Estava sentado em sua cadeira tomando um chá de ginseng, uma raiz tônica conhecida por garantir poder ao que a toma, e assim o jovem o faz toda tarde lendo uma de suas revistas favoritas quando naquela tarde bateram em sua porta, quem poderia ser? Já era quase anoitecer, mesmo assim Masanobu abriu a porta e recebeu Tahashi, o velho médico que tanto lhe ajuda, com seu tradicional óculos fundo de garrafa e um espesso bigode branco que não disfarça seu sorriso "Boa tarde Masanobu, como vai nessa tarde?" questionou ao rapaz, com seu tradicional maneirismo overgentil, sabendo que Masanobu não era a pessoa mais fácil de se lidar, este respondeu: "Oi Tahashi, o que houve?" foi direto ao assunto, ainda segurando a porta, ao que o baixo senhor lhe disse: "Então, o correio do Hospital recebeu uma carta contendo informações sobre uma missão, acredito que seja para você e eles erravam o endereço, aqui está" e lhe entregou o envelope ainda lacrado com o selo do Gabinete de Missões, continuou: "É uma missão rank C, então cuidado para não se machucar muito Masanobu! Mas caso se machuque já sabe como se curar, não é mesmo? Ahahaha. Bom, vou indo para o meu plantão noturno, boa noite!" Masanobu sem tirar os olhos do envelope desejou boa noite ao bom velhinho (impressionando-se com como ele mantinha fazendo plantões com aquela idade), entrou e imediatamente abriu a carta para lê-la continuando seu chá.
Tratava-se de uma missão de recuperação, alguém havia roubado da Vila da Folha um tal pergaminho que contém informações sobre um pacto com insetos, provavelmente tratava-se do tal clã que sabia existir na vila - um dos mais antigos - que possuíam alguma relação íntima e macabra com tais criaturas, o shinobi que roubou o pergaminho fugiu com ele e ainda vai desvendar seus segredos, parecia uma missão bem intrigante para dizer o mínimo, com mais conteúdo que as que já havia realizado, ansioso para realizá-la Masanobu dormiu cedo aquela noite e acordou igualmente cedo, com o raiar do sol e logo tomou um nutritivo desjejum e vestiu suas roupas tradicionais esverdeadas, sandália ninja e bandana da Folha na testa, envolveu a corrente de sua kusarigama cruzando seu peito com o peso e a foice prontos para o uso da mão direita, escondido em seu kimono estava seu soprador de bolhas e o bambu com tampa que usava para levar a água com sabão, saiu de sua casa e foi logo para o Gabinete onde buscaria o responsável pela missão.

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As respostas do loiro eram inconclusivas, soava como se ele realmente soubesse o suficiente relativo àquele pergaminho e aos clãs da vila, no entanto não queria dar-se o trabalho de explicar tudo aquilo ao garoto, na realidade começou a perceber que só queria que ele fosse embora, e tinha razão, possuía muito o que fazer o gerenciador das missões da vila e Masanobu não tinha muito tempo a perder, alguém que é só um excelente gatuno podia tornar-se um inimigo em potencial caso revelasse os segredos do pergaminho antigo, e por um lado Masanobu até queria que isso acontecesse, no entanto isso claramente ocasionaria no fracasso da missão, estava ansioso para pegar algo de um rank mais elevado para que pudesse entrar em uma boa luta.
Sem mais delongas ao ver que sua presença já se tornava um estorvo Masanobu retirou-se sem falar mais nada, saindo pelo portão da vila questionou um guarda buscando informações sobre o tal templo, mas ele não soube dizer muito sobre isso, os hábitos religiosos da Vila da Folha pareciam estar em decadência. Masanobu então seguiu caminhando por uma das estradas principais da vila, o vento fresco corria somente por aquela estrada, pois além dela era tudo parte da grande floresta do País do Fogo, sua grandeza justificava o sentido da vila estar oculta na folha, realmente o caminho para sair dela para qualquer lado era longo e, sem o auxílio das estradas, árduo, e por grande parte não se encontrava mais ninguém, porém por sorte Masanobu encontrou um senhor caminhando na rua levando frutas em uma cesta em suas costas, o rapaz não tinha o conforto de abordar pessoas estranhas na rua mas sentiu que aquele homem talvez o pudesse ajudar "Com licença senhor, você saberia dizer se há algum antigo templo por aqui?" o senhor parou de caminhar e olhou Masanobu nos olhos "Bem, não mais..." disse, lembrando-se do passado olhando para a mata "Há somente uma ruína cada vez mais destruída, se quiser chegar nela é só seguir a marte do próximo rio para a esquerda e andar por mais pelo menos dois quilômetros." Masanobu agradeceu a preciosa informação dada pelo senhor e seguiu caminho e ao invés de atravessar a ponte erguida sobre um pequeno rio seguiu-o pela esquerda assim como recomendado.
Era um velho templo de base de pedra porém construção inteira feita de madeira de pinheiros, era uma construção grande, mas mesmo assim o tempo fazia seu efeito, tendo realmente deteriorado o lugar. À distância Masanobu ocultava-se na borda da mata e parou para ouvir, seus ouvidos de morcego captavam uma voz baixa vinda de dentro do templo, só podia ser ele, furtivamente Masanobu caminhou até uma das paredes onde entrou facilmente por um buraco, armou-se com uma kunai e lá dentro, atrás de uma parede semi destruída viu um homem vestido de negro lendo um pergaminho no chão, me aproximei o bastante e afirmei: "Acabou, entregue-se ou morrerá" afirmou a sangue frio, cumpriria com suas palavras caso necessário, o suspeito virou-se para encarar Masanobu, seu estado indicava que não estava bem de saúde, provavelmente não se alimentara direito na mata, ele de supetão correu contra Masanobu com uma faca, o rapaz refletiu os ataques dele com sua kunai e, quando teve uma abertura chutou-o na boca do esômago, em seguida com um selo de mão exerci nele uma técnica simples de paralisia que surtiu efeito, sem perder muito tempo recuperei o pergaminho, não sentia prazer em matar um covarde como aquele, mas também não queria ter de arrastá-lo até a Vila, deu-se por satisfeito de ter recuperado o pergaminho valioso, em seguida desapareceu com um Shunshin de volta para a mata e fugiu com o pergaminho guardado em seu kimono. Voltando a vila devolveria o pergaminho e deixaria a sugestão: "Selem ele em algum lugar secreto ou coisa do tipo." pegaria sua recompensa e iria para casa comer alguma coisa, não tendo saciado sua fome de batalha.

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