Os ataques a Kumogakure eram feitos realmente dignos de reconhecimento, ainda mais quando ao menos um dos invasores conseguia sobreviver, por mais que apenas para receber a dura punição de ter que enfrentar a cadeia pelo resto de suas vidas. O ato necessitava de uma imensa dose de coragem misturada com abundância de loucura, devido o fato do vilarejo ter uma grande força tanto tática quanto bruta. Os shinobis da Vila da Nuvem Oculta se destacavam facilmente em meio aos de outros vilarejos, desde os mais jovens até os mais graduados. Até mesmo a pequena Hyuga poderia demonstrar seus dotes se envolvida em uma situação drástica ao lado de genins de outras grandes vilas, muito devido o peso que seus olhos traziam para seu arsenal, sem esquecer do fato do exímio controle de chakra que possuía inevitavelmente. Os passos largos e precisos a guiaram de volta para o quadro de missões que era o seu objetivo. Seus olhos parecidos com pérolas rolavam por toda a losa retangular à procura de uma outra tarefa que lhe parecesse digna de seus serviços, por mais que considerasse fazer todas elas. Era inevitável contemplar algo que julgasse irrelevante como capturar um gato que costumeiramente fugia de sua dona. Entretanto, a ideia de auxiliar em algo de magnitude consideravelmente maior era realmente atrativa e ao que deleitou seu olhar sobre uma missão que batia com tal descrição, a Hyuga tratou de recolhe-la.

Com o panfleto em mãos, guiou-se pelas ruelas do vilarejo em direção ao lugar onde tinha de exercer a função para a qual havia de ter sido designada. A missão aparentemente seria simples e consistiria em pintar algumas cercas que haviam sido reconstruídas após a destruição ocasionada por uma investida contra alguns pontos específicos do vilarejo. Um atentado que foi rapidamente contido, mas que apesar de tudo resultou em alguma parcela de destruição que cabia aos ninja de patente menor reverter. A Hyuga levou cerca de longos dez minutos para encontrar a figura de um jonin em pé a frente de um grupo de crianças que aparentemente também haviam se formado a pouco tempo, tal como a própria menina. O sujeito notou a presença de Aurora assim que chegou e logo interpretou como sendo mais uma das genin que haviam aceitado a missão de auxiliar na repintura das cercas — e assim o faria. Um pequeno balde cheio de tinta branca foi entregue junto de um pincel. Com o material em mãos não havia mais o que fazer que não fosse iniciar com o processo artístico que de nada serviria se não para aumentar a autoestima dos aldeões que talvez reconhecessem a partir desta ação que os shinobi eram bem mais que apenas armas utilizadas na guerra para garantir a proteção da aldeia. Horas se passaram e quando já estava parcialmente manchada de tinta, com pinceladas acidentais estampadas em suas vestes, a Hyuga veio por ser liberada de suas tarefas pelo jonin encarregado da obra, o qual demonstrou gratidão pela ajuda prestada esboçando em seu rosto um sorriso de satisfação que se estendia de orelha a orelha.

Aurora; 275/275; 275/275; 00/04;

Considerações:

Bolsa de Armas:

Missão: