Wings of Freedom- 自由の翼 -

HP: 375/375 - CH: 375/375 - ST: 05/05

Há dias que o jovem gennin de Kumogakure treinava com sua recém-comprada Tōken (刀剣), uma arma longa, na qual encantara o rapazote no momento que adentrou pelas portas da loja de armas da aldeia. Com um cabo não tão longo, mas com uma haste separando o punhal da lâmina, a espada lhe trazia um sentimento diferente, toda vez que o mesmo a encarava: sua beleza era imensurável. Takashi praticava seus movimentos com a arma todos os dias, por mais que em alguns ele não treinasse muito. Todavia, sabia que nunca avançaria apenas lançando a espada contra o ar, em movimentos completamente desengonçados e desordenados. O tronco de madeira no qual sempre cortava, já era quase inexistente e última espadada frontal de Takashi o destruíra por completo, obrigando-o a se deslocar de local, tendo que sair do quintal de seu orfanato para os campos de treinamento.

Seu objetivo como ninja, era de se tornar mais forte, assim como Hakumaru, seu antigo mentor, foi antes de sua morte. Para isso, encontrou um meio e um obstáculo. O meio era o mais óbvio, a arte da espada. Porém, o obstáculo encontrava-se no desenvolvimento desse caminho: sem um mestre não tinha como progredir. Pela primeira vez na vida, Takashi tinha uma vontade, um caminho a seguir e isso o animava. Queria ser como Hakumaru e as lendas de Kumogakure, como Killer Bee, Darui, ou até a própria Raikage. Para sua sorte, ou desgraça, boatos de que um antigo membro do alto escalão de Kumogakure havia voltado, começaram a rodear pela vila. A príncipio, o jovem Shimura não sabia de tais boatos, mas fora andando pelas ruas da aldeia, com sua Tōken embainhada em sua lateral esquerda, andando em direção aos campos de treinamento que ouviu dizer sobre Tatsu.

— Um grande espadachim... — Pensava ao ouvir os falares dos habitantes da vila.

Ouvira também que o referente andarilho não era mais um shinobi. De que lhe valeria então? Treinar com um andarilho qualquer que não tem motivação nenhuma no que se refere ao mundo ninja? Takashi, de fato, não ligava muito. Muito pelo contrário, o rapazote, de certo modo, identificou-se com os dizeres sobre o homem e passou a julgar que seria uma ótima ideia conhecê-lo. Após procurar saber onde o viajante estaria, recolhendo algumas informações, Takashi iria de encontro com Tatsu, ao extremo sul da aldeia, em busca de habilidade, força e sabedoria.
Ao chegar no local, encontraria o viajante Tatsu meditando. Aproximando-se lentamente, falaria com o mesmo caso não desse uma palavra sequer ou não percebesse a presença do genin.

— Hajimoto Tatsu? — Chamaria pelo ex-shinobi.

Coisas:

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O homem enfim saía de seu estado extrafísico, levando sua atenção ao rapazote, que parado, esperando uma resposta provinda de Tatsu, se mantinha com a mão descansando sobre a bainha de sua espada. Suas primeiras palavras despertam curiosidade no rapaz. Talvez, aquela personalidade extravagante, exótica de certo modo, do qual muito falavam por aí fosse realidade, e aquilo, de alguma maneira, dava calafrios ao jovem genin de Kumogakure. O Shimura, por conseguinte, passa a observá-lo atentamente, conforme o andarilho retira o gigantesco pergaminho às suas costas e o coloca ao chão, levantando-se logo em seguida.

— Um pergaminho? — Indagava-se — Será que ele é perito em fuinjutsu também? — Sua mente formulava questões, até determinado momento no tempo, em que seu transe é abruptamente interrompido pelo próprio viajante espadachim.

Um golpe horizontal seria desferido no garoto, que por puro reflexo, desembainharia sua espada para uma defesa rápida desengonçada. Um ataque surpresa era feito por Hajimoto Tatsu e aquilo, estranhamente, animou o rapaz. O ex-shinobi, claramente, o desafiava e seria aquela, a hora, de mostrar-lhe o que poderia ser capaz de fazer. Uma segunda katana era desembainhada pelo homem e um ataque vinha logo pela direita de Takashi. Em movimento rápido e instintivo, ele tenta defender com um chute na lâmina, rodopiando por cima da outra espada, caindo ao chão de pé, mas cambaleando. Tatsu viria logo em seguida com mais ataques e Takashi poderia apenas defender-se. Golpes horizontes, cortes verticais, chutes e pontapés eram o resumo daquela longa batalha. Obviamnete, o Shimura não era páreo para Hajimoto, que pegava leve. Todavia, Takashi dava seu máximo para aprimorar suas habilidades e desenvolver seu kenjutsu o máximo possível, aproveitando em cem por cento a oportunidade que a ele foi concedida. Uma dura batalha, para Takashi, enfim, terminaria. Durando cerca de três longas horas o rapazote cansado enfim desistia de se forçar mais, tendo em vista sua clara falta de fôlego.  

— É Takashi, Shimura Takashi — Diria seu nome ao fim da batalha.

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