário. A escuridão da solitária era ligeiramente penetrada pela luz do luar que percorria entre as frestas da única grade presente. Apesar disso, a iluminação era vaga e sequer dava a possibilidade de observar quem era seu algoz. Uma coisa sabia, era aquele homem de outrora, que sentado sobre o gramado, parecia inofensivo. As perguntas vinham em sua cabeça, porém, seu estado mental sequer lhe dava a possibilidade de raciocinar de maneira propriamente efetiva. Um estado de tontura começava a tomar conta de seus sentidos, consequência dos ossos quebrados e da dor que sentia. Sequer conseguia falar direito, entretanto, tinha de fazer o esforço. Seus lábios se moveram, na tentativa de expressar-se, porém, nada fora audível. Seu algoz se aproximou novamente, dessa vez, perguntou mais uma vez. — Ultima chance. Quem lhe enviou? — Sua voz era repleta de intenção assassina. O que acabava por atrapalhar ainda mais as tentativas do prisioneiro. Porém, sua intenção era nítida. Demonstrar àquele homem sua indiferença quanto mata-lo ou não. Dessa vez, o homem murmurou; tão baixo, que se L não possuísse um ouvido aguçado, sequer entenderia. — N-não... — Foram suas únicas palavras.

[...]

A determinação do homem era fascinante. Lawliet por um momento sentiu empatia pelo rapaz, apesar disso, sabia que ele estava nos limites de seu condicionamento físico e mental. Lembrou-se de uma conversa que teve com Anakin, onde o mesmo lhe ensinou algumas coisas sobre o corpo humano, alguns minutos antes daquele momento ali na solitária. Os tendões do corpo, órgãos, etc. Lembrava-se nitidamente de sua explanação. O Shodaime Otokage dessa vez pegou o tendão de seu calcanhar, chamado vulgarmente por tendão de Aquiles, quebrando-o num só movimento. O grito estridente do homem reverberou por todo o salão, até o lado de fora do próprio Heisha. Era possível ver as lagrimas caírem no chão. A misericórdia era seu único pedido, entretanto, não seria atendido se não colaborasse com aquele homem. Homem que a tempos não demonstrava aquela face. Algo que se assemelhava a alguém sem sentimentos ou empatia. Seus próprios homens não viam isso desde o primeiro dia que o conheceram e, ver novamente, trazia consigo um medo tão aterrorizante quanto o sentido por aquele homem sendo interrogado.

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Ter 11 Fev 2020 - 1:58

O som da voz do homem ecoou baixo, junto ao seu respirar enfermo. Dessa vez, não lhe restava mais nada a se fazer. Queria viver, mas, aquele homem a sua frente não parecia estar disposto à deixa-lo em paz. Quase que abafada pela própria respiração, teve como resposta algo inesperado até mesmo para o interrogador. — O-o s-senhor f-feudal... — Ele tinha dificuldades para falar, apesar de suas cordas vocais estarem intactas, provavelmente devido a dor que sentia em seu ombro e tendões. Lawliet então respirou fundo e questionou mais uma vez. — Que senhor? — Sua voz era fria, nitidamente tocante, tal como a espada do ceifador da morte. O homem novamente falou, ainda com grande dificuldade em se expressar. — Aquele...que...você visitou... — O homem não mentia e L sabia disso, tudo que sentia era um medo extremo vindo de seus oceanos de energia interna. A nostalgia bateu em sua mente, fazendo-o lembra-se do momento em que encontrou aquele homem. Impassível, até mesmo, de difícil compreensão. Naquele instante, L deixou-o. Sabia que ele precisaria se recuperar por um curto espaço de tempo, nem que fosse para poder falar novamente.

[...]

Do lado de fora, a movimentação continuava. Dessa vez, a frieza de L exalava de maneira interna, quase como que uma besta enjaulada. Suas ordens eram explicitas. Aquele homem, se tivesse certo, Oto seria apenas o primeiro passo. Não sabia se ele possuía informações ainda mais especificas, entretanto, era nítida sua intenção de obtê-las. — Aumentem as defesas de Takigakure, assim como mantenha todos os homens em monitoramento, aqui e lá. Enviarei um falcão para que me deixem a par da situação. — Lawliet executou selos de mão em uma velocidade devagar, afinal, não era um homem daquele estilo de luta. Sua mão bateu no solo e um pequeno falcão apareceu ali. Dois homens deixaram o local, com a intenção de guiar o animal, aproveitando para enviar a informação ao local designado. Por fim, chamou Anakin, que estava ao lado de fora da solitária. Pediu para que ele lhe explicasse mais alguns detalhes a cerca do corpo humano, tal como funcionamento e pontos vitais. Teria mais algumas perguntas a fazer e tal conhecimento seria util. Anakin então o fez, explicando detalhadamente todo conhecimento que havia adquirido ao longo dos anos. Seu conhecimento anatômico era vasto, tal como sua habilidade em didática. Lawliet manteve-se próximo ao mesmo, sentado ao seu lado no longo banco que se estendia pelos corredores. O homem parecia pensativo.

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Ter 11 Fev 2020 - 9:01

A conversa fora o suficiente para que um conhecimento aprofundado fosse adquirido, sem perda de tempo. A partir dali, era de sua responsabilidade colocar em prática o que havia entendido. Sua intenção era simples, voltar à solitária. Teria apenas uma ultima pergunta a fazer para aquele homem. Pergunta essa que diria o que aconteceria com seu destino. A situação não era das mais favoráveis e ele sabia disso, por isso, a mentira não era uma opção. Ainda mais, de frente para um homem que enxerga o próprio âmago da alma dos seres.

Foi quando ouviu a porta se abrir, rangendo como ossos velhos com o tempo. Haviam se passado poucas horas e, para ele, o prisioneiro, não era tempo suficiente para se recuperar. Dessa vez, L não tinha intenções explicitas de machuca-lo. Não havia o clima de tensão, muito menos aquela pressão atmosférica de outrora. Algo parecia diferente com o carcereiro. Ele se aproximou em passos que ecoavam uma melodia imperial, própria de um líder. De principio, não o tocou, nem mesmo, tentou coagi-lo. Sua face só ficou à alguns metros da do homem, na escuridão. Observou-o com atenção, enquanto este ainda respirava quase que como um morto vivo.

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Ter 11 Fev 2020 - 11:46

Ao passo que a escuridão começava a se consumida pelo raiar do sol, as palavras consumaram a ultima pergunta do carrasco. — Responda-me com sinceridade e estará livre. — Deu uma pequena pausa antes de finalmente perguntar. — Quantos homens foram contratados? — Questionou, deixando que o homem respondesse em seguida. O prisioneiro pigarreou, tossindo em seguida. Apesar da dificuldade em falar, ele parecia melhor que antes. — Não sei... Fui o único enviado para cá. — Respondeu. Ainda que a respostas não contivesse as informações esperadas. O peregrino respirou fundo, caminhando para o lado de fora da solitária, deixando a porta aberta. — Vá e não volte nunca mais. — Ordenou de modo imponente. O homem não conseguiria andar facilmente e, ainda que, conseguisse, não chegaria tão facilmente à base inimiga; porém, ainda teria a chance de sobreviver, um luxo que deveria comemorar dada as circunstancias. O robusto homem se ergueu com dificuldade. Ele mancava com a pena alvejada anteriormente e seu tronco se curvava levemente para frente. As mãos chacoalhavam como cordas frouxas, dado os ferimentos em ambas articulações. Por fim, só lhe sobrava sair daquele local, cabisbaixo e sem sucesso. Nem ao menos se deu ao trabalho de olhar a face do seu interrogador, já que, mesmo se quisesse, a preocupação maior se dava ao fato de seus ferimentos quase lhe levarem ao chão, como um homem próximo à um cadáver ambulante.

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Ter 11 Fev 2020 - 12:54

Deixado o local, em silencio fúnebre. O Shodaime Otokage após aquela noite, caminhou pelos corredores portando em mente a possível guerra que se iniciava. Os flancos começavam a se fechar e deveria agir imediatamente. Sua percepção acerca das alianças deveria ser impiedosamente defasada. Não havia tempo para que as coisas fossem resolvidas com diplomacias politicas, pelo menos, não naquele cenário. As possibilidades que cercavam o futuro começavam a mudar e diante a mudança a calma era uma virtude indispensável. Ainda que quisesse agir o mais rápido possível, era necessário pensar estrategicamente; abrir as gamas de opções e utilizar das vantagens ao seu favor.

[...]

Seus passos o levaram para o lado de fora do Heisa, onde o sol começava a nascer. Ainda que a paisagem não fosse vista com seus olhos normais, podia sentir o calor começar a aquecer sua pele. Aquele calor de verão. Calor esse que possivelmente presidiria os acontecimentos a se desenrolar. Não sabia quando, nem onde, mas a guerra estava se aproximando. Aquele homem de outrora era apenas um presságio. Grandes estrategistas eram capazes de desestabilizar seus oponentes, para então, conseguir o que querem. A Arte da Guerra. O primeiro e ultimo passo rumo ao inicio do fim do mundo.

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Ter 11 Fev 2020 - 13:49

Reprovado, o tempo de 2 horas para a postagem não foi respeitado.

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