Treinamento de Atributos:

HP 400/400 - CH 450/450 - ST 0/4

A manhã se erguia devagar naquele frio inverno na vila oculta da Pedra, e o sol sequer chegou a aparecer a quem olhava dali: nuvens, névoa e flocos de neve inviabilizavam a sua visualização. Não seria, no entanto, impeditivo para Koori Kurashi frear suas atividades ninja. Para desacelerar, talvez fosse: o genin foi mais lento do que o normal ao preparar seu desjejum e depois lavar as louças – sujas com alguns grãos de arroz cozido, mas logo em seguida o dia útil se iniciaria com um treinamento não tão usual para o garoto, mas muito importante: estudar mecanismos de marionetes e armadilhas ninja, dois conhecimentos tão fundamentais para shinobis com estilo de luta parecido com o seu.
-
“Hoje está mais cheio que o normal por aqui” Constatou o garoto ao chegar na biblioteca. Não era tão surpreendente a ideia de mais pessoas priorizarem o estudo teórico ao treino prático, diante daquelas condições climáticas. Para sorte de Kurashi, no entanto, os livros e manuais acerca de construção de marionetes não tinham sido pegos ainda e estavam disponíveis para ele mesmo entrar em uma imersão profunda de conhecimento relacionado àquela prática.

“Marionetes são usadas como armas por marionetistas. Eles são, na maioria das vezes, criações de aparência humanoide, mas, dependendo do criador, pode se assemelhar com qualquer coisa. Eles são feitos com objetivo de portar armas, oportunizando uma infinidade de maneiras para manipulá-lo. As marionetes são armas do tipo de longa distância que podem ser usadas ofensivamente, defensivamente ou, algumas vezes, suplementares, e são controladas por meio de fios de chakra. Devido ao seu design, o ponto fraco de qualquer marionete são suas juntas. Na maioria das vezes, as marionetes são seladas dentro de pergaminhos, para facilitar o transporte das mesmas.”
Estudava sobre controle, articulações, reforços, mecanismos, movimentos, armas, venenos... uma oportunidade única de exercitar o seu conhecimento acerca da prática que tanto admirava, além de absorver itens e aspectos da arte que não chegava a dominar.
Pôde ler, também, sobre alguns textos shinobi que pautavam o uso do Kugutsu no Jutsu na arte de instalação e desativação de armadilhas, e assim o seu estudo seguiu. Lâminas, mecanismos de ativação e explosão, ativação por aproximação e ativação remota... vários aspectos de implantação e detecção desse expediente tão fundamental para a prática ninja.

“Meu pai sempre fala que o primeiro ataque é o mais importante e que o golpe mais eficiente é aquele que não se espera... esses manuais estão me dando algumas ideias boas”
-
Ao voltar pra casa lá pelo meio da tarde o rapaz estava empolgado para tentar aplicar alguns dos conceitos que lera mais cedo e aproveitou para abrir suas marionetes – Beta Kumogani (Aranha Caranguejeira) e Beta Kokuja (Serpente Negra) -  e revisar alguns de seus módulos e mecanismos de ativação e ataque. Um dia, ao final das contas, de muito crescimento ninja – e sem precisar suar muito para isso.

Consideraçoes:

Treinamento de Atributos:

HP 400/400 - CH 450/450 - ST 0/4

O dia de Koori Kurashi iniciou mais cedo que o normal, ao perceber e confirmar que seu corpo não estava disposto a voltar a dormir depois de ter acordado no meio daquela madrugada. Até tentou fechar os olhos, mas apenas tempo o suficiente para rolar mais algumas vezes pela cama, inquieto. Resolveu, então, dar uma volta para os arredores da vila ali mesmo, às 4h30 da manhã, levemente agasalhado para se proteger do frio. O objetivo do dia era se aperfeiçoar no controle de chakra aplicado a danos e controle de mente: a arte do Genjutsu.

Treinar Genjutsu era complicado para ele, ali, sozinho. Não teria um companheiro para testar seus efeitos, e não considerava justo treinar em animais ou outros  seres vivos que não teriam a consciência e o discernimento de saber que estaria sob efeito de ilusões; seu medo era traumatizar outros seres vivos apenas para treinar. Aproveitou o silêncio e a luz do luar, então, para meditar: fortalecendo sua própria mente, fortaleceria quaisquer efeitos mentais que viesse a induzir a partir de seu chakra. Ficou assim por algumas horas, mantendo-se inerte até diante da luz do sol, do calor em sua pele e do cantar dos pássaros naquele início de manhã. Sentia-se, enfim, mais zen e mais concentrado.
Para desenvolver seu treinamento, sacou de sua cintura um pergaminho enrolado com algumas anotações – teóricas e de jutsus – para que ali, desenvolvesse maior segurança naquele tipo de arte ninja.
“Genjutsu técnicas que são empregadas do mesmo modo que o ninjutsu, requerendo chakra e selos de mão. Porém, a diferença primária entre ambos é que os efeitos do genjutsu são ilusórios; ao invés de atacar o corpo da vítima, como taijutsu ou ninjutsu, técnicas de genjutsu manipulam o fluxo do chakra no cérebro da vítima, conseqüentemente causando uma perturbação nos sentidos”

O extenso pergaminho ainda trazia métodos de cancelamento de Genjutsus – como fluxo  interno de chakra para dissipação de ilusões e dor intensa -, lista de algumas das técnicas de ilusão mais comuns e acessíveis a iniciantes ou inexperientes, bem como alguns dos selos mais importantes para essa prática.
Kurashi, então, passou a executar alguns desses selos, canalizar seu chakra para seu fluxo mental e concentrar sua projeção logo à sua frente – treinando a utilização do genjutsu, mesmo sem alvo – para tentar otimizar sua perícia. E assim se manteve por toda a manhã, em um esforço mental e de concentração tão intensos que o cansaço que o atingiu pela hora do almoço era maior do que de muitos dias de treino físico ou viagens longas.
“É melhor cansar no treino do que morrer em batalha”, repetia a si mesmo, em um mantra que o levou a estender suas sessões até o meio da tarde, quando finalmente se rendeu para retornar ao seu quarto – o sono para o descanso daquele dia certamente valeria para compensar as horas que perdera na noite anterior.

Consideraçoes:

Treinamento de Atributos:

HP 400/400 - CH 450/450 - ST 0/4

O livro que Koori Kurashi escolheu para retirar da prateleira agora estava aberto no capítulo 6 – O chakra e seus caminhos – conforme Hana recomendara-o a fazer. Há alguns dias o Genin teve a sorte de encontrar a sua amiga cuidando da floricultura da vila, e não em missão ou tarefas como ninja médica, e puderam trocar ideias sobre treinamentos: foi quando a chuunin falou a ele sobre a possibilidade de treinar para estabelecer uma recuperação induzida de chakra mesmo durante batalhas a partir de uma abertura maior de suas reservas de chakra. Para tanto, seriam necessários estudos teóricos e práticos muito específicos.

“A rede de chakra é um sistema de artérias semelhante às veias sanguineas do corpo de uma pessoa, por onde circula as reservas de chakra de uma pessoa. Tais linhas, passam por todo o corpo de tal pessoa, e dentre algumas partes, existem 361 Tenketsus (Pontos de regulagem de chakra), umas separadas das outras, na função de regular a passagem de chakra. Para que não passe em excesso, ou muito pouco, assim fazendo o controle do chakra da pessoa ser mais preciso, assim, o usuário podendo exercer seus jutsu com facilidade, canalizando seu chakra de forma mais eficiente. Os 7 portões de chakra são pontos importantes nessa rede”

Kurashi sabia que o domínio dos portões era mais fácil na teoria do que na prática, tanto que apenas alguns mestres ninja de alto nível tinham a capacidade de abrir conscientemente os sete portões de chakra. Seu objetivo, no entanto, era muito mais modesto e gradual: dilatar e aumentar controlada e gradativamente suas passagens e seu fluxo de chakra, para que o seu consumo ao usar técnicas fosse reduzido e para que conseguisse estabelecer uma recuperação gradual ao longo do tempo – até mesmo em batalhas.  Koori Kurashi tinha uma facilidade inata maior para tal controle, visto que desde a academia ele é capaz de gerar energia sem que haja uma gasto exagerado, o que algumas pessoas chamam de  “grande controle de chakra”, mas ainda assim precisaria de treino para perceber seu fluxo interno conscientemente e muito prática para tirar proveito do mesmo até inconscientemente para que houvesse resultados práticos em batalha.


Continuou suas pesquisas até ser interrompido pelas reclamações de seu estômago, que deu o sinal necessário para o rapaz fechar os livros e procurar uma tigela grande de lámen com pedaços de porcos. Uma vez alimentado, poderia se dedicar a  passar horas apenas em seu treinamento: deveria ter comido o suficiente para abastece-lo até o por do sol.



-

O treinamento decorreu sem grandes percalços e nem sequer uma presença humana foi sentida desde que o garoto se afastara da vila, o que tornou ainda mais espontânea a meditação que Kurashi começava a desenvolver por ali. Escalou e desceu algumas encostas de montanhas que haviam ali – com e sem o uso de seu Gake Nobori no Gyō, para afiar sua força e controle energético; assim como praticou em cima de alguns galhos mais altos que haviam no bosque, os quais era possível alcançar com o uso do Ki Nobori no Shugyō. Aproveitou para praticar alguns novos jutsus que aprendera – especialmente de liberação elemental de terra – em uma rotina e repetições que lhe garantiam mais segurança, e até podia sentir a sua recuperação de chakra acontecendo.

Consideraçoes: