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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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O intelecto daquele maestro do irreal o deixava patamares acima de muitos sujeitos que embarcaram na vida conflituosa do meio militar shinobi. No entanto, até um sujeito envolto em tantas lendas e digno de profecias tinha seus momentos mundanos e carnais, afinal, ninguém lhe chamava de Hércules da mitologia dos distantes arquipélagos do País das Ondas, ou então de Buda se for orientalizar ainda mais o mito; era humano como qualquer outro e necessitava de momentos na tranquilidade de seu lar. Seus olhos azuis lembravam a infinidade das tempestades escuras em alto mar enquanto miravam de forma fixa um exemplar de "A pseudo arte do não fazer nada". Seus cabelos negros tamborilavam o tecido de suas vestes conforme o vento lhe invadia o quarto e lhe fecundava as ideias. Descanso! Era isso o que a noite havia reservado; era o que ele havia reservado à si.

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Anonymous
Haseo
Jōnin
[Cena] No escuro de uma casa. FKaCpRU
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Meus dedos bailavam de acordo com o ritmo da música que se manifestava através do meu anélito; dedilhavam a flauta habilmente de tal forma que um ritmo constante e de difícil entendimento se alastrava pelo ar. Através do instrumento, entoava uma melodia triste e sombria, tons estes que carregava na maioria de meus próprios trabalhos. Não era exatamente alguém exageradamente dramático, tampouco tão depressivo quanto a minha flauta parecia me tornar, não. Na verdade, meus ouvidos simplesmente revelavam grande deleite quando captavam as vibrações malcontentes de uma balada provavelmente composta por um estrangeiro que habitava, sozinho, um mausoléu assombrado tão grande quanto sua dívida em bares. Conscientemente, eu era capaz de compreender, até certo ponto, meu pendor pelo peculiar gênero; eles são simplesmente mais profundos. Afinal de contas, o quão interessante é uma história musical de uma jovem adolescente que se encanta por seu príncipe charmoso, que porventura é também um valente guerreiro, e descreve seu sentimento de trocentas maneiras diferentes? Estes tipos envelhecem rápido. Por outro lado, o quão interessante é uma história, cantada numa voz desolada, a respeito de um homem que desejaria estar indo para um casamento com sua noiva, mas na verdade é forçado a ir ao seu funeral prematuro? O alcance de emoções é muito maior, assim como sua veracidade e sua originalidade.

Imergido em reflexões sob o deleitoso som alastrado por minha flauta, permitia agora que meus olhos apreciassem a noite e seu vagar que a adornava hoje. Da bonita sacada do segundo andar da pequena casa que alugava para o pernoite, encontrava a inspiração perfeita para que pudesse colocar meus pensamentos em ordem. Fora meus pés, agora descalços no chão, trajava minhas vestimentas de oficial do País das Ondas; embora pouco valessem aqui, gostava de me lembrar de onde vim sempre que me olhava no espelho ou inclinava minha cabeça para baixo. A efêmera sensação de saudade que me acometeu fez-me alternar a sonância que emitia com meu estimado instrumento, agora tocando algo que era clássico do País das Ondas; chamávamos esta canção de “chuvas de Castamere”. Como era de se esperar, possuía uma tecnicalidade extremamente avançada, duas ou três vezes mais quando a reproduzia com uma flauta, e carregava, em suas notas, um grande desalento que, nesta altura, já havia se tornado um íntimo amigo. Concentrado, cerrava meus olhos para que pudesse apenas ouvir cada momento deste belo cântico – eu seria o único capaz de tocá-la sozinho num raio de centenas de quilômetros, de qualquer forma.

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Descrições:

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Haseo
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Convidado
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Aquela canção era bela. A noite, o inverno, o vento e até mesmo a lua pareciam estar todos rendidos às notas que vagavam e perdiam-se na relatividade temporal do universo. A saca havia se tornado palco para que controlasse em notas a natureza que lhe cercava. Porém, nem tudo estava sob seu controle. Um som. Uma batida seca. Dor! Haseo caiu no chão deixando sua flauta escorregar de suas mãos, rolando sobre o assoalho.

-Acorda! Brandou o sujeito. A água estava gelada e lhe lavava o rosto por completo. -Está pronto pra brincar? O sujeito era alto e seus cabelos negros lambidos para trás destacavam seu rosto sugado e pálido. Os olhos dourados fitavam o garoto da profecia. A butterfly traçava ângulos entre seus dedos. O local era totalmente escuro mas Haseo não tardou a reconhece-lo como possivelmente a parte inferior da casa, pois, apesar de ser alugada ele podia ver o mesmo planejamento da planta do local ali. Estava firmemente acorrentado à uma cadeira de aço presa ao chão, apenas de cueca; sua cabeça doía e podia sentir o sangue melar o corredor que havia feito pela sua nuca. -Você vai entrar para minha coleção. O sorriso do sujeito sentado na cadeira a sua frente era diabólico e insano. -Dentro de oito minutos começa o jogo [...] tic-tac-tic-tac Ele apontou a lâmina para um relógio pendurado em uma viga de madeira a direita de ambos.

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Haseo
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Em um instante havia me deixado levar pelo som inebriante emitido pela flauta, mas, no outro, a noite parecia ter se estendido ao meu redor, me enredando em seu véu caliginoso enquanto minha vista apagava e o som rapidamente se esvaía. Provavelmente fiquei desacordado por mais tempo, mas senti que em questão de um fechar de olhos eu estava novamente desperto; a primeira coisa que se tornou evidente no meu acordar foi a lancinante dor que havia feito morada em minha cabeça. Latejava, e, sempre que o fazia, me sentia na beira do desmaio, com uma vista turva seguida por um forte enjoo.  Assim que havia assimilado a dor, buscava agora utilizar os poucos sentidos que me restavam para compreender a situação em que me encontrava. Lentamente perscrutei o ambiente com meus olhos cansados e pouco confiáveis. Enquanto o fiz, senti também o frio dominando meu corpo, apenas agora notando a ausência de minhas vestes e a água gelada que corria por toda a extensão de meu corpo. Trêmulo e atordoado resvalei meus olhos por toda a sala, buscando uma voz grave que se alardeava pelo pequeno cômodo em que me encontrava. Enquanto o fazia, lentamente movimentando minha cabeça para não provocar a dor, não pude deixar de sentir a familiaridade do local. Talvez não estivesse tão longe da casa pela qual havia pagado. Finalmente o vi, após algumas dolorosas movimentações com meus olhos: tez morena, cicatriz distinta no olho esquerdo. Esguio, de vestes negras e, mormente, não parecia nada além de uma pessoa bem vestida qualquer. Antes que pudesse continuar em meu entendimento, contudo, minha atenção foi chamada para um relógio de parede – agora me dando a certeza de que eu estava em minha casa – que, provavelmente, ditaria o horário de minha morte. Eu deveria, contudo, ser mais inteligente do que isso.

Deveria tentar o ato “confiante e superior” por primeiro, já que normalmente este me permitia traçar um perfil específico do meu captor e talvez alguns esboços a respeito de suas verdadeiras motivações. Para isto, endireitei minha coluna, levemente inclinei minha cabeça para o lado e meu queixo para cima, e fitei-o, diretamente nos olhos, como se eu não fosse uma vítima ensangüentada apenas com roupas íntimas diante dum psicopata. – Você não cometeu nenhum erro imperdoável. Ainda não. – Cuspi aquelas palavras com a ênfase que uma donzela negaria um pedinte malcheiroso. Era aficionado por arte, em todas as suas formas, e havia tido uma aula ou duas, enquanto criança, em atuação. Fora isto, era um meticuloso observador, e alguns estereótipos não eram tão difíceis de simular para mim. – Como você pôde ver pela minha flauta, que para o seu bem espero que esteja intacta, eu sou um músico. – Ainda não havia contado nenhuma mentira, então provavelmente estava soando bem confiante até aqui. A magia iria acontecer nos próximos segundos, entretanto. – Não vim nesta cidade fétida de própria vontade, é claro. Acontece que meu mecenas... – A clássica pausa que involuntariamente te força a prestar atenção nas palavras seguintes. – É a filha do senhor feudal do país. – Entoava, habilmente mantendo o contato visual e o tom de voz que indicavam que “falava a verdade”. Precisei conter meu olhar de surpresa ao notar que até mesmo meus batimentos cardíacos permaneciam regulares; desde quando eu conseguia fazer isso?

Decidi por permitir que o silêncio se instalasse após minha quase interpelação. Caso o apresentasse uma proposta, provavelmente me pegaria neste lampejo de desespero, se fosse inteligente. Por isso, fiz questão de manter meu cenho franzido, meus olhos semicerrados e meus ombros eretos num semblante imponente e desinteressado, típico dos riquinhos filhos de um lorde de qualquer coisa que acredita que, por ter mais peças de ouro em sua bolsa, é capaz de fazer e comprar qualquer coisa.  Aguardando sua resposta, pensava sobre como o silêncio que eu mesmo havia instalado se tornaria desconfortável caso perdurasse por mais alguns segundos.

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Ele escarrou. 'Músicos! Esse tipo...' Monologava enquanto acendia um cigarro. As orbes ouro flutuantes no ar compenetravam-se na vítima enquanto sua afeição era de puro desprezo ao discurso. -Quer dizer que a vossa presença não será nem sequer notada ao ser apagada daqui? Ele riu. Suas cordas vocais congelavam o local. Já livre de seu assento teve seu punho fechado chocando-se com força contra o abdômen de Haseo. -Entenda garoto. Mecenas como os seus não ligam para o artista, eles podem trazer artistas tão prodigiosos quanto você de qualquer local do mundo. Seus lábios estavam tão próximos do ouvido do rapaz que podia sentir a ventilação de suas vias aéreas. Posicionando na parte anterior, lhe apanhou pelo pescoço e passou a aperta-lo. -Você não é um Da Vinci das ditantes brisas do Vento ou um músico tão bom quanto Rampal, aqui destas mesmas terras que escorrem esgoto e sol. Largou sua jugular. Voltou a sentar-se na sua frente. A fumaça intensa do dunhill bailava o espaço vago entre os dois. -Você é simplesmente mais um. Suas feições modificavam-se com uma magia de vida particular, quase como se tivessem sua personalidade a parte, suas próprias intenções e seus próprios distúrbios. -A sua flauta é um símbolo. Você é menos que isso, você é meramente um traço de simbologia. Vocês humanos não chegaram à um terço da plenitude com essa arrogância. A brasa do cigarro foi apagada na palma de sua própria mão; não demonstrou dor. Debruçou-se sobre os joelhos, ainda sentado na cadeira em frente ao garoto acorrentado, e tornou a fita-lo como o demônio vendo um pecado bem feito. -Os objetos pelos menos sabem para que servem. Você, agora sabe que tem o propósito de ter o fim selado aqui, embaixo de uma casa alugada, pelas mãos de alguém estranho num dia típico. Riu e congelou tudo novamente. -Vocês humanos são uma piada de inutilidade.

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Última edição por Sly em Dom 6 Out - 14:34, editado 1 vez(es)
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Retorci-me na cadeira, ofegante, com o golpe que recebi. Alvejando meu abdômen, senti todo o ar que carregava em mim se esvaindo rapidamente com a pancada. Com seus lábios próximos de meu ouvido, fui capaz de perceber que sua respiração estava controlada e contida. Ainda com minha cabeça baixa enquanto procurava ar para inspirar, distingui que estava lidando com um idôneo da arte de matar. Provavelmente já havia o feito antes e de maneiras similares a esta. Hmph. Era interessante; a maneira como vários líderes poderosos e temidos haviam morrido de formas nem um pouco dignas antes. Febre, doenças, traição. Assassinatos baratos. Quando havia pensado nisto antes – porque esta não era a primeira vez que compreendia isto – buscava me confortar com o sentimento de que eu seria astuto o suficiente para evitar um infortúnio destes quando ele acontecesse. Bem, ele estava acontecendo agora. Eu deveria ser capaz de evitar, não? Não pode ser tão difícil assim enganar um religioso assassino.

– Você está quase correto. – Murmurei, recuperando minha compostura revestida com orgulho e autoconfiança. Ou você achou que um soco seria o suficiente para romper minha armadura artística? – Concordo com quase tudo o que disse. Mas o que disse por primeiro? – Levantei meu queixo, assim como meus olhos, esboçando em meu semblante a tentativa te lembrar o que havia sido dito. – Meu mecenas pode “achar alguém tão bom quanto eu” por aí? – Sorri. Apenas com o canto de minha boca, não mostrando meus dentes, franzindo meu cenho e elevando minhas sobrancelhas numa expressão facial que denotava certa medida de deboche, certa medida de arrogância e certa medida de maldade. – Entenda, meu perspicaz sequestrador. Não. Existe. Alguém. Tão. Bom. Quanto. Eu. – Na verdade, eu dava pro gasto. Minha técnica com os dedos era muito boa, particularmente, provavelmente proveniente de anos de prática com as cordas de meu alaúde cuja falta eu tanto sentia. Acho que se poderia dizer que eu era levemente acima da média. Mas ele não saberia disso, saberia?

– Você está com a minha flauta? – Questionei-o, após poucos segundos de silêncio com meus olhos repousando sobre os seus. – Alcance-a, por gentileza, e eu te provarei. Entoarei melodias mais doces que o sangue das últimas trinta pessoas que assassinou. Mais doces que o das últimas cinquenta, talvez. E então, você irá entender que minha mecenas, a princesa Feudal, estará perfeitamente disposta a lhe fornecer o ouro que precisar pela minha liberdade. – Concluí, por fim. Mantive a mesma expressão segura, despreocupada e confiante de antes, embora apreensivo e ansioso por baixo da máscara de mentiras meticulosamente feita. Mais uma vez, dependeria de sua resposta para decidir as minhas próximas palavras; evitei de olhar para o relógio agora, priorizando contato visual para que entendesse que eu falava a verdade.

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Gotículas imundas de água pendiam do encanamento que passava diretamente sobre a cabeça daquele garoto quase que completamente nu, chocando-se contra seus cabelos negro. Lá fora, o som de chuva. -Não me faça rir artista. Cuspiu em sua face uma saliva que fedia à cigarro e fluido gástrico. -Você estava com vestes de oficial. Quem me garante que toda essa história é a realidade? Quem me garante que aquela flauta não seja um artefato militar? Seu corpo ocultou-se parcialmente na sombra ao se recostar. -Já estive no País das Ondas. Já vi aqueles símbolos.  Levantou-se e com passos lentos foi até uma das extremidades do local, não muito distante de sua cadeira de origem. Lá, em frente à uma parede de madeira perfurou de forma profunda o indicador e começou a traçar desenhos desconexos e ritualísticos com seu sangue. -Você só tem mais quatro minutos garoto. Quatro minutos. [...] tic-tac-tic-tac. Ele ria. -Aproveite e mande sua mecenas depositar todo esse ouro para o seu pós vida. Eu não me importo.

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Última edição por Sly em Dom 6 Out - 16:55, editado 1 vez(es)
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Haseo
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Mais uma tentativa frustrada. Foi então que percebi que, ao invés de lidar com um psicopata criminoso, lidava também com um orate. Até sua saliva era repugnante. De volta à estaca zero – embora com menos tempo disponível antes que minha vida acabe –, buscava confabular algum diálogo intrínseco que me concedesse mais tempo. Pense, murmurava dentro de minha própria cabeça em busca de uma resposta. Pense, pense, pense. O que eu sabia até agora? Não muito. Havia sido seqüestrado, mas era mantido na própria casa em que pernoitava. Isto foi um erro, mas não um fatal. Ainda não, ao menos. Do que ele gostava? Não sabia de muito além de matar. O quão inteligente ele era? Levemente acima da média; mas isto poderia mudar caso sua sede de matar fosse afunilada subitamente. Qual seria o melhor curso de ação agora? Soltar-me das amarras e tentar um golpe súbito? Persuadi-lo de outras formas? Localizar minha flauta? Só tinha mais quatro minutos. Deveria regular minha respiração e pensar com mais clareza. Eu tenho a resposta em algum lugar. Tentar incitá-lo logo de cara não foi o melhor curso de ação possível, então talvez eu devesse utilizar todos os quatro minutos que me restavam para tentar adquirir alguma informação valiosa.

Desprovi-me de atos teatrais, expressões treinadas em frente de um espelho e truques com as palavras desta vez. Talvez a honestidade funcionasse com alguém tão desvairado. – Me diga uma coisa. – Enunciei sem avisos, não elevando minha cabeça nem movimentando meu corpo, alardeando minha voz pelo meu rosto coberto com meu próprio cabelo bagunçado. – Por que... você mata? – Questionei-o inesperadamente. Caso optasse por continuar testando-o através de ofertas impossíveis, calculei que, em quatro minutos, eu teria outras três tentativas. Mas todas elas seriam arriscadas e, quando o tempo acabasse, fariam com que ele sequer pestanejasse antes de ceifar minha vida. Por optar por uma pergunta genuína, poderia aprender melhor sobre ele – caso recebesse alguma resposta concreta – e suas motivações, o que me assomariam uma última tentativa de persuasão, esta embasada em sua personalidade recém conhecida. Ainda era arriscado, mas julguei ser o mais apropriado para a situação. Ciente, também, de que eu não poderia morrer deste jeito, comecei a, furtivamente, testar a resistência da cadeira em que me sentava e dos grilhões que me mantinham acorrentado. O plano B lentamente ganhava forma.

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Haseo
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Um flash. O homem foi transportado até o cárcere de sua mente; o mais profundo de seus mares. Lá estava ele, sozinho, vagando entre famílias, saltando de orfanatos em orfanatos, e tudo o que recordava era os traços de sangue. Não notara o cauteloso shinobi estudando sua possível fuga, porém, ainda apático em sua atual inutilidade. Havia terminado os símbolos na parede. Pentagramas, triângulos, siglas em dialetos perdidos e runas escorriam seu sangue. Apanhou ao lado da flauta uma tigela que carregava dentro de si massa já cozida, junto dela trouxe uma espécie de pequena caixa térmica e então se sentou novamente para observa-lo. -Sabe... Pousou o recipiente sobre o colo e abriu a tampa branca que exalou podridão de seu interior. -Homens são descartáveis. A nossa raça é ultrapassada. Nós geramos conflitos, nós geramos guerra. Ele riu. Sua mão retirou um único anelar de dentro do caixote. A tigela sobre o chão. Sua faca na mão esquerda e o dedo na mão direita. -Me chamam de Gengis Khan rapaz! Eu não preciso de motivos para matar. Seu sorriso era introspectivo e parecia reconfortar a si próprio. A faca tinha o fio tão tênue que partia lentamente em fatias aquela peça morta de carne que caia verticalmente junto à massa na cerâmica. -Mas tenho. Seus olhos fixaram a presa com ódio. -Eu nasci desta maneira, com essa som, com essa vocação. O que faço não é religioso, é movido pela insatisfação da carne, desgosto da realidade mundana. O ser humano já atingiu seu prazo de validade. Suspirou. Uma rodela do dedo caiu na tigela deixando o osso de seu interior escapar para o chão de terra acumulada. -Mas convenhamos, faço pelo divertimento que é olhar essa cara de desespero quando todo o malabarismo sofista esbarra na insanidade. Sua habilidade com aquele cardápio era gigantesca. -Aposto que está com fome. E sua ironia também.

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Última edição por Sly em Seg 7 Out - 11:04, editado 1 vez(es)
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Jōnin
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Praguejei diante de sua resposta repetida de livros antigos. Fitei o relógio quando desviei meu olhar de seu rosto fétido; três minutos. Não me restava muito tempo, mas adquiri um sentimento de que agora estava chegando a algum lugar com o diálogo. Talvez eu tenha feito a escolha certa por decidir seguir esta rota de diálogo. – E por que, então, escolheu atacar um local tão isolado? E uma vítima tão indefesa? Tem certeza de que você simplesmente não é um covarde? – Lancei a isca. Controlei minha respiração de tal forma que estaria pronto para a possível dor que me atingiria, ciente de que deveria superá-la para que pudesse lançar um contra-ataque súbito o suficiente para pegá-lo de surpresa agora que as algemas se encontravam gastas e enfraquecidas. Enquanto ele fez uma caminhada, mais cedo, para buscar uma panela cujo conteúdo ignorei por completo, vi a silhueta de minha flauta, que parecia intacta. Caso chegasse nela a tempo utilizando o elemento surpresa, tudo acabaria em um instante. Caso eu não encontrasse a brecha, contudo, ainda teria cerca de um minuto e meio ou dois minutos para pensar numa última e desesperada tentativa. De quaisquer formas, estava certo de que o faria se arrepender de ter pisado perto de mim.

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Haseo
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Convidado
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A última fatia do anelar foi engolida pelo conteúdo da tigela. Haseo era ousado, parecia testar sua sorte e a benção divina de sua profecia. O olhar de Gengis Khan o aprisionou mais do que suas amarras. O jovem engoliu em seco, presumiu agressividade de um sujeito agressivo. Mas lobos caçam, não são caçados. Aquela mente perturbada parecia mais contida em si e em seu planejamento do que o garoto em suas tentativas de fuga. Eram oito minutos que ele havia lhe dado, e estava convicto que agir por impulso antes daquilo aceleraria o processo. A butterfly perfurou de forma cirúrgica a parte posterior de seu braço, e aquele sangue parecia um rio desembocando dentro do recipiente, o preenchendo aos poucos. -Humanos são humanos. Seu semblante era sereno. -Já estive em palácios, já estive em mausoléus, agora estou aqui. Um pedaço do anelar começou a boiar no líquido vermelho. -Trata-se do sexto sentido. Da vontade na hora que ela vem. Do insight. Seu braço imóvel sobre a perna, seus olhos inertes no ar. -Já me chamaram de muitas coisas. As pessoas costumam verbalizar isso quando estão entre os três ou dois minutos finais. Geralmente, muito mais histéricas que você. Ele riu e somente seus olhos dourados voltaram-se para Haseo. -Você exala frieza. O embate dos dois ali estava começando a criar estalactites de gelo emocional do local. -Seu azar foram suas notas terem chamado atenção não só dos pássaros. A tigela transbordava sangue. Ele retirou o braço impedindo que tornasse a escorrer sobre ela. Pode notar que em mero piscar de olhos ocorreu uma cicatrização instantânea no local do corte. -É jovem artista, seu tempo está realmente acabando.

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Com um nojo estampado em meu rosto enquanto seu ato teatral macabro se aproximava do fim dentro daquela tigela cheia de resíduos humanos, busquei não interagir com aquilo – fosse com minha visão ou com meu olfato. Neste momento, tive de controlar minha ansiedade e minha raiva, ambos fomentados pela imensa perda de tempo na qual tomei parte desde quando fui capturado em minha própria casa por um doente; meus músculos enrijeceram, prontos para romper aquelas amarras e disparar contra seus olhos, contra seu pescoço ou contra o seu coração. Contudo, me forcei à restrição, ao menos ao longo daquele momento, sabendo que uma oportunidade mais oportuna se apresentaria caso eu tivesse paciência o suficiente para entendê-la quando chegasse. Mediante este conflito interno, tomei uma funda respiração, aproveitando o momento para organizar meus pensamentos e assimilar as últimas palavras que recebi daquele homem desprezível. Concentrei-me em suas últimas palavras, buscando uma resposta apropriada relacionada com estas que fosse me dar mais alguma pista, embora agora já parecesse sem sentido dado a minha falta de tempo e minhas últimas tentativas frustradas ao longo dos últimos minutos. Minha única alternativa remanescente neste momento era um rápido assassinato, do qual estava completamente capaz; mas buscaria um último fim pacífico antes do clímax.

Fraseei minhas palavras com cautela. – Meu azar? – Repliquei duas de suas palavras. – Acredite ou não em meu talento, dê a mim a minha flauta ou não. Você será exterminado antes mesmo do amanhecer. – Concluí em séria tonalidade, restabelecendo contato visual para entonação. – A sua única alternativa agora é... aceitar uma localização que eu te der. Encontrará pessoas para assassinar lá, e, por ser uma fronteira entre países, não possui uma segurança confiável. Esta é sua última chance. – Concluí, por fim, minha última proposta. Havia pensado em várias ramificações possíveis para a sequência deste diálogo caso existisse, de sua parte, o menor indício de interesse. Caso contrário, me certificava de que as algemas – agora ainda mais gastas – estavam prontas para serem rompidas num singular movimento de ataque que finalizaria aquele criminoso.

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Convidado
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-Chega garoto, seu falatório está me cansando. Haseo finalmente havia saturado Khan, o homem de aparente psicológico inabalável. Ele fincou sua faca na terra ao lado de seu pé, apanhou a tigela e levantou-se. -Você vai comer isso aqui antes. Caminhou de forma lenta até o shinobi. O garoto, banhado pela sua sabedoria, aguardava o momento chave que ele havia causado, esperava a oportunidade ideal de total desatenção do captor para que pudesse agir num só bote, um ato único e fatal. As mãos pálida de Gengis Khan grudaram os cabelos da nuca do jovem fazendo com que sua face se erguesse, então, posicionando aquele recipiente repleto da maldade morta do ser humano entre os lábios do garoto, passou a vira-lo de forma que o obrigava a tomar e comer o que lhe ia goela abaixo.

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Mais uma tentativa frustrada. A última tentativa frustrada. Desta vez, contudo, não tive tempo para refletir sobre meu erro, tampouco para pensar em minhas próximas ações, uma vez que meu captor delineava, através de seus movimentos físicos e de sua fala, suas intenções; ele me faria comer aquele pote cheio de impurezas e restos humanos. Instintivamente afastei meu corpo, como podia, para longe daquele prato peculiar. Contudo, minhas restrições metálicas me impediriam de continuar evitando-o por muito tempo. Assim que levantou meu queixo e senti algo deslizando para dentro de minha boca, desesperei-me, torcendo para que aquele fosse o momento correto de agir assim que, com um único movimento, arrebentei as algemas que me mantinham atado na cadeira.

Minhas mãos, agora livres, imediatamente viajavam para os olhos de meu oponente. Apertei os membros frágeis com a mesma força que utilizei para quebrar algemas metálicas, e, como esperado, senti, aos poucos, seus globos oculares tornando-se pastosos, líquidos, que se esvaíam para fora de seu rosto em prantos, murmúrios e gritos desesperados enquanto ele caía no chão, comigo por cima; talvez uma ação subconsciente, já que era seu refém, agora encontrava dificuldades em me certificar de que estivesse morto, parando de golpear sua face sem dentes, olhos e vida apenas após alguns minutos; foi neste momento que me lembrei do que havia ingerido e comecei a me forçar ao vômito. Uma poça de sangue havia resvalado por todo o cômodo quando me dei conta, e todo este era da cabeça de minha vítima.

Apenas no dia seguinte, após as autoridades lidarem com o caso, refleti o que aquilo poderia ter significado. Talvez fosse um presságio do destino, um sinal de que minha mente e minha força de vontade deveriam estar suficientemente reforçadas para o que estava por vir. Um refino para a minha psique para que eu pudesse ser forjado naquilo que eu me precisaria tornar no futuro. A primeira de muitas provações; o domínio psicológico.


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Não houve tempo de reação. Na verdade, o prodígio do País das Ondas demonstrou ter o controle da situação a maior parte do tempo em que esteve, de certa forma, voluntariamente acorrentado à cadeira. No entanto, alguns questionamentos pairavam o ar. A brutalidade com que nem ele havia percebido ter agido ao executar o captor, não o comparava a tal? O modo como levava sua vida e extinguia o ar de pulmões alheios no campo de batalha não era uma forma canalizada de psicopatia? Afinal, nossa mente ergue muros coloridos para nos enganar da destruição que causamos às nossas próprias fronteiras. Haseo ainda era jovem, um shinobi excepcional e com um futuro certamente brilhante; porém, aquela vida de doutrina militar trazia questionamentos que deviam ser esclarecidos antes que se tornassem insatisfações.

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Minha noite por aqueles lados estava encerrada. Mesmo sobre a minuciosa insistência de um dos administradores do lugar, decidi que o melhor a se fazer era ir embora dali. Perscrutei com meus olhos minha casa pela última vez, desta vez com uma mochila em minhas costas que continha os meus pertences; de um dos fechos dela, minha flauta pendia para fora, dançando para lá e para cá no ar de acordo com o movimento de meus quadris quando caminhava. Meus pés deixavam as últimas marcações na neve que principiava a cair enquanto eu me retirava do pequeno complexo de casas para serem alugadas.

Na recepção, pude notar que vários dos demais inquilinos decidiam sair dali. Tudo o que se comentava, entre as poucas almas presentes, era sobre o assassinato em determinada casa por ali, embora nenhum deles parecesse saber que era a minha. Alguns ninjas que compunham a força policial da Pedra investigavam o local, sendo notados por mim aqui ou ali, prestando atenção em alguma evidência ou pessoa que inquiriam.

[...]

Algo diferente repousava sobre minha mente, contudo. Não pensava sobre o infortúnio em si, tampouco sobre os ferimentos já tratados que carregava comigo daquela experiência; ao invés disto, pensava sobre minha compreensão psicológica daquele homem. Havia-o entendido razoavelmente, embora tivesse feito diversas tentativas frustradas de persuasão. Contudo, a verdadeira melhora era vista em meu próprio psicológico. Indubitavelmente, estaria muito mais resistente, ao menos em termos psicológicos, a experiências custosas no futuro caso ocorressem.

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