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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Narrador: oito

Nunca substituídos por ninguém

@Kazui

Kazui Akiyama levava uma vida tranquila dentro do vilarejo de Kumogakure no Sato, mesmo que em silêncio ele almejasse vingar sua família após os trágicos eventos que resultaram na morte de seus pais. O aspirante a herói sempre foi visto por seus colegas e professores como um Prodígio, alcançando as maiores notas dentro da academia shinobi e se destacando com os primeiros lugares em meio aos testes de aptidão física proporcionados por eles.

O jovem também já havia participado de algumas missões menores em prol do vilarejo mas seria a hora de evoluir se quisesse continuar com o seu objetivo. Seus vizinhos, um casal misterioso e que ocupava um cargo de diplomatas dentro do vilarejo haviam tido seu primeiro filho há algumas poucas semanas atrás e enxergavam em Kazui uma figura promissora que poderia ajudá-los a proteger seu filho enquanto estivessem fora.

Simon como era chamado dentro do vilarejo bateu à porta de nosso protagonista próximo das três horas da tarde. – Com licença, você é Kazui, certo? Meu nome é Simon e eu moro ao lado com minha esposa, Mariana, nós acabamos de ter um filho e pensamos se você não poderia nos ajudar enquanto eu estou fora, não queria deixar minha esposa sozinha, nós recompensaremos você bem. – O homem aguardaria pela resposta de Kazui pacientemente.    

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Última edição por oito em Ter 2 Jul 2019 - 12:49, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Mudança no estilo do RP²)
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Kazui
Genin
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O inverno ainda era presente na vila, mas já dava para se ver que estava quase indo embora pela época do ano e bem com a primavera uma nova estação iria se iniciar e era uma coisa que eu também buscava, não que eu não estivesse satisfeito com a minha vida de shinobi, na verdade estava correndo tudo bem com todas as missões e treinamentos que eu estava fazendo podia sentir que estava indo no caminho certo, não sabia se na velocidade que eu gostaria, porém como um professor na academia uma vez disse...”nem tudo é sobre o destino e sim sobre a trajetória”, era isso ou alguma coisa bem parecida com aquilo e o que eu conseguia entender que o que realmente importava era como você se prepararia para chegar ao seu objetivo, claro que fazendo uma alusão ao que eu tinha como objetivo em mente, mas como eu “dizia” particularmente naquele dia estava um tanto quanto entediado sem ter muito o que fazer, uma vez que não havia recebido nenhuma missão, talvez aquele fosse o melhor momento para fazer um treinamento.

Levantava da minha cama enquanto colocava o meu calçado e ia em direção a uma pequena mesa, como morava sozinho, meu apartamento, se é que se podia dizer que aquilo era um apartamento, na verdade era bem pequeno, apenas um quarto, um banheiro, uma cozinha e uma sacada, não precisava mais do que isso naquele momento e era com aquilo que eu me virava, assim eu colocava um casaco e ia pronto para pegar as coisas para sair pro campo de treinos quando ouço uma batida na porta. Num primeiro momento fiquei imaginando quem poderia ser, até porque eu não era uma pessoa de receber muitas visitas, talvez fosse a amiga da minha mãe que havia passado para ver como eu estava, então eu logo fui indo em direção a porta a abrindo e vendo que estava errado, na verdade se tratava de uma figura masculina, na verdade se eu não estava enganado era um morador daquele prédio o qual havia visto algumas vezes entre as minhas idas e vindas.

Ouvia o que o homem tinha a dizer e ao mesmo tempo eu ia pensando...”Isso, pode ser até interessante, apesar de não envolver nenhum risco e nem pagamento eu posso considerar isso como uma missão e pode até ser melhor do que sair para treinar nesse frio, afinal de contas o que pode acontecer enquanto você fica fazendo uma pequena “proteção” a uma mulher e um recém nascido não é mesmo?” Pensava naquilo enquanto eu olhava para o homem que terminava de falar e assim eu abria um sorriso e logo ia dizendo. - Muito prazer senhor, sim meu nome é Kazui e bem...eu posso ajudar o senhor sim, eu estou com um tempo livre mesmo, vai ser um prazer poder lhe ajudar...só um segundo. Dizia e logo em seguida ia pegando as minhas coisas e assim voltando para a porta e saindo do meu apartamento fechando a mesma me virando para o homem e falando. - Podemos ir, só preciso saber o que o senhor precise que eu faça, que vai ser tudo mais tranqüilo... Falava enquanto esperava o homem para que ai nós pudéssemos caminhar enquanto eu ia imaginando o quão diferente seria aquele dia para mim, afinal de contas depois de ter me formado na academia tudo que eu havia feito eram missões e treinos, uma coisa diferente assim poderia ser bem interessante.
 

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Kazui
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t66605-fp-kazui-akiyama#489531
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Narrador: oito

Nunca substituídos por ninguém

@Kazui

Aceitando o desafio por menor que parecesse ser, Kazui se dirigiu até a casa do casal que ficava logo em frente à sua. Logo do lado de fora a casa parecia impressionante. Construída com tijolos cinzentos e decorações de pedra marrom, a residência possuía grandes janelas triangulares que permitiam que a luz entrasse suficientemente na casa e foram adicionadas de maneira simétrica. O telhado era alto e triangular e coberto com telhas planas com duas grandes chaminés saindo do seu centro. A casa em si era cercada por um lindo jardim com muitas luzes escondidas que fazem o jardim ganhar vida à noite. – Por favor, entre, fique a vontade. – Anunciava o chefe da família. – Que maravilha, ele aceitou o convite? – Acompanhou a mulher, já o recebendo com um sorriso no rosto e o neném recém-nascido no colo. – Meu nome é Mariana, muito prazer. – Apresentava-se.

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O primeiro item que veria logo na entrada seria a de um quadro familiar com a foto de Simon, o pai, Mariana, a mãe e Juno, a filha. A casa ainda era equipada com uma grande cozinha e dois banheiros, com uma pequena sala de estar, cinco quartos e uma sala de jantar espaçosa. O segundo andar foi propositalmente criado menor que o primeiro, a fim de criar um estilo de aparência em camadas em combinação com o teto.

– Bem, eu irei sair em uma missão e preciso que você acompanhe minha esposa e meu filho para onde eles forem e a ajude com eventuais problemas, você acha que consegue nos ajudar aqui? – Perguntava o homem por uma última vez, antes de se arrumar para sair para sua missão. – Ele é um neném bastante bonzinho e daremos a você a privacidade que precise também. – Complementava a mulher, deixando o filho em um berçário na sala e indo até a cozinha fazer o café.     

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Kazui
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Eu mal sabia que aquele dia que havia começado e estava um tanto quanto entediante iria mudar de uma maneira que eu não tinha a menor idéia, nem se eu imaginasse talvez o que me aguardava nos próximos “capítulos” poderia acontecer. Tinha imaginado que o homem ali Simon era um dos vizinhos que tinham ali no prédio que eu morava, porém eu provavelmente o tinha confundido com alguém, pois a medida que fomos caminhando nos fomos saindo do prédio e indo até uma das casas que eram vizinhas a ele e como eu podia ver era uma das maiores casas não só da rua como da quadra toda, por muitas vezes eu passava por ali imaginando quem vivia ali, mas nunca via ninguém, agora parecia que eu conhecia o seu dono. Caminhávamos até o portão e logo depois entrando pelo jardim enquanto eu ficava bem impressionado com a fachada da casa até irmos até a porta e entrando quando Simon fazia as vezes de dizer que havíamos chego ali e eu não podia deixar de ficar um pouco sem graça, pois eu realmente não estava esperando por aquilo tudo, quando uma mulher vinha com uma criança no colo e um sorriso no rosto me dando as boas vindas. - Ah sim...muito prazer, meu nome é Kazui Akiyama. Falava aquilo fazendo uma breve reverência de forma educada e depois dava alguns passos para dentro da casa olhando tudo aquilo.

Olhava o quadro da família e depois a arquitetura da mesma e ainda me mantinha impressionado com tudo aquilo, imaginando em como eu poderia ter pensado que aquilo ali seria simples, imaginei que era um vizinho de prédio pedindo ajuda para olhar o seu filho e não alguém com aquilo tudo, talvez aquela “missão” pudesse ser um pouco mais complicada que o normal então eu parava um pouco no meio da sala olhando tudo enquanto podia ouvir a voz do homem novamente se dirigir a mim. - Sim...sim senhor isso não vai ser problema, só preciso saber o nível de atenção que eu preciso ter, se apenas vou precisar ajudar a senhora ou se existe alguma ameaça, por assim se dizer? Falava e tirava o meu olhar da decoração e voltava para o homem esperando a sua reposta quando logo a mulher dele ia falando. - Ahhh...não se preocupe com isso senhor por favor, eu que estou vindo até a sua casa, no caso eu que tenho que dar privacidade a vocês para que possam manter a sua vida normal, vou fazer o possível para não atrapalhar a sua rotina... Dizia um pouco sem graça no começo, afinal de contas eu estava ali para ajudar logo eles não precisariam se preocupar em dar espaço e sim essa deveria ser a minha preocupação, então eu ficava esperando para saber os detalhes do que eu poderia esperar daquela “missão” por parte de Simon.
 

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Kazui
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@Kazui

– Ameaça? Sim, claro, minha mãe... Ela não pode ver o neto que fica super animada. – Respondia Simon em tom de brincadeira. – Bem, agora irei deixar vocês dois na cozinha enquanto eu vou me arrumar para o trabalho. – Acenou seguindo para o quarto do casal. – E então, Kazui-chan, você se lembrou de fechar sua casa? A tarde aqui pode ser longa rsrsrs. – Pela casa Kazui poderia notar muitos os quadros de família inseridos nas paredes, fotos em porta retratos sob os móveis e inclusive na geladeira através de imãs com mais fotos, podia se perceber que era uma família bastante unida e apaixonada. O bebê recém-nascido era o retrato vivo de Kazui quando criança devido ao grande carinho que seus pais tinham para dar, sentimentos e emoções que se perderam por uma tragédia motivada por um ato infeliz vindo de alguém sem amor e empatia.

Alguns minutos se passaram e o marido desceu para o andar de baixo, muito bem vestido por sinal com um terno azul, sapatos clássicos marrom e uma gravata preta, recebendo o beijo de sua esposa ainda na cozinha e dando um grande abraço em seu filho. – Você também meu jovem, não precisa ficar com ciúmes, estou na torcida por você e quando voltar eu posso te levar para um passeio de homens. – Prometeu educadamente antes de sair. – Até mais querida, logo estou em casa novamente. – Despediu-se. – Tudo bem meu amor, estarei aqui quando voltar. – Respondeu a mulher.

– O café está pronto, Kazui-chan e também tem bolachas e bolo na mesa, pode se servir. Eu irei tomar um banho, poderia ficar de olho em Juno por mim? – A esposa então subiria para o andar de cima e deixaria nosso protagonista a sós com o filho.     

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Estava naquela missão “extra-oficial” enquanto esperava para saber se poderia esperar algum problema durante ela ou se era mesmo um maior protecionismo vindo por parte de Simon o líder daquele família e logo não demorava muito e as minhas duvidas iam sendo respondidas quando ele dizia que a única ameaça que eu deveria esperar seria pela mãe dele pelo seu neto e bem isso já de dava um alivio, pois me dizia que aquele trabalho seria mais fácil do que eu poderia imaginar. - Ah sim fechei sim, não precisa se preocupar com isso eu não tenho muita coisa também para dizer a verdade...talvez se alguém fosse tentar entrar na minha casa poderia deixar alguma coisa ao invés de levar... Falava aquilo meio que em tom de brincadeira, mas era a verdade eu não tinha muita coisa de material, na verdade todo o dinheiro que eu tinha no banco havia sido que os meus pais haviam deixado e eu só mexia nele em caso de extrema urgência mesmo...- E também não tem problema eu dei a minha palavra não importa o tempo que demora eu vou estar por aqui... terminava de dizer com um sorriso e um tom agradável para a senhora ver que realmente não tinha nenhum problema com aquilo e então eu dava uma volta pelo lugar ambiente olhando as coisas que ali estavam.

Enquanto olhava a casa dava para se ver que eles eram uma família bem unida, por todas as fotos deles que eles tinham espalhadas pela casa e isso era um fato que eu não poderia deixar de pensar naquele momento. ”Pelo que parece eles realmente são uma boa família e bastante unidos, talvez se os meus pais ainda estivessem vivos, nós poderíamos ser assim também vendo de como éramos antes deles...é melhor não ficar pensando muito nisso, afinal de contas mesmos em uma ameaça eminente é melhor eu ficar concentrado no que eu tenho que fazer...” Tinha aquele pensamento enquanto voltava a minha realidade que era o que eu fazia nos momentos em que ficava fantasiando em como poderia ter sido a minha vida se aquilo tudo não tivesse acontecido, não que eu fosse uma pessoa fechada ou coisa parecida pelo que tinha ocorrido, na verdade mesmo com tudo isso eu ainda era uma criança que me dava bem com as outras pessoas, mas sabia que ficar naquele tipo de pensamento não serviria para nada a não ser trazer o trauma novamente a tona como acontecia algumas vezes e isso era uma coisa que eu não queria deixar transparecer naquele momento, pois aquela família estava confiando em mim então eu tinha que dar o meu melhor naquele momento.

Simon voltava ao andar debaixo logo após se arrumar, ele estava pronto para a sua viagem e então ele dava um beijo na mulher e um abraço no filho, por um instante eu parei olhando aquela cena me lembrando dos meus pais que faziam o mesmo sempre que saiam em alguma missão, mas logo em seguida eu desviava o olhar por um instante e voltava dando um sorriso ao ouvir as palavras dele para a mulher e vice e versa. Ele saía e deixava a sua família nas minhas mãos esperava estar ao nível daquele trabalho e então eu me aproximava quando a senhora dizia que o café estava pronto, que também tinham bolachas por sobre a mesa e se eu poderia ficar de olho na criança. - Sim senhora não se preocupe eu olho tudo por aqui e muito obrigado pelo café... Falava enquanto podia ver a mulher ir para o outro andar e então eu me servia de uma xícara de café, apesar de preferir chá e pegar um ou dois biscoitos me sentando a frente do bebê dando uma mordida no biscoito e tomando café tranquilamente. - Eu também tive uma família assim garoto, espero que um dia você dê valor ao que você tem sabe... Falava enquanto olhava para o garoto, num primeiro momento tinha um pouco de pesar na minha expressão, porém eu sabia que aquilo poderia estressar o bebê e então eu dava um sorriso para o mesmo para tentar distraí-lo enquanto a sua mãe não voltava.

 

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Kazui
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@Kazui

Uma das maiores virtudes de Kazui Akiyama era o olhar de ajuda ao próximo que ele tinha, o garoto, por exemplo, repudiava aqueles que te viram as costas no momento que você mais precisa, talvez isso tenha sido um fator determinante para aceitar aquela tarefa e no âmbito que ele estava poderia não só agregar algo para aquela família, mas também ter uma compensação.

As palavras de Kazui alcançavam o bebê que mesmo sem entender os sentimentos mais puros e o tamanho que representava aquelas palavras ainda esboçava um sorriso e erguia os braços na tentativa de abraçar o jovem genin de Kumo. – Olha só, vejo que os dois já estão se dando bem. – A matriarca retornava do seu banho já vestido como a situação exigia uma roupa casual em respeito ao garoto, feliz com a atitude do seu primogênito em relação a um ainda estranho Kazui. – Ele tem sido difícil em se relacionar com as outras pessoas, sempre virando o rosto ou atitudes estranhas do tipo, então eu fico feliz quando ele responde tão positivamente assim. – Indicava a mulher. – Mas então, Kazui-chan, conte-me um pouco mais sobre seus pais, eles estão em viagem? Sempre vimos você sozinho, dificilmente, ou melhor, não nos lembramos de ver você acompanhado, eles trabalham fora? – Perguntava a mulher, sem querer ser desrespeitosa.       

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Kazui
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Aquele talvez poderia ser o melhor conselho que eu poderia dar para aquele bebê que muito provavelmente não fazia ideia do que eu estava falando ou até mesmo não iria se lembrar daquelas minhas palavras, porém pelo pouco que eu poderia perceber sobre aquela família, seria muito difícil dele se desviar daquele caminho então eu dava um sorriso para ele a medida que eu o via levantar os braços todo animado e assim logo em seguida a mãe dele retornar para o ambiente comentando que nós dois já estávamos nos dando bem e então eu sorria e completava. - Ah ele é muito extrovertido, não tem como não se dar bem com ele... Falava voltando a minha atenção para a mulher que colocava uma roupa mais casual e logo em seguida podia novamente ouvir ela falar.

Num primeiro momento ela falava sobre o bebê que não era daquele jeito com todas as pessoas e eu sorria achando que eu estava fazendo alguma coisa certa pelo menos, mas logo o meu sorriso se ia a medida que a senhora ia perguntando sobre a minha família. Sabia que ela não tinha culpa nenhuma em não saber o que havia acontecido com eles, mas aquele assunto sempre era um pouco difícil para mim então o sorriso que tinha no meu rosto foi desaparecendo aos poucos quando eu fui abaixando a minha cabeça por um momento soltando um suspiro, pensando na minha família ficando meio que congelado por um instante. ”E se nada daquilo tivesse acontecido...será que seriamos como essa família mãe?” Pensava comigo mesmo enquanto voltava a mim e via que a senhora havia me perguntado então eu levantava a cabeça e respondia meio que um tanto sem graça. - Meus pais...bem... eles não trabalham fora não, na verdade eles morreram a alguns anos atrás...eu moro sozinho mesmo, de vez em quando vai uma amiga da minha mãe ver como estão as coisas, mas está tudo bem... Falava naquele tom meio sem graça pelo assunto, mas menos não querendo deixar a senhora mal, não tinha outro jeito de falar aquilo. - E por favor não se sinta mal pela pergunta, afinal de contas a senhora não tinha como saber não é mesmo? E estou bem vivendo do jeito que estou, não me falta nada e eu tenho meu trabalho de shinobi...Falava para deixar a mulher mais tranqüila quanto a qualquer preocupação que ela possa ter tido por puxar aquele assunto enquanto eu tentava esboçar um sorriso.  

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Kazui
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Nunca substituídos por ninguém

@Kazui

– Obrigado pela gentileza, Kazui-san. – Agradecia a mulher com a preocupação apresentada por Kazui. – Eu me sensibilizo por você, o nascimento do meu bebê não foi a minha primeira gestação que eu enfrentei, eu tive uma antes e perdi por irresponsabilidades, mantendo os maus hábitos e insistindo em viajar para as missões com o meu marido. Nessa segunda gestação, com uma visão totalmente diferente conseguimos enfrentar estando mais preparados e com imensa alegria conseguimos passar sem sustos por essa etapa e hoje temos nosso bebê lindo e forte. – Observava a mulher. – Eu fiquei muito sentida pela perda, mas fui à única responsável e o maior problema foi fazer com que o meu marido entendesse que ele tinha feito tudo o que era acessível a ele para me ajudar. – A mulher então pegou seu bebê no colo e o levou até o andar de cima, para o cômodo reservado para isso, vestindo-o com um pijama e o colocando em seu berço onde ele pôde finalmente descansar.

– Agora que a Juno dormiu será que você não poderia me ajudar a organizar o quarto em que eu e o meu marido dormimos? Estamos querendo abrir espaço para trazer o berço do neném para perto de nós. – Explicava a matriarca da família. Se aceitasse o convite poderia ver um quarto grande, com banheiro privado, uma cama de casal, televisão e outros retratos com a foto de casal desde que eram novos e inclusive na idade de Kazui. – Você pode me ajudar a mover a cama e as estantes, por favor e tirar o pó dos móveis? Eu lido com o restante. – Perguntava a mulher. Os itens para a limpeza iam desde rodo, vassouras, até os produtos de limpezas e panos secos e úmidos.

– Quero experimentar algo com você, Kazui-san, se me permite. – Perguntaria a mulher, indicando a cama de casal após o término da atividade. – Por que não deita e relaxe? – Falaria, com a aceitação do garoto, ficando de frente para o garoto, ao lado de fora da cama.       

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  A mulher havia me perguntado sobre os meus pais e mesmo eu não gostando de falar sobre o assunto eu respondia a pergunta da mulher mesmo que um tanto quanto sem graça com aquele assunto, mas ainda sim tentando não deixar a mulher mal por ter feito aquilo. Após a minha resposta eu ficava em silêncio por um momento e logo em seguida podia ouvir a mulher começar a falar. Ela falava sobre o que eles haviam passado com a perda de um primeiro bebê antes daquele que estava ali a nossa frente e bem a vida de um shinobi as vezes poderia ser bem complicada e num estado de gravidez dependendo do estado da mãe infelizmente as coisas poderiam ser ruins como haviam sido para eles.

- Claro...posso ajudar sim senhora, afinal de contas é pra isso que eu estou aqui... Falava olhando para a mulher que havia levado o seu filho para dormir e agora voltava me pedindo ajuda para organizar o quarto do casal. Caminhávamos até o quarto onde eu estrava um tanto quanto acanhado e assim podia ver que o mesmo era grande com banheiro privativo, alguns eletrônicos e mais fotos do casal desde quando tinham a minha idade. Ouvia as instruções da mulher e assim eu começava a minha parte do trabalho, primeiro movia a cama para a posição que ela queria, depois a estante, fazendo a mesma coisa até começar o momento em que eu ia tirando o pó dos móveis com todo cuidado para não quebrar nada, afinal de contas não queria causar nenhum prejuízo.

Estava quase terminando a limpeza quando eu ouvia a mulher se dirigir a mim dizendo que gostaria de fazer uma espécie de “teste” comigo e que era para eu me deitar na cama. ”Ok...não vou negar que isso está meio estranho ou no mínimo inusitado... Pensava naquilo enquanto achava aquela coisa toda bem estranha, mas ainda sim eu ia me sentando na cama e logo depois deitando me lembrando que ela havia dito que era para e relaxar, porém isso era uma coisa que eu realmente não iria fazer, pelo menos não naquele primeiro momento, então até eu saber o que estava acontecendo eu estaria atento a qualquer tipo de movimento brusco por parte da mulher, pois mesmo ela se fazendo daquele jeito meus pais sempre me ensinaram a não confiar demais em uma pessoa, ainda mais em quem você acabou de conhecer. - Mas então o que é mesmo isso que a senhora quer testar? Perguntava com um tom de voz tranquilo enquanto estava atento e esperando por uma resposta.

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Você já buscou conhecer a si mesmo, garoto? – Soou em sua mente a voz de Mariana, a matriarca da família antes de colocá-lo em um transe profundo.

***

Kazui agora estava em uma cena de modo introspectivo, meramente como um observador, não tinha corpo e nem nada, apenas a visão da cena. Poderia reconhecer aquele momento, era fim de período na escola quando foi buscado por seu padrinho no portão da academia e a criança sem nenhuma malicia, vendo um rosto confiável e conhecido aceitou o convite sem pestanejar para um treinamento que nunca existiu.

A cena seguinte exibia a criança sendo exposta com uma kunai no pescoço e a chegada de seus pais. – Matou você não esta pensando direito, você não quer fazer isso contra o seu afilhado, desista disso, vamos conversar. – Dizia o pai do jovem, deixando o antagonista com ainda mais raiva. – O que você sabe seu traidor? Você leva uma vida perfeita com a mulher por quem um dia eu me apaixonei. – Respondia o atacante.

A dupla tentava dialogar com o "amigo", mas sem sucesso, o mesmo estava cego e precisava anunciar da pior maneira possível o rancor guardado há muito tempo, a frustração da vida aparentemente perfeita que a família Akiyama levava, mas os pais de Kazui não iriam ficar sem fazer nada e logo um combate se iniciou.

Relembrando aquele momento Kazui poderia se lembrar do quanto de esforço fizeram seus pais para sua proteção. Os dois trabalhavam incrivelmente bem lado a lado, um completava o outro, justificando a carreira de sucesso que construíram. Matou por outro lado tinha no terreno toda uma vantagem preparada de antemão por alguém que já estava processando o crime a muito tempo e talvez essa tenha sido sua única alternativa ou certamente seria derrotado.

A cena final viera com a fuga de Matou como um verdadeiro covarde diante dos esforços de seus pais e uma última declaração onde o pedido do seu pai estava claro. O casal havia dado sua vida em troca da do seu filho sem arrependimentos e fariam isso uma segunda vez se tivessem a chance, também poderia relembrar o pedido para que Kazui encontrasse coisas para amar e que vivesse a vida da maneira que achasse melhor para si.

***         

Após a matriarca remover os seus dedos do corpo de Kazui o jovem estaria de volta ao mundo real. Por mais dramático e doloroso que fosse relembrar aquele acontecimento algo havia ficado muito claro, seus pais não gostariam de ter um trauma tão grande sobrecarregando o seu filho e aquela não tinha sido a palavra que ele tinha dado para eles no seu último suspiro. – E então, Kazui-san, você encontrou algo para amar e tem vivido da melhor maneira? – Perguntava a mulher.

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 Ainda estava um tanto quanto apreensivo enquanto eu me colocava na cama do casal e ia me deitando aos poucos, não sabia o que iria acontecer, mas estava seguindo com as instruções da mulher enquanto eu por momento podia jurar ter ouvido a voz dela, mas não da maneira normal, mas sim dentro da minha mente. Como se eu estivesse entrando em uma especie de transe profundo eu ia me perdendo dentro da minha mente caindo inconscientemente quando uma imagem ia se formando a minha frente e assim eu podia ver a saída da minha antiga escola e eu estava saindo parecendo ser um tanto quanto animado correndo em direção a uma pessoa que ia se revelando e sendo Matou...eu me lembrava daquele dia, era o dia que ele havia me buscado no colégio, onde ainda não sabíamos que ele era um traidor e que iria matar os meus pais. Nesse momento eu podia ver aquela cena como uma visão naquele ambiente, não tinha corpo nem nada, mas o sentimento de raiva se fazia presente naquele momento percorrendo a minha mente.

Como em um piscar de olhos as cena mudava e agora ia se formando uma das imagens que eu realmente gostaria de apagar da minha mente, conseguia me lembrar em detalhes da temperatura do aço frio da lamina em meu pescoço, enquanto meus pais suplicavam para que Matou desistisse daquilo tudo. Logo em seguida a batalha de meus pais contra o seu “amigo” e meu padrinho que havia preparado o local da batalha lhe dando a vantagem que ele precisava.

Raiva, medo e agora tristeza era tudo de sentimento que percorria a minha mente ao rever aquelas cenas, ainda mais das dos meus pais novamente caindo ao chão diante de mim, não só o eu que havia presenciado aquilo quando mais jovem, mas agora novamente naquela lembrança enquanto Matou fugia como um covarde. Toda a promessa que o pequeno garoto havia feito aos seus pais e novamente eles fechando os olhos pela última vez, tudo aquilo era muito doloroso e bem traumático para mim, tanto que aquilo mesmo não vendo o meu corpo, podia ver que em minha mente me deixava extremamente agitado quando de novo me via envolto em uma escuridão até conseguir abrir os olhos e ver a mulher a minha frente.

Me levantava agitado após sair daquela “viagem”, tinha uma certa dificuldade de respirar e respirava ofegante e agitado tentando recuperar o ar novamente para dentro dos meus pulmões e me escorava em uma pequena cômoda que ali tinha. Minha vista estava um pouco embaçada talvez pelos olhos mareados de lágrimas ou pela dificuldade de respirar, mas ainda sim conseguia ouvir a voz da mulher ao fundo me perguntando se eu havia feito o que tinha prometido aos meus pais. - Eu não consigo respirar...eu... Tentava falar mas tinha dificuldade, não sabia o que fazer, parecia que eu iria morrer ali mesmo, mas foi então que naquele momento eu podia sentir algo quente tocar o meu rosto o que fazia eu voltar a minha atenção para a frente e para a minha surpresa ver a figura da minha mãe, aquela era uma coisa que ela sempre fazia quando eu estava triste ou alguma coisa do tipo. Via o sorriso na sua expressão e logo podia sentir a minha respiração focar cadenciada aos poucos até conseguir me acalmar e assim ver agora com nitidez onde eu estava e olhar para a mulher e então eu falar.

- Eu não sei...não sei se o que estou fazendo é o que eles queriam para mim, mas como eu vou saber, eles não estão aqui não é mesmo... Falava com um pouco de raiva na voz, eu sabia que eles haviam feito de tudo que podiam para que eu sobrevivesse e tivesse uma vida pela frente, mas mesmo por debaixo daquela cortina eu ainda tinha “raiva” deles por eles terem me “deixado” sozinho, afinal de contas eu sendo ou não ainda era uma criança. - Eu vivo do jeito que eu posso, protejo a minha vila e as pessoas que vivem nela buscando trazer justiça e honrar a memória e o juramento que eu fiz aos meus pais...não sei se esse é o melhor jeito, mas é nisso que eu me agarro todos os dias... Dava a minha resposta a mulher enquanto me levantava e enxugava as lágrimas, respondendo a mulher em um tom mais calmo naquele momento mas ainda sem entender o que era aquilo tudo. - Porque eles tiveram que me deixar? Eles morreram por minha causa...porque você tinha que me fazer lembrar disso? PORQUÊ!!!! Não havia conseguido segurar tudo que estava sentindo naquele momento e desmoronava tudo em cima da mulher que estava a minha frente sabia que ela não tinha culpa de nada, mas naquele momento em específico eu não conseguia perceber como eu estava agindo.

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– Você é ainda é muito novo, Kazui-san, mas é necessário e muito importante que você confronte o seu passado se você quer ter uma carreira shinobi de sucesso, você vai ter que ter esse assunto muito bem resolvido. Por que deixar para daqui a cinco, dez anos, se você pode encerrar essa dificuldade da sua vida no hoje? Eles tiveram que morrer não só para te manter vivo, mas isso era importante para eles, proteger a maior riqueza da vida deles. Hoje você tem o privilegio da vida, de contar para todos a sua verdade e ir em busca da prisão desse mal solto na sociedade. Está longe de ser apenas por sua causa, esse é um pensamento muito pobre e que não acrescenta em nada a você. – A primeira pergunta era respondida. – A profissão minha e do meu marido é muito difícil, nós podemos morrer em missão e nossos pais e irmãos não vão nem saber, ou eles podem falecer enquanto estivermos fora e não vamos receber nenhuma carta falando sobre o assunto. Então seguimos um roteiro de manter nossas famílias próximas para que sempre possamos abraçá-los. Isso parece legal, mas não, não é, isso quer dizer que a cada cinco missões, nós nos despediremos cinco vezes dos nossos familiares os deixando com os corações apertados. – Continuou Mariana. – Eu sinto muito pelo que aconteceu com você e estou muito contente ao mesmo tempo pelo esforço dos seus pais terem sido um sucesso. Eles morreram com o papel cumprido, provavelmente estavam com todas as tarefas em dias para com o vilarejo e tiveram a paz de morrer fora de missão, dentro de casa, sem burocracia para enterros ou a incerteza dos seus corpos não serem descobertos. Hoje eles estão enterrados aqui ao lado praticamente e se te conforta você pode fazer suas preces sempre que quiser. – Nesse instante a recém-nascida Juno começava a chorar em um sinal de alerta, a bagunça estava prestes a iniciar. – Tome um tempo para tomar um ar, uma água, e retomaremos a nossa conversa.

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 Naquele primeiro momento eu não conseguia entender o que Mariana tinha em mente em me fazer reviver aquela situação traumática do meu passado, aquelas lembranças de quando eu havia perdido os meus pais e tudo que havia sido envolvido naquela história, naquele momento mesmo tentando parecer calmo por dentro eu vivia um misto de emoções que eu não conseguia explicar e após confrontar a mulher do que ela queria mostrar com aquilo tudo eu logo poderia ouvir a sua explicação.

Ela explicava o porque de aquilo tudo e mesmo estando um tanto quanto “atordoado” pelo que havia acontecido eu conseguia ouvir as suas palavras claramente o que me fazia pensar por alguns instantes até o bebê novamente acordar, assim ela dizia que eu deveria tomar um pouco de ar quando a mesma voltava sua atenção para o bebê. Saia do quarto e ia até o andar debaixo, tinha muita coisa para processar, porém não sabia se  iria conseguir. ”Eu sei que eu preciso deixar que eles descansem pelo menos tirar esse peso de dentro de mim, mas e se eu fizer isso e eles desaparecerem de vez? Tinha aquela dúvida na mente, apesar de saber que eles haviam dado a vida por mim eu sabia que não podia continuar com aquele sentimento egoísta, mas eu não sabia como iria conseguir superar aquele sentimento.

- Eu sei o que vocês deram para que eu pudesse estar aqui, mas eu tenho medo de que se eu “superar” esse meu trauma vocês vão desaparecer da minha cabeça... Falava aquelas palavras comigo mesmo enquanto estava sentado em uma cadeira pensando estar sozinho na cozinha e olhando através da janela, aquele talvez poderia ser um dos meus medos mais profundos e o que me agarrava a memória dos meus pais, enquanto eu achava que aquele era o único jeito, mesmo que distorcido de ainda estar com eles de algum jeito.

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Já dizia o poeta: As pessoas só morrem quando são esquecidas. Essa frase costuma fazer muito sentido, mas para o nosso protagonista ela estava atuando como um bloqueador em seu cérebro, era algo que estava ali presente de uma maneira negativa capaz de prejudicá-lo mesmo nas tarefas mais simples do dia a dia. – Ela voltou a dormir, graças a Deus. – Dizia uma mãe otimista em relação ao sono de sua filha. – Você não esta totalmente errado, Kazui-san, mas ele está um pouco distorcido. É verdade que se você esquecê-los a morte deles pode ser decretada, mas pense em seus valores, nas lições aprendidas, as verdades que eles te ensinaram quando em vida, todos estes recursos valiosos que você pode carregar. Eles faziam parte do plantel de ninjas do nosso vilarejo, não faziam? Uma atividade legal que você poderia fazer é buscar o histórico deles, as missões que eles tiveram sucesso e aquelas que eles encontraram dificuldades, passar pelas experiências que eles um dia passaram, como você reagiria e como você pensa que eles reagiram no tempo deles. Eu realmente quero que você fique bem garoto.  

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 Por um instante eu parava em meio aquilo tudo, tinha aquele sentimento que não queria deixar desaparecer, pois no fundo eu pensava que se continuasse com aquilo as memórias e lembranças dos meus pais ainda ficariam vivas dentro de mim, porém mesmo assim eu conseguia entender o quanto aquilo me fazia mal e sabia que os meus pais não iriam querer aquilo pra mim. Não demorava muito e a senhora adentrava o cômodo dizendo que o bebê havia dormido novamente. Eu não falava nada, apenas lhe olhava por um instante enquanto baixava a cabeça e podia ela voltar a falar comigo.

Ouvia as suas palavras e a cada momento que passava eu podia perceber que eu deveria superar aquilo tudo para poder ser ou pelo menos caminhar na trilha que meus pais tinham planejado para mim, mas como eu faria aquilo? Eu não fazia a menor ideia. - Eu posso dizer exatamente cada detalhe das missões que eles fizeram, eu li todos os relatórios que estavam disponíveis sobre elas, o problema é que eu tenho medo que no momento em que eu admitir que eu posso superar esse problema a lembrança deles se vai embora também como uma simples fumaça...eles já me deixaram uma vez e eu...eu não quero que isso aconteça independente do que isso pode me trazer...eu não tenho mais ninguém... Eu sabia que aquele pensamento era extremamente egoísta e que podia continuar me atrapalhando nas minhas missões e na minha vida shinobi, mas eu não sabia se estava preparado para superar a perda da minha família naquele momento.

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Kazui estava em constante evolução ainda que mantivesse um receio, mas era perceptível que sua mente estava mais aberta e ele conseguia conversar bem sobre o assunto sem que o afetasse diretamente, muito em conta da tragédia revivida. – Tudo bem, venha comigo meu jovem, esta na hora de sairmos de casa. – Conversava a mulher, tomando seu casaco e preparando um carrinho na porta. – Você pode buscá-la por favor, ela vai com nós? – Pedia educadamente, na medida em que Kazui retornasse com Juno no colo ainda dormindo como uma pedra, a dupla enfim iria sair de casa.

Tomando um atalho pelas ruas fora do sentido do centro do vilarejo a dupla tinha um trajeto de tranqüilidade e paz, ali apenas existiam casas residenciais e a maioria já estavam em suas casas. O destino da dupla? Um cemitério ao céu aberto onde os túmulos eram localizados no jardim, horizontalmente, com lápides no chão identificando os sepultados. A dupla poderia caminhar ali e não seria considerada nenhuma falta de respeito, inclusive era uma pratica comum pelos visitantes.

– Seu nome é Zeno. – Apontava a mulher em direção à seção B, para as lápides 16, 17, 18 e 19 do cemitério onde Kazui poderia confirmar a presença de uma figura constante ali, um senhor na casa dos 80 anos de idade. – Ele perdeu os três filhos em ação, todos em épocas diferentes e seguiram a mesma profissão, eram shinobis assim como nós. A mulher morreu faz alguns anos, mas também presenciou a morte dos filhos. E todo santo dia, no mesmo horário, as 16h00min da tarde ele vem aqui e faz o mesmo ritual de sempre, limpa as lapides, coloca flores brancas e então monta sua cadeira, abre um livro que diz ele que lia para eles quando eram crianças. – Explicava a acompanhante de Kazui, indo de encontro ao idoso. – Olá senhor Zeno, como vai? O senhor precisa de algo? Esse é o meu amigo Kazui-san. – Apresentava as duas gerações, o passado e o futuro. – Olá doce Mariana, como vai sua neném, estão todos bem? Espero que sim. – Apresentava-se. – Olá Kazui-san, é um prazer conhecê-lo, mantenha-se firme, você é o futuro desse vilarejo. – O homem voltava a sua leitura.  

– O que eu quero com isso? Tem varias maneiras de você fazer qualquer celebração em lembrança à alguém que já partiu e que se matar por isso não é uma solução. – Concluía a mulher, esperando que Kazui estivesse com a cabeça boa.   

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 Logo mais cedo eu havia sido surpreendido por Simon onde eu não esperava o que poderia se desenrolar daquele convite para uma tarefa e agora eu estava sendo surpreendido mais uma vez com tudo aquilo que estava acontecendo, afinal de contas eu nunca havia confrontado aqueles meu sentimentos daquela forma, estava perdido naquele momento. Ouvia a senhora dizer que talvez fosse a hora de nós saírmos de casa, apesar de tudo a minha tarefa naquele momento era ajudá-la então me levantava enquanto podia vê-la começar a arrumar um carrinho de bebê e me pedia para que eu fosse pegar o seu filho. Estava meio receoso, mas mesmo assim o fui fazer indo em direção ao quarto da criança e a pegando tentando fazer que a mesma não acordasse e para minha surpresa eu conseguia até o momento que eu a fui colocando no carrinho e a mesma acordava, ou pelo menos fazia um breve olhar e depois fechava novamente ainda meio sonolenta enquanto íamos saindo da casa.

Cruzávamos as ruas da vila andando tranquilamente enquanto eu me mantinha calado pensando em tudo que havia acontecido e também prestando atenta nossa volta, pois mesmo Simon dizendo que não havia perigo imediato eles ainda estava sobre a minha responsabilidade. Não demorou muito e nós estávamos chegando ao cemitério da vila, era o lugar onde os meus pais estavam sepultados, num primeiro momento não entendia qual era a finalidade daquilo, pensei até em questionar a senhora, porém me mantive quieto, pois logo ela foi falando ou pelo menos deixando no ar o que havíamos ido fazer ali.

Olhava para o velho Zeno e ouvia a sua história, ele havia perdido a família inteira e ainda sim todos os dias eles ia ali, ele havia perdido todos a quem ele amava e ainda sim parecia estar em paz...como aquilo era possível? Me indagava quando a senhora ia nos apresentando enquanto eu tentava forçar um sorriso amigável nos lábios e ouvia o ele dizia.

Apesar de tudo que ele havia passado ele estava em paz e ainda não tinha nenhum rancor quanto aos seus filhos terem morrido como shinobis, na verdade dava para se perceber esperança nas suas palavras e talvez foi nesse momento que a ficha caiu para mim. ”O que eu estou fazendo? Mariana está certa...meu pais iriam querer que eu fosse como esse senhor que apesar de ter perdido tudo ainda tem esperança...e eu estava aqui agindo como uma criança ainda... Tinha aquele pensamento enquanto enquanto mais uma vez ouvia a mulher falando e então eu dizia. - O prazer é meu senhor, vou dar o meu melhor para proteger a vila e todos que moram nela no futuro...Dizia aquelas palavras ai velho e logo em seguida me virava para a mulher e dizia. - Marina-San, se você me permite eu preciso de alguns minutos eu não vou estar muito longe, ma verdade é logo ali...Falava para ela enquanto apontava a uma distância de uns vinte metros da posição onde a gente estava e após ver que estava tudo certo eu caminhava devagar até parar diante de duas lápides, as dos meus pais, assim olhando para elas com as mãos nos bolsos e dizendo. - Olá...me desculpem pelo jeito como eu estava me comportando eu tinha entendido tudo errado, a partir de agora eu vou tentar ser a pessoas que vocês deram a vida para que eu fosse, sem mais lamentações...ao invés de carregá-los na cabeça vou levar vocês no meu coração... Dizia aquelas palavras olhando para a placa do túmulo dos dois e limpando uma pequena lágrima que escorria do meu rosto, a memória deles nunca iria embora se eu a levasse em meu coração e não nas minhas lamentações.

Dava uma última olhada com um sorriso e logo em seguida voltava caminhando para a direção onde a senhora estava com o seu bebê e assim eu me aproximava um tanto quanto sem graça e dizia.- Me desculpe pela forma como eu agi mais cedo, eu não queria entender o que estava diante de mim, mas eu lhe agradeço por ter me mostrado... Falava um tanto quanto sem graça enquanto olhava a senhora tentando passar realmente que eu estava agradecido por ela ter me ajudado a superar aquele trauma.

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O narrador criou todo um plotting, mas quem fechou com chave de ouro foi o player. Em um grand finale, um Kazui agora renovado, bem resolvido consigo mesmo e com mais confiança fazia uma despedida digna de aplausos em frente ao palco das lápides de seus pais. – Muito bem, Kazui-san, estou feliz pela força que você demonstrou, desejo em nome da nossa família que você tenha muito sucesso e carregue o nome da família para o patamar mais alto dentro do vilarejo. A porta de casa estará sempre aberta para você, pode contar com a gente. – Dizia a mulher, carregando o carrinho de mão. – Eu preciso passar na casa da minha mãe agora, fica logo ao lado, você pode voltar para sua casa agora. Muito obrigado por ter nos acompanhado nessa tarde, foi de grande ajuda. – Dizia a mulher em despedida.

Kazui agora estaria livre para fazer o que desejasse mas ainda deveria o narrador colocar uma última situação como exercício de fixação, talvez enfrentando um problema cotidiano que antes tivesse dificuldade pudesse concretizar a superação do defeito.

Seguindo seu rumo, propositalmente o jovem se depararia com uma mãe e seus dois filhos, deveriam ter na idade de três anos e eram gêmeos. A duplinha se mostrava bastante desrespeitosa com a figura que deveria representar autoridade e ela não tinha forças para reagir, deixava-os serem rebeldes. – Vejam só essa mãe, nada faz diante de uma falta de educação dessas? – Questionava uma mulher que passava pela vizinhança em repúdio a cena observada. Talvez não fosse o momento de repreender a mãe, mas sim às crianças, Kazui com todo o ensinamento adquirido conseguiria intervir aqui e talvez retribuísse todo o ganho que tivera naquele dia?   

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 A vida das pessoas são definidas pelas as experiências que ela tem ao logo dos anos e naquele momento eu poderia dizer, ou melhor, poderia afirmar que eu estava diferente do que eu era quando havia acordado naquele dia de hoje. Havia conseguido entender e pelo que parecia deixar um grande pesar para trás, uma das coisas que me corroía a muito tempo, agora parecia que eu finalmente estava em paz, pelo menos era o que eu sentia naquele momento.

Ouvia Mariana falando e logo se despedindo então eu rapidamente dizia. -Mariana-San eu que mais uma vez agradeço por tudo que vocês fizeram no dia de hoje...por favor dê os meus comprimentos a Simon...e quando precisarem de ajuda novamente por favor não se importem em me chamar... Dizia aquelas palavras sorrindo de forma natural agora e não mais sendo forçada como em outras vezes naquele dia.

Me despedia da mulher e seu bebê e logo tomava o caminho de casa, parecia naquele momento que um grande peso havia sido tirado do meu peito. Enquanto caminhava em direção a minha casa, me deparava com uma cena diferente uma mãe com uma certa dificuldade em tratar com seus filhos e muitas pessoas em volta comentando aquele fato. Ouvia os comentários e olhava a cena, a mãe parecia não ter forças para resistir, mas aquilo realmente mexia comigo, afinal de contas eles não sabiam a sorte que tinham então eu me aproximava daquela família e levava a minha mão até o braço da mãe murmurando - Não se preocupe eu resolvo... Falava e logo me virava para as crianças e assim eu dizia com uma voz firme ou o máximo que conseguiria demonstrar para um shinobi de oito anos.

- Ei vocês ai...não estão vendo o que vocês estão fazendo com a mãe de vocês? Vocês sabem o quanto é difícil para ela e vocês não dão o valor que ela merece? Vocês sabem a sorte que tem de ter uma mãe que os ama e cuida de vocês e é assim que vocês retribuem? Porque não se comportam... Falava com um tom de voz firme, mas sem gritar com as crianças queria que elas entendessem sem sentir medo e sem chamar mais atenção das pessoas a nossa volta, esperava que o meu plano desse certo.

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Sem se apresentar de modo desrespeitoso o conselho de Kazui foi muito bem recebido pela mãe e os transeuntes, fazendo com que as crianças fechassem o semblante. – Estão vendo o que eu sempre falo pra vocês? Uma hora ou outra alguém ia apontar a falta de educação de vocês, e não é por falta de incentivo por parte do seu pai e eu. – Complementava a mulher. – Muito obrigado meu jovem, eles mereciam ouvir isso mais cedo ou mais tarde. – Agradecia a mulher. – E então crianças, como vai ser? – Perguntava a mulher os encarando. – Desculpe por sermos ruins, mamãe, não irá se repetir. – Diziam a dupla de sapecas, quase que ao mesmo tempo.

***

– É minhas criaturinhas lindas, nem sempre eu vou poder estar junto de vocês, está na hora de arranjarmos um novo mestre para vocês. – Dizia uma senhora acariciando uma espécie de girino. – Querem saber? Vamos começar o processo de seleção agora mesmo e procurar por aquele que se mostrar possuir valores e ética.

***

Uma nova personalidade, com uma nova história e ensinamentos diferentes estava prestes a cruzar o caminho de Kazui, restava agora acompanhar para ver se ele se enquadraria no perfil desejado pela mulher.    

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Após sair do cemitério havia me deparado com uma cena um tanto quanto estranha com duas crianças agindo de forma um tanto quanto rude na rua e sua mãe não conseguindo controlá-las então eu decidi ajudar, logo depois de dizer que eu ajudaria eu falei com as crianças para ver se elas percebiam o que estavam fazendo com a mãe delas e para minha surpresa eu havia conseguido, tanto que elas naquele momento pediam desculpas pelo comportamento delas e eu me virava para a senhora que me agradecia e ia dizendo. - Não se preocupe, não precisa agradecer, apenas tentei lhe ajudar, que bom que funcionou...espero que eles se comportem... Falava sorrindo para a mulher de pois me virando para os jovens e continuaria o meu caminho.

Andava mais alguns metros e outras coisa me chamava a atenção ao ouvir por alto uma senhora conversando com alguns animais o que pareciam ser uma espécie de girinos ou alguma coisa do tipo, ela falava que deveria ter que encontrar outro mestre para eles, mas o que será que aquilo queria dizer e então eu fui me aproximando  devagar e dizendo. - Senhora, me desculpe a intromissão, meu nome é Kazui Akiyama e eu estava passando e não pude deixar de ouvir que a senhora estava falando sobre procurar um novo mestre eu fiquei curioso...se a senhora não se importar de me contar a historia por trás disso, eu gostaria de ouvir... Perguntava tranquilamente enquanto esperava para saber qual seria a resposta que a mulher iria me dar eu tinha algumas suspeitas, talvez ela fosse uma mestra na técnica de invocação e isso seria de grande ajuda para mim, ou talvez ela só fosse meio “piradinha”, mas de qualquer jeito aquilo havia chamado a minha atenção e agora eu queria saber sobre o que se tratava.
 

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Kazui
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Nunca substituídos por ninguém

@Kazui


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Junto da abordagem de Kazui, também compareceram outras três crianças, todas na mesma faixa de idade, eles eram melhores amigos que também estavam na redondeza e se interessaram pelo assunto, bem como nosso protagonista. – É isso mesmo vovó, qual é a desse lance de mestre e onde entram os girinos nisso? É alguma brincadeira como pega-pega e esconde-esconde? Eu sou Sancho e esses são meus amigos Allan e Albert. – Apresentou-se o garoto que tomava a frente do trio, o de boina laranja.

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– Olha só, já temos alguns pretendentes então? – Retrucou a senhora com um largo sorriso no rosto. – Bem, como é que eu posso explicar... – Ela parecia refletir. – Olha só, já temos alguns pretendentes então? – Curiosamente ela interrompia sua linha de raciocínio e voltava ao inicio. – BUAAAAP! BUAAAAP! – Esboçou uma de suas criações, fazendo com que ela retomasse seu pensamento. – Certo, certo, lembrei. Eu sou uma ranário, crio rãs para consumo, é uma espécie bastante saudável e saborosa, inclusive para tratamento de doenças como diabetes e eu pretendo passar o meu negócio para frente, vocês querem conhecer as instalações? Nem que seja apenas para conhecer e aprenderem algo novo. – Perguntava a mulher.       

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Kazui
Genin
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 Depois de tudo que havia acontecido naquele dia eu não podia deixar de dizer que eu estava um tanto quanto cansado, não fisicamente, mas emocionante havia sido um dia bem estressante, após tudo que havia acontecido com Marianna e depois com a senhora e seus filhos eu só pensava em ir para casa, porém um fato no meio do caminho me chamava a atenção, havia ouvido uma senhora dizer que precisava encontrar um novo “mestre” para os seus bichinhos. Não entendi aquilo muito bem, mas a curiosidade me bateu e então eu decidi perguntar a senhora sobre o que aquilo tudo se tratava.

Para a minha surpresa não havia sido apenas eu que tinha ouvido e parado para saber sobre o que era aquilo, podia ver um grupo de três outro garotos também se interessarem e assim após eles se apresentarem a senhora começava a falar. Um pouco senão toda a minha empolgação havia passado quando eu percebi que provavelmente não era o que eu estava esperando, tinha imaginado que a senhorinha poderia ser uma mestre invocadora, mas no final ela tinha apenas uma criação de rãs e bem isso não era muito emocionante, mas uma coisa me chamou a atenção antes de desistir daquilo, dava para se ver que ela estava bem velha tanto que poderia estar com alguns problemas de memória devido a sua idade e que era perceptível na sua fala e assim não era muito bom que ela andasse pela vila sem ajuda.

- Entendi...eu aceito o seu convite senhora, não entendo muito de rãs, porque sou um shinobi, mas estou disposto a conhecer... Falava em um tom amistoso e com um sorriso no rosto, mesmo que não fosse a coisa mais emocionante do mundo mesmo assim não seria inteligente deixar uma senhora naquele estado, pelo menos era o que me parecia ir a pé pra casa e sozinha, eu tinha na minha cabeça que deveria proteger a vila e as pessoas que ali viviam como um ninja, aquele não era o trabalho para um ninja, mas ainda sim se encaixava e então mesmo um tanto quanto cansado eu esperava a senhora para poder levá-la até onde ela queria ir.

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Kazui
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Com todos de acordo a mulher guiou o grupo até sua fazenda. Havia campos por todo o lado, espalhados esporadicamente entre os trechos de florestas que restavam para crescer em paz. À sua volta, Kazui poderia notar cavalos e veados brincando e se alimentando nas pastagens abertas, e atravessando os vários campos corria uma estrada arenosa cheia de ervas daninhas. A estrada levou-os até uma imensa fazenda completamente ofuscada pela pérgula floral ao lado dela. A fazenda era antiga, mas não parecia. Um silo alto estava cheio de silagem, dois cachorros descansavam sob a árvore no centro do pátio, e várias videiras subiram pelo terraço aberto ao lado do pátio. A fazenda tinha uma atmosfera amigável, era uma daquelas fazendas com as quais você ficaria feliz em passar um verão inteiro. O seu maior potencial estava na criação de rás.

Venham conhecer as minhas instalações. – Dizia a mulher. – Uma rã para crescer basicamente precisa de quatro fatores, são eles: espaço, água limpa, calor e o alimento, e adivinhem? Temos tudo aqui. Nós temos um lago para a desova, da desova tem a área de eclosão, nosso berçário, e depois tem a piscina de metamorfose e o espaço para as rãs adultas. – Fazia uma breve apresentação, basicamente ela tinha em sua propriedade todas as instalações necessárias para a criação de rãs.       

A visita fora interrompida pela chegada de um homem muito bem comportado e vestido que se dirigia à senhora. – Melody-sama, insistimos para que a senhora venda a sua propriedade, nosso planejamento é muito maior do que um simples ranário. Pensamos em um Hotel cinco estrelas que vai atrair muito dinheiro, não só encher a barriga da população. – Insistia o homem. – Ainda não, eu tenho comigo aqui crianças determinadas em conhecer mais sobre o meu negócio, em outro momento voltaremos a discutir essa possibilidade. – Sem a necessidade de apresentar uma saída o homem fazia o trajeto de volta para casa novamente sem uma resposta positiva. – Desculpe, meninos, eu tenho a memória fraca e não lembro de ter me apresentado. Eu sou Melody, a anfitriã. Contem-me mais sobre vocês, idade, o que fazem da vida, que tipos de coisas gostam de fazer, tem preferência por animais? Ah, o que vocês acham de sapos?

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Kazui
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 Parecia que não era só eu que seguiria com a senhora, bom o meu motivo era para ajudá-la até chegar a sua casa, pois havia ficado preocupado com o estado de esquecimento em que ela estava, agora quando as outras crianças daquele grupo eu não sabia quais eram as suas intenções, mas mesmo assim nós seguíamos andando pela vila até deixar de ver as edificações e começar a ver os campos e a paisagem “rural” que era onde a fazenda de criação de rãs da senhora ficava. Depois de um tempo caminhando e as paisagens assim como ar ficarem mais agradáveis, nós havíamos chego até a fazenda da senhora que eu percebia que até aquele momento não havia se apresentado, pensei em perguntar como ela se chamava, afinal de contas eu havia ido levá-la em segurança e não estava pensando muito em demorar, pois estava cansado e a caminhada havia sido um pouco maior do que eu imaginava, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa a senhora já ia começando a falar.

A senhora dava um explicação de como era que tudo ali funcionava e explicava também como era o processo de criação de rãs. Ouvia tudo atentamente, não era porque aquilo não era emocionante que eu também iria tratar a paixão de uma outra pessoa de qualquer maneira e assim eu ia entendendo o que ela ia falando até o momento em que a explicação dela fora interrompida por uma outra pessoa, um homem vem arrumado que dizia querer ficar com a propriedade da senhora para construir outras coisas. A mulher logo cortava a proposta do homem que dava meia volta e saia do local, ela ainda estava empenhada em manter o seu sonho vivo e isso era realmente um tanto quanto admirador e então ela se lembrará de se apresentar e seu nome era Melody e logo em seguida nos fazia algumas perguntas.

Ouvia as indagações da senhora e logo eu olhava para as outras crianças que estava quietas e então eu decidi tomar a frente e falar primeiro. - Acho que eu posso ser o primeiro, eu sou Kazui e tenho oito anos, eu sou um genin da vila e agora que eu  pensei aqui eu não faço muitas coisas diferentes de missões e treinos para falar a verdade...Dizia dando um sorriso meio sem graça enquanto coçava a parte de trás da minha cabeça por um instante e logo depois completava...- E quanto a última parte, eu nunca parei para pensar sobre preferencia de animais, mas os sapos eu acho até um tanto quanto “fofos”...Terminava de falar sorrindo eles eram interessantes era verdade e mesmo assim eu não iria falar mal do que era a principal paixão de uma senhora.

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Meu nome é Sancho e eu também tenho oito anos de idade e basicamente eu e os meus amigos aqui crescemos em um orfanato, nossos pais nos abandonaram e desde então nós trabalhamos como forma de compensar o tratamento recebido no orfanato. Quanto aos animais eu gosto do leão, pois ele é o rei de todos os animais e um dia eu sonho em me tornar um homem de negócios de sucesso e sapos? Sapos estão longe disso. – Respondeu o jovem de boina na ordem. – Eu sou Allan e tenho nove anos de idade, eu conheço Sancho e Albert desde que me conheço por gente, somos muito próximos no orfanato, um é o alicerce do outro. Eu gosto de pássaros, pois são livres, símbolo de paz e podem voar para onde quiserem. Sapos conseguem voar? – Apresentava-se o de cabelo arrepiado. – B-b-e-bem, e-eu sou Albert, oito anos de idade e amigo deles. Eu gosto de leões e pássaros, que é o que os meus amigos gostam, mas não tenho nada contra sapos. – Respondia o último com a touca que cobria suas orelhas.

Quis o destino colocar três outras crianças na frente de Kazui, todas elas haviam sido abandonadas por seus pais, assim como nosso protagonista eram bem educadas e muito inteligentes. Enquanto Kazui não teve a oportunidade de crescer em meio aos seus pais por forças maiores, os pais dessas crianças que tiveram essa chance simplesmente fizeram uma escolha extrema como essa em abandoná-los. O mais protegido do trio, com unhas e dentes, era Albert, o mais novo e totalmente dependente dos outros dois.

Muito bem, Kazui, Sancho, Allan e Albert. – Sorridentemente ela apontava para Sancho quando falava o nome de Kazui, e assim os demais, ela trocava todos os nomes. – Bem crianças, eu sinto que não estou sendo muito sincera com vocês. Minha fazenda está em uma área nobre e que tem sido muito valorizada com os empreendimentos construídos ao seu redor, o que vocês presenciaram foi o homem dono de todas as terras ao redor com planos gananciosos em uma tentativa de me fazer ceder. Acontece que eu estou tendo problemas com a minha criação e estou inclinada a vender. – Melody explicava sua situação. – Deixe-me preparar um prato para vocês experimentarem, podem passear por ai enquanto isso. – Ausentou-se.

Com o quarteto livre para andar pela fazenda Kazui poderia notar que com a retirada da senhora as crianças tinham um olhar de julgamento para com ele. – Vamos meninos, é nós por nós, contra o mundo. – Dizia Sancho, sendo atendido pelos demais. Ignorantemente os dois mais velhos enxergavam Kazui como um privilegiado por ter pais, onde ele poderia retornar a qualquer momento que receberia o conforto de um abraço. Mas essa não era uma verdade, pois o mesmo também havia crescido sem a presença dos seus pais. Ignorado pelos demais, em determinado ponto Kazui poderia ouvir um funcionário da fazenda em planos nada legais. – Pode dizer para ele que o boicote será feito ainda hoje, iremos poluir os produtos que estão prontos para serem comercializados. – Kazui não pôde ser detectado e tinha isso como sua vantagem, como procederia?

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Kazui
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 Depois de eu ter respondido o que a senhora queria saber eu apenas ficava esperando para conhecer os outros garotos que ali estavam naquela empreitada também, não demorava muito e eles iam contando uma parte das suas histórias que se cruzavam em um ponto. Todos eles não tinham família e haviam crescido em um orfanato da vila, se apoiavam um no outro para sobreviver o primeiro a falar, Sancho, parecia ser o elo forte enquanto Albert parecia, ser o mais dependente do grupo. Me assemelhava a eles pois também havia crescido sem os meus pais por perto, porém eles me “abandonaram” porque haviam morrido o deles simplesmente tinham os deixado e isso talvez fosse a coisa mais difícil de se aceitar.

A senhora voltava a ter a palavra dizendo o que era a verdade por trás da proposta do homem de instantes antes, aquela história toda agora fazia mais sentido, porém ela era a dona das terras e o homem não poderia fazer nada contra ela, pelo menos era isso que eu achava, a senhora também dizia que iria nos preparar um lanche e isso nos daria tempo de conhecer o lugar. Assim como o grupo eu sai caminhando e percebia que não era bem vindo para perto deles quando podia ver que eles se afastavam me deixando sozinho enquanto eu caminhava mais em silêncio pela fazenda da senhora.

No meio daquela minha caminhada um fato me chamava a atenção, podia ouvir um dos funcionários da fazenda falar alguma coisa como que se fariam uma especial de boicote a mulher e aos seu produtos da fazenda, o que poderia fazer com que a fazenda da senhora fosse a falência a forçando a vender. ”Parece que existe um traidor por aqui, não posso deixar aquela senhora ser ser pega desse jeito, é melhor eu investigar isso mais a fundo... Pensava naquilo enquanto me mantinha em silêncio, queria ter certeza do que aquilo se tratava antes que eu fosse agir, assim então iria aproveitar da minha posição e da surpresa ja que eu estava conseguindo manter a minha presença escondida e me moveria com muita cautela enquanto iria seguir aquele homem para confirmar os seus planos sobre o envenenamento dos produtos da fazendo e me preparando caso precisasse agir.

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