Um tempo para se reencontrar...A luz brilhava sempre que o elo entre a morte se encontrava com a vida. Indicava aquela alma seu verdadeiro destino, seja esse ir com a morte, ou alcançar a luz. Mas para um Wiccano que mantinha uma vontade gigantesca de salvar o mundo, a luz brilhava ainda mais forte, de forma que alcança-la, ficasse ainda mais fácil. Uma missão que decidiu por inteiro o futuro de Kumogakure, onde apenas dois fortes e corajosos shinobis conseguiram a completar, sendo um deles, Wicca Izanami, foi a deixa para uma série de questionamentos. Quando a missão acabara, um infarto acontecia na jovem Wiccana, o que causava um grande susto em seu companheiro.
Amargo sem hesitar a levou para o hospital da Vila, junto com o corpo dos inimigos daquela missão. No hospital, Izanami fora diagnosticada com a saúda estável, mas ainda desacordada. Esse período fora um período onde ela descansou sua mente em um lugar superior a qualquer coisa que um ser humano imaginasse. Seu dever de proteger a natureza, trazia para ela um elo incrível com a sua alma, e um universo nunca visto antes. Paz, cores vivas e alegres tomavam conta dali, e uma imagem surgia na frente de Izanami.
Essa visão se repetia na cabeça da jovem todos os dias que se manteve desacordada. Até que um dia, conseguiu mudar o rumo daquela cena chata e repetitiva, onde se aproximava ainda mais, e quando tocava Izanami, todo o cenário pacífico e vivo se tornava escuro e medonho, com árvores e plantas mortas. Foi nesse dia, que Izanami acordava. A pele estava pálida, seus olhos fundos e estava mais magra que o habitual. Era o estado perfeito de alguém que estava desnutrido. Ela não esperaria um segundo sequer, e ao avistar sua armadura ao lado da cama, partia para vestir.
Aquela visão significava algo, ainda mais nas crenças que Izanami possuía. Uma visão deturpada passava em sua cabeça, e certamente não ia perder a chance de descobrir ou ver algo maior e mais poderoso que qualquer coisa já vista. Sua relação com os deuses era alta, e sua crença a motivava em suas ações. Izanami partia para o oeste de Kumogakure, onde tinha um grande corredor de montanhas, que levava para um caminho alternativo da floresta que ligava o Vilarejo da Nuvem a outros Vilarejos. O caminho ficava cada vez mais escuro, e isso não incomodava a jovem, que emanava luz.
Até que avistava a mesma figura de suas visões. Ao contemplar a mesma, Izanami se agachava. —
Esta presença que está em meus sonhos, qual o motivo de sua aparição? — A mesma revelava uma grande espada que emanava uma energia roxa. —
Guardiã da natureza? O seu real papel é muito maior que isso, Izanami. — A garota ficava parada, e logo a aparição novamente, sumia. Izanami não estava se reconhecendo, e seria necessário um novo processo para se redescobrir. Mas a única certeza, era que usar todos os poderes Wiccanos, sobrecarregou o emocional da jovem, não tirando dela a motivação heroica, mas sim a pureza que emanava de seus olhos.
O Verdadeiro "Eu"...Os ventos do inverno ressoavam sobre as montanhas de Kumogakure, trazendo com eles a grande melancolia, típica do Inverno. Mas, junto disso trazia um mistério, ou para alguns, uma "ajuda". As almas dos antepassados dos moradores de Kumogakure vagueavam pela noite, tentando entrar em contato com seus parentes vivos, e isso, claro, era um enorme desconforto para os descrentes. Entretanto, os responsáveis pelo plano dos mortos tentariam fazer com que algumas das almas, fossem na direção de uma jovem em especial, que teria ligação direta com divindades e poderes divinos. Porém, era uma estrada a se seguir, para chegar até o fundo do coração da jovem certa. Eram novos tempos. A vida shinobi, era como um processo de reciclagem. Os lixos surgiam, eram descartados, e reciclados. No dia seguinte, novos lixos aparecem e são reciclados, e esse ciclo é quase que eterno. A única chance de fazer isso parar, é não produzir mais nada. O mesmo se aplica aos shinobis. Quanto mais poderes, mais intenções egoístas irão surgir, e aqueles nobres, de coração puro e bondoso, irá surgir para eliminar a fruta podre. Eram tempos de mudanças. Izanami era aquele de coração nobre. Mas, aquilo não estava lhe ajudando em nada. Usar seu poder para quê? Naquele dia, decidiu sair. Ajeitou uma bolsa com roupas e comida, e partiu. —
Onde você vai Izanami? O que está fazendo com essa espada? Sabe que isso é totalmente contra nossas regras. — A garota segurava a maçaneta da porta, e quando estava prestes a fechar, parou. —
E quem você é para impedir um ninja? — Continuava saindo e fechava a porta. Todos ali na mesa se assustavam, e Mordred, sua irmã mais velha, impediu seus pais de fazer algo. —
Ela finalmente descobriu que pode ser livre. Deixe ela papai, mamãe. É melhor ela encontrar quem ela realmente é sozinha. — Então a garota partia. A viagem era sem rumo, mas ela queria um ambiente diferente daquelas montanhas e ar rarefeito. Procurava um local com grama, árvores e animais, algo fora do acostumado por ela.
Andava por algumas horas, quando a noite começava cair, se encontrava finalmente com uma floresta. Estranhamente, encontrava uma garota. Essa garota não perdeu tempo em mencionar a garota. — Ei, olá. Eu estou perdida, minhas habilidades estão fracas aqui. Eu estou com medo. — Claro que Izanami estranhava, mas decidia ir até ela. — Quais suas habilidades? Eu posso ajudar como? — Ela se abaixava. — Eu possuo uma técnica de rastreamento, vinda do meu clã. Mas eu não consegui rastrear nenhuma assinatura de chakra além da sua, e por isso o achei. Mas tinha alguém, estranho. Parecia um monstro, ou sei lá o que. — Assim que terminava a frase, eles ouviam um barulho a alguns metros a oeste da direção deles, e ao olhar, notavam a figura estranha, em frente a um cadáver.
Provavelmente estava usando alguma técnica de ocultação, que impedia até mesmo o sensorialismo da menina de visualizar seu chakra. O homem pegava o saco do corpo morto, E tirava uma espécie de ampola. Abria a mesma, e ingeria todo o líquido que continha dentro da mesma. Logo, algumas reações estranhas tomam conta de seu corpo, causando nela diversas manchas negras, e uma dor insuportável, que era notável pelo tanto que o homem se contorcia, sendo levado ao chão.
Izanami se atentava no rapaz. Ela agia de forma estranha. Parecia que ela não era só um, e que algo estava o destruindo por dentro. Aos poucos, ela ia se acalmando, e isso soava estranho para Izanami. Aos poucos, ela ia se aproximando, e logo, o homem ao chão levantava seu rosto, olhando para a garota. — Eliminar ! — Agia em um forte impulso, avançando em direção a garota. Ela rapidamente usa sua velocidade, para se esquivar do homem, que tinha seus olhos tomados por um tom preto. Podia observar bem que não era o homem anterior que tomava conta de si.
— Me diga criatura. O que é isso? — O homem apenas dizia uma palavra. - Eliminar, eliminar, eliminar, eliminar... - Novamente, binha em direção ao menino, e com um simples sacar de uma kunai da sua bolsa, deixava o ser se aproximar, e cortava sua cabeça, em um único movimento. Agonizado, o restante do corpo ia ao chão, e aqueles tomões que tinha pelo corpo se transformavam em um tom totalmente escuro, meio acinzentado, e logo, parava de se mover. Izanami achava aquilo tudo muito estranho, mas via certamente que aquela "maldição", que o homem estava tomado, era sinônimo de um enorme poder.
Tinha dois cadáveres na floresta, mas aquilo pouco importava. Seguia em velocidade considerável até o cadáver do homem que Izanami seguiu. O saco estranho, estava ao seu lado, com mais três ampolas. Uma delas continha um líquido escuro, em tons de vinho. As outra duas possuía um líquido branco, com alguns tons de verde. Era algo totalmente estranho. Mas, ao ver o homem tomar o líquido e ganhar um novo poder, a menina tentava o impedir. Sem muita demora, logo ingeria o líquido escuro, de uma só vez. — Eu não irei ceder... — Dizia o rapaz. Logo, três tomoes se criavam em seu ombro, juntos de uma constante dor. Seus olhos iam ficando negros, assim como sua pele. A dor era imensa, mas o rapaz apenas se ajoelhava, tentando resistir a dor que sentia. Em alguns segundos, seu corpo ficava totalmente acinzentado, assim como a criatura que te atacava anteriormente. Sentia o poder tomando conta de si, ao mesmo tempo que seu corpo queima em dor. Quando se dava conta, duas asas estavam postas em suas costas, na altura da coluna.
De fato, conseguia compreender o descontrole do homem que o atacava anteriormente. Todo o poder que ela sentia ter recebido, era descontado em uma imensa dor. Mas, Izanami era orgulhosa o suficiente para não demonstrar a dor que sentia. Então, ela seguia andando, procurando por sua presa. A alguns metros dali, encontrava dois homens. Simples civis, nada mais que isso. Ambos eram mortos por um único movimento de mão da jovem Wicca, que perfurava o peito dos dois. A sede de sangue era drasticamente aumentada pelo auxílio da maldição que acabara de ganhar. E parecia que quando mais saciava, mais a dor sumia.
A garota voltava a aparecer novamente, ou pelo menos Izuku se dava conta de que ela estava ali. — Você está bem? O que aconteceu ali? Você ficou igualzinho aquele cara que você... Matou... — Izanami erguia sua cabeça, e segurava a menina pelo pescoço. — E QUEM DISSE QUE ISSO É UM PROBLEMA SEU? — Começava a enforcar a menina aos poucos, e ela começava a perder seu ar. A um passo de tirar sua vida, ela a solta. Parecia que o tempo parava em sua mente. Duas vozes conversando, juntamente de Izanami . — Finalmente encontramos você filha. Aqueles caretas, onde eu estive com a cabeça. Esse momento, em que você busca liberdade, era o momento em que você encontraria a resposta. Deixamos você com a família Wicca, para que você ficasse oculta, e não morresse. Guardamos todo o ódio, e matamos aqueles que nos perseguiam. Isso que você tem agora, é uma amostra, da sua verdadeira linhagem, e é por isso que quase matou aquela menina. Siga ela, ela vai te trazer até nós. — A menina recuperava o ar, e Izanami pedia desculpas, e a levava em suas costas. Ela o direcionava até o Vilarejo, agora que seus poderes tinham sido recuperados. Provavelmente aquele estranho de antes bloqueava jutsus sensoriais de funcionar. A menina não dizia uma palavra. Logo, chegavam ao local. Sem hesitar, ela o levava até aquelas vozes na sua cabeça. Era uma cabana, feita de aço puro, como todas as outras da Vila. — Rikuo, você chegou até nós. — Ao entrar, sentia uma dor absurda em seu ombro, e se ajoelhava. O homem que recebeu Izanami vai até ele, e toca onde sentia a dor. — Conseguimos te encontrar a tempo. Você foi criado aqui, e seu nome real, é Izanami . Mandamos você para Kumo, pois sofremos um ataque, e quase fomos extintos. Não queríamos que nosso único filho fosse morto. Seu pai desenvolveu um fuinjutsu, para bloquear sua habilidade de despertar, pois você não conseguiria se controlar, e claramente ia acabar morrendo. Nosso clã consegue despertar um poder, que nos concede um aumento físico, além de permitir que mudemos a forma de nossos corpos, criando armas ou o que quisermos. — Ao terminar a frase, a família de Izanami, Wicca, surgia. — Eu tinha certeza que ela estaria aqui. — Dizia o pai adotivo de Izanami. Ele começava atacar verbalmente os Sinclair, desferindo uma sequência de ofensas preconceituosas, por conta das habilidades de transformação deles. Izuku, sentia um ódio que era quase descomunal. Notava que Mordred estava chorando. — Izanami, eles vão matar você, nossos pais, corra. — Ao ouvir aquilo, todo seu corpo ficava escuro, em um tom marrom, e ele avançava sem dó, mirando um soco na sua mãe. Acertava, e fazia com que ela voasse em um impulso, metros a frente. Aproveitando do movimento, pulava, e socava a cabeça de seu pai, na direção do chão. Mordred estava tremendo, e mal conseguia raciocinar. — Foi injusto com você, eu sei. Eu nunca concordei, mas eles não deixavam eu falar, e não nós íamos morrer, e eu jamais iria querer isso pra você Izanami. Não somos irmãs de sangue, mas você sempre será minha caçula. — Izanami não estava mais controlando seu corpo. Uma alma em formato de gato forma em cima de sua cabeça, e a mesma avança contra sua irmã. Até que seus pais começam a pronunciar algumas palavras. — Denique abstulit dominum reverti iussit. Nunc, obsignatorum! — Assim, a alma ia para dentro de Izanami, que desmaiava, caindo no chão. Assim, seus pais adotivos a levavam de volta para Kumogakure, para sua recuperação, e para se adaptar aos novos poderes.