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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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A luta com o fantasma fora breve. Tão breve que sequer achava ter sido real. Tudo terminara como num passe de mágica, rapidamente, como o vento levando palavras não ditas, como o tempo quando se necessita dele. Em suma, não tinha mais certeza de nada. E ainda assim incumbira a si mesmo a tarefa de liderar aquela equipe, de treina-los e, no processo, descobrir a si mesmo como sendo o prodígio que imaginava ser — ou sendo finalmente expulso abruptamente daquela farsa autoimposta.

Saíra do gabinete e, ao derrotar o fantasma, rumou diretamente ao descampado, sem ter dito palavra, sem ter nada combinado com sua nova equipe, apenas na esperança de que para lá iriam, sendo o campo de treinamentos mais conhecido em toda vila, onde todos realizavam as sessões de embate, tudo isso sem se importar se de fato era seguido pelo trio. Sozinho, poderia ao menos tirar algum tempo para si, fechar os olhos e sentir a brisa invernal bater-lhe os cabelos sobre os costas. Imaginou que seria mais do interesse deles do que o seu próprio de organizar aquele embate generalizado, mas a responsabilidade, como mestre e líder, era dele e não do restante.

Caminhou ainda um pouco mais pela planície, galgando sem qualquer preocupação, as roupas farfalhando e a bainha resvalando em sua coxa através do tecido, alcançando a linha das árvores que formava um bosque esparso, onde a luz conseguia facilmente ultrapassar as copas e regar o gramado. Um grupo grande pássaros irrompeu pelo céu e debandou. As copas balançavam, como se sacudidas manualmente por um gigante invisível. Tudo parecia tão... agradável. Seria um pecado perturbar a serenidade etérea na qual se encontrava a natureza. Era preciso, porém.

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A relva balançava com o sopro do vento. À luz cintilante da lua que vertia feixes pálidos sobre o campo, caminhei a esmo por algum tempo. Quando vi Shizuke parado, paciente, eu estava a poucas dezenas de metros. Estreitei os olhos para enxergá-lo bem, enquanto abri a boca, posicionando ambas as mãos ao redor, como se me preparasse para dar um grande urro.

—— SHIZUKE!!! —— expulsei a voz de tenor, deixando o som ribombar de dentro de mim. As cordas vocais tremiam. Uma casal de pássaros escapou de seus ninhos, levantou voo e desapareceu na bruma cinzenta sob o breu da noite.

Enviei uma única mão ao bolso da calça e de lá tirei a pequena Mateki: uma flauta de metal prateado, polida e conservada. O instrumento dançou nas mãos alvas até encontrar seu devido lugar por entre os lábios, onde dei leves e acentuados sopros. Sopros se tornaram sons, que formaram uma doce melodia. A música dançou ao vento, junto à brisa noturna. Espalhou-se pelos campos esverdeados e perdeu-se no horizonte. Era só o começo.

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Luzia sob os riachos que traçavam o caminho o astro lunar alto no céu noturno. Luzia também sob o rosto pálido escondido sob o escuro manto. Escondia em seu âmago os devaneios vulgares que denunciavam minha vasta mudança: o porquê de juntar-me aos seletos daquele grupo era em prol de mero benefício próprio. Meu ato de terrorismo pessoal jamais se concretizaria pelo caminho da solitude não importasse o quão aceitável fosse para mim. Infelizmente, faziam-se necessários peões, e lá estavam eles.

Aproximei o corpo enaltecido pelo breu e pus-me a observar. A melodia da flauta doce permeava os ouvidos, mas abafou-se dado o estalido das folhas que jaziam das copas. Sentada ante seus galhos frios, a árvore mascarava meu espectro penoso e cobria a falsa persona que transpus sob meu eu de outrora — que pelo bem maior agora repousava à sete palmos, esquecida da memória de outrem. "Falta um", concluí, inerte e afiada ao que pudesse ocorrer.

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Convidado
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Como em um passeio noturno, caminhei lentamente sob a luz radiante do luar. Os ventos frígidos continuavam a soprar sob toda a extensão dos campos esverdeados. Enquanto a leve brisa torneava meu rosto, aproveitei para contemplar a melodia tocada pela flauta do garoto. Uma bela música em uma magnífica noite. Só faltava uma bom saquê e uma boa mulher. Não havia pressa para conhecer meus companheiros. Nossos punhos iriam contar toda a história que era necessária agora.

Por fim, tirei de meu bolso uma bala de morango e chupei gostoso.

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Acima, os céus se riscaram pelo traçado descrito por uma estrela cadente, que como viria a descobrir em posteriores estudos nada mais era que um objeto qualquer em aceleração desenfreada pelo cosmos, cortando a imensidão negra do vazio à toda velocidade — a astronomia, para ele, representava muito mais do que mera curiosidade ou área de interesse e estudo, lembrando-o de que existiam lugares além dos muros de Konohagakure, lugares inalcançáveis por qualquer lei, por qualquer força maior ou burocrata que quisesse tachar sua liberdade como rebeldia, crime. Um discreto olhar, de esguelha, nos presentes, questionando-se se seria boa ideia o que estava prestes a propor-lhes, se estaria de fato juntando forças à sua nobre, ainda que criminosa, jornada e não simplesmente agrupando pessoas para encaminha-las na direção de um abate certeiro pelas mãos dos carrascos de Konohagakure, levando sua mente a viajar pelo encontro de não muito atrás, àquela simpática jovem que o recebeu no gabinete da Sombra da Folha: poderia realmente uma pessoa como aquela persegui-lo com indiscriminado ímpeto, sem saber seus motivos? Em verdade, o quão fortes seriam aqueles a se interpor entre sua liberdade e ele? Decidiu afastar-se dos pensamentos e deixar que a fresca, curiosamente não tão gélida como no período diurno, brisa noturna levasse para bem longe suas preocupações, situando-o unicamente no agora. Somente no agora.

Deu outra olhadela pelo descampado, apercebendo-se do tempo do passado: o trio estava presente. Fitou rapidamente à Artur, que lhe cumprimentara, sorrindo com os cantos dos olhos, mas logo se virando de maneira a abranger com o olhar todos os três. Virou-se e lançou o último de seus olhares curiosos sobre o ombro, para a rua vazia, fracamente iluminada pelo brilho prateado e pálido da lua cheia que ofuscava os postes. Empertigou-se.

— Devo deixar algo claro para que não existam quaisquer dúvidas. Essa equipe não é, e nunca será em favor da vila, agindo unicamente em razão de minhas vontades. Pretendo fugir e levar vocês comigo. Agora, ao que interessa.

Trazendo no rosto um sorriso malicioso, esquivou-se dos feixes que incidiam diretamente sobre seu corpo esguio, rumando a sombras enquanto erguia a espada contra Shigure, sua ofensiva dotada da velocidade máxima que podia exigir de seu corpo, num golpe que visaria golpeá-la nas têmporas com o punho do Kurosawa.

— Trabalho em equipe — prosseguiria a dizer em meio ao intento —, é a única coisa capaz de manter essa equipe viva. O mundo está cheio de egoístas agindo em interesse próprio,
e não que eu seja diferente, mas ao menos me valerei de vocês para faze-lo. Se eu fosse um único indivíduo, um lobo solitário pela estepe, morreria facilmente, falharia. Então, quem poderá defende-la caso ela não possa? — E assim, seu corpo movendo-se entre sombras, aproximava-se cada vez mais da garota.

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A brisa aflava leve e solta, guiando consigo as folhas verdes das árvores. Em um corrente única, o vento subiu, desvencilhando o montante de folhas que dançaram no ar sob o céu lúgubre. No instante em que a ventania findara, o homem de cabelos longos e rosto sem vincos dançou. Dançou como as sombras ao seu redor. Dançou como a própria noite sob o encanto de estrelas cintilantes. Dançou como só ele sabia. E eu o vi. Acompanhei-o, os olhos rolando para lá e para cá, de cima a baixo. Seus pés menearam céleres com exatidão e uma tarimba de quem havia feito aquilo várias vezes. Os olhos se alargaram, brilhando como os olhos de um garoto que ganha um presente de sua mãe. A espada de dois gumes teve seu brilho reluzido pelos pálidos feixes da lua. Brilharam e cintilaram, bailando como as mãos que a empunhavam, como os pés do seu reitor.

Não estava só no bailado; meus dedos aprumaram-se e tocaram uma melodia disparada. A música infestou o ar e os ouvidos de quem se ousasse a ouvi-la. Quem estivesse disposto a apreciá-la, por outro lado, sentiria-se no fervor da batalha. A música que caminha pelo ar também invadira o corpo e a mente. A sensação de exuberância mesclada com adrenalina os daria o estopim final para entrarmos no ritmo. Eu, por minha vez, sentiria-me alegre e estoico. O capuz mambembe farfalhando às costas.

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Aos galhos úmidos e frios as folhas pendiam pela brisa tênue que perpassava a copa. Não contestei, porém, sua inevitável queda um pouco depois. Rodopiavam morosas em sua dança cativante até que alcançassem o chão demarcado pela mancha alva que pouco a pouco se dissipava. O inverno estava próximo de seu fim, e logo a primavera teria seu alvorecer. As areias do tempo eram imparáveis e perpetuariam seu ciclo quisesse eu ou não, restaria a mim, vítima de sua eventual chegada, duas opções: render-me ao seus encantos ou doma-la ao meu bel prazer. E foi aí que Shizuke proferiu seu discurso com afinco. Por um instante veio-me na cabeça — que agora regurgitava coesas imagens e não esquizofrênicas aparições de uma jovem desamparada — as memórias que certamente ditavam suas vontades de rebeldia. O crepitar das chamas fazia parte de nossa nostalgia, irrompendo em uma cascata insaciável que tomou conta do passado de ambos: um fora capaz de vive-lo, enquanto o outro o perdeu em meio ao abismo intratável; um escolhera viver por este enquanto outro escolhera viver sem este.

E com o corte de seus passos que arremetiam no descampado me convenci de sua arrogância supérflua, o resplandecer tomando conta das mãos conjuntas e dando forma ao poder de Shiva.

Quem...

Antes do pensamento se concretizar o baque se esvaiu por grande parte da planície. O via com clareza. Era ágil, mais ágil que antes, mas ainda sim o podia ver. De encontro com o cabo da espada de dois gumes foi a pequena camada de diamante que se formou sob o rosto, o estrondo rígido de seu impacto agitando as aves que faziam seus ninhos naquela mesma árvore.

te perguntou alguma coisa?

A raiva silenciosa liberou as pequenas pirâmides de minhas mãos ao mesmo instante que seu ataque se confirmou. Os projéteis voaram à queima roupa em uma acometida destrutiva que expurgaria seu corpo em pequenas explosões, suaves o suficiente para nem ao menos causarem vibrações em minha figura. Não era mais Shigure ou sabe-se lá quem o canibal pensasse que era; era um mero instrumento de vingança que não se deixaria usar pelos caprichos de um homem de passado trágico e semblante de tristeza. Quiçá a situação remetesse ao antes, aonde a animosidade era igualmente presente: todavia, estávamos em lugares diferentes desta vez.

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O campo que, outrora, estava em paz, agora era uma tremenda bagunça. De braços cruzados, permaneci parado observando todos eles. Meus aliados pareciam não ter entendido que nós iríamos lutar contra o sensei espadachim. Acabou se tornando um Battle Royale, que é, de fato, muito mais divertido do que três contra um.  

As intenções do professor demonstravam ser criminosas, mas não me importava de nenhum jeito. Eu não tenho nenhum senso de dever para com a vila. Isso até que deixava as coisas, de certa forma, mais interessantes. A minha busca pelo caminho da espada seria muito mais proveitosa. Eu poderia utilizar todos aqui presentes para meu próprio fortalecimento. — Muito bem! Me tornarei um de seus cachorros, Sensei! — Exclamei, com um sorriso no rosto. — Mas eu imagino que você saiba que não existe um cão selvagem que não morde. — Concluí, enquanto tornava meu olhar para cada um dos ali presentes. O recado estava dado.

A musica tocada pelo garoto me inspirou, agora era a hora da batalha. Parti, em uma velocidade considerável, para cima do espadachim preguiçoso. Busquei atingir seu pescoço com um chute e, após, eu abaixei ligeiramente tentando socar a boca de seu estomago. Tudo feito com o lado do corpo que eu possuía maestria. Me afastei e esperei os resultados dos ataques. Se ele não conseguisse lidar com facilidade, ele não seria digno de meu respeito.

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O corpo esguio atravessou o descampado envolto em trevas, sua velocidade sendo suficiente para rasgar através da escuridão produzindo somente o debater-se violento das roupas trajadas como resultado, levando-o a pensar se talvez não devesse escolher vestes mais apropriadas numa outra ocasião, vestes que lhe fossem mais justas ao corpo e eliminassem os ruídos espalhafatosos provocados pelo vento e a corrida, vestes que não pudessem ser agarradas, dando grande vantagem a qualquer um que pensasse em tal coisa durante um embate.

Mas teria de deixar isso para outro momento.

Sua espada subiu e desceu, encontrando uma resistência que não esperava na testa de Shigure, reverberando por todo o braço o impacto ribombado. Escondeu para si sua surpresa, mas isso não impediu de ser pego, de súbito, num contra-ataque à curta distância; os selos, as formas fulgurantes de chakra na noite; girou o corpo rapidamente, dançando entre as brumas e o negrume, ativando e deixando cair sobre si o manto característico de sua habilidade, uma aura cálida, guardando a espada em meio ao movimento e alcançando a retaguarda da figura feminina, agora livre da trajetória de seu intento, pronto para executar seu próprio contra-ataque na forma do Hiken, que seria lançado a centímetros das costas desprotegidas daquela que outrora chamou de Shigure.

Ao fundo, como que desenrolando-se em segundo plano ao embate, uma melodia avivava em Shizuke o calor da batalha, deixando-o envolto em adrenalina, como um cântico de guerra. O som permeava o ambiente, espaçava-se por todo o alcance, ia e vinha, ecoava pelo bosque e sumia na distância. Já podia ver o valor daquela flauta para restaurar a moral da equipe quando necessário, ou transmitir sinais sonoros codificados, assim como simplesmente servir de isca. Por essa razão, atacaria-o. Mas havia outra coisa para se lidar no momento.

Virando-se para trás, tendo apercebido-se do ímpeto de esguelha, notando aqueles cabelos de um verde vívido que agora tinha uma coloração de musgo, escuros, tonalidades de um bioma pantanal. O Yoshimura quase deixou escapar um risinho de desdém, vendo-se diante de tamanha lentidão, como se os golpes que o alvejassem no pescoço e no abdômen chegassem até em câmera lentíssima. Aparou o chute com o dorso da mão esquerda, girando o corpo lateralmente para esquivar-se da segunda parte, sentindo os cabelos negros se soltarem ao vento, caindo desgrenhados sobre a testa. Não daria mais atenção do que isso à ele, dirigindo-se agora com toda velocidade para Artur, visando aplicar um tapa na flauta para arremessa-la de suas mãos em direção ao fundo do bosque, que até então a única função era de fazer paisagem ao embate.

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As chamas lamberam o ar, dançando sob o luar em uma sintonia tarimbada para com seu reitor. Moveu-se imprevisivelmente como uma salamandra indomada. Meus olhos chisparam conforme acompanhavam o espetáculo cálido. O vermelhidão sumiu e voltamos ao breu que, embora sumisse por um instante, voltara com toda sua negritude engolindo-nos como o mar na tormenta.

Shizuke veio rápido, com passos incisivos e mirando meu único instrumento metálico. A sua mão atingiu-o com força suficiente para mandá-lo longe. Um estrépido foi ouvido e o instrumento saltou, rodopiando pelo ar, pousando e rolando pela grama rasteira, tornando-se inalcançável por mim na escuridão que nos acometia.

Meus olhos transgrediram do objeto caindo a deriva à Shizuke, o homem esquivo e de olhar acalorado. Debrucei-me sobre a grama e escamoteei alguns seixos. Apertei-os firmes na mão fechada, antes de arremessá-los contra o rosto do Samurai floreado. Felizmente, a música não cessaria pela falta do instrumento melódico. Meus lábios menearam suavemente. Inspirei e preparei o fôlego. As mãos teceram os selos necessários, acompanhando o processo.

—— Estilo Fogo: Técnica da Salamandra Suprema!!! —— enunciei. Era claramente uma bravata mirando Shizuke. Eu não tinha nenhuma habilidade para com o fogo, muito menos seria capaz de domina-lo. Não obstante à ardileza, um ribombo como o de um raio cunhou bem próximo à Shizuke, o suficiente para oscilar sua compostura física e mental. Assim que o barulho estacou, lancei meu corpo em um salto preventivo para duas dúzias de metros donde estava posteriormente.

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Pouco a pouco o baile da trupe fantasma perpetuava com maior fervor, antes com o assobio gritante do instrumento a incitar o ritmo célere de sua ginga, nascida concomitante ao deleitoso sopro do garoto de cabelos róseos, agora, porém, com o cintilar de lâminas e com chamas crepitantes. No ligeiro instante que houvera a troca de olhares, as órbitas oculares ocas de Shizuke postaram-se diante de meu fitar, em sua imensidão abismal que carregava os anos de experiência que clamara ter. O vazio remetia à tragédia, ao rito fúnebre de suas vítimas, o grotesco paladar que escondia sob a faceta de homem comum. Outrora abalaria-me a convicção saber o que era de verdade, todavia, ao meu eu que nada mais restava senão o ímpeto da batalha o mérito de sua linhagem era quase nulo. A testa diamantada regia resistência ao cabo da espada, porém, o espadachim não deixou a desejar.

A galante pirueta deu lugar ao luzir do chamuscado que anunciou seu intento flamejante; mas eu, ciente do que era capaz, não seria tola de deixar-me à mercê das labaredas que empunhava. Não admitiria em voz alta, mas o homem de feições turvas era perigoso ao curto alcance.  Simultâneo ao movimento acrobático — sem me importar em contemplar a certidão de meu ataque antes planejado e apenas aproveitando a pequena brecha que a acrobacia elaborada permitia — o enorme salto distanciou os dois espectros. A cólera da salamandra deixou seus resquícios no tecido do sobretudo, e pela primeira vez em três embates, Shizuke conseguira tocar-me, mesmo que superficialmente. Contudo, não deu continuidade ao pequeno feito, ao invés disso, voltou o fio da espada ao confrade que partilhava seus gostos: intrometido que era, invadiu o pequeno e pessoal encontro que tivéramos.  

O corpo tomou impulso ao ar sem qualquer mudança súbita. Sem asas, sem folhas, o anticlimático silêncio do pequeno espaço aéreo evidenciava a diferença aparente de semanas atrás.  Permaneci, portanto, sob os braços de Indra, um anjo distante que pairava alto contra a relva observando os guerreiros astutos.

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Como esperado de uma pessoa que tem capacidade para liderar um time. Sem sequer soar. A defesa foi simples, fácil e bem executada. Aparentemente não teve esforço algum. O olhar despreocupado do Samurai vagabundo entregava isso. Esse cara iria ser umas das peças fundamentais na minha ascensão. Além disso, ele era uma das pessoas que estariam em meu caminho no futuro. Eu não poderia me tornar o melhor espadachim do mundo sem antes derrotar o meu próprio professor. Chega de divagação.

Continuei a olhar para os outros no campo de batalha. Eles eram como ninjas "de verdade", técnicas espalhafatosas e brilhantes. As fagulhas do ataque incendiário queimavam os pequenos e indefesos pedaços de grama. Por um segundo me impressionei. O sensei não era somente um espadachim, era um exímio usuário de fogo também. A luta continuava, e eu resolvi apenas ver a capacidade dos outros. Com certeza ainda estavam escondendo suas habilidades mais poderosas. E como imaginei, a figura misteriosa estava usando uma técnica também caracterizada como tal. Voando sob os céus como um anjo.

Cansei de apenas observar e corri em direção do instrumentista. Quando eu me aproximei o suficiente, com a mão destra, tentei soca-lo no rosto. Quase ao mesmo tempo, tentei acertar uma joelhada na altura do queixo. Para um bom usuário de taijutsu, isso era relativamente simples. Por fim, me afastei alguns metros.

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Ainda que tivesse, momentos antes, julgado como acerto seu intento contra Shigure, ela magicamente retirara-se da rota do ataque, evadindo num salto cheio de beleza, embora ela pudesse ter feito tudo de maneira mais simples, sem os floreios performados. O fogo tão logo surgiu, se apagou, engolido pelas trevas. E então houve Artur e seu bem elaborado ataque. Para Shizuke, quem sabe ainda mesmo após o passar dos anos, permanece uma gigantesca incógnita acerca de como Artur pudera transformar aquele ruído frugal, que talvez não fosse nada senão irritante quando repetido muitas vezes ao pé do ouvido, provocando a mesma reação que o zumbir de uma mosca, num martelar atordoante que deixou o Yoshimura rendido e inerte por alguns momentos, a fitar o nada diante dele ao passo que sentia todo o corpo estremecer e tímpanos gemerem dentro de seus ouvidos, como se emitissem um gemido agonizante. E então, simples assim, o inventivo homem, carinhosamente apelidado Louco-san, recuou quando poderia ter atacado.

Embrenhado no vazio distante do cosmos, riscando o negrume ao fundo, a estrela cadente seguia ainda em seu trajeto errante. Exatamente como Shizuke.

Ainda estava próximo de Artur, próximo o suficiente para ver a investida, quando o pseudo-espadachim de cabelos esverdeados pôs-se em postura de combate, avançando contra seu amigo. — O oponente sou eu — interviu, a voz mortiça, sem transparecer coisa algum. Com mãos hábeis, defendeu a ofensiva de Zoro, afastando sua mão antes que ela pudesse chegar em Artur, erguendo seu próprio joelho de encontro à segunda ofensiva e logo avançando assim que o viu recuar, visando desferir uma cotovelada contra seu estômago, seguido de um golpe contra o topo da cabeça, descendo sua mão como uma marreta contra ele.

Ao fim, acenderia um cigarro.

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O primeiro espadachim, astuto e ríspido, correu como a chama que dominara: cálida e imprevisível. Seu corpo postou diante do meu. O segundo espadachim veio como uma erva daninha: ingênua, inesperada. Uma verdadeira praga.

Empertiguei-me, as mãos descendo sobre a capa em movimentos retos. Afastei com as mãos a poeira acumulada durante o curto embate, dando leves afagadas. Vi o salto de Zoro, assisti o espetáculo bruxuleante de papeis de Shigure. Apertei a capa esgarçada no ombro, farfalhando suas extremidades nos calcanhares, desconjuntei os ombros, curvei as costas e pus uma das mãos atrás, em uma mesura insólita e descuidada.

—— Obrigado pela gentileza, Shizuke. —— disse com certo decoro na voz.

Por fim, virei-me em direção à Zoro. Fuzilei-o com os olhos chispando de raiva, enquanto preparei-me para um urro cheio de desdém.

—— SEU MISERÁVEL, O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO!?! —— explodi, com o corpo a tremer, acompanhando a turbação. Os cabelos desgrenhados caindo sobre a testa, vez por outra balançados pela tênue brisa noturna. O manto meneou conforme me mexi em súbito, na esperança de encontrar meu instrumento perdido. Os olhos rolaram pela grama rala, para a terra batida e por fim para um regato que cortava floresta adentro, escondido sob um pequeno declive na margem. Achei o instrumento a deriva, estável próximo ao pequeno rio que fluía calmo. O murmúrio do pequeno oceano afagou as conversas e os possíveis embates, e pela primeira vez no dia, senti-me obstruído por um silêncio peculiar. Peguei o objeto metálico e o pus na bolsa, antes de me virar novamente aos companheiros - frisa-se companheiros, e não inimigos - de equipe.

—— É muito bom estar aqui com vocês! —— disse em prosa. Um sorriso de orelha a orelha cobriu o rosto trapento e serelepe. A felicidade que nascia no meu interior era algo que eu não me apercebera de ser possível obter em coisas para além da própria música.
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O ar trazia aos descabidos lá em baixo uma pequenez inigualável, como estrelas a luzir no espaço sideral, cortando o vazio perpétuo que povoava o céu noturno em sua imensidão infinita. Não havia o que dizer ou fazer, simplesmente pairava alta o suficiente para que as vestes escuras  de Shizuke o tornassem difícil de distinguir de uma pedra qualquer em meio à estrada ou de algum animal noturno. Todavia, era perceptível a confusão que nascia dos aglomerados: o canibal, o extravagante e o vagabundo. Convergiam em desavenças sem dar atenção ao que pudesse vir de cima, e de lá, ainda que o breu ofuscasse a visão mascarada pelo vidro dos óculos falsos, os espectros obscurecidos eram tão claros quanto os batimentos cardíacos de meu coração, audíveis ao silêncio aéreo. Aí, houve o estrondo.

Em um ruído gutural e lunático o bufão de cabelos rosados vociferou sua cólera estridente. Chegou a hora, pensei. A hora de vislumbrar do que eram realmente capazes, honrar seus feitos e aceitá-los em minha trupe, aqueles que perpetuariam meu ímpeto vingativo...!

Mas nunca houve de fato.

O tremelique erguera-se ao nome de sabe-se-lá-o-que que repousava ante a margem. Conhecendo, ainda que superficialmente, o palhaço, imaginei ser o instrumento que portava por ai. Não obstante ao esquadrão dos patetas, pressionei as mãos juntas e pus-me ao preparo de uma técnica, em negação ao sentimento frustrante que me submetera ao me aliar aos dito cujos. O julgamento mais correto para nutrir resultados do que buscava, assenti comigo mesma.

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Eu me sentia deslocado em meio àquelas pessoas que, visivelmente, já se davam bem. Nos olhares, aquelas esferas de um branco pálido, refletidas no brilho prateado da grande roda branca no firmamento e ao fulgor das estrelas distantes, e até mesmo em alguns movimentos ofensivos, em cada respirar, em cada passo que era dado — em suma, nisso e naquilo eu podia perceber que aquele trio tinha já uma química, algo que os ligava desde outrora. Não sei se deveria me sentir de fato deslocado ou se simplesmente deveria forçar minha conexão com eles, através do que sei: a espada. Mas mesmo nisso a figura fantasmagórica de Shizuke, dançando acima da relva e abaixo das nuvens esparsas, entre as sombras da noite invernal, me supera. Novamente, não sei como me sentir quanto à isso, ele claramente é um ninja minimamente experiente e, mesmo que não seja, é a pessoa que lidera o time. Devo atribuir a ele alguma competência. Comparado ao eu do começo, sinto-me ligeiramente mais confiante, ainda que agora tenha de lidar com a mão dura, dedos esguios e nodosos, varrendo o ar em busca de minha cabeça — o estômago tendo sido arrebatado numa cotovelada que, na proximidade, mal pude enxergar no devido tempo. Sucumbi à velocidade assustadora da ofensiva, ainda que desde o início soubera se-la indefensável.

Acima, o céu é o mesmo. As pessoas ao redor, Shigure, Shizuke, Artur, são também todos os mesmos. A lua vai descer e se refugiar além do horizonte e então, na aurora, surgirá o sol. Nada do que acontecer aqui mudará em nada o amanhã, de modo que me vejo impelido a remanescer complacente diante dos acontecidos, como um mero coadjuvante por enquanto.

Por fim, comi uma bala de uva que estava em meu bolso.

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"Súbito tive essa sensação, como se lutasse pela segunda vez, como se um titereiro tivesse me controlado, alternado para outra marionete e então voltado novamente à mim; tive um vislumbre de sua consciência enquanto ele manejava desta última vez, um resquício daquele outro espadachim de cabelos esverdeados. Sei que ele sente-se muito melhor com minha casca, pois ela é simplesmente melhor — bem, acho que é isso, não posso descrever em outras palavras."

Vestes farfalhavam ao vento, anunciando cada movimento na investida do Yoshimura, e ele sentiu que nem mesmo as sombras poderiam ocultar sua passagem sobre a relva. Seu cotovelo obteve o sucesso desejado ao atingir Zoro no estômago, seguida de sua mão descendo, punho fechado, contra a cabeça dele. Mesmo assim não demonstrou qualquer reação que não fosse uma súbita compreensão da diferença na habilidade e, para Shizuke, aquela pequena amostra de respeito significou uma centelha que voltou a acender-se em seu peito, logo agora que fraquejava, que tinha dúvidas quanto ao futuro de seu empreita; outra vez mais voltou aquele pensamento, estaria ele meramente levando-se, junto àquele grupo, na direção de uma morte certa? Ela sabia ser o mundo um lugar cruel, de modo que sua saída simples, sua proposta de uma vida livre e serena, parecia um tanto irreal, ilógica naquele cenário caótica e tão volátil no qual se apresentavam as vilas e uma miríade de outras forças sombrias, somente à espreita, esperando pela chance de um surgimento.

Por fim, para coroar seu valor, dirigiu-se uma vez mais contra Zoro, visando um soco ao centro do rosto, quiça sucederia em quebrar seu nariz.

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O murmúrio do rio, o chiado do vento, o farfalhar das folhas brancas bailantes. Os estrépitos da espada cinzenta, a dança do espadachim solitário. A melodia transmitida da flauta, dançando junto ao ar noturno e lúgubre.

Sorri, absorto em meus pensamentos, flutuando dentro de mim mesmo. A ideia de ter amigos e uma equipe não me era má coisa. Sem dizer palavra, observei o palco se desenrolar, com os apresentadores da trupe itinerante a executar suas funções habilmente, tarimbados e incisivos. Cada fagulha, cada arquejo, cada gota de suor. Detrás das quase invisíveis nuvens, uma estrela riscou os céus.

Senti uma leve brisa escoar pelas minhas costas, sinuosa e gélida, como o degelo no fim do inverno. Os cabeços eriçados, a espinha a estremecer. Debrucei-me sobre a relva fria e úmida. O corpo parecia fundir-se com o verde, com a natureza. Como um recém nascido eremita. Deitado sobre a grama dobrada, abracei a sensação de paz e felicidade agora a pouco surgidas.

A derradeira bruma tornou a pairar no meu interior. As imagens de meus pais, dos novos companheiros, Shizuke, Shigure, Zoro. Todos eles dançaram e postaram-se nos seus devidos lugares de minha mente, da minha alma.

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"Ó, Surya, contemple.
Não há mais desdouro no campo de batalha
e com este único golpe, infligirei  a extinção.
Reduza tudo à cinzas...!"


O sibilo da ventania ecoava pertinente nos ouvidos, os cabelos ilusórios pendendo sob o ar em um ritmo sinuoso atestavam sua existência como também o do ar rarefeito pela altitude que estava. De lá, os olhos fitavam em uma figura de arrogância os gajos lá embaixo, se cortando, guerreando, se espancando. Não obstante, o lampejo alvo crescia em evidência de sua completude. Esbocei nos traços mal contentes um sorriso escasso que desfigurava o semblante outrora nulo em algo irrisório, de escárnio, que misteriosamente transfigurou-se na mesma expressão descabida de emoção. O esforço daquele teatro envolvia-se na futilidade de nossa falsa modéstia e laços vazios, e me irritava. Irritava em demasia a perda de tempo que tudo estava sendo. Raios! Podia já estar perto de matá-lo se não fosse as picuinhas, mas cá estava eu, servindo meu papel pleno naquela trupe.

A corrupção de meu ser era notória: o inescrupuloso ódio era o alicerce para meu novo e imutável "eu", que visava revidar com julgamento meus inimigos, os que ousaram acometer-me com injustiça e violência. E com essa sina penosa, cegara-me de tudo que não fosse o ímpeto vingativo: não precisava ver, ouvir, ou sentir qualquer coisa se não o obscuro abismo que ecoava de seu infinito fundo o crepitar das labaredas odiosas que permeavam meu espírito; o carma excessivo dos demônios da fúria. Seria esse o caminho correto? A humanidade perdida se provava certa, mas teria eu verdadeiro sucesso naquele estado, se não fosse este o estopim de minha ruína? A resposta parecia distante, e nos devaneios incessantes que se assemelhavam à anos, assenti comigo mesma uma saída um tanto brusca.

Então, a cólera se reformulou em poder, ao mesmo tempo que estes mesmos sentimentos eram erradicados; da mesma maneira que a relva sublime lá embaixo também seria. Brandi do fundo do pulmão o urro gutural, anunciando o intento absoluto.

—— Shizuke! Essa é a minha resposta, meu ultimato! Com essa fúria escaldante que permeia meu ser e a luz que extingue a vida das estrelas, eu moldarei meu destino e cumprirei aquilo o que busco; eis a lâmina imortal que arbitra a dissolução do Universo, provem-se dignos, ou pereçam!

Os engenhos do mundo então cessaram. Chegara a hora do expurgo, do kalpa da destruição. O feixe da retribuição extinguiria as dúvidas e as afrontas, transmutando o descampando e a bruma hostil em poeira. O Desmantelamento do Mundo Primitivo.

Quiçá ainda impedisse a mim mesma de usar todo seu potencial destrutivo, pelo bem próprio e dos outros lá embaixo.

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A diferença de força entre a gente era gritante. Todos os outros pareciam estar em um degrau acima de mim. A força demonstrada por todos era digna de inveja, mas nenhuma daquelas técnicas exuberantes me despertavam tal sentimento. O único sentimento que me consumia era o de ficar mais forte, evoluir. E é isso que eu lentamente fazia nessa batalha. Perder não passava pela minha cabeça, mesmo sendo uma luta de treinamento. Eu não iria perder de modo algum.

No chão, como um cometa desenfreado, novamente Shizuke partiu para impor sua força contra mim. Dessa eu vez eu não me segurei. O borrão acinzentado que eu enxerguei de sua disparada foi o suficiente para mim conseguir realizar uma veloz esquiva. Simplesmente abaixei-me, fazendo-o passar reto. Por um segundo achei que não ia dar certo, mas minha agilidade sempre fora acima do comum. Aos céus, me preocupei com o réquiem sendo cantado pelo anjo. Quase como um eclipse, ela proferia suas palavras enquanto estava em frente da lua. O frio que percorria minha espinha denunciava que algo perigoso estava por vir. Alguém teria que parar aquela meretriz lunática. Um demônio como eu não conseguiria voar aos céus e impedi-la, então restava aos meus companheiros fazerem alguma coisa.

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O vento marcava o ritmo de seu compasso; varria agora com violência o descampado, tornando a ficar a vegetação rasteira quase que intermitentemente enviesado para o norte. E conforme aprofundava-se a noite ele se lembrava de que o propósito inicial perdera-se varrido pela forte brisa noturna, suas palavras de traição agora mortas na escuridão. Como poderia ter certeza de que o trio estaria com ele em seus planos, pior, como poderia ter certeza de que uma daquelas vozes não se ergueria para ele como um punhal traiçoeiro, apunhalando-o no conforto de sua cama? O medo, a inquietude que o abatia agora era muito maior do que sua determinação podia suportar; os perigos eram muitos, mais do que poderia conceber e sua mente era um turbilhão de pensamentos e ansiedade, separada por uma densa bruma de sua própria consciência e de pensamentos claros e bem delineados.

De volta ao embate, sentia que o corpo fraquejava, beirando o cansaço. Um colapso lhe parecia iminente, mas havia ainda uma chama final a ser queimada, um esforço que teria de fazer mesmo após o total fracasso com Zoro, evitaria o expurgo que vinha do céus acima, manifestado ele nas mãos de Shigure. Tragou o frio da noite, enchendo os pulmões, bradando uma torrente de chamas. Esperava que isso demonstrasse, por definitivo, que ela não poderia equiparar-se a ele uma vez mais e que aquele embate de outrora nunca teria seus resultados repetidos.

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Eles dançavam, cantarolavam e bebericavam. O pequeno banquete se desenrolou em um festim descontrolado, com banquetas esvoaçando, bebida escoando e gritos assustadiços. Um ser angelical, de cabelos negros e pele morena pairou no ar. Seus olhos fitavam dentro de cada um de nós, que, talvez domados pelo medo ou simplesmente admiração, paramos para contemplar. O pequeno manto azul farfalhava às costas, a cauda dracônica meneava tênue ao bailar do manto, cativada e reluzente à luz pálida de um luar incomum, onde estrelas riscavam fortemente os céus, a todo instante, numa chuva tempestuosa de meteoritos.

Num lampejo, ouvi uma voz. Uma voz doce de soprano. Ecoou longe, como se viesse de uma dimensão distante do paraíso onírico em que estava. A voz do mundo rangendo, espreitando, consumando em ruína. E, em questões de probabilidade, isso pudesse acontecer neste dia. Por sorte, o caminho foi outro.

Meu corpo tiritou de leve conforme despertava de meu estado absorto. O corpo, eriçado pela voz repentina e pelo sonho maluco, rolou sinuosamente pelo gramado, até que pus-me de pé em uma cabriola desajeitada. Os olhos então se espreitaram e fitaram Shigure aos céus. Seu corpo transgredia da forma humana à uma similar ao que vislumbrei nos sonhos. Não tardei a notar o feixe que se desprendia de suas mãos e tingia o céu obscuro de um branco-dourado celestial. A forma geométrica cortou os ares e mirou Shizuke. Não me lembro ao certo como o fez para evitá-lo, mas o fez. A memória é uma coisa falha, por tanto, me perdoem.

O impacto desvencilhou árvores dos solos, destruiu os poucos ninhos dos pássaros e soprou o ar como o mar soprava as ondas numa noite de tormenta. Meu corpo, lançado junto ao impacto, chocou-se contra o solo após dois segundos inteiros de voo a deriva. Cambalhotei, espatifei-me no chão e por fim apaguei. Depois disso, recordo-me apenas de acordar em meio à um cenário dilapidado. Árvores torcidas ao meio, como galhos. O chão era uma mistura marrom e verde, como se o próprio chão tivesse siddo revirado de cabeça para baixo. O céu inundava-se de uma poeira cinzenta e ofuscava as estrelas e as nuvens detrás de si. Meu corpo inteiro doía, mas consegui mexer alguns dedos, depois a mão, o braço, e depois de longos cinco minutos, o corpo inteiro. Não sabia o que tinha acontecido. Não vi ninguém. Pus-me a capengar de volta à Konoha; precisava de certos cuidados médicos e de uma explicação. Algo pulsava em meu peito. Uma fagulha inconsciente. Shigure não seria louco de tê-los matado.

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O domínio sagrado se concretizou sob a bruma tempestuosa. Os céus cinzentos carregavam em sua imensidão a nébula caótica da tormenta, e não tardou para que os respingos de chuva passassem a cair. O inverno era incerto: o manto esbranquiçado que cobria a natureza e as cidades não se era mais visto em lugar nenhum, ao invés disso, remanescia em seu lugar o frio penoso e o breu que decaia sob todos nós. O prelúdio de um desastre em muitas epopeias. Quando vi o que restara do descampado, percebi o verdadeiro arauto do desastre.

A chuva banhava-o, unindo-se ao cheiro de chamuscado e formando um odor fétido que ardia as narinas. As árvores, principais vítimas da cólera primordial, não traziam mais o verde de suas folhas: jogadas ao vento, restavam apenas seus troncos destronados e cinzas do que antes eram suas copas. Veio à mente o choque entre poderes, o lampejo da catástrofe eclodiu em seu luzir, somente seu ruído estridente e metálico permeando os ouvidos, de modo que tudo o que se sucedeu foi seu rescaldo sobre a Terra. O pináculo da extinção tornou até o ar dissoluto, difícil de respirar. Quando descendi ao nível terreno, senti como se estivesse na mesma altitude de antes, com o mesmo rarefeito. Fitei os arredores, faltava um; teria ele morrido no impacto?

Não importava. Nada mais importava. No instante que disparei o jutsu, já havia atestado como iria agir a partir de então, sem dúvidas, sem remorso, sem misericórdia. Um sacrifício justo pelo o que buscava. Sem fúria para aplacar meu raciocínio, sem medo para ofuscar meu julgamento, apenas uma exorbitante calmaria que trazia consigo uma nova resolução para a batalha. O Olho da Mente finalmente se abrira.

—— Parece cansado, Shizuke. Como se não pudesse nem ao menos reaver sua arma para se defender. —— vociferei ao samurai ofegante.  

Não se tratava mais de uma competição, porém, ao vê-lo naquele estado que contrasteava com a vitalidade que habitava meu ser, não pude deixar a oportunidade escapar. Sabia que repreendera a destruição total quando lancei o expurgo, e que as chamas que resguardaram os dois que ali postavam-se eram um esforço admirável, ainda que inútil diante da seriedade que um dia eu teria. Shizuke havia se provado digno, ao menos isso pude atestar.

O espectro angelical era agora inexistente. Em meu mais profundo âmago restava apenas o fitar oco que repousava sob o canibal e o vagabundo.

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A escuridão da noite por um instante foi clareada. Chamas corrediças foram expelidas por Shizuke, que defendeu facilmente o julgamento angelical. Não havia mais dúvidas sobre a capacidade deles. Mesmo aparentando extremo cansaço, a defesa foi concluída com exito. Se não fosse por ele, eu estaria enterrado a sete palmos da terra. — Valeu, mas eu não precisava! — Agradeci, apesar de ser obviamente uma mentira. Parecia um simples agradecimento orgulhoso, mas era pra poucos que eu dirigia minhas palavras de gratidão. A luta parecia ter chegado finalmente ao seu fim.

Sentei no gramado enquanto admirava o céu do amanhecer. A negritude do céu logo ia clareando, o nascer do sol já podia ser visto no horizonte. É como se ao mesmo tempo em que a batalha acabasse, minha mente fosse se elucidando aos poucos. Talvez esses birutas, realmente, pudessem se tornar companheiros valiosos no futuro. Ninguém pode prever o que esta porvir, mas uma coisa era certa: todos aqui são extremamente poderosos. Mesmo não estando no auge de nossas forças, temos muito a evoluir individualmente. Talvez no futuro fossemos imparáveis. Mas no fim das contas eu trabalho para meu próprio bem, sou realmente um egoísta.

Levantei-me enquanto chacoalhava a poeira do corpo, estava na hora de focar na arte da espada.


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Suas forças o escaparam e ele ficou longo tempo rendido no solo, as costas apoiadas contra a relva que o pinicava, seu corpo experimentando uma miríade de sensações táteis, suas vias sensoriais sobrecarregadas com tudo que a natureza lhe oferecia ao toque; mas, assomando sobre todo o resto, estava a exaustão. Seus pulmões pareciam ter sido incendiados, arrebatados pelas chamas do purgatório, reduzidos a pequenas figuras negras e retorcidas. A respiração saia penosa, como em sussurros, muito custoso o ato de manter-se consciente, num só tempo chegando aos ouvidos a voz doce de Shigure, fracamente inteligível acima do torpor. Ali, rendido ao vento, rendido ao seu inescapável destino, Shizuke só conseguiu lembrar-se daquela viagem que fizera de barco até pequenas ilhas, pequenos pontinhos pela distância, mal podendo ser chamadas de um arquipélago decente; o cheiro salgado do mar invadiu suas narinas e um pouco da força pareceu voltar ao corpo, levando-o a se colocar de pé, apoiando-se num dos joelhos e na espada embainhada para ficar novamente erguido. Aprumou-se, batendo folhas, galhos e tudo o mais que se prendera a suas vestes quando caíra, levado ao solo pelo impacto resultante de ambas as técnicas. A visão, voltando agora à mente, assustou-o. Shigure fora a única a demonstrar deliberadamente suas habilidades mais a fundo, mas tomou como bem entendido o conselho subentendido, implícito naquele ímpeto selvagem: ele era meramente uma figura a frente dos demais, necessidade da burocracia de Konohagakure, qualquer um daqueles bem podendo derrota-lo caso deixasse as devidas brechas. Não haveriam necessidades de se dormir com um dos olhos aberto, mas tampouco ficaria sempre a dar as costas para aqueles; não podia, acima de tudo, se esquecer do que falara à eles: de traição.

— Sei que me subestima apenas na fala, Shigure-san. — E resfolegou, o peso de toda uma nação sumindo de seus ombros para que ele readquirisse sua postura régia de espadachim, as vestes balançantes adicionando um ar espectral ao seu corpo inerte contra o céu estrelado. — Espero que estejamos todos bem entendidos quanto aos termos dessa equipe. — Disse, agora voltando-se não somente à Shigure, mas a todos, sua voz se elevando sobre a noite. — Não sou tolo, lembrem-se disso. — E desapareceu vila adentro, engolido pelas trevas.

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—— Sabe muito bem que não é subestimar. —— E dei fim ao que transpareceu naquele dia. O rosto abatido de Shizuke, o desastre esculpido na relva, tudo penetrou fundo na mente e se fragmentou como uma memória longínqua do que ocorreria ao mais tardar.

Desapareci com o alvorecer em minhas costas, não havia mais nada a se fazer ali.

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Com um pirulito na boca, me retirei do local.


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