Masanobu estava varrendo o chão de sua sala pensativo quando recebeu uma carta por debaixo de sua porta, havia o símbolo “C” marcado em seu envelope discretamente, mal havia se tornado Chunin e já estaria recebendo missões, esperava ser uma algo mais animadora dessa vez, e realmente era, Masanobu estava sendo requisitado para impedir que uma guerra entre vilas aconteça, e irá causar esse impedimento através da violência, aparentemente um ninja inimigo estaria nas proximidades da Vila da Folha e cabia ao jovem chunin derrotá-lo antes que possa fazer qualquer coisa, no entanto a localização daquela batalha lhe preocupava: a Floresta da Morte, era uma área muito bem conhecida na Vila, conhecida no sentido de ter uma má fama, mas na realidade poucos a conheciam por dentro, lendas diversas ocorriam tratando de absurdas situações envolvendo riscos de vida dentro da Floresta, criaturas enormes, condições inviáveis, pensando assim talvez nem fosse necessário ser enviado, a Floresta já causaria a morte do homem, no entanto o rapaz estava extremamente inclinado a aceitar aquela missão, além de ser uma incrível oportunidade de conhecer a tal Floresta da Morte sentia-se extremamente privilegiado de ter sido selecionado para uma missão um tanto quanto diplomática como aquela.
No fim da tarde Masanobu foi para uma praça pouco frequentada próxima ao hospital, estava decidido à treinar para aquela batalha, não fazia ideia do ninja que iria encontrar, então devia estar com sua atenção no máximo, o rapaz levou ao pátio gramado sua kusarigama, arma de sua maior intimidade, segurava a foice com a mão esquerda e o peso com a direita, começou a girar este em alta velocidade, a sua frente havia posicionado uma garrafa vazia em cima de um toco de árvore, em uma distância de 3 metros e meio, concentrou-se e girava o peso constantemente até que em um movimento súbito atirou-o, estilhaçando a garrafa, em seguida começou a realizar diversos movimentos girando a corrente nas mais diversas trajetórias ao redor do seu corpo, fazendo com que ela parecesse estar viva. Assim que anoiteceu Masanobu voltou para casa e foi dormir. Acordou cedo no dia seguinte, arrumou-se e comeu frutas no desjejum, sem demorar muito pôs sua kusarigama enrolada em seu peito, com o peso e a foice a pronto uso para a mão direita, escondido em seu kimono estavam suas armas básicas e seu soprador de bolhas com o receptáculo da água com sabão, partiu logo poucas horas após os primeiros raios do sol, caminhou com olhar sereno encarando as poucas nuvens que decoravam o céu, seguiu ruas pouco movimentadas até o portão da vila, de onde saiu e seguiu caminho mais apressadamente em direção da Floresta da Morte.

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 Caminhava pelos arredores da Vila do Fogo ansioso para chegar no local onde ocorreria sua batalha, as poucos percebia que o caminho que levava à Floresta da Morte era cada vez mais silencioso e de certa forma abandonado, ervas e capim cresciam na estrada onde poucas pessoas e carruagens se aventuravam a percorrer, aquela direção que seguia ia direto para a tal Floresta, sem outros objetivos, então era de se entender que aquela própria estrada fosse classificada como amaldiçoada pelos habitantes locais. Dado momento conseguiu visualizar uma extensa cerca que limitava a extensão daquela área obscura e intocada, as árvores lá dentro eram claramente maiores do que as do lado de fora, como se humano algum tivesse sido capaz de cortar pelo menos um daqueles gigantes de madeira, Masanobu se aproximou de um portão que lá havia onde foi recepcionado por um guarda que logo ordenou que se afastasse, o rapaz apresentou-o a carta de sua missão e foi-lhe permitida a passagem, sem antes avisos do guarda – com uma expressão mortalmente séria em seu rosto – sobre os animais e venenos que haviam dentro de lá, mal sabia ele que aquilo incentivava-o mais do que o dava medo.
Lá dentro era como se os raios de sol fossem incapaz de penetrar a espessa copa daquela mata, nem mesmo no inverno as árvores de lá pareciam perder suas folhas, como se estivessem presas ao seu próprio tempo, numa eterna e una estação de escuridão e morte, o odor daquela mata também trazia essa ideia, e Masanobu curiosamente inspecionava a flora local, sem se aproximar muito nem sair da trilha que seguia – que parecia que aos poucos ia desaparecendo – após distanciar-se o suficiente da cerca limítrofe ouviu uma voz, se não fosse alguma ilusão inerente à região seria o homem que devia derrotar, à sua frente em uns 7 metros podia ver sua silhueta, Masanobu sorria e imediatamente sacava sua kusarigama, girava o peso com a mão direita ao seu lado e segurava a foice com o restante da corrente em sua mão esquerda, pronta para finalizá-lo assim que tivesse a chance, naquele momento propunha um desafio para si mesmo: derrotar o homem sem utilizar ninjutsus, somente com sua arma e seu corpo, enquanto girava o peso se aproximava lentamente de seu oponente.
- Me impressiona que a Floresta não te matou. Meu nome é Hoki Masanobu, poderia saber o seu antes de te derrotar?
Questionou cheio de si, crendo em sua vitória. Sabia também que seu oponente iria se arrepender de ter desejado o primeiro golpe, principalmente se não estivesse habituado com a arma inusitada que o rapaz usava, Masanobu então começou a girar seu peso em diversas direções e trajetórias ao redor de seu próprio corpo, a corrente parecia estar viva, fazia aquilo para aumentar a imprevisibilidade de seu ataque, e, quando estivesse a no mínimo três metros e meio de distância de seu inimigo em um movimento súbito atiraria o peso em uma trajetória retilínea na direção da garganta de seu oponente, após isto recolheria o peso e voltaria a girá-lo à direita de seu corpo, em posição de batalha sempre.

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 Incrível, aquele enigmático oponente buscando não receceber o potente golpe em sua garganta conseguiu desviar a trajetória da arma pondo seus braços em frente do peso, o golpe ainda assim deixava hematomas sérios, e Masanobu expressava surpresa ao ver que não havia quebrado os braços do homem, devia tentar com mais força da próxima vez, e parece que não seria difícil lançar o próximo ataque, pois o estranho inimigo não atacava, permanecia com sua feição estranha, como se quisesse apanhar, seria aquilo parte de alguma técnica oculta do oponente? Ou será que ele comeu algo na Floresta que o deixou retardado? Qual seja a resposta o objetivo de Masanobu permanecia: derrotar aquele homem. O jovem continuava a girar seu peso ao redor de seu corpo, rodopiando-o em diversas direções protegendo-se, e, à distância necessária repentinamente atirou o peso em um movimento circular, esse ultrapassaria por trás do corpo do oponente, ao invés de atacá-lo girou em volta de seu corpo à medida que Masanobu girava para o outro lado, logo enrolando seu corpo com a corrente, com um forte puxão Masanobu derrubou-o ao chão e logo montou em seu corpo, sem perder muito tempo com sua foice na mão esquerda deu um golpe com o máximo de força que possuía na cabeça do homem com as costas da foice, largando-o inconsciente no ato, e possivelmente tendo gerado alguma fratura em seu crânio.
Masanobu não viu necessário enfiar a lâmina na cabeça de seu inimigo, preferia guardá-la para cortá-los aos poucos e inocular seu veneno, no entanto contra essa figura estranha não teve nem a oportunidade de intoxicá-lo, ele mesmo já parecia estar intoxicado por algo. Masanobu julgou então sua missão cumprida, tendo derrotado seu inimigo que provavelmente seria comido vivo por animais selvagens caso não fosse capaz de acordar, mas isso não era problema dele, esse era o preço a se pagar por querer destruir a Folha, um vão senso de patriotismo dizia dentro de si. Tendo terminado sua batalha tão rapidamente Masanobu deu-se o direito de, no caminho de saída da Floresta da Morte, observasse com cautela as peculiaridades da flora local, anotando mentalmente as espécies que poderiam produzir toxinas interessantes, para os olhos certos da infame Floresta da Morte era quase como um distorcido Jardim do Éden, no entanto o rapaz tinha noção dos perigos que corria lá e não passou no local mais tempo que deveria, logo saindo de lá e caminhando de volta para a vila, onde iria buscar sua recompensa.

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