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A nuvem, o clima, o que levava Shindora para o país das neves? as perguntas feitas em sua mente a mutilavam em meio a culpa, era mais uma batalha perdida em sua vida, "será que ficaram todos bem?" a mente da menina tentava apaziguar sua culpa, mas seu espírito estava abatido então de pouco adiantou a tentativa, foram necessários instantes para transformar as horas caminhada para dias de caminhada, os olhos de Shindora ainda estavam baixos, -- Parece que agora sou uma desertora, não faz sentido voltar para a vila... -- uma pausa breve foi feita em sua frase enquanto seus olhos se ergueram e olharam ao longe, suas mãos se moveram para suas espadas gêmeas, mas apenas por puro reflexo, uma ventania a persegue, parece dizer para onde a menina deve ir, ela então olha para cima e o segue, como se estive seguindo por instinto em direção ao norte, -- Creio que é hora de me isolar, aprender sobre mim mesma e me redescobrir. -- ao fim da frase a menina apenas segue em direção a ventania, parece poético, mas era apenas a vida real, e Shindora não sabe o que a espera pelo norte.

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A vida no país das neves parece agradar a ninja de cabelos alvos, ela se mantém em uma cabana abandonada, não é muito para se ter, mas para quem não tem nem para onde ir é um excelente lugar, fazer negociações com quem passa, conversar com viajantes que passam por ali, quem sabe o que aquela região esconde, ou melhor dizendo, quem sabe "quem" aquela região esconde, antes de desertar de sua vila a menina tinha lido e escutado a respeito de ninjas que fugiam para o norte, o destino fez da ironia um prato cheio, a menina dentro da cabana se mantém sentada meditando e pensando em seu próximo passo, não se delongaria muito até que alguém viesse busca-la, desertores não são bem vistos em nenhuma vila, -- Terei que dar um jeito de esconder minha identidade se eu quiser permanecer aqui, começar um negócio seria bom, mas não tenho muito dinheiro para me manter, alguns pequenos furtos serão necessários, bom, é um risco que terei de tomar -- a menina diz tais palavras para amenizar sua solidão, uma lição que já aprendeu desde seu tempo como ninja, alguém que se tornou jounin e falhou em uma missão, a pequena ninja não sabe lidar com pessoas, nem com ela mesma.

Alguns dias foram necessários para arrumar a cabana e a deixar apresentável, seu primeiro cliente chegara, ela sem saber como agir diz um singelo "olá" mas com receio, o homem apenas olha para ela e diz -- quem é você e o que faz nessa região? -- a menina toma seu ar e se controla para não ter um surto psicótico, uma pausa dramática foi tomada, mas logo ela responde -- Eu busco me tornar uma vendedora e aprender mais sobre o mundo -- a resposta seria tão singela quanto si, o homem apenas ri e diz -- Você me lembra minha filha, qual seu nome? não precisa mentir pra mim, seus olhos não me enganam, você é uma ninja, o odor de sangue e frieza exalam de você -- o homem pausa da uma risada enquanto aguarda a resposta, assim que escuta sobre ser ninja Shindora sequer nega, apenas concorda e diz -- Sei que um homem como você não teria filhas também, então estamos empatados, a propósito me chamo Shindora -- o homem para de rir e diz -- eu te ensinarei algo, se você me der informações sobre sua vila, pra mim parece uma troca justa -- os olhos de Shindora brilham, melhor dizendo, aquele que ainda enxerga brilha, quando ele diz que a ensinará algo, ela então sem titubear concorda, e diz -- Se assente em qualquer lugar, você tem um contrato comigo, mas terá de me ensinar mais a respeito desse local -- enfim eles conversam.

A conversa é um tanto quanto produtiva, Shindora aprende mais sobre a região, suas vestes, como se portar, e como definir quem é inimigo e quem é neutro, aliados naquela região são raros então o homem a ensina a não contar com ninguém, além disso ele a ensina duas técnicas necessárias para embate, -- Pequena, tem de usar sua velocidade contra a força bruta daqueles a quem você enfrenta, um dos métodos é um estilo de luta que aprendi há muito tempo atrás em Konohagakure, o outro é um estilo que aprendi em Kumogakure, serão necessários alguns dias para você os aprender, mas serão necessários se quiser continuar a viver aqui -- Shindora o escuta e então começa a degladiar com ele, perdendo a compostura quando é derrotada facilmente e escutando a risada do homem, sua fúria a deixa um pouco irritada então em um instante Shindora saca suas espadas gêmeas, o homem então muda sua feição e vai para cima de Shindora sem titubear, ele evita sua lâmina ao máximo, e percebe a natureza da espada dizendo,-- você tem a natureza vento então? -- ele pausa e diz, -- não será possível aprender então o segundo estilo de luta.. -- antes de terminar ele se lembra do que ela disse na conversa anterior -- você possuí vento e raio a sua disposição?, e usa uma espada?, você será uma espada voraz e dificil de acompanhar, a menina apenas o diz -- Não se delongue em palavras durante uma luta --, em uma explosão de velocidade a menina vai em direção ao tal e o imobiliza sem dificuldades maiores, ele então diz -- impressionante mas não é o suficiente para me parar -- ele começa a emanar raio de si e acaba derrubando a garota que logo se levanta em um salto e prossegue com a luta até aprender tais técnicas.

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