O crepitar tornava-se mais audível ao passar do tempo dado o silêncio no ambiente, as labaredas fulguravam ofuscando minha visão num clarão perfurante, mas acolhedor devido a época invernal. Era uma pequena roda posta sob troncos num semicírculo: três pessoas, incluindo a mim, indagando se a próxima manhã resultaria na acometida ideal para findar o conflito que estava por vir. Uma gotícula de suor escorreu pelo meu rosto, indo até o queixo e pingando no solo abaixo de meus pés; já haviam dois dias que eu havia partido de Iwagakure, e na próxima manhã, fariam três. Suspirei, e fiquei em silêncio.

— Estão todos de acordo com o plano? — O homem de cabelos brancos bradou, fitando-nos. Sua idade era desconhecida, mas aparentava ter seus vinte e poucos anos.

Em resposta, todos assentiram com a cabeça. Uma garota de cabelos róseos, de pouca idade e experiência, um homem de cabelos brancos, espadachim, que trajava uma máscara, e eu. Todos preparados para a batalha do dia seguinte. As chamas se extinguiram num piscar de olhos, e então, todos se retiraram para dormir.

...

Quando o sol raiou, todos se levantaram e aprontaram-se para a batalha que estava por vir. O local onde isso aconteceria era distante, e aparentemente sofria com ataques de saqueadores a todo instante; dito isto, a missão do pequeno time era de exterminá-los de uma vez por todas. Como esperado, todos os saqueadores tinham a aparência que se pode imaginar; grandes, parrudos, gordos, feios e fedorentos. Esbanjavam ignorância, além da hostilidade. Mais trajavam-se como mendigos do que outra coisa, além de claro, as armas enferrujadas variando de uma enxada até mesmo uma espada. Haviam, ao todo, uns quinze mercenários, sendo estes homens e mulheres portando além de roupas horrorosas, armas enferrujadas. Dei de ombros, mas fiz o que tinha de fazer, afinal, era a minha missão.

Atrai um pequeno grupo de arruaceiros para longe da confusão, levando-os para um local isolado. Lá, acometi com tamanha violência que fora até melhor não fazer na frente de meus outros dois companheiros; pois quando terminei, estava banhado em sangue, e tripas. Os corpos jaziam pálidos no solo, com a face distorcida pelo medo que causei momentos antes de findar com suas vidas.

Meus companheiros, porém, continuaram a matá-los, um a um, com maestria. Até mesmo a jovem kunoichi sem experiência provou-se hábil no manuseio de uma kunai, além de seus golpes físicos que destroçavam os ossos dos inimigos. O espadachim, porém, brandia sua lâmina e matava um a um, sem mesmo prejudicar seu armamento; cortava um a um sem derramar uma gota de sangue em si mesmo, ou em sua arma. Alguns mercenários, porém, utilizavam de técnicas ninjas; estes eu tive de lidar, afinal, surgi por trás destes e enfiei uma kunai em suas cabeças, matando-os. Me ocultei por meio de uma técnica básica, mas útil. Eles não previram aquilo, e isso acarretou em suas mortes.

Um a um, eles morriam, ou fugiam com os rabos entre as pernas; era óbvio a superioridade do time perante aos homens e mulheres. Não tardou, e por fim a tarefa estava completa: ao término desta, porém, homens e mulheres do vilarejo agradeceram o time pela ajuda, e a viagem de volta fora tranquilo, além do relatório detalhado do que aconteceu aos seus superiores.

Nada mais restava, então, parti para minha casa.

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Considerações:

Itens e afins:

Outrora em meu casebre, despertei de súbito para ir ao banheiro e fazer minhas necessidades básicas. O frio me fazia querer retornar para a cama, mas sabia que havia compromisso, e apesar dos pesares, era necessário o fazer para subir minha graduação no vilarejo da rocha. Portanto, ao término de minhas necessidades, rumei para o banheiro, onde a água quente agraciou meu corpo queimado e me fizera relaxar por um longo tempo, longo até demais. Quando notei, já estava um pouco atrasado para encontrar com a mulher da floricultura, então trajei-me o mais rápido possível e segui até o local descrito na carta, e lá encontrei a mulher que deveria me guiar naquele dia.

— Prazer, me chamo Flora. — ela falou. Fitei-a de cima abaixo, e reparei na sua aparência, mas nada que chamasse tanta atenção assim. Apresentei-me e segui loja adentro, sentido o perfume das flores e observando tudo que me era de interesse. A dona da loja reparou na minha curiosidade acerca das plantas e me mostrou uma lista com todas elas, suas descrições e afins. — Jovem dabi, você tem de cuidar e pelo menos realizar algumas vendas enquanto eu saio, então, tome conta da loja por mim. — disse a mulher, saindo as pressas. Assenti com a cabeça e acenei em resposta, e voltei para dentro da loja.

Passou-se algum tempo e o primeiro cliente entrou. Era um homem, alto e corpulento, que buscava flores para a mulher. Mostrei-o um dos buquês mais caros da loja, mas que valiam a pena; Flora havia dito para vender qualquer coisa, mas que o importante era vender. O homem mostrou certo receio  - mas meu conhecimento limitado acerca das flores fora o suficiente, além de claro, o papel que a mulher tinha me dado - para convencê-lo a comprar aquilo para sua esposa.

Enfim, fomos ao balcão onde concluí a compra do rapaz. Flora estava de volta no instante seguinte, e agradeceu-me pela venda que fizera. Dei-lhe um sorriso amarelado, e saí da loja após receber meu pagamento e concluir minha missão.

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