Olá mundo!
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A tarde terminava de dar suas caras quando cheguei ao campo de treinamento de Kumogakure. Meu objetivo naquela tarde era continuar treinando a minha velocidade, sabia que seria necessário para o meu futuro ninja. Normalmente vazio, o campo dessa vez estava um tanto diferente, um homem que eu nunca havia visto antes, prostrava-se diante de diversos outros ninjas de Kumo, gritando e desafiando quem pudesse ouvir. Sua arrogância me incomodou significativamente e eu achei aquilo interessante.

— Será que a sua espada fala tanto quanto você? — disse, rindo da cara do valentão
— Alguém me arrume uma espada para eu mostrar do que um ninja de verdade é feito!

Consideração:

A lâmina preta!
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“Sacrifício de chakra? O que maldição isso quer dizer?”

O homem me entregava a espada em minhas mãos, ao segurá-la, pude entender o que ele estava dizendo, senti imediatamente o meu chakra começar a ser sugado por aquela espada amaldiçoada. Com rápidos movimentos contra o vento, foquei em me adaptar àquela arma, seu peso e balanço pareciam ser perfeitos para mim, como se ela fosse feita sob medida.

“Seria essa a recompensa por consumir o meu chakra?”

Eu podia sentir o olhar das pessoas em volta esperando a minha primeira ação, o homem se posicionava em minha frente como uma bandeira inimiga que eu precisava conquistar. Eu claramente era subestimado pelo meu oponente, isso ficava claro pela confiança em suas palavras, eu não sabia ao certo quem ele era, mas o fato dele ter invocado uma espada amaldiçoada, combinado ao outro fato de ele saber instantaneamente que eu era um genin, provava que ele não era uma pessoa qualquer, eu ainda não havia entrado em um combate desde que saí da academia, até então, meu único companheiro havia sido eu mesmo e meus treinos. Com a certeza de que aquela não seria uma batalha fácil, coloquei em minha cabeça que ele não sairia ileso, o nome Osame ficaria marcado de alguma forma em seu corpo.

— Espada.. amaldiçoada? Agora eu entendo, meu chakra está fluindo para a lâmina! Eu não sabia que algo do tipo era possível mas.. eu fico curioso para saber que tipo de benefício esse sacrifício irá me trazer. Portar uma maldição é algo que eu compartilho com esse pedaço de metal, o meu sangue Hoshigaki ferve para saber o que acontecerá!

Com as palavras ditas, estava na hora de partir para cima daquele espadachim, ajeitaria meus pés contra o solo antes de partir em minha investida.

(299)

Pronto para lutar, eu tentaria colocar em prática todo o meu treinamento recente, primeiro, queria saber do que aquele homem era capaz e se eu havia evoluído com o meu treino de velocidade. Usando toda a agressividade que o destino me deu, partiria para cima dele com toda explosão que as minhas pernas pudessem permitir, utilizaria elas como principal potencializador para os meus possíveis golpes. Meu ímpeto terminaria comigo tentando aplicar um corte diagonal de baixa para cima, da esquerda para direita, em direção ao peito de meu inimigo, caso ele defendesse, responderia mudando rapidamente de direção para os flancos de meu oponente, afim de pegá-lo de com a guarda baixa. Se meu oponente contra-atacasse com a espada dele, focaria em desviar saindo da frente de sua lâmina, meu objetivo era utilizar apenas a minha velocidade naquele combate, para provar a sua evolução e continuar aprimorando-a. Caso eu julgasse ser impossível acertar ele com a minha espada por conta de uma eventual diferença de habilidade, conjugaria meus ataques com a lâmina com socos e chutes mirando o rosto e peito do meu adversário. Se eu não conseguisse acertá-lo de forma alguma, focaria em apenas desviar de seus ataques, esperando que ele abrisse uma brecha para, então, eu atacá-lo.

(208)

Se em qualquer momento eu percebesse que iria acertar um golpe com a lâmina, eu pararia a minha espada, meu objetivo não era matar o homem.

Consideração:

Aquilo que não se vê, é o mais letal!
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Com a lâmina vindo em minha direção, busquei desviar pulando para trás, criando uma distância grande o suficiente entre mim e aquele homem estranho, caso a lâmina continuasse vindo em minha direção, pularia para os lados tentando desviar da trajetória dela.

“Ele consegue transformar o próprio corpo em metal? Que porra é essa..”

— Achei que fosse um duelo de espadas! Mas parece que você esconde muitas surpresas, não é mesmo? Pois bem, eu também possuo as minhas!

Naquele momento, começaria o meu plano para atingir meu inimigo. Assim que eu estivesse seguro em relação a investida dele com a lâmina que saía de sua barriga, eu pegaria uma Hikaridama dentro da minha bolsa ninja. Arremessaria ela em direção ao meu adversário para que sua visão fosse prejudicada, dentro do intervalo de tempo que ele ficasse cego, eu executaria um Bushin no Jutsu, como ele estava cego, julgaria que ele não saberia qual dos dois é o clone. Com o meu Bushin  criado, colocaria a espada em minha boca e começaria a correr em direção a ele, durante a minha corrida, executaria os selos para um Kawarimi no Jutsu(eu e o clone executaríamos os selos, para que ele não soubesse quem é quem), o meu Kawarimi seria substituído por uma Kibaku Fuuda, que explodiria em contato com o golpe do adversário. Com o Kawarimi aplicado, pegaria novamente a espada que estava em minha boca, com a minha mão boa.

Com a preparação do plano tendo sido feita, eu chegaria primeiro no inimigo propositalmente, a minha intenção é que ele achasse que o primeiro a chegar era o clone e que ele seria o chamariz para que o golpe verdadeiro viesse logo atrás, mas na verdade, quem chegou primeiro fui eu, com o Kawarimi feito. Eu pularia com a espada levantada para cima, mostrando que claramente o golpes seria de cima para baixo, na cabeça dele, o meu objetivo com isso era fazer ele achar que eu criei uma abertura para um golpe dele e que assim ele me acertasse. Caso o Kawarimi fosse ativado por seu golpe, eu tentaria reaparecer atrás dele, para dar um corte diagonal de baixo para cima em suas costas.

Se por algum motivo, ele não me atacasse, tentaria continuar acertando ele, até que ele contragolpeasse e ativasse meu Kawarimi, para então ir para as suas costas e aplicar o corte.

Se por algum motivo, tudo desse errado, cancelaria meu plano e me afastaria o máximo possível para pensar em novas investidas.

*(415)

Consideração:

Coisas usadas:

Acalma-te!
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Minhas pernas titubeavam antes que eu pudesse começar o meu plano.

“Acho que forcei elas demais..”

Certamente, eu precisava descansar um pouco antes de continuar agindo com força total. O homem destilava mais uma vez a sua habilidade única, seu corpo agora era um amontado de enormes espinhos, uma armadura letal. Aproveitei aquele momento para segurar o meu ímpeto, lembrei-me do meu aprimoramento recente, onde aprendi a controlar mais as minhas emoções e planejar mais antes de agir.

O plano de fundo estava montado, apenas esperando o momento de ser invocado, o meu inimigo começava a demonstrar preocupação comigo, me alertando e avisando das próximas técnicas, seria isso um desrespeito?

— Parece que esse mundo é cheio de surpresas não é mesmo? Um homem de metal que me da dicas  em meio a um combate! Me diga seu nome, quem é você?! — enquanto falava, fazia novamente os selos do Kawarimi.

Ainda aproveitando a situação para descansar o quanto pudesse, me manteria atento a possíveis investidas daquele homem, meu objetivo era executar o plano assim que eu estivesse em plenas condições e ele retornasse ao seu estado “normal”, ou seja, sem a armadura de espinhos. Caso ele investisse em minha direção, desviaria dele inicialmente usando a minha agilidade, caso não fosse possível, usaria a minha espada para aparar os golpes.

*(210)

Consideração:

Coisas usadas:

Bunny hole!
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— Miyamoto Musashi?! Certamente lembrei desse nome.. — diria enquanto caminhava em volta de Miyamoto, meu objetivo era achar uma pedra grande o suficiente ou qualquer objeto grande o suficiente para colar a Kibaku Fuuda, ao o objeto, pegaria e colaria o selo explosivo no mesmo, depois guardaria em minha bolsa de armas — ..mas você sabe, não é mesmo? Você sabe que os melhores existem para ser superados! — diria com um sorriso em meu rosto, um pouco antes de começar a minha investida.

Com o Kawarimi pronto, correria em direção ao meu inimigo em velocidade total, novamente, com objetivo de acertar um golpe forte em meu adversário, não me importaria com uma possível abertura, uma vez que o Kawarimi ainda estava ativo. Quando o Kawarimi fosse ativado, eu seria substituído pelo objeto com o Selo colado, que explodiria logo após a substituição. Então, usaria a técnica da substituição juntamente de minha velocidade para reaparecer atrás de meu inimigo aplicando imediatamente um golpe em suas pernas, com o objetivo de pegá-lo de surpresa, já que eu imaginava que ele protegeria a parte superior de seu corpo transformando-a em metal novamente.

Se por ventura ele usasse novamente a armadura de espinhos, eu recuaria para pensar em um novo plano, se após o Kawarimi ser ativado ele me alvejasse com golpes, defenderia usando a minha espada amaldiçoada.

Consideração:

Coisas usadas::

Atitude desesperada
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Percebi que meu Kawarimi não seria efetivo no momento que eu chegasse até meu adversário, tempo demais havia passado desde a sua preparação. Por algum motivo, as minhas estratégias que contaria com a surpresa não pareciam querer funcionar em meu oponente. Decidi, então, tentar fazer o que ele dizia para mim, afinal, ele parecia ser extremamente mais forte do que eu e claramente aquele combate só se estendia tanto pela sua vontade.

Com a progressão iminente de meus movimentos, mesmo que eu soubesse que ele poderia tentar novamente me atingir com uma lâmina que saísse de seu próprio corpo, eu não tinha muitas opções, utilizando a minha espada de lâmina negra, busquei me defender do golpe da espada de meu adversário que vinha em minha direção, sendo atingido em cheio pela lâmina que saía de seu corpo, minha perna estava machudada.

Com a perna sangrando, me entreguei a tentar ser um só com a lâmina, fechava meus olhos, tetando sentir a conexão que estava sendo feita entre mim e aquela espada amaldiçoada que sugava aos poucos o meu chakra, com eles ainda fechados decidia que iria atacar meu oponente de qualquer forma. Avançaria em direção a qual eu julgava estar o meu oponente e começaria a brandar a minha espada com objetivo de acertá-lo.

Será que, assim, eu conseguiria ser um só com a minha lâmina? Espero que sim.

Consideração:

Coisas usadas:

A lição
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Meus ouvidos eram atingidos pelas palavras de meu oponente. O sangue quente escorria pela minha perna, impulsionado certamente pelo alto fluxo sanguíneo decorrente do também alto batimento cardíaco por conta da luta, era a sensação mais forte que eu podia sentir naquele momento.  

“Então ela não esta sugando o meu chakra porque precisa?”

As palavras de Miyamoto entravam em minha cabeça e eu as aceitava, porque elas faziam muito sentido para mim. Eu precisava me tornar um só com a lâmina se eu quisesse mesmo entender aquela arte, o Kenjutsu. Talvez os meus antepassados tenham entendido isso, talvez a Vila da Névoa fosse a melhor em se juntar com suas próprias espadas.. eu sabia que dentro do meu sangue corria esse DNA, aquele homem na minha frente me lembrou disso.

— Me.. Meu desejo? — meus olhos buscavam pelos cantos a resposta da pergunta — Meu desejo é reconstruir Kirigakure, meu desejo é recuperar o orgulho das minhas origens, meu desejo é ser forte o suficiente para que, quando o dia chegar, eu possa ser decisivo no futuro da Névoa! — terminava, virando o cabo da espada para Musashi — Tome a sua espada, eu irei encontrar uma que me aceite.

Terminava, esperando que ele pegasse de volta aquilo que era seu por direito.

Consideração:

Coisas usadas:

O fim.
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A noite já estava mais perto de tomar conta dos céus do que o dia. Eu não esperava que passaria por isso quando acordei, mas é bom que coisas do tipo aconteçam, julgo ser o destino tomando sua forma. Sem muito mais o que fazer, escutava enquanto o homem falava em um misto de elogios e encheção do próprio ego, ele selava mais uma vez aquela espada que eu julgara ser amaldiçoada, essa técnica era extremamente interessante e talvez, no futuro, eu tentasse aprendê-la.

— Não.. eu não sei o que é.. — dizia, desolado. Apesar de ser clara a discrepância de poderes entre mim e aquele homem, perder para qualquer um, era a coisa que eu mais odiava nesta vida.  

Esperava que o homem completasse suas palavras e me dissesse o que era isso que eu supostamente teria. Enquanto isso, pressionava meu ferimento da perna com o intuito de parar, pelo menos parcialmente, o meu sangramento. Eu nunca havia me machucado daquela forma, mas aguentar aquela dor se mostrava mais tranquilo do que eu imaginava, talvez dali surgisse uma cicatriz para contar uma boa história no futuro, uma história sobre como o meu corpo foi inaugurado com cicatrizes, já que provavelmente muitas outras me esperam.

Consideração:

Coisas usadas:

Vamos em frente!
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Apesar de ainda muito nebulosa a minha mente tentava absorver o que havia sido dito a mim, por aquele espadachim. Não eram todos os dias que eu poderia ter o privilégio de ser tutorado por alguém tão mais experiente do que eu, suas palavras me motivavam, me mostrando que eu tinha o que era necessário para construir o meu caminho naquele mundo, me mostravam também que eu possuía mesmo o sangue de Kirigakure, um sangue único dos mestres espadachins.

Minha despedida daquele homem se traduziu através de um sorriso de gratidão e com a esperança no peito de um dia eu poder mostrar a ele o quanto evoluí. Eu seria a minha espada, eu seria a espada que Kirigakure precisa para renascer.

Consideração:

Coisas usadas: