❝Agora a pior Chunnin do mundo?❞ — SERENA YAMANAKA

HP: 337 | 475  CH: 93 | 500 ST: 3 | 5

O Chunnin Shinken tinha finalmente terminado, parecia que tinha passado lá mais de um mês, apesar das poucas horas, em comparação, que tinha sido na verdade.

Agora estava na hora de cumprir a promessa que tinha feito a si mesma, ia ser mais forte e já tinha um novo alvo em mente, ANBU, mas para isso tinha de aprender daquela prova por que tinha passado e refazer-se para compensar as suas fraquezas.

Olhou-se no espelho a imagem que olhava de volta não parecia mais ela, determinada agora sabia que não era fraca, mas sim muito útil mesmo que de um jeito diferente. Saiu de casa andando pela rua até parar em frente a um cabeleireiro, olhou para a porta durante um tempo tentando decidir o que fazer. Na porta de vidro voltava a ver aquela pessoa que não se parecia com ela, levantou a mão como um cumprimento, mas a figura franziu o sobrolho, espantando a loira até esta perceber que afinal era uma pessoa que queria sair, afastou-se baixando o rosto deixando os seus longos cabelos loiros esconderem-na, mas agora não precisava mais esconder-se, agora podia andar de cabeça erguida orgulhosa.

Entrou no cabeleireiro este estava vazio, aproximou-se de uma moça sentada atrás de um balcão entretida a ler uma revista.

-Bom dia, queria cortar o cabelo, tem vaga?- Perguntou meio retoricamente, uma vez que o lugar estava vazio, mesmo assim a mocinha olhou no livrinho de marcações e depois fez sinal para a Yamanaka ir para uma das cadeiras.

Sentou-se encarando o espelho, mas não teve de esperar muito até uma senhora mais velha de sorriso caloroso no lábio se aproximar.

-Como vai ser querida?- Perguntava enquanto passava os dedos pelos cabelos. Serena levantou a mão até ao ombro e depois um pouco mais para cima fazendo sinal para cortar por ali. -E a franja linda?- Acrescenta, mas a loira faz sinal rápido para não tocar.

Depois daquela troca de palavras esperou, sentada na cadeira, que a senhora terminasse o serviço e quando esta acabou ficou uns tempos se olhando no espelho, esperava não se reconhecer, mas sentia que aquela era realmente ela.

Agradeceu, levantou-se, pagou na mocinha ao balcão e saiu para enfrentar o mundo sentindo uma nova dose de confiança. Segiu o caminho em direção à biblioteca, fazia algum tempo que queria aprender sobre genjutsus e concluiu que ali seria um bom sítio para começar, cumprimento o bibliotecário lendo por de trás dos seus óculos e se dirigiu à zona de conhecimento reservado aos genins, quando encontrou o pergaminho que queria, conhecimento em genjutsu, foi sentar-se numa mesa para o analisar.

Conhecimento de Genjutsu, abriu o pergaminho devagar como se fosse possível que este se desfizesse na sua frente, o cheiro do papel a envolvia, era algo que gostava na biblioteca, o silêncio quebrado vês ou outra por um barulho baixo era relaxante levando-a para outra dimensão ligada à terra. As bibliotecas realmente eram um rasgo no tecido do espaço-tempo, onde as pessoas poderiam ficar paradas no momento, ou então ser transportadas para uma época diferente, poderiam até mesmo ser levadas para lugares mágicos e distantes.

Fechou os olhos um segundo para deixar os outros sentidos absorverem a situação, arrepiou-se levemente respirando fundo, mas rapidamente abriu os olhos lembrando-se que estava em publico. Voltou à sua leitura, era interessante o que os genjutsus faziam com a mente das pessoas, transformando o que era a realidade da pessoa, podia até mesmo causar sequelas psicológicas profundas. No texto encontrou uma coisa que lhe interessava, como sair de um jutsu desses, leu cuidadosamente percebendo que o nível do alvo e do ninja que fazia o genjutsu dificultava ou não a libertação, mas uma simples técnica podia ser usada para se libertar, decorou exatamente o que tinha que fazer e depois de ler o resto do pergaminho o arrumou onde o tinha pego e depois foi embora, agradecendo ao bibliotecário à saída.

O caminho para casa foi feito devagar apreciava cada passo não como se fosse a primeira vez, mas como se fosse a milésima vez que o fazia, onde já conhecia cada parte do caminho e portanto podia apreciar as mudanças que aquela cidade viva fazia, a padaria que naquele dia tinha feito a fornada de bolos mais tarde e assim há hora que passava ainda se sentia o cheiro no ar quase como convidando a entrar e a comer um pouco, um grupo de crianças passa brincando umas com as outras com os seus risos altos e os seus pezinhos batendo no chão numa correria desenfreada, uma brisa passou por si mexendo o cabelo agora mais curto e arrepiando a sua pele.

Chegou a casa e se jogou no sofá o seus pais olharam para ela com uma expressão engraçada como não a reconhecendo, sentou-se respirou fundo, sabia que estariam à espera das novidades, tinha ou não se tornado Chunnin, baixou os olhos querendo fazer crer que tinha falhado e por fim falou. –Passei…- Não conseguiu dizer mais nada até os seus pais praticamente saltarem para a abraçar apertando-a orgulhosos do seu rebento. –Vou sufocar.- Disse entre dentes brincando com os seus pais, quando estes a soltaram pediu ao seu pai o mestre em genjutsu ali que a ensinasse um pouco sobre eles, que aceitou imediatamente satisfeito com a sua menina finalmente mostrar interesse por aquela área.

Agora os dois estavam opostos no seu quintal o seu pai faz um genjutsu e depois diz. –Agora tenta afastar-te de mim.- A loira obedece, mas por muito que mudasse de direção acabava indo sempre para o seu pai, mas já conhecia aquela então rapidamente usou o selo para a técnica que tinha aprendido na biblioteca desfazendo o jutsu.

-Essa eu vi no Chunnin Shinken- Riu para o pai que voltou a fazer os selos e acrescentou. –Mas sabias disto? Tenta vir na minha direção.- A loira tentou, mas por muito que corresse para o seu pai aproximava-se de um velho carvalho, usou de novo Kai para sair e depois disse. –Hmm interessante, é a mesma técnica certo? Mas o alvo pode ser diferente.- Após explicar-lhe como funcionava a técnica mandou-a ir descansar, pois tinha acabado de vir de um evento muito desafiante e a pequena concordou deixando-se dormir facilmente depois de um banho quente.

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❝Um novo respeito pelas flores❞ — Yamanaka Serena

HP: 600 | 600  CH: 625 | 625 ST: 0 | 5

Serena entra de manhã bem cedo na estufa onde antes tinha encontrado o caderno do seu bisavô, agora já se sentia pronta para explorar o que estava dentro, quando chegou perto da velha mesa ainda com as folhas soltas e os livros, parou só olhando a capa do caderno ali pousado parecia quase que estava a flutuar da excitação de pegar de novo.

Cuidadosamente pegou o caderno com uma mão quase como esperando alguma explosão, mas quando tal não aconteceu sentou-se na cadeira abrindo a primeira página. Hana Ninpo, voltou a ler, Hana Ninpo, a arte ninja da flor. Podia jurar quando disse aquelas palavras entre os dentes uma brisa passara fazendo o jardim abandonado que a rodeava estremecer.

Passou para a página seguinte, sentia uma enorme curiosidade e um grande impulso de continuar, algo dentro dela não queria largar o pequeno caderno que, apesar de ter sido escrito pela mão desorganizada do seu bisavô, estava muito cuidado e arrumado, a segunda página tenha um desenho, quase anatomicamente correto de uma flor, reconheceu imediatamente qual era, a sua favorita e da sua bisavó também, Sumire, que representava a honestidade.

E com isso perdeu horas e horas lendo atentamente cada página, vendo as figuras tentando perceber o que precisava fazer. Estava presa àquilo, era uma sensação estranha o que tinha.

Era um estilo que misturava genjutsu e ninjutsu e usavam flores para as técnicas secretas e depois seguiam algumas folhas mais rasuradas com algumas técnicas que haviam sido exploradas e reescritas, melhoradas e testadas para serem os melhores.

Mas a pequena Yamanaka sabia que para conseguir melhor teria que entender melhor as flores, então com um caderno que trouxe consigo começo a rasurar flores, perceber como se mexiam e como se comportavam, tentando ao máximo incorporar isso em si e na sua vida.

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