Na ultima vez que estive voltando para casa, depois de um longo dia de trabalhando na floricultura, eu comei a pensar, o quanto eu queria ser mais forte, não por algum motivo nobre ou coisa do tipo, creio que apenas por capricho, de qualquer  forma esses pensamentos não sumiam, como de costume não fiz nada a respeito por um tempo considerável.
 
 Isso já não me afetava mais, continuei dando ruma a vida, até que  em um dia de faxina encontro na mesa alguns objetos estranhos, eram alguns chicletes e um pergaminho um pouco excêntrico  tanto pela sua cor, quanto pelo cheiro de morango, decidi perguntar para meu avô que estava em outro cômodo.

— Avô! O que são essas coisas na mesa?!

— Eu encontrei em uma caixa, eu ia jogar fora, mas lembrei que era do Koshi, pensei que poderia ficar como lembrança  — disse o velho se aproximando de mim.
Então peguei os objetos e decidir ir para meu quarto investigar, talvez fosse uma carta que ele deixou antes dos incidentes, não que eu me importasse, eu apenas queria entender como eu era.

 Minha surpresa foi grande quando o abrir, era um pouco confuso o que estava escrito, mas parecia uma forma de transformar aqueles chicletes em armas, seu nome Gamu  fusen soava como se fosse idéias de uma criança, passei a tarde estudando aquilo, era um pouco chato mas não era como se eu tivesse algo melhor para fazer.

 Foi chegando a noite, e eu já havia digerido toda a informação naquele pergaminho, o mais cansativo foi tentar decifrar tudo aquilo que estava escrito, de qualquer de qualquer forma eu estava cansado e decidi dormir, na manhã seguinte a primeira coisa que faria seria testar o que havia aprendido esperando que não tivesse sido tanto tempo jogado fora, e foi o que fiz, acordei, peguei chicletes e fui correndo pro campo de treinamento, na primeira tentativa eu senti como o chakra  fluía.

 Infelizmente tentativas errôneas exponencialmente  tomavam o lugar do meu animo, a cada tentativa eu sentia que aquilo não fazia mais sentido, mas não era como se eu tivesse alguma coisa melhor pra fazer, quando meu corpo se sentia cansado eu parava alguns minutos, mas algum sentimento estranho me fazia voltar ao treino logo depois.
 
 Tentei  moldar minha energia de varias formas, usei como base o selo de mão de javali pela sua participação no fluxo de chakra, algumas variações foram testadas, cada uma representava um fracasso maior, ou a aproximação do sucesso ? Eu não sei por que alimentava essa duvida as vezes a desistência é a melhor opção.

 Horas do meu dia já foram embora, algo me agrada, eu não precisava estar perto de alguém para treinar, não que pessoas me incomodassem, apenas acho desnecessários relacionamentos e ciclos de relacionamento, às vezes ate mesmo a hierarquia imposta no mundo ninja, eu tinha perdido o foco do treino, talvez já esteja na hora de desistir, foi quando eu entendi, que fluxo de energia deveria ser concentrado, e dentro do chiclete não em toda sua expansão, talvez até mesmo não exista a necessidade do ar, seria apenas uma forma densa de chackra mais do que pudesse ficar  dentro da goma de mascar, onde em contado com algo o calor produzido pela densidade do chakra se expandisse em forma de explosões para que o material  se resfrie, seria como aço dilatando, só que mais rápido, menos quente, seria uma força de impacto, naturalmente proveniente do calor.
Com tudo isso em mente, eu tentei reproduzir os pensamentos em forma de exercício prático, agora mais confiante e dirigido, eu sentia que dessa vez seria mais fácil, foi na primeira tentativa que vi a goma se expandir, ela crescia tão rápido o que me deixou animado, porem isso não durou muito tempo, o material da goma havia chegado ao seu limite de expansão, mas eu continuei a incentivá-lo com minha energia o que provocou uma explosão, muito próxima do meu rosto o que me levou ao desmaio.

 Após algumas horas algumas crianças me acordaram, enquanto ainda estava atirada no chão algum me reconheceu, minha cabeça doía como nunca, era como se eu tivesse sido pisado por um elefante, talvez foi o que aconteceu, logo eu lembrei do ocorrido, algumas lagrimas desceram em meu rosto, eu as enxuguei, mas eu nunca entenderei o que foi isso, não havia motivo para chorar, então decidi voltar pra casa, me sentindo mais forte, acredito que esse só seja o começo de uma grande historiam, afinal, quanto criança eu nunca imaginaria que viveria até aqui, não ao ponto de me torna um ninja.
    

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