[Solo] O despertar.

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[Solo] O despertar.
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Convidado

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Ainda que nele tenha encontrado a paz, meu exílio por entre as paredes cinzentas amargurava meu coração, e eu sabia disto em meu intimo. Entre as noites mal dormidas, onde lutava contra meus pesadelos, e o canto vespertino dos corvos, quando lutava para levantar-me para viver outro dia, não havia nada além do som da Chuva, a meia luz da lamparina e meus próprios demônios. Assim foi por um longo tempo, até o dia em que recebi uma visita inesperada... Trajado em um capuz negro, e denominando-se a própria morte, permiti que ele adentra-se em meu castelo, todavia, tão repentino foi seu aparecer quanto breve foi sua estadia. Incapaz de questiona-lo, o homem desapareceu diante de meus olhos deixando para trás apenas o eco de suas palavras: "O futuro destas fronteiras está no país ao lado".

Havia me convencido que não havia um lugar para mim no mundo Shinobi, de que era uma relíquia do passado e que deveria ter morrido junto de meus companheiros de batalha. Mas de algum modo, em meu intimo, ver a face daquele homem reacendeu uma fagulha de uma chama que a muito tempo dormia dentro de mim. Seu olhar e semelhanças com Koga me pareciam como um presságio, um chamado do destino que parecia novamente abrir as portas do futuro para uma enferrujada engrenagem do passado. Certo de que não encontraria respostas em meu isolamento, decidi caminhar e ver o quanto o mundo havia mudado em minha ausência, através de meus próprios olhos escarlates.

HP: (725 • 725) CH: (1900 • 1900)
ST: (0 • 6) VEL: (1m/s • 26m/s) Tinta: 1200ml/1200ml

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Ketsuryūgan:

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Qui 6 Fev - 7:08

O futuro era diferente do que podia esperar. Caminhei sob a chuva trajado em meu manto negro e chapéu, enquanto percorria toda a cidade ao meu redor com pés e olhos. Sentia algum prazer em caminhar daquela forma, como uma sombra, sem preocupar-me em ocultar-me ou ser reconhecido. Havia algum conforto no anonimato total, em ser um completo estranho. Não demorou, e de imediato pude identificar alguns estabelecimentos conhecidos, ainda que os comércios em sua grande maioria tivessem fechado. Aparentemente o céu cinzento ainda chorava os tempos de guerra, e o ar úmido carregavam consigo o cheiro da fumaça industrial, que apesar de nostálgico, não camuflavam a realidade que via com os olhos. Amegakure havia mudado.

O número de pessoas nas ruas era indubitavelmente menor, e as poucas faces visíveis aos olhos eram pálidas, cabisbaixas e magras, assim como a de vítimas da guerra de anos atrás. Apesar de possuir hábitos pitorescos, o povo de Amegakure sempre pode ser considerado do que chamamos de um povo hospedeiro e caloroso, e apesar da desconfiança, algo natural, dado seu passado sombrio. Agora mais uma vez, o sol parecia haver desaparecido em meio as nuvens cinza e submergido a metrópole em tempos difíceis, tempos de luta. Seu povo parecia assustado e temeroso ante a algo, ou alguém. Por algumas horas, me concentrei apenas em observar, e ouvir tudo o que podia ao meu redor, e entender como a cidade caiu em declínio, mas uma vez. Infelizmente temo que a este ponto não apenas Amegakure esteja assim, mas o mundo todo, assim como eu.

HP: (725 • 725) CH: (1900 • 1900)
ST: (0 • 6) VEL: (1m/s • 26m/s) Tinta: 1200ml/1200ml

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Qui 6 Fev - 11:44

Meus olhos me apresentaram a decadência na qual Amegakure estava inserida, mas foi apenas forçando-me a interagir por meio de palavras com o povo, que tomei conhecimento acerca das mudanças políticas do vilarejo,a situação provinciana, e de fato entender o que se passava com aquele povo. Com alguma dificuldade após tanto tempo de reclusão, confesso, caminhei e questionei em alguns estabelecimentos comerciais, bares e afins, trocando palavras com qualquer um que estivesse disposto a faze-lo, e no final de minha conversa, sempre presenteava aqueles que me cediam seu tempo com uma moeda de prata, que certamente seria útil em tempos difíceis, como um gesto de boa fé e gratidão.

Em suma as histórias que ouvi eram sempre as mesmas, contadas com as mesmas palavras e alicerce, de forma pragmática, automática e robótica, fazendo com que os boatos ganhassem corpo e alguma credibilidade, ainda que minha descrença e muitos anos de experiência me forçassem a fazer o tipo de pessoa incrédula, optei por não usar de meus poderes oculares para confirmar as versões apresentadas, do contrário, optei apenas por acreditar na verdade transmitida nos relatos. Em suas formas de contar, era fácil perceber que as pessoas ainda pareciam catatônicas com os ocorridos recentes, aquém de sua nova realidade e esperançosas acerca de um futuro melhor apesar das atuais dificuldades. Aparentemente, o vilarejo vivia uma nova crise após uma invasão Shinobi, que levou a posse de um novo líder e a instauração de um novo regime. Estranhamente, por coincidência ou não, tudo iniciou-se poucos dias depois da visita de meu misterioso hospede. O novo líder era publicamente vinculado a uma vila oculta que fazia fronteira com Amegakure, Iwagakure no Sato.

HP: (725 • 725) CH: (1900 • 1900)
ST: (0 • 6) VEL: (1m/s • 26m/s) Tinta: 1200ml/1200ml

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Sex 7 Fev - 20:16

Não possuía nenhuma informação explícita de Iwagakure além do discurso político, e sempre que questionava acerca dela as pessoas imediatamente se mostravam incomodadas em responder, aparentemente medo de algum tipo de repressão. Achei estranho, afinal não via guardas em lugar algum. Com alguma insistência, fui capaz de obter algumas informações de fontes antigas, e assim pude tomar conhecimento de boatos sobre a aldeia ao lado. Ao que tudo indicava, ou até onde meus ouvidos puderam entender, Iwagakure havia acendido um novo líder ao cargo de Kage, um homem que agora a comandava com o punho de ferro de um tirano. Seu poderio militar parecia se expandir junto de seu poder, e Amegakure agora fazia parte de seu território.

Nfufufufufu - Sorria em meu intimo. O mundo não havia deixado de ser interessante durante meu período de exílio, e agradeço por isso. O homem que havia me procurado certamente possuía uma relação com o novo Regime, mas ainda para mim suas reais intenções pareciam uma incógnita. De certa forma, os eventos também tinham meu interesse. Sem Koga haveria de encontrar meu próprio rumo, e por certo o destino parecia abrir portas para caminhos obscuros novamente, ainda que de forma convidativa. Não importava onde, ou quando, o ciclo parecia eterno, ainda que os peões mudassem com o decorrer das décadas.

Koga... Jyuu.... - Meus pensamentos e reflexões acerca das atuais possibilidades, imediatamente me faziam retornar à aquele dia, quando reneguei a folha e a vi a vida de meus amigos esvairem-se em frente a meus olhos. Não era o mesmo homem daquele dia, hoje sou um homem cansado e vencido, mas de alguma forma, meus olhos vermelhos sangue pareciam borbulhar magma ante a possibilidade de algo maior. Vingança.

HP: (725 • 725) CH: (1900 • 1900)
ST: (0 • 6) VEL: (1m/s • 26m/s) Tinta: 1200ml/1200ml

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Sáb 8 Fev - 1:50

Mas antes de tomar uma decisão, possuía assuntos pendentes a resolver com velhos fantasmas do passado, que certamente deveriam ser avisados antes de qualquer ação... Então caminhei para aquele lugar. Afastado do centro, nos ermos da aldeia as duas rochas pontiagudas se erguiam uma ao lado da outra, com palavras nelas transcritas. Á esquerda "Jyuu" e a direita "Koga", esculpido no mármore envelhecido pela chuva. O cheiro da terra molhada pela garoa era o mesmo cheiro que pairava o ar no dia em que cavei ambas as covas. Achei necessário faze-lo, ainda que não houvessem corpos a serem enterrados, acreditava que aquelas almas mereciam paz, e que ao menos ali poderia visita-los, de alguma forma.

- A quanto tempo... - O cinza das lápides estava coberto de musgos verde limão, então as limpei, para ficarem como deveriam, como Konai faria em meu lugar. - Sinto ter ficado muito tempo sem aparecer, precisava espairecer. - Podia lembrar do olhar determinado de Koga e das canções do jovem bardo em meu ouvido, e automaticamente quando o fazia, o gosto forte de licor me subia a boca, enquanto as memórias de nosso encontro no velho bar vinham a minha mente. - Deste vez eu conseguirei... - Franzi a sobrancelha e então coloquei a mão sob o peito. - Eu juro... -

Era hora de partir, e de finalmente voltar a me mover com as sombras. Passado e futuro se misturavam no presente, e eu voltava a ser uma das principais peças no tabuleiro do destino. Seja quem fosse a me procurar, pela minha cabeça ou auxílio, iria brandir minha espada em prol de meu objetivo inicial, e honrar meus falecidos irmãos de guerra.

HP: (725 • 725) CH: (1900 • 1900)
ST: (0 • 6) VEL: (1m/s • 26m/s) Tinta: 1200ml/1200ml

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Convidado

Sáb 8 Fev - 3:56

Reprovado por assuntos que foram tratados diretamente com o player no Discord.

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