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 ­ Morpheusa sentia-se ansiosa com as novas possibilidades que sua graduação lhe concedera, e isso, junto aos fatos de que era uma amante da ciência, biologia e anatomia, fizera com que rapidamente se interessasse em estudar tudo sobre Iryōninjutsu. A garota já havia começado sua coleção de toxinas criadas por si mesma, mas ainda não detinha conhecimentos o suficiente para a manipulação de remédios ou ervas medicinais, e apesar de seu clã ter lhe dado o dom inato de manipular o próprio sangue, Morpheusa não obtém nenhuma técnica real de manipulação do próprio corpo, falha esta que seria suprida ao dominar o ninjutsu médico, além de que isso a possibilitaria de ajudar e curar outros cidadãos e ninjas de Konoha.
 ­ Tais fatores a influenciaram e a fizeram decidir que procuraria um grande especialista em tal área para que ela fosse sua aprendiz, tendo seu pedido acatado pelos superiores da vila, que a encaminharam até o Hospital de Konohagakure. Seguindo as instruções que lhe foram dadas, caminharia até o hospital nesse dia para que fosse de encontro com o(a) médico(a) que seria encarregado de passar seus conhecimentos e testar a jovem garota. Morpheusa chegara no horário estabelecido, e na sala de espera aguardaria a chegada do médico.

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Considerações:

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 ­ Os dedos de Morpheusa mantinham-se inquietos sobre sua perna enquanto aguardava sentada na sala de espera, mas não tardou para que o médico chegasse. Não sabia quem seria responsável por ela, mas quando um homem trajado à caráter passou pelo corredor proclamando seu nome, não hesitou em levantar-se e segui-lo. Ao adentrar a sala fora surpreendida: não havia ali um ambulatório, e muito menos uma sala de cirurgia. Rolando seus olhos por todo o ambiente, sentia-se familiarizada, pois era quase como um laboratório, e apesar de ser muito melhor estruturado em comparação ao seu, trazia uma sensação de controle para ela. De longe enxergara os peixes no aquário, fazendo com que seus pés a levassem quase que inconscientemente até eles, inclinando sua coluna e os observando nadar em sua pequena gaiola, até que fora cortada pela apresentação do homem. —— Bem... tenho interesse pois sei que faltam shinobis com essa habilidade, é mais para suprir a falt... —— fora interrompida novamente, só que desta vez, com um tom rude. Engoliu sua saliva, e mesmo irritada com o tom do médico apenas se calaria e ouviria suas palavras, visto que eram valiosas para a garota. Conforme o mesmo lhe ensinava, a garota apenas concordava com a cabeça durante suas pausas, mentalizando tudo o que havia dito. Ao comando, vestiu os trajes que o médico lhe passara e apenas dissera: —— Não se preocupe comigo, posso memorizar cada uma de suas palavras rapidamente. —— Não houve nenhum tom de arrogância em sua fala, era apenas a verdade, afinal, a garota possuía uma inteligência acima do normal.
 ­ Agora, totalmente equipada, ouviria as novas instruções de seu mestre. A garota já tinha obtido um grande conhecimento anatômico em seus estudos, mas nunca havia assistido alguém cortar de tal forma um ser vivo, apenas observara uma autópsia enquanto disfarçada de médica. Ao ver o peixe agonizando nas mãos do médico, sentira um grande desconforto, rangendo os dentes. Já esperava o que viria a seguir: teria de fazer o mesmo. Sentia-se desconfortável sendo incumbida de ferir um animal, mas o faria da melhor forma possível, sabendo que conseguiria curá-lo logo após.
 ­ Após a ordem, diferente do esperado, não tivera que cortar o peixe, mas cabia à ela a cura da ferida. Ouviu os conselhos do médico, mas não era tão sentimentalista a ponto de considerar a vida milagrosa, mas acatou à dica sobre o equilíbrio e focalização de energia, e assim o fez. Com seu dom inato de controle de chakra, organizou toda a energia de seu corpo para que não houvesse espaços vazios durante a evasão de chakra pelas suas mãos, fazendo uma separação perfeita de quantidade de chakra a ser usada. Iria agora aproximar suas mãos do animal, imitando exatamente o que o médico fizera.

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Considerações:

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 ­ A garota realmente não precisava de um aviso para que se desse conta de que sua técnica estava falhando, e também sabia detectar o que estava errado, afinal, passara várias horas lendo livros sobre anatomia, seu único problema real seria a prática. Ora, nunca tivera tido a oportunidade de liberar tal chakra sozinha, então realmente era difícil para que ela pudesse diferenciar seu chakra do elemento. Ao mesmo tempo em que o médico se dirigia à ela aconselhando-a, a garota tinha várias passagens de livros sendo mostradas claramente em sua mente por memória visual e, em determinado momento, conseguiu lembrar-se de alguns trechos que explicavam detalhadamente como a liberação do Yang de médicos especialistas podiam criar e regenerar à nível celular os tecidos do corpo, afinal, é o estilo que, em sua forma física, governa a vitalidade e é capaz de criar formas e vida. Agora tal fala do médico lhe fazia mais sentido: não se tratava de mero sentimentalismo barato, mas era sim real. Morpheusa, então, não se acanhara com tal erro cometido, e pressionando o peixe para que não deslizasse pela bancada em que estava sobre, aumentara a quantidade de chakra, desta vez alvejando corretamente o estilo luz, e o concentraria totalmente na ferida, conferindo a todo momento a coloração que o mesmo mostrava.

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Considerações:

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 ­  ­ A garota fora deixada sozinha enquanto cuidava do tratamento da ferida do peixe, obtendo, com êxito, sua cura. Vários pensamentos pairavam em sua mente, ela realmente gostaria de saber qual seria a diferença da prática em tal simples animal de metabolismo não complexo para um corpo humano totalmente desenvolvido. Ficaria com tal curiosidade guardada para si, visto que não se sentia confortável para dirigir tal dúvida ao médico que a auxiliava, afinal, o mesmo não parecia tão focado assim em passar seu conhecimento. Alguns de seus pensamentos acabavam sento interrompidos devido ao som de deglutição causado pelo ingerimento de água do médico, mas nada que atrapalhasse sua prática. Ao repetir o processo no mesmo peixe por várias vezes, desferindo-o cortes em diferentes órgãos de acordo com o que aprendera em seus livros de biologia, e o infligindo o bisturi de forma cuidadosa para que não houvesse nenhum dano fatal e logo após colocando toda sua energia positiva em uma massa densa de chakra em suas mãos, curando-o, finalmente reuniria coragem para chamar a atenção do homem, e então dizer-lhe sua dúvida: —— Bem... acredito que eu já tenha cortado este peixe de todas as formas possíveis... existe mais alguma técnica que eu possa aplicar agora? —— usando um tom receoso, porém simpático.

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Considerações:

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 ­  ­ Morpheusa fizera uma expressão sarcástica olhando profundamente adentro dos olhos do médico, após o mesmo finalizar sua declaração. Continuou olhando para o homem, esperando suas próximas ações: esperava que o mesmo estivesse previamente machucado por algum motivo qualquer, então teria deixado a ferida ali para que pudesse contribuir com os estudos, mas não era o caso. Quando o vira infligindo um corte tão profundo em si mesmo por um motivo tão banal quanto àquele, Morpheusa não pôde se segurar, e caiu em uma pequena gargalhada: —— Hahahaha! É sério que vai se cortar por isso? Que drástico! —— indagou. Quando terminou sua fala, o corte do braço do homem já começava a jorrar sangue, coisa que se leva algum tempo para que ocorra quando a ferida é causada por lâmina tão afiada. Morpheusa, em contraste com sua fala descontraída, fechou sua expressão e a tornou rígida. Com toda a sua concentração e técnica que adquirira nas últimas tentativas com o animal, respiraria fundo, sentindo todo o fluxo de seu chakra fluindo por seu corpo, e com toda delicadeza que obtinha, o concentraria nas palmas de suas mãos, fechando os olhos e o infundindo na ferida do médico. Permaneceria assim por alguns segundos, até que abriria os olhos e veria o resultado de seu treinamento.

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Considerações:

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 ­  ­ Morpheusa, apesar de não haver demonstrado, ficara levemente surpresa com a reação do iryounin ao parabenizar sua técnica. Bem, ela usou todo o seu conhecimento pré adquirido para realizar todas as etapas adequadamente, e seguiu todas suas instruções, mas não houvera em qualquer momento sinal de que ele estivesse verdadeiramente envolvido ou apreciando aquilo. Após os milissegundos onde ficara boquiaberta, recompôs-se e agradeceu ao médico adequadamente, dizendo que apreciava os momentos gastos por ele para com ela. Com isso, seguiria para casa, onde comemoraria sozinha sua nova habilidade.

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Considerações: