Suas habilidades seriam requisitadas pela primeira vez pelo quartel general da vila, o que era de certa forma, tão empolgante quanto não fazer nada se não tivesse pessoas fofas e poderosas para se apaixonar, ou vidas intrigantes para se conhecer a desordem externa, aquele estado medonho que todos nós temos receio de mostrar.

— Convidei vocês aqui pois fazem parte dos genin que melhor sabem utilizar da arte de ilusão, por isso, quero que se separem em duplas para encontrar um ninja arruaceiro que lançou um genjutsu sobre um ninja aliado, tomem a lista de duplas já previamente escolhida.

As oito figuras se dividiram entre si, Asami ficou junto a uma menina pálida, magricela e de cabelos brancos repicados. Sua aparência era bem delineada e seguia um código de honra rígido, muito diferente da Chinoike, que mantinha um perverso e estranho olhar fixo num horizonte não visto por mais ninguém ali.

— Asami-san, é um prazer fazer missão com você, ouvi falar algumas coisas de vo-

— Tanto faz, você não é nada fofa, vamos logo.

Colocou os braços no entorno do pescoço da jovem Azuka Machiba, que constrangida, não podia evitar se sentir mal pelo que Asami tinha dito. Partiram dali em direção a diversos pontos em que aquele ninja invasor tinha sido visto ou relatado por moradores locais. Era assustador a maneira que Asami andava pelas ruas com um olhar perdido, saltitante e cantando músicas com palavras que seriam melhor nunca serem pronunciadas.

— O que você acha Azu-chan, não te assusta o fato de não poder falar certas coisas? De ter que se vestir desse jeito, veja, deixa eu arrumar seu cabelo.

Soltou o cabelo da menina que escorreu sinuosamente como um rio desses de clima equatorial. Deu um largo sorriso para a surpresa de Azuka, que sorriu em resposta, deixou-se sentir livre essa vez, por mais nosso que sentisse de Asami. Continuaram a procura ao longo de um córrego que descrevia movimentos angulosos entorno de uma pequena escarpa que se exibia por entre uma vegetação rasteira, incomum para a condição ambiental de Kumo e a estação atual.

— Ele está aqui Asami!

A menina sorriu quando o homem saiu anunciando sua chegada de maneira espalhafatosa.

— Então conseguiram me achar crianças, fiquem prontas para o meu genjutsu, farão o que eu mandar quando...

Asami se aproximou dele o abraçando, os lábios próximos a orelha do rapaz e olhar passivo, perdido numa analise criteriosa daquele homem.

— Olha como ele é fofo Azuka, viu só? Ei, quer namorar comigo?

— Vo-Você é louca?

A menina se afastou, Azuka e o homem estavam visivelmente constrangidos.

— Não ache que isso vai me pa-

E caiu no chão inconsciente, num sono profundo sobre efeito da técnica de Asami, Azuka sequer conseguiu ver o que a menina havia feito, o que era mais assustador sob o ponto de vista de que Asami se demonstrava, mais uma vez, como uma completa maluca.

— O que você fez?

— Bom... Ele era tedioso, além do mais a desordem que ele causou não produziu nada de útil nem pra ele, nem pra ninguém.

— Desordem?

— Sim... Como a que eu fiz com seu cabelo.

As duas meninas saíram de lá juntas, Asami saltitante e Azuka com o coração batendo acelerado, enquanto arrastavam o ninja pelas pernas, por sugestão da Asami, para o quartel general.

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